7 de julho de 2005

Notícias do front

As jornalistas Teresa Kruvinel, Cristina Lobo, mais uma representante do JB e outra da revista Isto é, realizaram um debate interessante hoje no programa do Jô. O gordo, aliás, vem dedicando espaço integral de seus programas à crise política, numa atitude que acho muito responsável de sua parte, porque permite à opinião pública beber um pouco mais de esclarecimentos em assunto que vem se revelando tão complexo.

Kruvinel e Lobo mostram-se, desde sua primeira participação no Jô, bem críticas e ponderadas em relação a tudo que está acontecendo. Parecem conscientes do papel crucial que exercem na vida política nacional. Lobo deu sua versão sobre o que seja o mensalão. Presidentes de partidos políticos, com esquemas montados dentro de estatais, desviavam verba pública e pagavam determinada soma para que parlamentares mudassem de partido político.

O depoimento de Valério trouxe um pouco mais de confusão ao debate, em vista da tranquilidade inquietante demonstrada pelo publicitário na CPI. Há confronto direto entre afirmações dele e de Jefferson. Aliás, a situação de Jefferson vem se complicando. O sujeito que ajudou a montar o equipamento que gravaria a conversa com Maurício Marinho, o funcionário dos Correios flagrado recebendo 3 mil reais em dinheiro, disse que agiu sob orientação de Jefferson. Esta afirmação corrobora a tese de que Jefferson queria pegar Marinho pelo fato do funcionário não estar repassando dinheiro dos Correios para o PTB, e sim embolsando ele mesmo.

A crise vem causando forte estrago na imagem dos politicos. O sensacionalismo descontrolado da mídia pode contribuir para o surgimento de lideranças messiâncias com propostas de moralizar o país.

Tucanos de bico negro sobrevoam os vales da morte.

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