25 de agosto de 2009

Blog volta ao ar no dia 15 de setembro (er... já voltei, no dia 2)

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(Beleza semi-destruída dos arredores da Lapa)

Prezados, estou quase terminando esse trabalho de traduzir filmes e adaptá-los para o programa de legendas. O trampo revelou-se, como geralmente acontece, bem mais duro do que parecia. Falta traduzir apenas mais três filmes, o Dar la Cara, El Crack e o Três Vezes Ana, clássicos do cinema argentino. Depois disso, c'est fini! Tenho até sentido frio na barriga com a proximidade de retorno às lides virtuais.

O Óleo é minha trincheira de guerra e meu parque de diversões. Escuto os tambores batendo na praça e sinto muita ansiedade para ingressar de cabeça no universo blogosférico. Entro como soldado raso, com orgulho de assim sê-lo, porque pretendo combater na linha de frente. É uma guerra que vejo para além da política - estendo-a também à cultura. É uma batalha humanista, onde as armas usadas envolvem não apenas argumentos lógicos, mas também valores morais (os verdadeiros, aqueles que se preocupam com a pobreza e o sofrimento humano dela derivado, e não a moral lacerdista hipócrita) e estéticos.

Ainda não terminei o trabalho. Quando eu voltar, poderei elaborar melhor os argumentos. Termino em duas semanas, depois disso descanso alguns dias (para apaziguar os tendões inflamados) e daí será hora de arregaçar as mangas e partir pra luta. O blog continua de recesso, portanto, por mais três semanas.

Aliás, acho melhor marcar uma data. Então fica assim: o blog retorna à vida no dia 15 de setembro. Como de praxe, voltarei pisando leve, aquecendo os neurônios, aumentando o ritmo nos dias e semanas seguintes. Se vocês fizerem uma assinatura do blog (no alto à direita), serão notificados automaticamente. Boa sorte a todos!

12 de agosto de 2009

Os EUA estão de volta aos anos 30?

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Por João Villaverde

Depois dos tempos neoliberais dos anos 80, 90 e 00, a explosão da enorme crise financeira nos Estados Unidos, no ano passado, fez ressurgir um modelo há tempos dado como morto: o keynesianismo. Isso é o que dizem alguns economistas e analistas expoentes do cenário internacional, certo? Quer dizer, os keynesianos estão eufóricos com o "retorno". Os liberais (ou clássicos) estão enraivecidos com o que chamam de "retorno do keynesianismo".

Ou seja, está todo mundo falando em keynesianismo, desde, pelo menos, os acontecimentos de setembro/outubro do ano passado.

Vamos pensar um pouco, então.

Segundo a teoria de John Maynard Keynes, que virou papa econômico entre os anos 30 e 60 do século XX, o Estado deve participar ativamente da economia. Ou seja, não deve apenas regular mercados, mas atuar como agente, seja investindo em obras públicas, contratando funcionários, aumentando gastos, etc.

Foi com as teorias de Keynes que os EUA, sob a presidência de Franklin Delano Roosevelt (1933-1945) sairam da mais grave crise da história do capitalismo: a Grande Depressão que se seguiu ao crash de 1929. Depois, a partir do sistema desenhado pelo acordo de Bretton Woods de 1944, os ideais keynesianos viraram consenso pelo mundo ocidental. O Estado de Bem-Estar Social europeu é resultado direto deste consenso.

Importante lembrar que o contra-peso ideológico representado pela União Soviética, com Estado centralizador e soberano sobre a sociedade e o mercado, exercia grande força econômica em muitos pensadores ao longo das décadas de 30 e 60, mais ou menos.

Keynes gostava de dizer (ou seria Roosevelt? não lembro com certeza) que suas ideias ambicionavam salvar o capitalismo dele mesmo, isto é, dar ao sistema uma segurança que a forma liberal (ou neoliberal) era incapaz de assegurar.

Por que então os analistas -- políticos e econômicos -- dizem que os EUA de Obama são keynesianos?

O déficit fiscal americano saltou, entre o primeiro semestre de 2008 e o primeiro semestre de 2009, de US$ 285,85 bilhões para US$ 1,086 trilhões. Estão computados aí, os gastos promovidos pelo governo americano para salvar o país de uma Depressão semelhante a que ocorreu nos anos 30. Obama, assim que assumiu, já saiu anunciando pacote de US$ 800 bilhões para "salvar" a economia -- acabou sendo aprovado em US$ 787 bilhões pelo Congresso. Pouco antes, ainda sob Bush, em outubro/novembro de 2008, o secretário do Tesouro Henry Paulson lançara pacote semelhante, da ordem de US$ 700 bilhões em gastos federais.

A diferença é que as centenas de bilhões de dólares gastos pelo governo americano foram, em sua maior parte, transferidos para os bancos (comerciais e de investimentos) que estavam na beira da falência. Transferência direta de dinheiro, além de títulos repassados e garantia financeira. Tudo para manter o sistema financeiro seguro.

Existem também as enormes quantias repassadas às indústrias automobilísticas -- GM, Ford e Chrysler -- para que estas não falissem.

Há mais gastos em obras federais? Certamente. Mas eles não são tão vultosos assim e não se comparam -- nem de longe! -- com o que Roosevelt levou à cabo nos anos 30.

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Imagem tirada daqui.

11 de agosto de 2009

Azenha na veia

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(Di Cavalcanti)

O jornalista Luiz Carlos Azenha fez uma síntese espetacular da situação política atual.

Confira aqui.

E PHA e o Brasil estão mandando bem pra cacete.

8 de agosto de 2009

Relembrar é viver: Quem tem blog vai à Roma

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Esse artigo meu, publicado na revista Inteligência, a "New Yorker" brasileira, em 2008, ainda é atualíssimo. Quem tem blog vai a Roma. Comentários continuam fechados por falta de tempo do blogueiro.

5 de agosto de 2009

Orwell se revira no túmulo (grande vídeo!) & um recado

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Assistam esse interessante vídeo, que encontrei através de um leitor do blog do Nassif. É uma denúncia muito bem feita sobre a concentração midiática nos EUA. Aqui é muito pior.


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Prezados, já vinha avisando a vocês sobre meu trabalho. Agora o negócio pesou. Devo terminar tudo em duas semanas, mais ou menos, aí volto aqui. Meu plano é me dedicar exclusivamente ao blog a partir de então. Com esse trabalho que estou fazendo agora, poderei pagar minhas dívidas e me sustentar por vários meses. Se Deus quiser. Para vocês não perderem tempo vindo aqui à tôa, à procura de novidades, sugiro que façam a assinatura aí no espaço de cima, à direita. Mas não esqueçam de confirmar o email automático que o programa envia para vocês, senão a assinatura não se valida. Com isso, vocês receberão um aviso do blog quando eu voltar a postar. Fiquem tranquilos porque sou contra spam e acho criminoso vender email das pessoas para terceiros. Não vou nem permitir comentário nesse post, porque estarei sem tempo até para aprová-los. Abraço e boa sorte a todos.