Vox Populi: Lula é aprovado por 92% dos brasileiros

É difícil acreditar, eu sei, mas quem o diz é um instituto credenciado, tradicional, e os números, de qualquer forma, não são diferentes do que outros institutos têm apurado. Na falta do que falar, voltei ao relatório completo do Vox Populi divulgado esta semana, cujos detalhes não tem sido explorados por ninguém, a não ser por este solitário e curioso blogueiro.

Pois bem, descobri que o relatório do Vox inclui também uma avaliação do desempenho do presidente Lula. Segundo o instituto, 31% dos brasileiros afirmaram que o desempenho de Lula é ótimo; 46% que é bom; 15% optaram pelo "regular positivo"; 3% escolheram "regular negativo";  2% ficaram com "ruim"; outros 2% com péssimo; e 1% preferiram não responder.

Aí eu somei ótimo, bom, e regular positivo, e descobri que, se considerarmos o "regular positivo" como uma forma de aprovação (crítica, mas mesmo assim aprovação), 92% dos brasileiros aprovam o governo Lula.


De uma maneira geral, como você avalia o desempenho do Presidente Lula à frente do Governo Federal? Você diria que está sendo: ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo?

É esse o cara que Serra vai enfrentar? Coitado.

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No cruzamento por região, vemos que Lula tem força monstruosa no Nordeste, onde 87% avaliam positivamente seu governo, 10% regular e apenas 1% tem opinião negativa. 1%! É por isso que Roberto Freire mudou seu domicílio para São Paulo...

Vamos olhar o Sul, que andou causando polêmica, em função do Datafolha ter identificado por lá uma reviravolta eleitoral em favor do Serra. Na parte meridional do país, o governo Lula é avaliado negativamente apenas por 4% da população. Lula tem mais força no Sul do que no Sudeste, por exemplo.

Compare com a avaliação de Lula, segundo o mesmo Vox Populi, em janeiro deste ano:

Repare que a avaliação positiva de Lula cresceu em todo país, mas particularmente no Sul, onde passou de 66% para 73%.

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E agora, a avaliação do presidente por segmentos sociais:

Cabem aqui as seguintes observações:

1. Maior aprovação entre homens do que entre mulheres, confirmando um dado já observado em outras tabelas e em outras pesquisas, de que as mulheres são mais críticas ao governo do que os homens. Isso explicaria em parte, também, a debilidade de Dilma entre as mulheres.
2. O governo tem sua melhor avaliação entre os jovens de 16 a 24 anos. Excelente sinal, por variadas razões. A mais importante é que se trata de um eleitor de longo prazo, com grande potencial militante.
3. O que mais chama a atenção é a universalidade. O presidente é extremamente popular em todos os segmentos sociais: jovens, velhos, pobres, ricos, com pouca ou muita escolaridade. 
4. O pobre continua apostando em Lula. A aprovação do presidente cresce entre as faixas de renda mais baixa, chegando a 81% entre os que ganham até 1 salário mínimo. Tem ainda 78% entre os que ganham de 1 a 5 salários, que formam a maior parte da população brasileira. Ora, são justamente essas faixas as que podem garantir uma vitória tranquila à Dilma Rousseff.
5. Mesmo sendo popular também entre os ricos, é de se notar que é na faixa que ganha mais de 10 salários que encontramos o maior percentual de avaliação negativa: 9%.

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Por fim, o Vox Populi traz ainda um perfil das preferências partidárias do brasileiro. Como em todas as pesquisas, o PT aparece disparado na frente, com 19%. PMDB e PSDB pontuam um longínquo segundo lugar, com 3%. Achei interessante observar ainda que onde os tucanos são mais fortes não é o Sudeste, nem o Sul, e sim o Centro-Oeste. O PSDB está se tornando o partido dos grandes fazendeiros do Planalto Central. No Nordeste, a diferença entre PT e PSDB é brutal. Com apenas 1% da preferência do eleitor nordestino, o PSDB terá que enfrentar este ano um partido com 23% de simpatia.

Você tem simpatia por algum partido político? (Se sim) Qual?

E tem outro dado curioso. Olhando a pesquisa do Vox Populi de janeiro (tabela abaixo), reparei que o PT cresceu nos últimos 2 meses, e o PSDB caiu. Reparem que o PT subiu de 17% para 19% na preferência do eleitorado, enquanto o PSDB caiu de 5% para 3%.