7 de julho de 2011

Ainda sobre a fusão do Pão de Açúcar e Carrefour

Finalmente, dados. Um comentarista mandou-me link para um relatório do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-econômicos) que traz números atualizados até 2009 sobre a realidade do varejo no Brasil, com detalhes sobre o estado de São Paulo e capital. Com isso podemos tatear um pouco melhor nessa questão nebulosa que é a fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour.

Mantenho minha opinião, de que a concentração do varejo é negativa para a economia nacional; em relação ao papel do BNDES, imagino que pode ser positivo para a rentabilidade da instituição e, portanto, para o contribuinte, mas somente o lucro não justificaria uma operação deste tipo: deveria haver, como houve no caso do apoio do banco à criação de uma gigante brasileira no setor de frigoríficos, um esclarecimento melhor sobre as vantagens para o país.

A tabela abaixo mostra o balanço do emprego no setor supermercadista no município de São Paulo, por tamanho do estabelecimento:


Repare que os pequenos foram responsáveis pela grande maioria em termos de geração de emprego. Do saldo total de 11,89 mil empregos gerados em 2009, oito mil vieram de estabelecimentos com até 4 empregados. Disso podemos inferir que o pequeno varejo efetivamente cresceu em 2009, e provavelmente também em 2010. Isso reforça nossa teoria de que, ao mesmo tempo em que há um processo contínuo de concentração no segmento dos super-grandes, os pequenos varejos florescem em todo país, impulsionados pela melhora do poder aquisitivo das classes mais pobres. Isso não é uma contradição. As grandes redes instalam-se, prioritariamente, nas áreas urbanas mais desenvolvidas. As regiões mais pobres, justamente aquelas onde se verificam os maiores índices de crescimento econômico (até porque a base a partir da qual se dá esse crescimento é extremamente baixa), são atendidas geralmente por pequenas mercearias ou supermercados de pequeno ou médio porte. Nas áreas mais ricas, por outro lado, costuma-se encontrar um número grande de mercados, concorrendo ferozmente entre si, num processo que, no capitalismo liberal que vivemos, leva a movimentos de fusão. Trata-se de uma tendência avassaladora do capitalismo moderno.

O grande varejo brasileiro está sendo disputado, basicamente, por super-empresas européias e americanas.  De um lado do ringue temos o Carrefour, gigante européia; do outro, a Walmart, americana. As duas maiores do mundo.  A fusão Pão de Açúcar e Carrefour beneficiaria, naturalmente, o Carrefour, mas a Walmart não se tornará uma coitadinha perdedora por causa disso, pela razão simples de que a Walmart é a número 1 no ranking global, faturou 420 bilhões de dólares no ano-fiscal 2011, e certamente seus estrategistas estão acompanhando atentamente o desenrolar deste imbróglio.

Agora confira a tabela com dados de abrangência nacional, com o ranking e participação das 15 maiores empresas do ramo supermercadista:


Onde está Cia Brasileira de Distribuição, no topo da lista, leia-se Grupo Pão de Açúcar, que abocanhou 15% do faturamento do setor. Ele é seguido de muito perto pelo Carrefour, que tem outros 15% do mercado, de maneira que a fusão geraria um gigante com uma parcela de 30% do varejo brasileiro. A Walmart, número um nos EUA, tem 10% do mercado norte-americano. Na França, o Carrefour tem 40% do mercado.

Interessante é que esses gigantes varejistas tem um histórico de suporte governamental para ingressar em outros países, conforme se pode ver pelas notícias que informam sobre o lobby da Walmart junto a Casa Branca para ganhar o mercado indiano.

Confira um trecho do relatório do Dieese:

O setor supermercadista brasileiro obteve resultados expressivos em 2009, faturando R$ 177 bilhões o que representa um aumento nominal de 11,7% em relação a 2008. Descontando-se a inflação, o crescimento real foi de 6,5%, segundo a Associação Brasileira dos Supermercados (Abras). Uma das características do segmento é o elevado grau de concentração no faturamento. Os dados por empresa revelaram que somente a participação no mercado das três maiores redes chegou a atingir 40% do faturamento total do setor no ano passado (R$ 71,6 bilhões). O grau de concentração aumenta para 52% quando é agregada a participação das 15 maiores redes no faturamento total (Tabela 1). Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a participação do setor manteve-se em torno de 5,5%, nos últimos dois anos. Como houve um intenso processo de fusão vivido pelo segmento supermercadista, nota-se uma grande mudança acionária, e hoje a origem do capital é majoritariamente estrangeiro.

O documento do Dieese nos lembra ainda que o setor supermercadista é o maior empregador de jovens do país, em função da quantidade enorme de oferta de vagas em serviços que não exigem experiência prévia.

Conclusão

Diante de tantos números e informações às vezes contraditórias, qual a posição que devemos tomar diante nesta polêmica? Confesso que ainda estou em dúvida, mas à guisa de conclusão, teço os seguintes comentários:

O varejo brasileiro está no centro de uma guerra econômica entre as duas maiores redes varejistas do planeta: a francesa Carrefour, de um lado, e a americana Walmart, de outro. As duas dominam, juntamente com o Pão de Açúcar, 40% do varejo nacional.

Por outro lado, as pequenas vem também ganhando espaço, e devem prosseguir crescendo, em função da geografia brasileira, urbana e rural. Até a precariedade do transporte público, somada às enormes extensões territoriais em que se espalha a população brasileira, ajudam a promover o comércio local. Mesmo pagando um pouco mais caro, vale a pena comprar na vendinha do bairro, em função da economia de tempo e dinheiro necessários para o deslocamento até um grande supermercado.

Quanto à participação do BNDES na operação, inclino-me novamente a considerá-la positiva, pois seria um pezinho do Estado brasileiro (e dos interesses nacionais) na primeira ou segunda maior rede varejista do mundo, ajudando a transferir informações e tecnologias de um setor, que erroneamente não é considerado estratégico, mas que é estratégico sim, sobretudo considerando a necessidade de ampliarmos a presença de produtos brasileiros industrializados nas prateleiras do varejo internacional. Não é possível continuarmos vendendo apenas matéria-prima.

O governo, desta vez, não está sequer emprestando dinheiro a uma empresa privada, e sim tornando-se sócio-acionista, aumentando assim o patrimônio do Estado. O instrumento usado é o BNDESPar, braço do BNDES criado justamente para realizar esse tipo de operação. São 4,5 bilhões de reais do BNDESPar, que já investiu quase R$ 50 bilhões desde 2007 em operações semelhantes, gerando fortes lucros para a instituição. Ao mesmo tempo, sempre é bom lembrar, para se entender o contexto político em que se dão esses investimentos da instituição em grandes empresas, o BNDES está ampliando fortemente o crédito para micro, pequenas e médias empresas (varejistas incluídos, portanto).

Em suma, a concentração no varejo é negativa, mas se ela é inevitável, é interessante que o Estado tenha participação nela, sobretudo se levarmos em conta fatores globais, ou seja, se entendermos que pode ser útil que o Estado brasileiro influencie a política comercial do maior player varejista do mundo. Os mitos neoliberais de que o Estado é incompetente já foram enterrados. A China cresce de 15% a 20% ao ano porque o Estado chinês ajuda e participa de qualquer iniciativa econômica, doméstica ou no exterior, seja diretamente, fazendo o planejamento, seja indiretamente, com participação acionária. Na última crise financeira global, os governos tiveram que limpar a sujeira feita por grandes grupos privados, com prejuízo de trilhões de dólares para os cofres públicos. Na nova ordem econômica global, portanto, talvez estejamos diante de princípios diferentes daqueles que caracterizaram a fase neoliberal. Os governos, escaldados com os terríveis prejuízos de que foram vítimas no passado recente, justamente por se recusarem a participar ou regulamentar as atividades econômicas privadas, vêem-se agora, premidos pelas próprias circunstâncias, ou seja, pela necessidade de conferir maior segurança a seus investimentos, vêem-se agora forçados a estar mais presentes nas estratégias econômicas das grandes empresas nacionais, com a função de fiscalizar e garantir que estas instituições (que por seu porte tem grande função social) ajam com mais responsabilidade, prudência e que norteiem seus investimentos visando o interesse público.

O governo poderia, por exemplo, simplesmente emprestar dinheiro para o Abílio Diniz, assim como fez com a Globo durante a era FHC, quando a emissora recebeu vários empréstimos e aportes financeiros do BNDES.  Só em 2002, último ano do governo FHC, o BNDES injetou R$ 1 bilhão na Globocabo, maior empresa de tv a cabo no país, mesmo após a empresa ter apresentado contas fortemente negativas nos anos anteriores. E sem contar que o banco havia comprado ações da Globopar antes; aliás, durante décadas a Globo sempre recebeu generosos empréstimos do BNDES; e numa época em que o BNDES não emprestava dinheiro para os pequenos, e, cúmulo dos cúmulos, apresentava uma performance financeira medíocre, praticamente deficitária. Nos últimos anos, ao contrário, as operações do BNDES (com destaque para aquelas do BNDESPar) tem feito a instituição bater recordes todos os anos em termos de lucro líquido.

O que vemos desde o início da era Lula é o contrário desse movimento entreguista e anti-estatal, é o BNDES ampliando a presença do Estado na economia, dentro dos limites de uma democracia capitalista moderna, através da estratégia (normal para qualquer banco de investimento) de se tornar acionista dos principais empreendimentos privados nacionais, fazendo o Estado também lucrar com o crescimento econômico. É a única maneira, aliás, de abrir espaço para a redução dos impostos. Como o Estado poderá aumentar seu orçamento e prestar melhores serviços sem enfiar mais fundo o garfo no prato dos contribuintes? A única maneira é se tornando sócio da economia privada, o que lhe permitirá usar os lucros para bancar os gastos públicos crescentes de um país emergente. O BNDES, repito, não está emprestando dinheiro para o Abílio Diniz, mas se tornando sócio daquela que poderá vir a ser a maior rede varejista no mundo.

Reitero que não pretendo ser o dono da verdade, sobretudo em assunto tão espinhoso e repleto de pontos obscuros. Meu ponto-de-vista aqui é puramente empírico e diletante, e até mesmo arriscado, pois baseia-se numa confiança algo temerária de que Luciano Coutinho, o presidente do BNDES, é um cara ético, que deseja o melhor para a instituição. Entretanto, mesmo supondo que o negócio seja bom para o Brasil (pode ser muito ruim também, mas digamos, em teoria, que seja bom), compreendo que se trata ao mesmo tempo de uma disputa econômica privada, de dimensões globais, onde se joga sujo, se joga pesado, onde jornalistas, governos e entidades são assediados diuturnamente pelas partes interessadas. Paralelamente à guerra econômica, há uma guerra midiática. Quem se espantaria se viesse à tôna que a mídia se mobilizou contra o ingresso do BNDES na operação para defender os interesses da Walmart, a grande rival do Carrefour?  Nesse ponto, alguém poderia alegar, com muita propriedade, que o governo não deveria se meter numa briga privada. Ao que outro poderia rebater, igualmente com certa razão, que isso é balela, que o governo intervém mesmo parado, e que deve sim tomar posição tendo em vista o interesse público.

Segundo a turma do Abílio Diniz, a fusão evitaria a completa desnacionalização do setor varejista nacional, visto que o Pão de Açúcar estava comprometido (antes de se apaixonar pelo Carrefour) a entregar ao Casino, até o final de 2012, a totalidade de suas ações. Com a fusão, haveria continuidade da presença de capital nacional (incluindo o BNDES) na composição acionária de um grupo varejista responsável por 30% do mercado brasileiro.

Mas nem levo em conta os argumentos do Diniz, que tem obviamente interesse pessoal nesta fusão. O controle do varejo nacional ficará, de uma forma ou outra, nas mãos dos franceses, com os americanos em sua cola. O que me interessa é saber que o BNDES terá um percentualzinho da nova empresa, o que lhe permitirá influenciar o primeiro ou segundo maior grupo varejista do mundo a ampliar a presença de produtos brasileiros industrializados em suas prateleiras.

PS: Mais dados, que achei num post do Tijolaço.

17 comentarios

Alex Catarino disse...

Oi Miguel,

Mostrado que o pequeno/médio varejo não tem sofrido com a pressão dos supervarejistas, somente por razões (ou cegueira) ideológicas que alguém poderia estar em desacordo com a participação da BNDESpar nesse negócio.

Os neoliberais que querem o Estado mínimo vivem num Mundo à parte ou acham que vivem nos EUA, onde as empresas são Americanas. Por muito que falemos em Globalização, uma empresa Americana/Francesa tem políticas que beneficiam os/a EUA/França. E enquanto os empresários Brasileiros não tiverem capital para tomar conta dos setor privado, é preferível o Estado entrar para salvaguardar os interesses nacionais.

André disse...

Grade Miguel!

Acho que mais um ponto negativo na concentração do varejo brasileiro é a importância do setor na formação de preços. Um grande grupo de varejo pode trabalhar os preços de seus fornecedores e de seus compradores, ou seja, é uma formadora de preços por excelência. Além do mais a grande margem de lucro obtida no Brasil (veja o exemplo da recente reportagem do UOL sobre o setor automotivo) é um grande motivador de brigas dos grandes players globais do setor no país. Há portanto, um problema inflacionário nesta questão.

Abraço,
André.

Miguel do Rosário disse...

Pois é, mas nessa questão da formação dos preços, existe sempre a segurança da existência de uma grande massa pulverizada de pequenos mercados. Se o grande vender caro, isso vai beneficiar os pequenos, onde aliás o consumidor pode comprar com mais conforto, pois geralmente é um mercado próximo de sua residência.


Além do mais, a concorrência permanece entre os grandes, através desta que provavelmente será a grande guerra do varejo mundial (e brasileiro): Carrefour X Walmart. O Walmart será obrigado a oferecer preços baixos para tomar mercado do Carrefour e crescer no Brasil, e o Carrefour, por sua vez, será obrigado a baixar os preços para se manter na liderança.

André disse...

Miguel, acho interessante sua ideia, mas não acredito muito na capacidade dos pequenos comércios conseguirem fazer frente aos grandes na questão dos preços. Eles não tem a mesma escala de compras dos grandes. Muitos acabam se abastecendo em grandes redes de varejo. Ainda com exemplo da indústria automotiva, mesmo com mais montadoras ainda temos um mercado com pouca concorrência em preços. Penso que isto pode ser uma característica estrutural brasileira, talvez associada a heterogeneidade (produtiva, comercial, etc). Bom, é meio intuitivo o que estou dizendo, talvez um melhor estudo do setor (como vc faz) mostre outros caminhos e talvez esteja errado.

Abç,
André.

Miguel do Rosário disse...

Claro, André, os pequenos não podem fazer frente na questão dos preços. Está certo. O que eu estou dizendo que é se os grandes resolverem aumentar o preço final de seus produtos, estarão naturalmente dando competitividade aos pequenos. Isso é o que velho Adam Smith ensinava quando falava nas vantagens da liberdade comercial (há desvantagens também, claro).

André disse...

Grande Miguel! Não vejo liberdade comercial em uma situação de concentração. Mas se eu visse Leitões e Sardembergs citando Adam Smith, ou qualquer outro grande economista daria crédito pra eles! Parabéns pelo Blog e pela atenção aos leitores.

André.

Miguel do Rosário disse...

André, não há liberdade numa situação de monopólio, aí sim. Numa situação de concentração, mas havendo ainda forte concorrência entre os grandes e entre grandes e pequenos, a liberdade persiste. Talvez tussa de vez em quando, mas continua forte.

Anônimo disse...

Prezado Miguel do Rosário,

Tenho lido e opinado em diversos Blogs sobre a questão da fusão. Mas quase a totalidade deles partiu para disparar a favor e contra somente a partir de posturas ideológico-políticas. Há que analisar números, fatos e posturas como você tem feito.

Parabéns pela seu trabalho. Reforço a sugestão de cruzar seus estudos com o do Blog do deputado Brizola Neto que tem se mostrado bastante abalisado nas suas posturas.

De minha parte, para não ficar muito comprido, acho que, apesar de todos os pesares, estamos diante da seguinte situação: ou participamos de um grande grupo internacional de varejo ou o WallMart papa tudo.

Assinado: Calves (wolneycastilho@gmail.com)
ET: não sei como usar o sistema de identificação, por isso coloquei anônimo.

Gunnar disse...

Miguel,
Trabalhei por mais de dez anos no setor supermercadista, mais especificamente numa cooperativa de consumo.
As análises tem que ser feitas sob dois aspectos: a luta pelo cliente é mais geográfica enquanto a luta pelo fornecedor é mais de faturamento.
Os pequenos, que são abastecidos por distribuidores, não poderão jamais competir com os grandes, abastecidos diretamente pelos maiores fornecedores.
Há muita informação sobre o setor no site da ABRAS, inclusive um levantamento anual. Não encontrei o levantamento de 2011 mas o de 2010 está aqui: http://www.abras.com.br/edicoes-anteriores/Main.php?MagID=7&MagNo=42

Miguel do Rosário disse...

Muito legal a sua contribuição, Gunnar. E obrigado pelo link, que vou analisar com calma. Abraço.

José Marcio disse...

Você não acha que os pequenos varejos florescem em todo país, principalmente nos locais mais pobres, principalmente em função da injeção de recursos do bolsa-família?

Anônimo disse...

Miguel,

Não creio que os pequenos mercados consigam fazer concorrência com os grandes. O que eu vejo são os pequenos seguindo os grandes (sempre com um delta a mais e uma inércia grande na descida de preço e pequena na subida). Nessa questão de escolher onde comprar, a localização é muito mais importante. Claro que preços exagerados terão conseqüências, que as vezes são intencionais (como a diferença entre a clientela do Pão de Açúcar e do Extra), mas dentro de milhares de produtos diferentes pode-se esconder preços elevados de mil e uma formas. Continuo achando uma questão espinhosa demais para o governo por a mão, a regulação deveria ser feita pelos consumidores (os únicos nessa mixórdia que acreditaram nos gurus do individualismo).
Quanto ao papel do BNDESPar, concordo com você.

André M.

Anônimo disse...

Interessante na tabela "As 15 maiores empresas do ramo supermercadista" que empresas com 20 lojas tenham um faturamento de, aproximadamente, 10% em relação às empresas com 500-1000 lojas. Isso quer dizer que a margem de lucro destas é muito maior. Neste sentido, acredito que as pequenas terão seu espaço mesmo com a fusão.

Parabéns pelo site. Só mudaria o nome...

Anônimo disse...

Interessante essa noticia: a Walmart, principal rival do Carrefour, é a maior empresa do mundo, segundo a lista da Forbes divulgada hoje:

http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2010/07/08/walmart-lidera-ranking-das-500-maiores-empresas-do-mundo.jhtm

reginaldo disse...

Espinhoso esse assunto . Os blogs todos divididos. Eu particulamente cheguei a entrar no site do BNDES e olha o balanco. Me parece positivo sim o governo ser socio de empresas, inclusive citei ate o exemplo de Singapura , lá ninguem paga impostos a grana do governo é tirado dos lucros das empresa as quais o governo é socio de todas.

Marcelo de Matos disse...

1) Essa fusão, em tese, seria boa para o país. Na verdade, não entendo de economia, mas, já dizia o Dr. Delfim que a concentração bancária seria conveniente porque aí nossos bancos poderiam ter certo protagonismo no cenário internacional. O mesmo raciocínio valeria para o setor supermercadista. Não dá para acreditar, porém, que ela se efetivará. O grupo Casino tem contrato que lhe garante a aquisição do Pão de Açúcar e o país tem o dever de velar pela observância dos contratos. O Conca, também, acabará indo para a China, já que foi negociado, em que pesem os arreganhos e chicanas jurídicas da diretoria do Fluminense; 2) Interessante a opinião do empresário Jean-Charles Naouri, na Folha, em 06.07.11: “Erros estratégicos: O empresário afirmou que a proposta de fundir Carrefour e Pão de Açúcar tem dois erros estratégicos: "Primeiro, reforça o peso dos hipermercados, que começam a perder importância. Outro é investir na Europa Ocidental, onde o crescimento é lento ou negativo, e não em mercados emergentes."
Sobre a possibilidade de o Casino aprovar o negócio, disse que "a resposta será dada no conselho". Questionado sobre a participação do BNDES na operação, disse não ter comentários a fazer e que investe no Brasil "convencido de que o país é um Estado de Direito".
"Consideramos a 'Carta ao Povo Brasileiro' de Lula, que falava do respeito ao contratos e que fazia disso pedra angular do Brasil de amanhã."
Quando indagado sobre a forma como financiou as recentes aquisições de ações do Pão de Açúcar e se havia chegado ao limite de compras, Naouri disse que o Casino está em boa posição financeira”.

Anônimo disse...

http://oglobo.globo.com/economia/mat/2011/07/12/sem-fusao-com-pao-de-acucar-carrefour-pode-ser-engolido-pelo-americano-walmart-924888937.asp

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