26 de março de 2006

Cisneros comprou a Folha?


(Coletânea da série Cabides Descabidos, de Nilton Pinho)


Gustavo Cisneros é o todo-poderoso da mídia venezuelana, que ganhou notoriedade no mundo ao patrocinar o primeiro golpe midiático deste novo século. Acusações de corrupção, preconceito, hostilidade, histeria, esse era o tom comum aos artigos, editoriais e notícias em todos os jornais e canais de tv da Venezuela. Pois então: a impressão é que está acontecendo a mesmíssima coisa por aqui. A impressão é que Cisneros comprou a Folha e o Estadão.

O editorial da Folha de hoje mostra que o jornalão paulista, que já nos rendeu tantos momentos de bom jornalismo, continua se degradando e, abandonando de vez qualquer prurido de imparcialidade e elegância, decidiu intensificar seus ataques ao governo mais popular e mais democrático da história do Brasil.

É absolutamente hipócrita o discurso pró-democracia da Folha, quando ela não respeita a instuição que, por excelência, é a essência da democracia num país, a saber, a presidência da República, pois é a única instituição cujo poder emana do sufrágio universal de todas as regiões brasileiras. As acusações da Folha ao governo Lula podem ser destinadas à própria Folha e aos demais órgãos de imprensa. É o que eu já disse em post anterior: na ânsia de agredir o presidente da República, numa atmosfera de preconceito que em tudo lembra o processo venezuelano, a mídia corporativa vem desrespeitando o Judiciário, o Legislativo e a grande maioria do povo brasileiro, o qual, segundo pesquisas da própria Folha, elegerá Lula no primeiro turno.

Vale lembrar ainda que, ainda segundo o próprio Datafolha, Lula está ganhando forte apoio inclusive em São Paulo. A estratégia do tudo ou nada da Folha é lamentável, é um desrespeito ao próprio jornal, a seus empregados, jornalistas, entregadores e todos que fazem da Folha de São Paulo um dos mais influentes jornais do país.

O Brasil tem poucos jornais de circulação nacional. É lamentável que esses poucos sacrifiquem seu futuro em prol de caprichos e preconceitos ideológicos de seus controladores. A atitude da Folha me leva a conclamar a sociedade brasileira a boicotar este jornal, que se mostra nocivo à estabilidade democrática. Não comprem a Folha, não assinem o Uol. A atitude da Folha também me leva a acreditar mais firmemente na importância da internet, espaço realmente democrático, na luta contra esse golpe midiático que tenta fraudar a vontade democrática do povo brasileiro. Todas as pesquisas revelam que Lula ganharia no primeiro turno. A explicação é simples: o povo, aí incluído o povo esclarecido (e não somente os que recebem o bolsa-família) entende que o presidente Lula é um grande estadista, respeitado internacionalmente e que vem fazendo um excelente governo.

A acusação de que a política econômica de Lula apenas repete à do governo anterior é ridícula, pelo simples fato de que o governo FHC aumentou exponencialmente nosso nível de endividamento e dependência externa, enquanto com Lula ocorreu o contrário: nossa exposição externa foi brutalmente reduzida, além do fato poderosamente simbólico de ter cancelado o contrato com o Fundo Monetário Internacional, o famigerado FMI. Lula fortaleceu as estatais, enquanto FHC as vendeu, num processo suspeito, apressado, a preços subavaliados. Lula elevou expressivamente o crédito à agricultura familiar. E praticamente reinaugurou no Brasil o crédito popular, que ficou totalmente represado nos tempos de FHC, produzindo uma explosão no consumo das classes baixas, que pôde finalmente comprar computadores, tvs modernas, dvds, etc.

O combate à inflação, esse grande mal que assolava a economia brasileira, tem sido muito mais eficiente na gestão de Lula do que na anterior, porque FHC combateu a inflação com uma política recessiva que produziu enorme desemprego, aumentou o endividamento e ainda criou uma bomba cambial que quebrou bancos e empresas. O fato do governo FHC ter segurado artificialmente o câmbio até depois das eleições constituiu uma fraude na vontade democrática do povo brasileiro que causou prejuízo de bilhões de reais aos cofres públicos. Isso sim é falta de ética: uma fraude criminal que o PSDB ainda não explicou ao país, e que os colunistas políticos nunca cobraram devidamente. Gostaria de ouvir a Lucia Hippolito falando sobre isso. E o Alckmin ainda tem o desplante de falar em "banho de ética"? E FHC ainda tem a cara-de-pau de falar que "a ética do PT é roubar"?

O editorial da Folha é ridículo, e ainda mais ridículo porque fala de iniciativas do governo Lula que não foram levadas adiante, justamente porque Lula teve a sabedoria de recuar e ouvir as demandas da sociedade civil. Todas as iniciativas do governo Lula que foram criticadas como "autoritárias" foram revistas, prova contundente do espírito anti-autoritário do governo Lula, mesmo que algumas das referidas iniciativas não contivessem, efetivamente, nada de autoritário. O Conselho Nacional de Jornalismo, por exemplo, é uma demanda antiga da Federação Nacional de Jornalistas, que foi o real proponente da medida. Foi erroneamente interpretado por autoritário pelo mesmo grupo de "estrelas" do jornalismo, que atualmente são os que, arrogantemente, se arvoram como representantes máximos da opinião pública brasileira. A verdade é que o jornalista hoje é mal pago, não tem a mínima estabilidade financeira, é um verdadeiro escravo dos donos de jornais. O resultado é um jornalista submisso, inseguro, tímido e, por fim, violentado ideologicamente.

A máscara da mídia fica cada vez mais fina e transparente, mostrando a face horrenda do golpismo. Um golpismo sofista, a cara do pós-modernismo. O mesmo sofismo cínico, mentiroso que, nos EUA, manipulou a opinião pública em prol de uma guerra absurda que rasgou todas as convenções internacionais, está agora presente no Brasil.

Há contudo um ponto positivo nisso tudo. A esquerda brasileira, acostumada a lutar, tinha ficado meio sem bandeira após a vitória de Lula. A mídia, acuada pela vitória estrondosa do PT em 2002, ficou mansinha num primeiro momento. Esperou o governo sofrer os desgastes naturais do processo político e administrativo, usou os erros naturais e manipulou habilmente a crise política detonada pelo bufão Roberto Jefferson. Agora, na reta final, está desesperada. Que fique desesperada. Que enlouqueça. Mas que não ouse violentar a democracia e prejudicar a economia do país. Se for preciso, iremos às ruas bradar contra essa mídia anti-patriótica e reacionária, que parece se entristecer sempre que os números da economia e do emprego são positivos. É estarrecedor ver como Miriam Leitão fica cada vez mais sorumbática e melancólica diante de números positivos e como se torna eufórica quando lhe cai qualquer má notícias nas mãos. Vá ser urubu assim lá no raio que o parta!

Eu sei que não posso obrigar a ninguém a preferir esse ou aquele candidato. Meu poder de influência é limitado, infinitamente menor que essa mídia corporativa. Mas tenho o meu voto, que vale tanto quanto o voto do dono da Folha. Um grande orgulho eu tenho. O meu voto eles não vão comprar. Eu voto em Lula. Conheço muita gente que vai votar em Lula. Estão se formando, pela internet, grupos coesos e organizados de pessoas que apóiam Lula. Criando blogs, sites, manifestando-se por toda a parte. A tendência deste movimento é crescer.

Vou torcer pela vitória de Lula mais que pela vitória do Brasil na Copa do Mundo. Esta alegre expectativa já é, para nós, uma espécie de triunfo. Não somos que nem eles, os anti-patriotas, que se entristecem ao ver a economia se consolidando, o desemprego caindo e o otimismo se espraiando nas classes trabalhadoras. Provaremos que somos maiores que essa midiazinha medíocre. O Brasil está na crista da onda de um grande movimento de independência política da América Latina. A América Latina precisa de Lula, porque Alkmin não será amigo de Evo Morales, não será amigo de Chávez, não será amigo de Kirchnner, nem de Michelet. Alkmin formará, junto com Uribe, um eixinho do mal, os serviçais do imperialismo americano.

Terminando: espero que esses partidos que se intitulam de esquerda (eu os considero cupinchas da direita) como PSOL, PPS, PSTU, entre outros, tenham um mínimo de compreensão do processo político internacional e não ajudem a direita a voltar ao poder no Brasil.


Leia abaixo o editorial da Folha de São Paulo, domingo, 26/03/2006

ABUSO DE PODER

A desfaçatez, o uso sistemático da mentira, o empenho em desqualificar qualquer denúncia, nada disso constitui novidade no comportamento do governo Lula. Chegou-se nos últimos dias, entretanto, a níveis inéditos de degradação ética, de violência institucional e de afronta às normas da convivência democrática.
Na tentativa inútil de salvar a credibilidade em farrapos de um ministro, viola-se o sigilo bancário de um cidadão comum, o caseiro Francenildo Costa _enquanto toda sorte de malabarismos jurídicos e parlamentares protege as contas de Paulo Okamotto, celebrizado pelos nebulosos favores que prestou ao presidente. Fato ainda mais grave, o caseiro se torna alvo de investigação por parte da Polícia Federal, num ato indisfarçável de ameaça e abuso de poder. A iniciativa _tomada em tempo recorde_ não tem paralelo na história recente do país, infelizmente pródiga em situações nas quais representantes do poder público se viram às voltas com denúncias sérias de corrupção.

Seria o caso de qualificá-la como um crime de Estado, não fosse, talvez, excessiva indulgência chamar de "Estado" o esquema de intimidação oficial que assume o proscênio no momento. Com arrogância e desenvoltura típicas de uma organização habituada à impunidade e aos acertos inconfessáveis, representantes do lulismo já faziam saber, antes mesmo que as contas do caseiro viessem ao conhecimento público, que dispunham de dados supostamente capazes de incriminá-lo.

Posteriormente, a demora em chegar aos responsáveis pelo abuso não fez mais do que intensificar as convicções de que terá partido dos altos escalões governamentais a orientação para que fosse levado a efeito.

Da "lei da mordaça" contra o Ministério Público ao abortado projeto de um Conselho Nacional de Jornalismo, da tentativa de expulsar do país o correspondente do jornal "The New York Times" aos sucessivos embaraços antepostos à ação das CPIs, o governo Lula já deu mostras de que convive mal com a liberdade de imprensa e com a procura da verdade. Ultrapassou, contudo, o terreno das propostas legislativas desastrosas, como ultrapassou também o terreno das bazófias, das chicanas e do cinismo militante, para se aventurar na prática da chantagem e do abuso de poder.

13 comentarios

Anônimo disse...

ë isto ai Miguel!!!

Grande Abraço..

Lisbôa

Anônimo disse...

Porra! Lei da mordaça tbe.?

Essa merda de "lei" foi proposta pelo PSDB e não pelo PT.

Daqui a pouco sai um editorial sustentando que a culpa de FHC fazer um governo de merda é do Lula.

A propósito disto, o Jabor já chegou a culpar o Lula pelo caos do trãnsito em SP.

Onde esse pulhas vão parar?:

- espero que no inferno.

Anônimo disse...

Folha de são paulo,O estadão,veja, arnaldo jabour, Mirian Leit~çao, alexandre Garcia, Noblat, Josias,Fernado rodrigues e outros ,estão em campanha para os canalhas do PSDBostas e PFLentos(Jorge"Hitler"Bornausen).

Anônimo disse...

Meu caro Miguel,

Primeiro, parabéns pelo blog, está excelente. Seu texto é maravilhoso, já inclusive me deliciei com seu primeiro conto, os do botequim.
A calhorda imprensa brasileira segue seu roteiro de golpe, ela nem precisa de lições do Cisneiros, basta sua própria experiência acumulada ao longo de nossa história, onde ficou demonstrado seu rancor com tudo que cheirasse a progresso, apoiando e louvando o que existia de mais atrasado em nossa sociedade. Basta ler o editorial de hoje para entender o que a levou a rara reportagem da manchete de domingo. Era só um contraponto para engabelar, afirmando uma possível imparcialidade. O jogo vai começar é agora. Se prepare.

Miguel do Rosário disse...

Lisbôa, abraço. Edson, o inferno é pouco pra eles. Tadeu, é verdade, estão em campanha. Charles, obrigado pelo comentário inteligente e fico imensamente feliz que esteja gostando do livro. Abraço.

Anônimo disse...

Aliás o que esperar de um jornal que emprestava seus carros para os arapongas da ditadura. Vide a biografia de Cacilda Becker...

Anônimo disse...

NÃO CONHEÇO A FUNDO O GOV DA VENAZUELA, MAS QUE O CASEIRO É COMPRADO EU NÃO TENHO DÚVIDAS E TINHA QUE DESMASCARA-LO SIM PQ ESTE NÃO APARECEU ANTES? QUEM FOI QUE ELE PROCUROU PARA FAZER DENUNCIA DE BOUCA?
EU ACHO QUE O PRESIDENTE TEM QUE COMEÇAR A RESPONDER ESTES GOLPISTAS

Miguel do Rosário disse...

Maia, obrigado pela manifestação,mesmo sendo contestatória, pois confere uma diversidade democrática a este blog.

Correa, pois é. Tanto Estadão quanto Folha emprestavam escritórios e carros para a ditadura, e ajudaram na conspiraçao. Acho que o Estadão é que foi mais cúmplice.

Anonymous, o presidente tem que continuar governando, qualquer coisa que faça será taxada de autoritária. Eles estão doidos para que o Lula perca a cabeça. Fosse eu, já teria mandado à merda esses caras há tempos, mas ainda bem que não sou presidente.

Anônimo disse...

Não há dúvida de que há diferenças consideráveis entre Brasil e Venezuela, como comentou o Carlos Eduardo Maia. É evidente que Lula não é Chávez e que o percurso histórico dos dois países é distinto. Mas os métodos utilizados pela imprensa contra Lula e Chávez são, sim, de uma semelhança espantosa.

Nos dois países, o acesso e a publicação de opiniões nos meios de comunicação que detém maior visibilidade estão restritos a articulistas de oposição, quando se observa na sociedade um movimento contrário, um apoio cada vez maior ao presidente - ou seja, os espaços de discussão desses órgãos de imprensa estão vetados para quem tenha opinião diferente da de seus donos; aqui no Brasil, como na Venezuela, o tom das críticas é violentíssimo, não tem nenhum compromisso com a democracia e com a governabilidade, e são largamente utilizados critérios seletivos para a indignação e para a virulência; lá, como aqui, a grande mídia é controlada por um pequeno número de famílias, historicamente comprometidas com as forças que sustentaram a emergência de nossa ditadura militar, de nosso famigerado Fernando Collor, da Era FHC e da candidatura Geraldo Alckmin.

É absolutamente legítimo marcar a diferença entre Brasil e Venezuela. Isso nos ajudaria a compreender porque Chávez pode fazer o que faz lá, e porque Lula não pode fazer o mesmo aqui. O Brasil é muito maior, muito mais populoso, sua estrutura produtiva é muito mais complexa, sua inserção no mundo neoliberal foi muito mais eficiente (do ponto de vista de um neoliberal, ou seja, com redução do Estado, sem distribuição de renda); por outro lado, a Venezuela reuniu, pelas suas precariedades, as condições para Chávez realizar mudanças mais profundas, com amplo apoio popular, e principalmente tendo sobrevivido a um golpe de estado onde chegou a ser sequestrado.

São condições muito diferentes, mas as semelhanças entre os dois países não podem ser simplesmente negadas, utilizando-se como argumento a existência de diferenças. A imprensa dos dois países é SIM muito parecida e usa os mesmos métodos golpistas, suas elites são virulentas e canalhas, só tem compromisso com a democracia quando esta lhe dê garantias suficientes da manutenção de seu poder e de sua renda, e os dois países tem presidentes de origem popular que são odiados por essas elites e por essa imprensa.

E é preciso que se diga: sem Lula, num futuro próximo pode não haver Chávez, pois se o maior e mais complexo país da América Latina, o Brasil, estiver alinhado aos EUA, situação inevitável com Alckmin no poder, Chávez estará sufocado.

Sugiro que procurem a assistam ao filme "A revolução não será televisionada", sobre o golpe Venezuelano.

Um abraço ao Miguel do Rosário e meus parabéns pelo excelente texto.

Anônimo disse...

Não há qualquer dúvida que o Brasil difere da Venezuela, inclusive pela língua falada. Agora um Golpe de Estado é isso mesmo em qualquer lugar. E quem dá golpe também é a classe que pode em cada ocasião.
Os golpes na América Latina foram dados pelas classes dominantes em cada país em geral acumpliciados com os que dominam na matriz USA. E foi esse conúbio que pariu o golpe na Venezuela contra Hugo Chaves em 2002, que a Veja noticiou em matéria de capa capciosamente falando em "queda" de um "ditador impopular".
O empresário, que subiu com o golpe patrocinado pelos poderosos até então, foi defenestrado em menos de 48 horas derrubado pelo povo que entrou numa peça onde nunca tem permissão para ser ator: nas altas esferas do poder. Mas a situação havia mudado sem a Veja querer ver, veja só!
O povo, cansado de ser impiedosamente explorado, cercou os quartéis e trouxe seu líder de volta ao governo. Onde foi confirmado em eleições posteriores enfrentando a mesma tempestade midiática dos (tu)barões de lá.
A oposição golpista brasileira está pagando, e muito caro, para ver a queda do presidente eleito. Nós, a maioria do povo democrata, temos que nos preparar para que os nossos golpistas vejam o mesmo que a Veja acabou vendo na Venezuela: há novos atores se fortalecendo no velho cenário latinamericano.
Na tão obviamente diferente Venezuela levaram 2 dias desfazendo o golpe. Vamos tentar nos antecipar e impedir o premeditado assalto das tropas golpistas chefiadas pelos coronéis do Partido Só De Barões & Partido Feliz Latifúndio? Afinal, o Brasil não é diferente? Respeitem as eleições! Ditadura nunca mais!

Anônimo disse...

Há uma excessiva proteção em torno do caseiro, como se a sua paternidade não reconhecida fosse o suficiente para explicar o depósito de 25 mil na sua conta, e o saldo de 38 mil incompatíveis para um trabalhador com rendimentos de 650 reais. Porquê não se discute o depósito feito em sua conta? Pois afinal, está comprovado, embora por caminhos ilícitos. Eu penso que a investigação da PF pode tomar vários caminhos simultâneos, e um deles investigaria o Francenildo, por quê não?
Quanto ao golpe midíatico, a imprensa-empresa foi leviana na cobertura do escândalo do mensalão, divulgando com estardalhaço fatos cuja veracidade que não eram comprovados previamente, muitas vezes sem os desmentidos, para só depois divulgar a contrapartida. A existência da compra de votos, desde o início da crise foi tomado como verdadeira, e ainda é, apesar da ausência de evidências comprovando que tenha ocorrido no governo Lula.
O argumento do golpe midiático não fecha os olhos para os "erros" petistas, já que o próprio PT reconheceu a prática do caixa dois. Mas o que estão fazendo é ampliar a dimensão dos fatos atribuindo para o PT todas as irregularidades dos governos anteriores, o que é inadmissível.
Quanto a saída de várias pessoas do governo, há que se considerar a enorme pressão política feita pela oposição e imprensa-empresa alegando que a permanência dos acusados atrapalharia as investigações.

Anônimo disse...

Em primeiro lugar, gostaria de manifestar minha grande satisfação em encontrar este blog.
Depois de séculos sendo torpedeado por aberrações literárias, finalmente encontro descanso para minha vista cansada e mente estuporada.
Perdoe-me o desabafo.
Desejo, entretanto, oferecer resposta às perguntas do comentarista Carlos Eduardo da Maia.
No meu humilde modo de entender, todos os nomes citados em suas perguntas perderam seus cargos ou foram demitidos, não pelo suposto crime ou pela suposta culpa. Todos eles caíram em consequência da pressão que lhes foi impingida. No mais tradicional estilo máfia siciliana, eles e seus familiares, principalmente estes últimos, foram vítimas do bom e velho TERRORISMO PSICOLÓGICO.
Em circunstâncias assim, nenhuma pessoa normal é capaz de suportar tão duros golpes. Principalmente para sustentar-se em um cargo público.

Miguel do Rosário disse...

obrigado feitoza, sua presença aqui é mais que bem vinda. é necessária.

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