27 de fevereiro de 2005

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Trabalhei e transformei ainda mais as poesias anterioes. Pena que não tenho nenhuma aqui. Amanhã, vou publicar umas poesias novas que escrevi aqui nesse blog, com exclusividade para meus três ou quatro leitores. O fato de estar escrevendo artigos por aí está criando a impressão, em incautos, que não sou poeta de nascimento. Mas meus instintos quixotescos continuam intactos. Aí vai um sonetinho improvisado, dedicado aos que acham que não sou poeta.

Soneto do cangaceiro

Misterioso é o sol da morte.
Deus e armas regem o universo
Um dois três e fecho o verso
Tu vai pro sul, eu vou pro norte.

Cada um, meu, tem seu porte,
é melhor você rezar o terço,
pois sou poeta desde o berço,
está no sangue e na cor forte.

Sou índio, mestiço e brasileiro,
Serei o que a morte permitir.
Quem no caminho for traiçoeiro,

E tentar, rasteiro, me destruir,
Verá o meu facão de cangaceiro,
Que você no meio eu vou partir.

22 de fevereiro de 2005

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Fiz umas modificações na poesia. Ficou assim:

A cor da justiça é o verde
Porque é a cor da floresta
E a floresta é a flor do mundo.

Verde é a ferida do inferno
Guerrilha das plantas
Contra a tirania do concreto.

Apesar do cinza, sangue das cores,
O verde resiste
No interior do azul
Seu amigo mais fiel
Cúmplice nas lutas.

Graças aos exércitos
Terríveis do verde
E os batalhões
Numerosos do azul
A terra, o ceú,
E sobretudo o mar
Forjam o dourado
E o vermelho,
Que embriagam a alvorada.

*****

Essa é outra poesia. É uma paródia de uma poesia do Robert Frost chamada Tudo que é dourado deve morrer.

Ianques go home!

O primeiro verde da justiça é vermelho
Para ela a cor mais difícil de acalmar
A primeira flor é uma bomba
Depois bomba se rende à bomba
E o Paraíso se transforma em Bagdá.

A paz se converte em nostalgia
A justiça morre em agonia.

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Tem outro artigo meu na Novae.

19 de fevereiro de 2005

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Sempre achei que os grandes prosadores em geral são poetas medíocres. E vice-versa. Talvez o grau de especialização necessário para cada modalidade literária absorva tão intensamente o artista que ele dificilmente consegue desenvolver-se em mais de uma. Tentando romper com isso, eu, que comecei como poeta e, há alguns anos, passei para a prosa, agora, estou voltando a trabalhar a poesia. Considero importante trabalhar a poesia para o desenvolvimento da síntese linguística, da mitologia, das metáforas. É importante também para aqueles que, em função da profissão (jornalismo, no meu caso), acabam por adquirir vícios anti-literários, que somente a poesia pode desmanchar.

Aí vai a minha última experiência no campo da arte dionisíaca.

Verde

A cor da justiça é o verde
Porque o verde é a cor da floresta
E a floresta é a flor do mundo.

Verde é a flor do inferno,
Traição dos traidores,
Guerrilha noturna
Contra a tirana da dor.

Apesar do cinza, sangue das cores,
O verde resiste
No interior do azul,
Seu amante mais fiel
E cúmplice nas lutas.

Sem o verde, o homem é covarde,
Suicídio à tarde,
Natureza morta.

Graças aos exércitos
Terríveis do verde,
E os batalhões
Numerosos do azul,
A terra e o céu,
O mar e os rios,
Forjam o dourado e o vermelho,
Que embriagam a alvorada.

Miguel do Rosário

15 de fevereiro de 2005

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Prezados, só para avisar que tem outro artigo meu na Novae. E também que retirei todos meus contos do Arte & Política, porque eles estão sendo totalmente editados e revisados (não imaginam a quantidade de coisas que mudaram!) para a publicação no livro que estarei lançando dentro de 3 ou 4 semanas.