2 de agosto de 2005

Mercadante no Jô

Foi boa a participação de Aloisio Mercadante no Jô nesta segunda-feira. Escaldado nas lides brutais que acontecem em Brasília, o senador chegou com a língua rápida, afiada e se portou com uma nobre e necessária agressividade, sem deixar de ser absolutamente elegante, frio e controlado, ao defender o governo Lula e explicar à opinião pública todas as cagadas monumentais do PT.

Foi histórica sua declaração sobre Genoíno. Sábio e leal da parte dele continuar tendo afeição por Genoíno. Seria interpretado como falsidade se fizesse o contrário. Ao mesmo tempo, não hesitou em culpar Genoíno por ter se omitido diante dos desvios de conduta de Delúbio e Silvio.

Também foi muito lúcido e incisivo sobre Dirceu. Explicou que muita coisa que estão dizendo sobre Dirceu não são verdades, que está se jogando nas costas dele muita coisa que não é sua culpa, mas afirmou que ele terá que se explicar.

Fez ainda um libelo pela verdade. Argumentou que cada repórter político do país está correndo atrás da crise; Ministério Público, Polícia Federal, CPIs, enfim, é muito melhor que a opinião pública saiba da boca do próprio Dirceu do que ler no jornal. Ou pior: ler na Veja!

Aloisio Mercadante, o senador mais votado da história do país, com mais de 10 milhões de votos, mostrou-se franco, claro, ágil, gesticulou e falou com confiança e transmitiu a impressão de honestidade, que é o que parece estar mais em falta entre alguns segmentos da classe política brasileira.

Esperamos que, pelo bem da estabilidade brasileira, José Dirceu saiba também ter um comportamento digno, esclarecendo a nação sobre o que realmente aconteceu. Ninguém aguenta mais essa crise. O país quer voltar ao trabalho! Eu quero voltar à escrever poesia, ô meu!

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