1 de março de 2010

Datafolha 2: Rejeição de Serra atinge 30% entre os homens

Outro prego no caixão de Serra. O tucano tem rejeição de 30% entre os homens. A pergunta do Datafolha é a seguinte: em qual dos candidatos você não votaria de jeito nenhum? Serra aparece em primeiro lugar no cômputo geral, com 25%. Entre as mulheres, 21% afirmam querer distância do gengivoso.

Abaixo, um recorte da tabela com o percentual de rejeição de cada canditato:



Quem está segurando a ascenção de Dilma são as mulheres. No momento em que a campanha dilmista conseguir tocar o coração feminino, e mostrar às mulheres como é importante para elas que uma das suas ocupe o cargo de líder principal da nação pela primeira vez na história brasileira, podem lançar a pá de cal sobre a cova do vampiro. 

O trecho abaixo refere-se à pesquisa de intenção de voto (estimulado) no segundo turno. Entre homens, Dilma ganha de Serra com 46% contra 42% de seu adversário. Entre mulheres, ela perde de 47% a 35%.




As pessoas se perguntam porque Dilma é tão fraca entre as mulheres. Eu formulei algumas teorias sobre isso. Vamos a elas:
  • As mulheres são bem mais conservadoras do que os homens, e com isso tendem para candidatos de perfil conservador. 
  • Mulheres são menos ligadas em política do que os homens, e portanto conhecem menos a candidata Dilma. Fui conferir na pesquisa e, pimba, é isso mesmo. 16% das mulheres entrevistadas afirmaram não conhecer a ministra, contra apenas 4% delas que ignoram a candidatura de Serra.
Fico por aqui. Ia incluir outros itens, entre eles um sobre o espírito de rivalidade das mulheres, mas acho que isso é muito vago e pouco científico. As duas explicações acima são as mais convincentes, a meu ver. As mulheres, pelo sentido maior de responsabilidade que a natureza lhes impôs em relação ao bem estar dos filhos (a começar pela gravidez, quando a mulher tem de parar de fumar, beber, etc), tem mais necessidade de segurança financeira e emocional do que os homens, o que a torna mais conservadoras. Além disso, a mulher, com suas infinitas necessidades estéticas, é bem mais dependente de uma renda constante do que o homem. Serra fatura com isso. 

Esse é um ponto fraco que a Dilma só conseguirá reverter se puder transmitir às mulheres a mesma sensação de segurança que a imagem conservadora de Serra transmite a seus (incautos) eleitores. Deve dizer que, como mulher, conhece os problemas femininos na pele e cuidará para que o governo trabalhe por elas. 

O segundo item é mais fácil de contornar. Requer apenas tempo, e isso Dilma tem de sobra. A campanha ainda nem começou oficialmente, e a candidata petista deverá desfrutar de um tempo de propaganda na tv bastante superior a de seu adversário, em função do enorme leque de alianças partidárias que conseguiu articular.

Clique na tabela abaixo para ampliá-la e vê-la inteira.




O trecho de tabela abaixo refere-se ao grau de conhecimento dos eleitores para os principais candidatos. Enquanto o conhecimento e desconhecimento de Serra é equilibrado entre os homens, no caso de Dilma nota-se um acentuado déficit entre as mulheres. Apenas 14% dentre elas afirmaram a conhecer muito bem, contra um percentual de 29% desfrutado por Serra.


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