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O protesto agora é, oficialmente, um evento internacional.
O PIG que se cuide, porque iremos fritá-lo! Este blog já tem colaborado com um tipo de Óleo especial... Quem acompanha a minha monografia "O poema de Gutenberg", já entendeu que estou aproveitando a oportunidade para cavar um buraco ainda mais fundo onde o PIG, depois de frito, poderá descansar em paz, eternamente...
O grande problema é que nós continuamos fazendo as coisas baseados na comparação, acreditando que um erro justifica o outro. "Ah mas a ditadura deles foi mais sanguinária que a nossa"
Mas morreu gente do mesmo jeito, sumiu gente do mesmo jeito, não importa se foi mais ou se foi menos, se foi usada bateria de carro ou se usaram a tomada para dar choques.
"Ah mas a ditadura de Cuba ninguém fala nada"
Não é por criticar a daqui que não deve-se criticar a de lá tbm. E aliás fala-se sim, e muito até.
"O mandato de político tal é melhor do que o do anterior ou será pior do que o próximo"
Não dá pra afirmar porque ninguém é vidente e cada um governa em um tempo e cenário distintos, não dá pra saber o que será ou o que teria sido.
Aconteceram coisas positivas? Aconteceram, mas as custas de que? As custas de quem? Com o apoio de quem e com a oposição de quem? A que preço? Tem como saber caso fosse com um governo democrático de direita, um governo democrático de esquerda ou com uma ditadura de esquerda se as coisas seriam piores ou melhores? Tudo seria mera suposição.
Na história e na vida nós somos lembrados mais pelo que fizemos de errado do que pelo que tenhamos feito de correto. Podemos até não concordar muito com isso em nossa ética, mas infelizmente é assim. Prova disso é que pessoas levam anos para criar uma reputação que pode ser quebrada em minutos por algum escândalo ou conduta duvidosa.
Voltando ao caso, uma analogia grotesca: Vá em uma reunião de Judeus e comece a falar o lado positivo do governo de Hitler, o que ele fez pelas escolas, pelo avanço da ciência, pelo amor de Deus, é ridículo, seria uma ofensa aos Judeus, da mesma forma que esse e outros textos nessa linha ofendem à parte da população brasileira que perdeu avôs, avós, pais e filhos. Tá, foram feitas coisas boas também, mas tentar usar isso pra amenizar o resto, vá lá.
Ou ainda, que tal um jornal europeu publicar que Salazar era até bonzinho se comparado a Franco, que era bonzinho se comparado a Mussolini que era bonzinho se comparado a Hitler?
A gente tem que aprender a ter senso político analisando o momento atual e evitando o máximo possível essas comparações (até as que eu usei para exemplificar, suscitando uma reflexão, mas não com um intuito real de comparação), um erro não justifica um outro ou o torna menos errado e, dificilmente, qualquer que seja um acerto justifica a morte de alguém. Há que se duvidar da idoneidade de um jornal que permite a publicação de um texto que de certa forma tenta amenizar um dos períodos mais conturbados e sangrentos da história de uma nação, seja por parte da própria ditadura ou seja por parte de alguns revolucionários comunistas que, também, mataram oficiais e deixaram suas mulheres viúvas, ainda que em quantidade bastante inferior.
O comentário anterior foi postado pro Wong Fei Fong do fórum UOL
Falando da "ditabranda" da Folha, num comentário afirmei que a invasão da CSN por militares ocorreu sob a ditadura militar. Explico. Formalmente a ditadura militar findou em 1985, com a posse do primeiro presidente civil, José Sarney , que governou sob os ditames da Constituição de 1967, ou seja, da ditadura. De forma que os militares continuaram exercendo uma tutela ainda por um bom tempo, sendo que este espectro só veio a ter um fim em 5/10/88, com a promulgação da "Contituiçao Cidadã". Em outubro de 1988 o juiz Cohen, da 3a. Vara Civel da cidade de Volta Redonda-RJ, determinou a invasão da CSN, o que foi feito por militares do Exército e da PM. Os militares invadiram a siderúrgica à procura de lideres grevistas, tento matado três trabalhadores e feriram 40. Até agora ninguém foi punido. A invasão da CSN terminou simbolizando a despedida dos militares da cena civil.
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Concordo com você anÔnimo, até porque para discordar é necessário coragem.
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