29 de maio de 2007

Nova palhaçada midiática

Definitivamente, a mídia pirou. Tanta fome, violência, corrupção no país e a grande preocupação nacional agora é saber quem pagou uma pensão, há mais de 10 anos, para uma filha fora do casamento do Renan Calheiros. Vou dizer uma coisa: nunca fui com a cara do Calheiros. Mas não sou bobo. O que a mídia quer não tem nada a ver com ética ou moral. A mídia está novamente apostando na desestabilização política. Não tendo mais como atacar o Executivo, partiu para o Senado. Quer derrubar o Calheiros para botar em seu lugar alguma de suas marionetes da oposição. A mídia sabe que, com a oposição no comando do Senado, pode de fato morder fundo a canela de Lula, quem sabe até realizando seu sonho mais querido, um impeachment. De resto, continua a estratégia de lançar fumaça nas operações da Polícia Federal, através de mil e um artifícios. Mesmo não dando certo, sempre tem a função de impor uma agenda à imprensa, fugindo de temas como fome, violência, desemprego, e todos esses problemas que assolam a nação.

Mas a mídia é muito perigosa. De vez em quando, recebo críticas de alguns leitores, dizendo que não deveria perder tempo citando este ou aquele representante do jornalismo conservador, esta ou aquela publicação. Não concordo. Não cito este ou aquele porque o acho mais ou menos talentoso, mas porque integra uma rede de comunicação de massa, ou seja, com grande alcance de público e, além disso, possui representatividade na elite. Uma das funções mais importantes da blogosfera é justamente fazer a guerra de contra-informação. Citar fulano ou sicrano não significa que estou valorizando quem não merece, mas definindo precisamente quem são os meus adversários, porque o são e para quem estes adversários trabalham.

2 comentarios

Larissa Marques - LM@rq disse...

E depois me perguntam porque tanta gente não fala com a imprensa, usam daquela velha historinha da "censura", mas sei bem o efeito manipulador das massas, a mim é que não enganam.

O Anão Corcunda disse...

Há momentos e momentos, Miguel. Há horas em que é preciso revidar, mas isso também não pode reger a nossa escrita. Debater com nossos inimigos é importante, mas tem horas em que é preciso cortar o debate, pois muitas vezes nossos adversários querem justamente nos fazer perder tempo. Isso faz parte da luta ideológica.

O que sugeri há uns posts atrás é que talvez seja mais importante, por ora, debater com aqueles que estão do nosso "lado" do que com inimigos que não nos escutam. Por isso acho que é importante avaliarmos/analisarmos a lista de recomendações de blogs que dispomos. Que eles andam dizendo? Como nossos companheiros vêm trabalhando?

Mesmo porque o debate entre nós, se for bem feito, só vai nos fortalecer para o debate contra nossos adversários. E só vai nos deixar mais fortes na hora das cooptações.

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