28 de março de 2010
Clipping da mídia
Prezados, achei que as notícias de hoje valiam um clipping. Segue abaixo, então, uma seleção de matérias políticas que pincei na imprensa deste domingo. Um fato digno de menção foi a curiosa decisão da Folha em dar destaque à manutenção da popularidade de Lula na pesquisa do Datafolha. Pode ter crescido um pouco, mas não representa novidade. O fato sugere, aos espíritos desconfiados, uma tentativa de restaurar a credibilidade do instituto. Apenas contribui, porém, para gerar ainda mais confusão. Se a popularidade de Lula cresceu, se Dilma cresceu na espontânea, e se não aconteceu nenhum fato novo na política, por que Serra teria crescido? O próprio colunista da Folha, Clóvis Rossi, expressa sua perplexidade perante a misteriosa ascensão de Serra.
Esse blog, no entanto, prefere se abster de acusações precipitadas contra o Datafolha. Há outros institutos operando na praça e a oposição terá que fraudar todos se quiser manipular o resultado por aí.
Ainda aguardo a divulgação da íntegra da pesquisa, para poder analisá-la em detalhes.
Abaixo o clipping. Se tiverem um tempo livre, leiam tudo com atenção. Será material para debate nos próximos dias.
FOLHA
Texto na primeira página:
Popularidade de Lula bate recorde
A nove meses de deixar o governo e em campanha aberta para eleger DilmaRousseff sua sucessora, o presidente Lula atingiu a sua melhoravaliação desde que assumiu o cargo, em janeiro de 2003: 76% dapopulação consideram seu governo ótimo ou bom. É o recorde para umpresidente desde que o Datafolha iniciou o levantamento, em 1990. Mas orecorde se fragmenta na eleição de seu sucessor.
Texto interno:
A 9 meses de sair, Lula tem aprovação recorde de 76%
Avaliação é a melhor de um presidente desde 1990; só 4% veem governo ruim ou péssimo
Apesar do resultado positivo, José Serra, candidato da oposição, abriuvantagem de 4 para 9 pontos sobre Dilma, nome do PT para a sucessão
FERNANDO CANZIAN
DA REPORTAGEM LOCAL
A nove meses de deixar o cargo e em campanha aberta para eleger a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) sua sucessora, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atingiu no final de março a sua melhor avaliação desde que assumiu a Presidência, em janeiro de 2003: 76% da população consideram seu governo ótimo ou bom.
O recorde na avaliação positiva para um presidente no Brasil desde que o Datafolha iniciou esses levantamentos, em 1990, aparece como contraponto a um aumento para nove pontos na vantagem entre o candidato à Presidência da oposição, José Serra, e Dilma.
Esta foi a terceira pesquisa consecutiva, agora realizada entre 25 e 26 de março, em que o Datafolha registrou oscilação positiva nos índices de ótimo e bom concedidos pela população ao presidente Lula.
Ao longo dos últimos sete anos, os resultados positivos na avaliação do presidente vêm coincidindo, ano a ano, com a melhora nos indicadores econômicos e sociais do país.
Mesmo entre os mais escolarizados e ricos, que no início do governo tinham grandes doses de prevenção contra o governo Lula, a popularidade do presidente avançou.
Só entre agosto de 2009 e agora, a avaliação positiva de Lula saltou nove pontos, de 67% para os 76% atuais.
Já nos últimos três anos, Lula aumentou em 26 pontos a sua popularidade. Hoje, apenas 20% consideram seu governo regular e 4%, ruim ou péssimo.
Tendo Dilma como candidata, Lula manteve a tendência de crescimento na popularidade entre as mulheres. Também pela terceira vez seguida, a aprovação a seu governo cresceu nesse segmento da população, passando de 71% para 75%.
Mas, de acordo com resultados da pesquisa Datafolha divulgados ontem, as intenções de voto em favor de Dilma para a eleição presidencial deste ano oscilaram negativamente um ponto no último mês. A ministra tem agora 27%.
Já o candidato tucano, José Serra, voltou a abrir vantagem sobre a petista. A diferença em relação à candidata, que era de quatro pontos no mês passado, passou agora para nove pontos. Serra tem hoje 36% das intenções de voto.
Além de ter avançado no segmento feminino da população, a avaliação do presidente cresceu também entre as pessoas com mais de 60 anos. Subiu seis pontos, de 67% para 73%.
Mas um dos maiores saltos na avaliação positiva de Lula captado pela pesquisa se deu entre as famílias que têm renda superior a dez salários mínimos (R$ 5.100,00). Foram 12 pontos percentuais de aumento, de 56% para 68%.
No início do governo Lula, nesse mesmo segmento da população apenas 36% consideravam a gestão do petista como ótima ou boa. De lá para cá, o aumento é de expressivos 32 pontos percentuais.
O salto é ainda maior, de 34 pontos, entre os que ganham menos, até cinco salários mínimos (R$ 2.550,00). A aprovação ao presidente nessa parcela da população alcança hoje 77%.
Mas, apesar do crescimento também entre os brasileiros com ensino superior (de 65% para 70%) e entre os que ganham mais de dez salários mínimos, (56% para 68%) é nesses segmentos que o governo Lula continua tendo as suas piores taxas de aprovação.
O mesmo ocorre nas regiões Sul e Sudeste, onde 69% das pessoas consideram o governo ótimo ou bom.
Esse percentual sobe a 87% no Nordeste. Na região, não somente a renda da população aumenta a um ritmo maior do que na média do país como é para onde se dirige grande parcela dos benefícios do programa Bolsa Família.
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Editoriais
Dança dos números
Oscilações na pesquisa de intenção de voto para presidente refletem caráter ainda incipiente da campanha eleitoral
SÃO SURPREENDENTES , ainda que não constituam reversão categórica nas tendências do eleitorado, os números da pesquisa do Datafolha sobre sucessão presidencial, divulgados ontem.
Sem ter anunciado oficialmente sua candidatura, o governador de São Paulo, José Serra, conhece uma elevação, acima das margens de erro, de seus índices de preferência popular.
Dos 32% que obtinha na última pesquisa, em fevereiro, o peessedebista passa a 36%, patamar semelhante ao de dezembro do ano passado.
A candidata do PT, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, estaciona em 27%, interrompendo a ascensão que se produzia desde que foi oficiosamente lançada pelo presidente Lula como nome à sua sucessão.
Até agora, a avaliação dos analistas políticos convergia para enfatizar o desequilíbrio entre os cronogramas de campanha de cada candidato. Enquanto Dilma Rousseff se lançava, com Lula, a uma maratona de inaugurações que não disfarçavam seu caráter de comício eleitoral, a demora de Serra em assumir a candidatura acarretava-lhe o preço de ver diminuída a distância que o separava da rival petista.
Apesar de seu nome não ter sido oficializado, o fato é que Serra já se comporta como candidato -e, se não tem um presidente Lula a alavancar suas pretensões, conta de todo modo com a máquina da propaganda oficial do Estado, que no rádio e na TV tem exposto o eleitor a um intenso bombardeio de anúncios a respeito de suas realizações no governo paulista.
Por sua vez, a candidata do PT passara por um período de grande exposição pública nos dias que antecederam a pesquisa anterior. Enquanto isso, importante base do eleitorado serrista experimentava, na cidade de São Paulo, poucos motivos de entusiasmo diante do problema das enchentes.
O fato é que até aqui nenhum dos principais candidatos -com Ciro Gomes e Marina Silva mantendo-se na penumbra- foi confrontado com o processo de uma campanha política, no sentido mais próprio do termo.
Apresentam-se, num paralelismo mecânico e tedioso, as realizações administrativas de um e outro, sem que se contestem e discutam suas visões, estilos, atitudes e propostas.
Num quadro de relativa equivalência ideológica, ademais agravado pelo fato de que discursos oposicionistas se intimidam em face da grande popularidade do presidente, Serra e Dilma oscilam no altiplano ainda pouco acidentado das pesquisas de intenção de voto.
A indefinição do quadro é inerente aos momentos iniciais de uma disputa eleitoral -mas não deixa de representar também, do ponto de vista simbólico, a dificuldade de ambos em criar, com brilho próprio, fatos políticos capazes de alterar a acomodação por ora reinante.
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CLÓVIS ROSSI
Mistério
SÃO PAULO - Durante a campanha eleitoral de 1989, Leonel Brizola almoçou nesta Folha e, a horas tantas, comentou que uma eventual vitória de Fernando Collor de Mello seria "anti-histórica". Concordei com ele, em silêncio.
Como todo mundo sabe, Collor ganhou. Decidi, também em silêncio, que não entendia absolutamente nada de como o eleitor brasileiro forma sua intenção de voto e que era mais prudente, daí em diante, dar palpites apenas quando o Datafolha iluminasse o caminho.
Não é que, agora, nem o Datafolha ilumina algo? O resultado da pesquisa mais recente, ontem publicada, é um denso mistério, ao menos para mim. Não consigo encontrar uma explicação forte para o fato de José Serra ter subido quatro pontos em um mês. Atenção, hidrófobos do tucanato, não estou lamentando a subida, apenas tentando entendê-la.
Que Dilma Rousseff parasse nos 28% ou 27% é compreensível. Deve ter havido uma pausa (ou interrupção definitiva, sabe-se lá) no empurrão que o prestígio do presidente Lula dá à sua candidata.
Mas o que houve para que Serra subisse? Não vi nada no noticiário, a menos que tenha perdido algo por viajar frequentemente para o exterior, o que às vezes faz com que leia apenas superficialmente os jornais brasileiros.
Diminuíram as chuvas, é a hipótese levantada pelo meu guru do Datafolha, Mauro Paulino. Pode ser, mas, pela lógica, seria motivo para que Serra estacionasse, não para que subisse, certo?
Enfim, o resultado só me faz retornar à sensação de 20 anos atrás e decidir deixar que o Datafolha me surpreenda a cada tanto.
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ELIANE CANTANHÊDE
Cara a cara
BRASÍLIA - O Datafolha de ontem é um susto para o governo e um alívio para a oposição, mas apenas confirma o principal dado da campanha: o governo tem as melhores condições, e a oposição, o candidato mais sólido. Dilma Rousseff, apesar de tudo, oscila um ponto para baixo e está com 27%. Serra, apesar de todos, recupera quatro pontos e volta aos 36%.
A campanha fecha março e chega a abril tensa, nervosa, quente. Na quarta, 31, Dilma sai da Casa Civil e Serra deixa o Bandeirantes, preparando-se para o lançamento público em 10 de abril, em Brasília. Os dois vão se enfrentar cara a cara pelo Brasil afora, com Ciro Gomes encrencado no seu próprio PSB e Marina Silva e o PV tentando ganhar fôlego e musculatura.
O melhor exemplo da premissa de que o governo ganha nas condições e a oposição ganha no candidato é o confronto entre a popularidade de Lula e a oscilação negativa de um ponto percentual de Dilma. Ele sobe para 76% e é o recordista entre os presidentes desde 1990. Mas Dilma, em vez de acompanhar o movimento, estaciona.
Planalto e PT têm Lula e estão mais organizados, com mais estrutura, um leque muito maior de alianças partidárias, mais tempo na TV. Mas José Serra, mesmo quando balança, não cai. Mantém-se teimosamente acima dos 30%.
Mesmo agora, a previsão era a de que as linhas se cruzassem -com Serra caindo e Dilma chegando à liderança-, o que não se confirma.
Ao contrário, Serra abre 28 pontos de vantagem no Sul, que, ao lado de São Paulo, neutraliza Norte e Nordeste. Os holofotes, portanto, concentram-se em Minas, onde a partida tende a ser decidida.
Neste momento, o que o Datafolha diz aos adversários é simples: a oposição tem de criar a estrutura e fortalecer as condições do seu candidato, enquanto ao governo convém o contrário: melhorar a imagem, a desenvoltura e a empatia da sua candidata com o eleitor.
elianec@uol.com.br
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Painel
RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br
Vento sul
A campanha de José Serra tentará aproveitar o bom resultado no Sul (crescimento de dez pontos no Datafolha) para equacionar seus palanques na região.
No Rio Grande do Sul, o fôlego tomado permite sonhar com dois cenários: a) que José Fogaça (PMDB), líder nas pesquisas, pense duas vezes antes de apoiar Dilma Rousseff (PT); b) que Fogaça, diante da recuperação ensaiada por Yeda Crusius (PSDB), desista de trocar a segurança da Prefeitura de Porto Alegre pela incerteza da disputa, levando o PMDB para a órbita de Serra já no primeiro turno. Em Santa Catarina, os números reaproximam o PSDB e do PMDB, que flertava com Dilma. No Paraná, o PT fica mais dependente de uma eventual aliança com Osmar Dias (PDT).
Fortaleza 1. Embora responda por apenas 15,6% do eleitorado nacional, a região Sul importa para a campanha de Serra por ser, na era Lula, reduto do voto oposicionista.
Fortaleza 2. Entre os poucos Estados nos quais Geraldo Alckmin saiu vitorioso no segundo turno da eleição presidencial de 2006, foi no Rio Grande do Sul que o tucano obteve sua maior vantagem sobre Lula: 53% a 42%.
Sinto muito. Diagnóstico de quem conhece bem tanto Eduardo Campos quanto Ciro Gomes: o presidente do PSB está fazendo pacientemente todo o roteiro de conversas com possíveis aliados para no final poder dizer ao pré-candidato algo como: "Tentamos de tudo, mas não deu".
Rajada de balas. E Ciro vai sair da disputa presidencial em silêncio ou atirando? "Para todo lado", responde o mesmo especialista.
Liga... Depois de pôr pilha em José Alencar (PRB) para assustar adversários e aliados em Minas Gerais, o PT se deu conta de que pode acabar lhe faltando lugar na chapa e agora apela a Lula para convencer o vice-presidente a desistir de toda e qualquer candidatura.
...e desliga. A conversa mais recente para atingir tal objetivo é a de que seria "muito importante" Alencar ficar no governo, de modo a permitir que o presidente se dedique mais -eventualmente até por meio de pequenas licenças- à campanha de Dilma.
Na oposição. Comentário bem-humorado de José Alencar, quando a equipe médica polidamente se recusou a expedir um atestado segundo o qual o vice estaria em "processo de cura" do câncer: "Vocês são uns tucanos!".
Popular... Noviço em palanques, o vice-governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), começa a se soltar. Dias atrás, empolgado ao final de um discurso, pediu licença para cantar Gonzaguinha: "É a vida, é bonita e é bonita!".
...e erudito. Mas Anastasia ainda faz jus ao título de "professor" pelo qual todos o chamam. Na quinta passada, ao falar na última grande reunião de governo comandada por Aécio Neves (PSDB), o pré-candidato referiu-se aos mineiros do Vale do Jequitinhonha como "nossos concidadãos que moram em regiões menos afeitas a um bom regime pluviométrico".
Endereço. Se mantiver a rotina de passar quase todos os finais de semana em São Paulo, o ministro Cezar Peluso inovará na presidência do Supremo. Na história recente, praticamente todos os ocupantes do cargo fixaram residência em Brasília.
Trindade. Poupada da gerência do PAC, que ficará a cargo de outros ministros, Erenice Guerra elegeu três projetos prioritários para seus nove meses de Casa Civil: a hidrelétrica de Belo Monte, a ferrovia Transnordestina e o trem-bala São Paulo-Rio.
Trancado. A Rede Globo pode dormir tranquila. Não há chance de sair do limbo, na Assembleia paulista, o projeto que proíbe o término dos jogos de futebol depois das 23h.
com SILVIO NAVARRO e LETÍCIA SANDER
Tiroteio
"Chamem o Paulo Okamoto. Com certeza sobrará para ele pagar as multas aplicadas a Lula pela Justiça Eleitoral."
Do senador ACM JÚNIOR (DEM-BA), sobre o pouco caso manifestado por Lula diante da punição de pagar R$ 5.000 por fazer campanha antecipada; no passado, o presidente do Sebrae declarou ter assumido uma dívida de R$ 30 mil do amigo.
Contraponto
Vara especial
Na quarta-feira passada, um grupo de parlamentares oposicionistas entregou ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, um pedido formal de investigação sobre as conexões entre os escândalos do mensalão e o caso Bancoop, que envolve o tesoureiro do PT, João Vaccari.
Para quebrar o gelo, o líder do PSDB na Câmara, João Almeida, começou por dizer que os tucanos não tinham a intenção de sobrecarregar o procurador-geral:
-Não queremos abusar...
Gurgel tratou de deixar os visitantes à vontade:
-Fiquem tranquilos. Eu soube que, quando vocês estavam no governo, chegou a se discutir aqui a abertura de um protocolo para uso exclusivo do PT!
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Tucano contrata especialista em Twitter
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governador José Serra (PSDB), que já é usuário habitual do Twitter como ferramenta de conversação, montou uma equipe para gerenciar as ferramentas virtuais de sua campanha ao Planalto. O núcleo contará com a jornalista e publicitária Ana Maria Pacheco, encarregada de abastecer e administrar o microblog do tucano, que deverá inclusive anunciar o lançamento oficial de sua candidatura.
Sua página, cuja autenticidade é certificada pelo provedor do serviço, alcançou a marca de 181 mil seguidores.
Antes do início formal da campanha, o mecanismo já produziu resultados que encorajaram a equipe de Serra. O termômetro foi uma mensagem postada pelo governador em que ele retrucava boatos espalhados em Manaus (AM) segundo os quais seria contrário à Zona Franca. "O boato sobre acabar com a Zona Franca de Manaus é molecagem antiga. Aparece sempre em ano eleitoral", respondeu Serra ante o comentário de um internauta. O texto foi replicado exaustivamente em veículos de abrangência regional e, dizem os tucanos, minimizou o dano político da suposta boataria.
Segundo o tesoureiro da Executiva Nacional do PSDB, Eduardo Graeff, o partido já montou estrutura para maximizar dividendos eleitorais do ciberespaço e espera receber doações via internet, com cartões de débito e crédito.
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Campanha de Dilma se aproxima de idealizador da Campus Party
Petistas também enxergam importância eleitoral estratégica nas redes sociais
MARIA CLARA CABRAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PT também se arma para disseminar nas redes sociais a candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Para isso, negocia com Marcelo Branco, ex-diretor e um dos idealizadores da Campus Party, maior evento de tecnologia do país, e um dos coordenadores do projeto Software Livre.
A intenção do partido é transformar o especialista em tecnologia da informação em uma espécie de guru para uso eleitoral das redes sociais, como Twitter, Orkut e Facebook.
"As redes sociais se tornarão um novo palco de disputa política. Páginas de candidatos que apenas reproduzem notícias, como em eleições anteriores, são pré-históricas. O trabalho será interativo", diz Branco, que foi filiado ao PT no anos 80.
Além dele, o partido já fechou negócio com a Pepper Comunicação, de Brasília. A Pepper fechou, com a ajuda do marqueteiro João Santana, parceria com a empresa americana de Ben Self, mentor das estratégias de campanha na internet que ajudaram a eleger Barack Obama. A agência também é responsável pela hospedagem de um site de apoio a Dilma (www.mulherescomdilma.com.br).
O PT não revela o montante que investirá na estratégia. O deputado federal André Vargas (PT-SP), secretário nacional de comunicação da sigla, diz que a ideia é lançar vários sites.
O primeiro passo é a realização de um censo para saber quantos militantes estão na web. Depois, devem municiar os simpatizantes com áudios, textos e vídeos sobre Dilma, para que o material se espalhe.
"O PT quer oferecer para a Dilma a melhor estrutura possível. A prioridade é a internet. Não é mais só a juventude que está conectada", disse Vargas.
Também devem ser criadas centenas de comitês virtuais, que ficariam com a missão de adaptar os discursos de Dilma às realidades de cada região.
Vargas diz que os filiados do partido (1,2 milhão) serão conclamados para participar ativamente da campanha na rede.
Por ser uma ferramenta nova, o PT ainda não sabe estimar o quanto pode arrecadar on-line durante a campanha.
Ontem, Dilma passou por exames de rotina em São Paulo, no hospital Sírio-Libanês.
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Pesquisa interrompe otimismo do governo
Auxiliares diretos do presidente veem resultado do Datafolha como o fim do clima de "já ganhou'; vantagem alivia oposição
Reservadamente, Lula vinha dizendo que já contava com uma vitória da ministra Dilma Rousseff ainda no primeiro turno da eleição
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O resultado da pesquisa Datafolha surpreendeu o governo e interrompeu o otimismo exagerado na campanha da pré-candidata do PT, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Para a oposição, trouxe alívio ao virtual pré-candidato tucano, o governador José Serra (SP), numa hora decisiva.
Nas palavras de um auxiliar direto do presidente Lula, a dianteira de nove pontos percentuais de Serra sobre a Dilma Rousseff "acaba com o clima de já ganhou" criado no governo.
A "surpresa", segundo integrante da cúpula do governo, é que o Datafolha mostrou resultado distinto de levantamento recente do PT. Nele, Serra aparecia à frente, mas tecnicamente empatado com Dilma.
O próprio Lula, segundo auxiliares, apresenta otimismo considerado exagerado em relação a Dilma, falando, reservadamente, em vitória no primeiro turno. O Datafolha, diz um ministro petista, trará Lula à realidade: a eleição deverá ser disputada palmo a palmo, porque Serra é um candidato forte.
Um cacique tucano diz que havia temor de que o Datafolha pudesse trazer Dilma à frente. Na pesquisa anterior, feita exatamente um mês antes, a petista encostou no tucano -diferença de cinco pontos. Agora, a oposição chega mais animada ao lançamento da pré-candidatura Serra, no dia 10 de abril.
"É bom para ninguém ficar achando que a eleição será fácil", disse o líder do partido na Câmara, deputado Fernando Ferro (PE). O líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), admite que o resultado da pesquisa de um mês atrás-com Serra com 32% e Dilma com 28%- era mais positivo para a ministra. Ele afirma, no entanto, que o importante agora é avaliar a pesquisa espontânea (na qual a ministra aparece com 12% das intenções de voto, contra 8% de Serra).
Para o presidente do PSDB, o senador Sérgio Guerra (PE), a pesquisa mostra que "Lula não tem a mão de Deus, que há diferença entre ele e a candidata".
"Sempre confiamos que quando há um candidato posto, essa realidade se coloca em números", diz o líder do DEM, Agripino Maia (RN). "Mesmo com esse nível de exposição monumental -haja vista as multas do presidente Lula- a candidata petista não cresceu", diz o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM).
Integrantes do PSB dizem que a estagnação do deputado Ciro Gomes na pesquisa já era esperada. "Os outros dois candidatos estão na rua, fazendo campanha. O Ciro não", diz o líder do partido na Câmara, Rodrigo Rollemberg (DF), que admite que, sem tempo de TV, ficará difícil para Ciro crescer.
A senadora Marina Silva (PV-AC), com 8%, ficou satisfeita "se consideramos que a exposição de mídia dos dois candidatos é abissalmente incomparável à minha e se considerarmos que eles já são candidatos desde pequenininhos e que o meu movimento de pré-candidatura só tem seis meses", afirmou.
(KENNEDY ALENCAR E MARIA CLARA CABRAL)
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ESTADÃO
EDITORIAL:
Lula fala, Chávez faz
No Brasil, o presidente Lula diz que fica triste quando os jornalistas, tendo o direito de escrever a coisa certa, escrevem a coisa errada. Na Venezuela, o seu companheiro Hugo Chávez não perde o seu tempo se entristecendo com os meios de comunicação que escrevem a coisa errada ? críticas ao seu regime autoritário ? e não a coisa certa ? louvação a quem está no poder. Levando às últimas consequências o desgosto do brasileiro com a imprensa que, segundo ele, tem o direito de falar bem do governo, Chávez castiga duramente aqueles que ainda tentam preservar o direito de falar sobre o que entendem ser a verdade dos fatos no país.
No fim da semana passada, Guillermo Zuloaga, presidente da única emissora venezuelana de TV que ainda critica o chavismo, a Globovisión, disse uma singela verdade ao participar de uma reunião da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), em Aruba. "Não se pode falar de liberdade de expressão em um país quando o governo usa a força para fechar meios de comunicação." Foi o quanto bastou para Chávez atiçar contra ele o Legislativo e o Judiciário, ambos sob o estrito controle do Palácio Miraflores. A Assembleia Nacional, fazendo a parte que lhe cabe no amordaçamento aos opositores do regime, pediu que Zuloaga fosse processado por "tentar criminalizar e prejudicar a imagem do governo constitucional e democrático". E assim se fez.
É importante observar, a propósito, que uma ditadura não se faz apenas com a subordinação das instituições de Estado aos interesses do ditador. Na Venezuela, onde "há democracia até demais", no entender de Lula, o código penal foi reescrito para servir ao liberticídio. E foi invocado pela procuradora-geral da República, Luisa Ortega Díaz, para a ação contra Zuloaga. Nele se lê, textualmente: "Todo indivíduo que por meio de informações falsas difundidas por qualquer veículo impresso, radial, televisivo, telefônico, por correio eletrônico ou textos panfletários que causem pânico à coletividade, ou mantenha um clima de inquietação, será castigado com prisão de 2 a 5 anos."
A mesma procuradora chavista mandou prender Zuloaga quando, na quinta-feira, ele ia embarcar para a ilha caribenha de Bonaire, onde pretendia passar os feriados da Páscoa. Medida cautelar o tirou, provisoriamente, de trás das grades, mas não lhe devolveu o direito de viajar. "Não tenho nenhuma intenção de deixar a Venezuela", afirma. Motivos para tanto, ele os teria de sobra. Nos últimos anos, a Globovisión vem sendo alvo de uma brutal ofensiva de intimidação, que se acentuou com a campanha de extermínio do jornalismo independente no país, deflagrada em maio de 2007. À época, o autocrata de Caracas decidiu não renovar a concessão para transmissão por sinal aberto da RCTV, a de maior audiência no país, por suas críticas à ordem bolivariana.
Passados 2 anos, não bastassem a abertura de 6 inquéritos contra a Globovisión, por alegada incitação a protestos, terrorismo e tentativas de golpe de Estado (sic), e as bombas de gás lançadas por militantes chavistas na sede da emissora, o seu líder foi absolutamente claro a respeito de suas intenções. "Isso (a Globovisión) vai acabar ou deixo de me chamar Hugo Chávez Frías", fulminou. O acirramento da repressão na Venezuela ? essa semana foram detidos 3 opositores, entre eles um deputado chavista dissidente ? parece ter relação direta com a deterioração das condições de vida no país, em crise de energia, abastecimento errático, inflação elevada e criminalidade incontida. E em setembro haverá eleições para a renovação da Assembleia Nacional.
A distância entre o cenário político do Brasil e da Venezuela é abissal. A democracia brasileira tem sólidas defesas contra os arreganhos autoritários do PT ? expressos principalmente no desejo do "controle social dos meios de comunicação" ?, a que Lula confere legitimidade com seus frequentes ataques à imprensa, para não mencionar a sua solidariedade com as violências do castrismo em Cuba. Isso não altera o fato de existir uma linha de continuidade entre o que Lula diz das "pessoas" que "escrevem as coisas erradas" e o que Chávez faz com elas.
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Dora Kramer
Um País de todos
Até agora o presidente Luiz Inácio da Silva jogou sozinho em campo. À vontade, sem oposição, sem entraves judiciais, com popularidade em alta, apoio político para dar e vender, bajulado em toda parte, falando o que lhe vem à cabeça, uma beleza.
Tão favorável é o ambiente que nem o principal opositor se anima a lhe fazer oposição. Prefere contemporizar e dizer que o presidente está terminando o governo "muito bem".
Claro, José Serra não menospreza as pesquisas: um terço das pessoas que avaliam bem o governo federal votam na oposição para presidente. Então, para que brigar se não é Lula o candidato?
Aparentemente o presidente está com a vida ganha. Sua candidata saiu do ostracismo para a situação de quase empate com o há dois anos favorito Serra e dizem por aí que agora a franca favorita é ela, Dilma Rousseff.
Portanto, melhor não poderia estar. Mas o presidente parece que precisa que esteja tudo como ele quer, sem revezes, sem um mínimo de contestação ou contrariedade.
Bastou a Justiça Eleitoral dar um pequeno sinal de vida nas preliminares da partida para Lula perder a esportiva do dia anterior, quando fazia piadas com multas judiciais. Não parece lógico acreditar que um político com a experiência dele imagine que possa jogar sozinho o tempo inteiro sem adversário.
Sua reação na sexta-feira à multa de R$ 10 mil aplicada pelo Tribunal Superior Eleitoral foi de quem supõe que a oposição vá disputar uma eleição presidencial parada.
"O fato concreto é que todo esse barulho é feito pela oposição por razões políticas", indignou-se em tom de transcendental revelação.
Óbvio que as razões são políticas. Assim como são políticas as razões que o levam a transgredir sistematicamente não só a Lei Eleitoral como a Constitucional no que tange ao princípio da impessoalidade na condução da máquina pública.
Ou do que se trata quando Lula diz que sua prioridade agora é eleger a sucessora?
Quanto ao "barulho" trata-se do legítimo recurso à Justiça facultado também ao governo e aos partidos governistas sempre que achar que seus adversários extrapolaram os limites legais nas atividades de campanha.
Ou o presidente vê alguma deformação em ações judiciais?
Ademais, a única novidade são as decisões em si, porque as ações vêm sendo apresentadas pela oposição há muito tempo sem que o presidente reclamasse enquanto não eram julgadas procedentes. A queixa real, portanto, não é contra os oponentes políticos, mas contra o Judiciário.
Só que isso Lula não faz. Porque pode provocar mais problemas à frente no tribunal e porque não lhe rende dividendos eleitorais. Não se presta ao plebiscito "nós contra eles" em cujo modelo ele, no controle da máquina de governo, uma estrutura de comunicação monumental, redes sociais com cobertura em todo o País, sindicatos e ONGs é quem representa a vítima fraca e oprimida contra a força dos poderosos.
Ainda outro dia o presidente pregou civilidade na campanha. Referia-se à conduta entre candidatos. Mas o conceito vale também, ou principalmente, em relação ao respeito às regras, à obediência à lei propriamente dita.
O ideal seria que a campanha tivesse uma levada de classe. Se não for possível, compreender que se trata de uma disputa em que todos têm direito e às vezes encarar as coisas um pouco na esportiva já ajudaria muito a preservar o País de um tipo de luta a que os brasileiros não estão acostumados.
Cerco. Os sindicatos filiados à CUT negam motivação eleitoral nas greves e manifestações de protesto contra o governo de São Paulo, embora tenham deixado para explicitar de forma assertiva suas questões com o Estado depois que José Serra confirmou a candidatura a presidente.
Enquanto existia uma tênue esperança de que ele pudesse desistir para disputar a reeleição em São Paulo nada era tão urgente em termos de reivindicações trabalhistas.
Nesse aspecto, já se comprova o acerto da resistência do governador em não antecipar o anúncio da candidatura. Teria antecipado o cerco e alongado o período de protestos, sem necessariamente recolher benefícios em forma de pontos nas pesquisas.
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Caro Miguel, não vejo nada de surpreendente nesse destaque à popularidade de Lula na primeiríssima página. Não creio que seja somente uma forma de pensar a credibilidade do empatafolha, mas uma forma simples de dizer ou fazer crer que Lula não garante a sucessão de jeito algum, seja com a popularidade que for. A frase chave é 'Apesar do resultado positivo (da popularidade), José Serra, candidato da oposição, abriu vantagem de 4 para 9 pontos sobre Dilma' e etc e tal. É isso que vai ser repetido até causar náusea e por isso eles até se divertem em colocar em colocar na primeira página.
Agora, concordo totalmente com uma coisa: é tolice acusar de fraude neste momento o empatafolha: ou os números váo ser confirmados com os demais institutos ou não vão ser, e pronto, tudo ficará mais claro depois e é bom tomar um fôlego agora.
camarada, grande abraço
Os esbirros direitistas estão ponderados com essa nova pesquisa. Cantanhêde e Rossi mantêm-se prudentes e no estilo imparcialidade. Mas madame Kramer que, dentre todos, é a que menos aprendeu o traquejo elitista de disfarçar os próprios sentimentos, não esconde o gosto serrista.
Eu não acredito nas pesquisas. Acho que o movimento dos últimos anos pode ser comparado a uma revolução, embora democrática e pacífica. Vá lá que esses movimentos da história podem oscilar como os pêndulos, mas não me parece que o atual governo esteja em uma crise com a qual possa a oposição se aproveitar para inverter o sentido do movimento.A situação é exatamente oposta, chovem-lhe louros. A chamada direita pode voltar ao poder e, provavelmente, o fará um dia. Mas não vejo clima dentro da normalidade democrática para isso agora. A globo não tem mais essa força e jornais para o povão são só os de vinte e cinco centavos. A política econômica de viés social vai prevalecer. Temos é que, como cidadãos, nos prepararmos para criticar também essa centro-esquerda representada pelo PT e o governo Lula. Esperar esta crítica da oposição que aí está é deixar o debate muito raso; eles, a oposição, não tem consistência.
Robespierre também amava o povo mas mandou muitos inocentes para a guilhotina.
Esse pessoal também comete erros. Haja vista o que vem acontecendo aqui em Minas com os conchavos, e, no âmbito da nação, com uma classe-média que está sendo massacrada. Esta questão, uma das mais delicadas, precisa ser melhor discutida. Nem toda a classe-média se compactua ou se presta a papagaio das bobagens do PIG. Eliminá-la pura e simplesmente será mesmo o melhor projeto?
Um abraço!
Escrevi coisa parecida no blog do Eduardo Guimarães. Esse destaque para a popularidade de Lula serve para aplacar as críticas ao DataFolha. Como exaltar a popularidade de Lula e criticar a subida de Serra? Os caras são profissionais. Vamos esperar a sua análise da pesquisa completa. Abraços.
Marcelo Costa.
O inexplicável aumento de vantagem do Serra sobre a Dilma (Datafolha)
Minha cabeça de engenheiro sempre exige explicações racionais para explicar números de pesquisas de opinião. Minha neta de três anos não é engenheira (ainda), mas gosta que eu explique tudo com lógica.
Diante dos últimos resultados do Datafolha, que mostram um aumento na vantagem do Serra sobre a Dilma, de cinco para nove pontos percentuais, ela me fez as seguintes perguntas:
1. A Dilma não cresceu 20% na pesquisa espontânea, passando de 10% em fevereiro para 12% agora em março?
2. O Serra não ficou estagnado em 8%, na espontânea, nesse mesmo período?
3. A rejeição ao Serra não se manteve no mesmo patamar de 25%, entre a pesquisa anterior e esta?
4. A rejeição à Dilma não se manteve no mesmo patamar de 23%, no mesmo período?
5. Houve algum fato novo relevante para o crescimento do Serra?
6. Será que inauguração de maquete de ponte e demolição de prédio foram suficientes para aumentar a indicação de voto no Serra?
7. Houve algum fato relevante para a estagnação com ligeiro decréscimo da Dilma?
8. A Dilma não continuou inaugurando obras importantes todos os dias?
7. Se a porradaria (desbocada essa menina) das Organizações Serra em cima do Zé Dirceu e do Vaccari tivesse interferido na avaliação dos eleitores pesquisados não seria natural o aumento da rejeição à Dilma?
8. Finalmente, o aumento da avaliação do governo Lula, que atingiu o recorde nas pesquisas do Datafolha com 76%, não taria vantagem para a Dilma em vez de trazer vantagem para o Serra, como tenta demonstrar a Folha de São Paulo?
(continua em http://migre.me/rUSj)
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Essa é a grande contradição dessa pesquisa. A candidatura da Dilma está atrelada a popularidade do Lula. Se for se analizar as vezes em que a Dilma estagnou ou ocilou para baixo, certamente se constatará que a popularidade do Lula sofreu igualmente uma ocilação negativa. Me lembro agora do episódio do suposto apagão e também daquela história da poupança inventada pelo PPS. Ainda por cima agora que a Dilma cada vez mais aparece aos olhos do eleitor como a candidata do Lula, ou seja, a continuidade, e o Serra a oposição. Não vejo como o Lula possa bater recordes de popularidade, e ao mesmo tempo, sua candidata cair nas pesquisas e seu opositor subir. Não faz sentido
A mídia com Folha de São Paulo no fronte tá dando uma "mãonzinha", um âninmo a mais para o Serra, imagina a convenção dos tucanalhas se o tucano Serra estivesse atrás ou empatado com a Dilma, seria um verdadeiro velório. Com certeza essa pesquisa foi feita para favorecer alianças, já que os possíveis aliados e o próprio PSDB começavam dar sinais de desespero, sem contar com os demos atolados até o pescoço em corrupção.
Como disse o grande Bob Marley: Os que querem fazer do mundo um lugar pior não descansam um minuto. Então, quem prega um mundo melhor não pode fazer por menos.
Essa bandidagem não descansa nunca,direita e a mídia.
Miguel: Definitivamente Lula perdeu a paciência com a Midia Amestrada. Veja o pito que ele deu hoje...
http://www.youtube.com/watch?v=zrBK3eeu5tQ&feature=player_embedded
Acredito que a única finalidade da manchete é fazer os inacautos acreditarem que ocorrerá aqui o mesmo que no Chile, onde o governo da Bachelet tinha alta aceitabilidade, mas quem levou foi o idiota da direita.
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