Serra, dessa vez disfarçado de Monica Bellucci, planejando a demolição
(ele não disse que demolir prédio é relaxante?) da sede do Instituto Sensus.
(ele não disse que demolir prédio é relaxante?) da sede do Instituto Sensus.
Atualização: Datafolha divulga nova pesquisa. Assim que eu puder (e de preferência quando o instituto divulgar a íntegra), eu comento essa também.
Muita calma nessa hora. Contra o desespero tucano, que passou a agredir a pesquisa Sensus, reforçando ainda mais o comportamento policialesco e chicaneiro que a oposição vem exibindo desde que a perspectiva de derrota começou a inchar-lhe sob as axilas, vamos usar objetividade, calma e bom senso. Não interessa à Dilma nenhuma dúvida ou suspeita em relação às pesquisas. Ela é apoiada por um presidente cuja popularidade descomunal é consenso em todos os institutos. Seu crescimento nas pesquisas deve-se a um fenômeno tão simples quanto um sol brilhando: transferência de votos.
Já que a oposição agarra-se ao Datafolha, daremos, uma vez mais, crédito ao instituto controlado pela empresa de Otavio Frias Filho. O histórico de agressões da Folha, que pertence ao mesmo dono, ao presidente Lula e à ministra Dilma, exclui qualquer suspeita de favorecimento à candidata governista.
No início de março, o Datafolha divulgou uma pesquisa onde Dilma Rousseff atingia 28% das intenções de voto para presidente da República, contra 32% de Serra. Uma diferença de apenas quatro pontos, configurando uma espécie de empate técnico, já que a margem de erro é de 2 pontos percentuais. Estes números significavam um forte crescimento de Dilma Rousseff e queda de Serra, pois em dezembro a primeira tinha 23% das intenções de voto e o segundo, 37%. A diferença, portanto, caíra de 14% para 4%.
Os números eram consistentes porque se amparavam em outros apurados na mesma pesquisa, sobretudo na sondagem espontânea. Fui lá no site do Datafolha, recuperei os dados e recortei os referentes à espontânea. Reitero que me refiro à pesquisa de 1 de março.
Observe: o percentual de pessoas que afirmou votar em Lula, Dilma, candidato de Lula e candidato do PT (1%) somou 25%, contra apenas 7% que optaram pelo nome Serra. Uma diferença de 18% em favor de Dilma!
Na estimulada, o cenário 1 da pesquisa de 1 de março foi o seguinte:
Observação: Dilma, apesar de perder de 32% a 28% para Serra no total, empata com o tucano entre os homens, em 32%.
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Pois bem, agora vamos olhar a pesquisa do Datafolha de 29 de março, que tanta alegria trouxe ao ninho tucano. Nela, o instituto informou que o candidato do PSDB à presidência voltara a abrir vantagem sobre Dilma Rousseff (PT). A diferença do percentual do tucano em relação à petista, que era de quatro pontos na sondagem anterior, saltou para nove pontos. Serra ganhou quatro pontos e chegou a 36% das intenções de voto, e Dilma oscilou negativamente um ponto, caindo para 27%.
Entretanto, uma coisa chama a atenção na pesquisa. A alta de Serra e o declínio de Dilma não se refletem na espontânea, onde o tucano marca 8% (apenas 1 acima da pesquisa anterior), enquanto a petista cresce 2 pontos, atingindo 12%. Entre os homens, Dilma atinge 16% e amplia a vantagem para 6 pontos em relação ao governador de São Paulo.
Juntando as opções candidato do Lula (que não aparece na tabelinha abaixo porque perdeu várias posições) e candidato do PT (ainda em 1%), o grupo que soma Lula e Dilma totalizou 24%, queda de apenas 1 ponto sobre a pesquisa anterior. Se o tucano tem 8%, a diferença entre as opções governistas e ele caíram de 18% para 16%. Considerando que a margem de erro é de 2%, pode-se dizer que ela se manteve estável.
Na estimulada, cenário 1, o Datafolha do dia 29 de março trouxe os seguintes resultados:
Serra com 36%, Dilma com 27%. Entre os homens, porém, um empate técnico, 35% contra 32%. A vantagem de Serra, mais uma vez, se dá entre as mulheres, onde ele atingiu 37% das intenções de voto, contra 22% da petista. Essa diferença entre homens e mulheres, no entanto, não é normal, e mostra um jogo embaralhado, confuso. As mulheres, em geral menos preocupadas com questões políticas, demoram mais a definir seu voto. A vantagem tucana entre as ladies, portanto, é instável.
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Não precisamos nos ater somente ao Datafolha. Vamos passear um pouco pelos bosques do Ibope, outro instituto salvo da ira tucana em virtude das frequentes declarações de seu presidente, Carlos Montenegro, em favor de José Serra. Em meados de março, o Ibope divulgou uma pesquisa feita entre os dias 06 e 10 de março, ou seja, apenas 15 dias antes da famosa pesquisa Datafolha (25 e 26 de março) que apontou brusca ascensão do candidato oposicionista.
Primeiramente, uma voltinha na espontânea:
Dilma Rousseff marcou 14% das intenções de voto espontâneas, contra 10% de Serra. Entre os homens, Dilma atinge 18%, contra 11% do tucano. Lula, por sua vez, marcou 20% no Ibope. Somando os votos de Lula e Dilma, chegamos a um total de 34%, contra 13% das intenções somadas de Serra e Aécio (3%). Uma diferença de 21% em favor das forças governistas!
E agora um rolé na pesquisa estimulada, no cenário mais comum, com Ciro e Marina:
Dilma tem 30%, Serra marca 35%. Diferença de 5%, também muito próximo de um empate técnico. Com um detalhe, Dilma vem crescendo gradativamente nos últimos meses. Serra está parado. Repare ainda que, entre os homens, Dilma atingiu 36% das intenções de voto, contra 34% do tucano. A vantagem do tucano se dá entre as mulheres, onde ele marcou 37%, contra 25% de Dilma.
Essa vantagem de Dilma entre os homens é muito importante, porque mostra um eleitorado ainda em formação, agitado, turbulento. Mas que vem, aos poucos, entendendo melhor o cenário eleitoral e percebendo quem é quem. E votando em Dilma.
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Não terminou ainda. Tenham paciência. Falta comentar o último Vox Populi, divulgado pelo Jornal da Band no dia 3 de abril. Essa pesquisa resulta de sondagens realizadas nos dias 30 e 31 de março. É a primeira, portanto, feita depois do Datafolha divulgado 29 de março, cuja sondagem realizou-se nos dias 24 e 25 do mesmo mês.
Seguindo o padrão dos comentários anteriores, e também a ordem encontrada nas próprias pesquisas, vamos começar pela espontânea:
Espontânea: Se a eleição para Presidente da República fosse hoje, em quem você votaria?
Dilma atinge 16% na espontânea, empatando com Lula, e atingindo 20% entre os homens. Com isso, abre uma vantagem de 4 pontos sobre Serra, que marcou 12%, sendo 14% entre os homens.
Na estimulada, temos o seguinte quadro para o cenário 1, com Ciro e Marina:
Se a eleição para Presidente da República fosse hoje e os candidatos fossem estes em quem você votaria?
Com uma diferença de apenas 3 pontos, a pesquisa mostra Serra e Dilma tecnicamente empatados.
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Por fim, chegamos à pesquisa Sensus, divulgada ontem, que mostra Serra e Dilma empatados em 32%.
Eu gostaria de saber uma coisa. Perante tudo que foi apresentado aqui, vocês concordam que estamos diante de números perfeitamente cabíveis e coerentes? Todos os institutos, inclusive a pesquisa Datafolha do início de março, mostravam Serra e Dilma praticamente empatados, com diferença entre 3 a 5 pontos. O Sensus, portanto, não trouxe nada inusitado. Por isso, ao atacar um instituto tradicional, que presta importantes serviços à democracia brasileira, as lideranças tucanas apenas revelam mediocridade e desespero.
Em fevereiro-2009,quando Dilma tinha 3% de intenções de votos,fiz uma avaliação no blog cidadania(Eduardo Guimarães)que vou repetir agora:Lula+PT, todas vezes que disputou eleições presidenciais, sempre chegou no patamar de 30% dos votos. Lula,com 92% de aprovação,transferirá facilmente ( 20%+1 votos )para Dilma;Logo não teremos segundo-turno,Dilma leva no primeiro.Bye,bye Serra 2010.
Mediocridade e desespero, aliada a falta de discurso, é o que resta ao PSDB. É por isso que o PIG está assumindo a oposição, mas não se deram conta ainda que com essa postura perderão audiência e leitores.
guerra ao data fraude , já!
Pelo que tem sido publicado no blog Amigos do presidente Lula nos últimos 2 dias, é perda de tempo analisar os dados da pesquisa Datafolha de março (aquela que desviou completamente da tendência mostrada na sequência de pesquisas dos outros Institutos), já que a mudança visível a olho nu na amostra de estados e cidades pesquisas é tão gritante, e tão sem lógica, que nem se pode falar mais em método algum. É escolha a dedo mesmo. Fora que sendo as entrevistas feitas no meio da rua, com pessoas passando anônimas, permite toda sorte de manipulação, descarte de respostas "desagradáveis", etc. Não há lógica alguma, parâmetro algum para inflar e desinflar locais pesquisados. Não há proporcionalidade com a distribuição demográfica dos Estados e municípios segundo o IBGE, por exemplo, que parece ser obrigatório (não tenho certeza), nem com coisa alguma. Chute puro. Perda de tempo. Mesmo assim os "dados" mostram o que você analisou.
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