Decidi: estou concentrando agora todos os meus textos lá no hellbar.blogspot.com
Esse blog fica vivo, mas apenas para casos excepcionais, de qualquer forma avisarei no hellbar.
4 de agosto de 2005
Minhas idiotices
Seja o primeiro a comentar!
É impressionante como a gente escreve bobagem. Quero ser o primeiro colunista a dizer isso. No afã de defendermos um ponto-de-vista, produzimos associações estapafúrdias e chegamos a conclusões ainda mais esdrúxulas. Convenhamos, compreender o processo político nacional, a poderosa rede de tramas armada para confundir a opinião pública, é uma tarefa hercúlea. Nesses momentos, a inteligência e a força mental de políticos e analistas é posta a toda prova.
Eu mesmo escrevo por aqui besteiras inomináveis, mas são besteiras que me pertencem e das quais não abro mão. Opa, taí outra besteira da grossa.
O negócio é que sou teimoso. Por exemplo, vou dizer a vocês qual é a minha teoria sobre a atual crise política. Para mim, José Dirceu sabia sim do esquema de Caixa 2 do PT. Ele e o Genoíno. Lula tinha uma idéia, mas todo mundo meio que deixava ele de fora disso, até porque ele era o candidato, a pressão era forte, ele tinha que ficar viajando pelo país, gravando, etc.
Em relação ao mensalão, não acho que tenha existido, pelo menos não assim, dessa forma explícita, nem coordenado por José Dirceu. O mensalão era, na verdade, dinheiro que empresários e políticos pagavam a Marcos Valério, para ele, por sua vez, pagar deputados, para que aprovassem, ou vetassem, determinada lei.
Está provado que Valério era lobbista de Daniel Dantas, do grupo Opportunity, o garoto de ouro do governo FHC, que o tornou um dos homens mais ricos do país. Dantas, por exemplo, dava dinheiro para Valério fazer agrados a deputados e gente ligado, de alguma forma, ao governo, para conseguir, aos poucos, ou nem tão aos poucos assim, ganhar apoio oficial.
O caso de Valério arrumar o emprego para a ex-mulher de Dirceu, por exemplo. Minha suposição é que Valério arrumou um jeito de, na última hora, ser ele o fiador do apartamento; e arrumou o emprego para a moça, de forma a ter cartas na manga para obter "benevolência" de Dirceu no futuro. Ou então, para manter um rabo preso de Dirceu.
Mas é certo que houve, em algum momento, a infiltração de alguma coisa má no PT. Isso aí era uma coisa inevitável. Se até o Paraíso, protegido pelos anjos e por Deus, foi secretamente invadido por Satanás, porque o PT não o seria?
Genoíno, a meu ver, entrou meio que de gaiato nessa história. É uma figura importantíssima na esquerda nacional, mas se omitiu de maneira imperdoável, deixou que o PT afundasse. Como que deixou o partido se endividar dessa maneira? Mesmo assim, acho que os erros de Genoíno foram erros humanos. O problema é que, quando uma pessoa erra, é só um erro sem grandes consequências. Quando um grande homem erra, esse erro muda a história de uma nação.
Por outro lado, somente através da escuridão é que podemos compreender o que é a luz. Os erros nos permitem ver com mais clareza o que é, realmente, errado e certo nesse país. Essa crise política trouxe uma luz brutal, que nos cegou a todos, mas que iluminou a podridão em volta do Congresso, das empresas públicas e do Estado brasileiro em geral. A corrupção ainda grassa no país, vide as polícias estaduais.
Hoje uma senhora muito minha amiga me pôs contra a parede: deixe de ser sectário, Miguel, ninguém pode defender o PT ou o Lula assim. É indefensável. Dirceu é indefensável. Genoíno é indefensável.
Eu respondi imediatamente: não sou sectário, não defendo PT e Lula fanaticamente. O negócio é que a Polícia Federal está prendendo corruptos. O Ministério Público está prendendo. As CPIS estão fazendo um trabalho fantástico de apuração. Isso só poderia acontecer no governo Lula.
Ademais, em termos econômicos, a administração Lula tem sido impecável. Essa crise veio bem a calhar, para obrigar o governo fazer uma guinada radical à esquerda, à procura de apoio popular. A mídia critica tanto o assistencialismo, mas esquece que todos os países ricos tem programas assistencialistas que chegam à quase totalidade da população carente.
O principal problema, aí sim eu concordo, é a educação. Mas sem comida, não dá pra educar ninguém. Por mais duro que seja imaginar isso, o negócio é que, nesse primeiro mandato, Lula tinha que se dedicar a implantar os programais sociais e fazer uma gestão para gerar empregos. Para mim, essa é a função primordial de um governo: criar um ambiente de estabilidade econômica que permita o desenvolvimento da nação, com algumas interferências para realizar a distribuição de renda.
Quanto à educação, não acredito muito no governo, em qualquer governo. Minha idéia, conforme já apresentei em artigos no jornal impresso Arte & Política, é criar uma autarquia nacional para gerir a educação. Gosto muito da idéia das autarquias, mas gostaria de vê-las independentes dos governos, apenas ligadas, é claro, pela Constituição e pelo interesse nacional. Seria algo como um Instituto Nacional de Educação, com uma diretoria vinda do próprio sindicato, com fundo de pensão próprio, o qual seria usado para construir mais escolas e por aí vai. A diretoria do Instituto seria composta apenas por funcionários de carreira, concursados.
E a solução para os escritores desesperados, a meu ver, estaria também ligada à educação. Os escritores, esses pobres humanos adoecidos pela paixão pela literatura, poderiam ganhar a vida dando aulas de português e (adivinha!) literatura para os jovens, sendo que o Instituto ajudaria o sujeito a encontrar uma editora para seus livros.
Acho que existem soluções criativas para o problema Brasil, mas algumas precisam ser mais ousadas, mais corajosas. A idéia do Instituto fica aí, de graça, para qualquer um pegar e usar. Não cobro nada. São essas coisas que, pra mim, formam o que chamo de anarquismo moderno, ou anarquismo republicano.
Viva o anarquismo republicano! Viva as autarquias!
Eu mesmo escrevo por aqui besteiras inomináveis, mas são besteiras que me pertencem e das quais não abro mão. Opa, taí outra besteira da grossa.
O negócio é que sou teimoso. Por exemplo, vou dizer a vocês qual é a minha teoria sobre a atual crise política. Para mim, José Dirceu sabia sim do esquema de Caixa 2 do PT. Ele e o Genoíno. Lula tinha uma idéia, mas todo mundo meio que deixava ele de fora disso, até porque ele era o candidato, a pressão era forte, ele tinha que ficar viajando pelo país, gravando, etc.
Em relação ao mensalão, não acho que tenha existido, pelo menos não assim, dessa forma explícita, nem coordenado por José Dirceu. O mensalão era, na verdade, dinheiro que empresários e políticos pagavam a Marcos Valério, para ele, por sua vez, pagar deputados, para que aprovassem, ou vetassem, determinada lei.
Está provado que Valério era lobbista de Daniel Dantas, do grupo Opportunity, o garoto de ouro do governo FHC, que o tornou um dos homens mais ricos do país. Dantas, por exemplo, dava dinheiro para Valério fazer agrados a deputados e gente ligado, de alguma forma, ao governo, para conseguir, aos poucos, ou nem tão aos poucos assim, ganhar apoio oficial.
O caso de Valério arrumar o emprego para a ex-mulher de Dirceu, por exemplo. Minha suposição é que Valério arrumou um jeito de, na última hora, ser ele o fiador do apartamento; e arrumou o emprego para a moça, de forma a ter cartas na manga para obter "benevolência" de Dirceu no futuro. Ou então, para manter um rabo preso de Dirceu.
Mas é certo que houve, em algum momento, a infiltração de alguma coisa má no PT. Isso aí era uma coisa inevitável. Se até o Paraíso, protegido pelos anjos e por Deus, foi secretamente invadido por Satanás, porque o PT não o seria?
Genoíno, a meu ver, entrou meio que de gaiato nessa história. É uma figura importantíssima na esquerda nacional, mas se omitiu de maneira imperdoável, deixou que o PT afundasse. Como que deixou o partido se endividar dessa maneira? Mesmo assim, acho que os erros de Genoíno foram erros humanos. O problema é que, quando uma pessoa erra, é só um erro sem grandes consequências. Quando um grande homem erra, esse erro muda a história de uma nação.
Por outro lado, somente através da escuridão é que podemos compreender o que é a luz. Os erros nos permitem ver com mais clareza o que é, realmente, errado e certo nesse país. Essa crise política trouxe uma luz brutal, que nos cegou a todos, mas que iluminou a podridão em volta do Congresso, das empresas públicas e do Estado brasileiro em geral. A corrupção ainda grassa no país, vide as polícias estaduais.
Hoje uma senhora muito minha amiga me pôs contra a parede: deixe de ser sectário, Miguel, ninguém pode defender o PT ou o Lula assim. É indefensável. Dirceu é indefensável. Genoíno é indefensável.
Eu respondi imediatamente: não sou sectário, não defendo PT e Lula fanaticamente. O negócio é que a Polícia Federal está prendendo corruptos. O Ministério Público está prendendo. As CPIS estão fazendo um trabalho fantástico de apuração. Isso só poderia acontecer no governo Lula.
Ademais, em termos econômicos, a administração Lula tem sido impecável. Essa crise veio bem a calhar, para obrigar o governo fazer uma guinada radical à esquerda, à procura de apoio popular. A mídia critica tanto o assistencialismo, mas esquece que todos os países ricos tem programas assistencialistas que chegam à quase totalidade da população carente.
O principal problema, aí sim eu concordo, é a educação. Mas sem comida, não dá pra educar ninguém. Por mais duro que seja imaginar isso, o negócio é que, nesse primeiro mandato, Lula tinha que se dedicar a implantar os programais sociais e fazer uma gestão para gerar empregos. Para mim, essa é a função primordial de um governo: criar um ambiente de estabilidade econômica que permita o desenvolvimento da nação, com algumas interferências para realizar a distribuição de renda.
Quanto à educação, não acredito muito no governo, em qualquer governo. Minha idéia, conforme já apresentei em artigos no jornal impresso Arte & Política, é criar uma autarquia nacional para gerir a educação. Gosto muito da idéia das autarquias, mas gostaria de vê-las independentes dos governos, apenas ligadas, é claro, pela Constituição e pelo interesse nacional. Seria algo como um Instituto Nacional de Educação, com uma diretoria vinda do próprio sindicato, com fundo de pensão próprio, o qual seria usado para construir mais escolas e por aí vai. A diretoria do Instituto seria composta apenas por funcionários de carreira, concursados.
E a solução para os escritores desesperados, a meu ver, estaria também ligada à educação. Os escritores, esses pobres humanos adoecidos pela paixão pela literatura, poderiam ganhar a vida dando aulas de português e (adivinha!) literatura para os jovens, sendo que o Instituto ajudaria o sujeito a encontrar uma editora para seus livros.
Acho que existem soluções criativas para o problema Brasil, mas algumas precisam ser mais ousadas, mais corajosas. A idéia do Instituto fica aí, de graça, para qualquer um pegar e usar. Não cobro nada. São essas coisas que, pra mim, formam o que chamo de anarquismo moderno, ou anarquismo republicano.
Viva o anarquismo republicano! Viva as autarquias!
Perigosas atitudes
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Merval Pereira diz hoje que a crise recrudesce. Certo, mas deveria dizer também que recrudesce o clima de confronto. Os movimentos sociais ganham terreno. As elites, ao iniciarem um ataque maciço à Lula, obrigam-no a procurar o povo que o elege.
Chega a ser irônico os colunistas afirmarem, como grande coisa, a perda de apoio de Lula junto às classes A e B, e a sua popularidade crescente junto às outras classes.
Parecem desconhecer a pirâmide social brasileira. Não aprenderam que as classes C, D e E representam 80% da população brasileira?
Revelam também certo preconceito, como se as pessoas pobres não fossem inteligentes ou informadas sobre o processo político.
Todos os esquemas de corrupção que agora explodem iniciaram-se no governo FHC. O valerioduto começou na milionária campanha de Eduardo Azeredo ao governo de Minas, em 1998, e os depósitos chegaram a todos os partidos. Na época de FHC, não havia COAF, não havia Polícia Federal competente, e as CPIS que não interessavam ao governo eram todas abafadas.
Chega a ser irônico os colunistas afirmarem, como grande coisa, a perda de apoio de Lula junto às classes A e B, e a sua popularidade crescente junto às outras classes.
Parecem desconhecer a pirâmide social brasileira. Não aprenderam que as classes C, D e E representam 80% da população brasileira?
Revelam também certo preconceito, como se as pessoas pobres não fossem inteligentes ou informadas sobre o processo político.
Todos os esquemas de corrupção que agora explodem iniciaram-se no governo FHC. O valerioduto começou na milionária campanha de Eduardo Azeredo ao governo de Minas, em 1998, e os depósitos chegaram a todos os partidos. Na época de FHC, não havia COAF, não havia Polícia Federal competente, e as CPIS que não interessavam ao governo eram todas abafadas.
3 de agosto de 2005
Dirceu no Conselho de Ética
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A avaliação geral é que o ex-ministro José Dirceu saiu-se muito bem em seu depoimento no Conselho de Ética. A opinião pública brasileira parece ter ficado tocada pela defesa intransigente que ele fez de sua honra e de sua dignidade.
Os colunistas da grande imprensa, que até então vinham participando do processo de crucifixação de Dirceu, reduziram o ataque e cumprimentaram o desempenho do agora parlamentar. Entretanto, como não podia deixar de ser, procuraram descontruir a aura de sinceridade carregando nos adjetivos "frio", "calculista", quando, na verdade Dirceu não foi tão frio, chegando a emocionar-se (embora sem ir às lágrimas, o que o ridicularizaria, por levar a comparação com Delúbio e Silvinho) em diversos momentos.
O comportamento de Dirceu galvanizou parlamentares petistas e da base aliada presentes na sala e houve momentos de apaixonada defesa do governo e do presidente Lula.
Roberto Jefferson, por outro lado, perdeu sua compostura. Diante de Dirceu, sua máscara caiu, e o personagem que montou não foi convincente. Suas artimanhas teatrais ficaram todas à mostra, como um ator que colocasse a peruca do lado contrário.
A denúncia que fez envolvendo o presidente da República. Luiz Inácio Lula da Silva, com a Portugal Telecom e eventuais empréstimos para PT e PTB, não colou. Primeiro porque entra em contradição com a afirmação reiterada diversas vezes, inclusive ontem, pelo próprio Jefferson de que Lula é um homem inocente e correto. Segundo porque é inverossímel. E terceiro porque não se concretizou. A Portugal Telecom não emprestou um centavo a nenhum dos dois partidos.
Por último, a denúncia de Jefferson foi um tiro para a culatra. Marcos Valério foi à Portugal não como emissário do PT, mas como acompanhante do tesoureiro do PTB, de maneria que é o PTB, partido de Jefferson, que fica mal nessa história.
A citação do nome do presidente, porém, atiçou os instintos mais primitivos da imprensa, que tentará, nem que seja por alguns dias, colar mais essa história no subconsciente da opinião pública, fazendo sangrar mais um pouco o presidente, conforme é tática assumida do PSDB.
Os colunistas da grande imprensa, que até então vinham participando do processo de crucifixação de Dirceu, reduziram o ataque e cumprimentaram o desempenho do agora parlamentar. Entretanto, como não podia deixar de ser, procuraram descontruir a aura de sinceridade carregando nos adjetivos "frio", "calculista", quando, na verdade Dirceu não foi tão frio, chegando a emocionar-se (embora sem ir às lágrimas, o que o ridicularizaria, por levar a comparação com Delúbio e Silvinho) em diversos momentos.
O comportamento de Dirceu galvanizou parlamentares petistas e da base aliada presentes na sala e houve momentos de apaixonada defesa do governo e do presidente Lula.
Roberto Jefferson, por outro lado, perdeu sua compostura. Diante de Dirceu, sua máscara caiu, e o personagem que montou não foi convincente. Suas artimanhas teatrais ficaram todas à mostra, como um ator que colocasse a peruca do lado contrário.
A denúncia que fez envolvendo o presidente da República. Luiz Inácio Lula da Silva, com a Portugal Telecom e eventuais empréstimos para PT e PTB, não colou. Primeiro porque entra em contradição com a afirmação reiterada diversas vezes, inclusive ontem, pelo próprio Jefferson de que Lula é um homem inocente e correto. Segundo porque é inverossímel. E terceiro porque não se concretizou. A Portugal Telecom não emprestou um centavo a nenhum dos dois partidos.
Por último, a denúncia de Jefferson foi um tiro para a culatra. Marcos Valério foi à Portugal não como emissário do PT, mas como acompanhante do tesoureiro do PTB, de maneria que é o PTB, partido de Jefferson, que fica mal nessa história.
A citação do nome do presidente, porém, atiçou os instintos mais primitivos da imprensa, que tentará, nem que seja por alguns dias, colar mais essa história no subconsciente da opinião pública, fazendo sangrar mais um pouco o presidente, conforme é tática assumida do PSDB.
2 de agosto de 2005
Mercadante no Jô
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Foi boa a participação de Aloisio Mercadante no Jô nesta segunda-feira. Escaldado nas lides brutais que acontecem em Brasília, o senador chegou com a língua rápida, afiada e se portou com uma nobre e necessária agressividade, sem deixar de ser absolutamente elegante, frio e controlado, ao defender o governo Lula e explicar à opinião pública todas as cagadas monumentais do PT.
Foi histórica sua declaração sobre Genoíno. Sábio e leal da parte dele continuar tendo afeição por Genoíno. Seria interpretado como falsidade se fizesse o contrário. Ao mesmo tempo, não hesitou em culpar Genoíno por ter se omitido diante dos desvios de conduta de Delúbio e Silvio.
Também foi muito lúcido e incisivo sobre Dirceu. Explicou que muita coisa que estão dizendo sobre Dirceu não são verdades, que está se jogando nas costas dele muita coisa que não é sua culpa, mas afirmou que ele terá que se explicar.
Fez ainda um libelo pela verdade. Argumentou que cada repórter político do país está correndo atrás da crise; Ministério Público, Polícia Federal, CPIs, enfim, é muito melhor que a opinião pública saiba da boca do próprio Dirceu do que ler no jornal. Ou pior: ler na Veja!
Aloisio Mercadante, o senador mais votado da história do país, com mais de 10 milhões de votos, mostrou-se franco, claro, ágil, gesticulou e falou com confiança e transmitiu a impressão de honestidade, que é o que parece estar mais em falta entre alguns segmentos da classe política brasileira.
Esperamos que, pelo bem da estabilidade brasileira, José Dirceu saiba também ter um comportamento digno, esclarecendo a nação sobre o que realmente aconteceu. Ninguém aguenta mais essa crise. O país quer voltar ao trabalho! Eu quero voltar à escrever poesia, ô meu!
Foi histórica sua declaração sobre Genoíno. Sábio e leal da parte dele continuar tendo afeição por Genoíno. Seria interpretado como falsidade se fizesse o contrário. Ao mesmo tempo, não hesitou em culpar Genoíno por ter se omitido diante dos desvios de conduta de Delúbio e Silvio.
Também foi muito lúcido e incisivo sobre Dirceu. Explicou que muita coisa que estão dizendo sobre Dirceu não são verdades, que está se jogando nas costas dele muita coisa que não é sua culpa, mas afirmou que ele terá que se explicar.
Fez ainda um libelo pela verdade. Argumentou que cada repórter político do país está correndo atrás da crise; Ministério Público, Polícia Federal, CPIs, enfim, é muito melhor que a opinião pública saiba da boca do próprio Dirceu do que ler no jornal. Ou pior: ler na Veja!
Aloisio Mercadante, o senador mais votado da história do país, com mais de 10 milhões de votos, mostrou-se franco, claro, ágil, gesticulou e falou com confiança e transmitiu a impressão de honestidade, que é o que parece estar mais em falta entre alguns segmentos da classe política brasileira.
Esperamos que, pelo bem da estabilidade brasileira, José Dirceu saiba também ter um comportamento digno, esclarecendo a nação sobre o que realmente aconteceu. Ninguém aguenta mais essa crise. O país quer voltar ao trabalho! Eu quero voltar à escrever poesia, ô meu!