6 de julho de 2008

Horácio, Odes XI

Tu ne quaesieris, scire nefas, quem mihi, quem tibi
finem di dederint, Leuconoe, nec Babylonios
temptaris numeros. ut melius, quidquid erit, pati.
seu pluris hiemes seu tribuit Iuppiter ultimam,
quae nunc oppositis debilitat pumicibus mare
Tyrrhenum: sapias, uina liques, et spatio breui
spem longam reseces. dum loquimur, fugerit inuida
aetas: carpe diem quam minimum credula postero.


Não sondes o destino, amiga, que os deuses
nos reservaram, nem interrogues
os astrólogos da babilônia.
Enfrentemos o que vier, seja o que for.
Quer Júpiter te conceda muitos invernos
quer seja este o último
em que as ondas do Tirreno
castigam os rochedos,
sê sábia e prova teus vinhos.
A vida é breve,
não alimentes longas esperanças.
Enquanto falamos,
o tempo, invejoso, foge:
vive o presente,
o menos crédula possível
no dia seguinte.

(tradução Miguel do Rosário, com influència de M.B.R)

1 comentário

Ler o Mundo História disse...

Miguel, prazer imenso topar com o seu blog (cheguei a ele via os créditos do texto 'Quem tem blog vai à Roma'), aliás, excelente análise com dados novos e sistematização de idéias que observo é a de muitos blogueiros do meu entorno.
Grande abraço
ps não resisti e além de indicar a leitura do 'Quem tem boca' copiei o texto sobre o quadrúpede que relincha e postei no meu blog.

Postar um comentário