O principal argumento que tenho escutado para justificar a violenta reintegração de posse da comunidade de Pinheirinho é o de que a polícia tinha de cumprir uma determinação judicial. É a lei, estúpidos. Outro argumento, ligado a este, atribui a culpa à propriedade privada. É o capitalismo, estúpidos.
Não concordo com nenhum dos dois.
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27 de janeiro de 2012
O embate ideológico por trás de Pinheirinho
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Miguel do Rosário
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sexta-feira, janeiro 27, 2012
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Yoani Sanchez vem aí
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Em meu artigo de hoje para o Cafezinho, eu falo da crise entre PMDB X Planalto e comento a vinda da blogueira Yoani Sanchez ao Brasil.
http://www.ocafezinho.com/2012/01/27/yoani-sanchez-vem-ai/
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24 de janeiro de 2012
A barbárie será vencida
5 comentarios
O que aconteceu e está acontecendo em Pinheirinho é uma verdadeira barbárie. Um ato indesculpável de violência governamental. A mídia hoje iniciou uma grande operação para abafar e justificar a brutalização de seis mil pessoas, mas vai ser difícil. As injustiças vazam por entre os dedos das mesmas mãos que as querem esconder. O Globo é o mais manipulador, porque acusa, na primeira página, o PT de politizar o caso. Com isso, quem politiza o caso é o Globo. Os políticos do PT fazem o que tem de fazer: política, assim como fazem os do PSDB. Acusar o PT de fazer política é como acusar um violeiro por tocar violão. Não vem ao caso o que fazem os políticos do PT, e sim a realidade insofismável de que o governo de São Paulo deflagrou, mais uma vez, uma ação truculenta contra gente desarmada, pobre, inocente.
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Miguel do Rosário
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terça-feira, janeiro 24, 2012
5 comentarios # Etichette: Direitos Humanos
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Hit the Road
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Miguel do Rosário
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domingo, janeiro 22, 2012
Seja o primeiro a comentar! # Etichette: Música
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21 de janeiro de 2012
Polêmicas fúteis
13 comentarios
(Caravaggio, cujas pinturas incentivavam o sexo e o consumo de álcool,
era patrocinado pela Igreja Católica. Bons tempos...)
era patrocinado pela Igreja Católica. Bons tempos...)
Ás vezes me dá a impressão que as pessoas se recusam voluntariamente a pensar, embriagadas com o súbito poder que as redes sociais lhes proporcionam. Toda aquela psicologia das massas, aquele frenesi coletivo ao ver alguém subir no cadafalso para ser enforcado, reapareceu com força na internet, arrastando pessoas que, ironicamente, por sua instrução, estariam imunes a esse tipo de manifestação. Todo mundo vira justiceiro, condenando um sujeito, sem provas, por um dos crimes mais hediondos na escala moral do brasileiro: o estupro. Alguém pediu desculpas ao rapaz? E agora, ele vai processar o Twitter?
No entanto, eu estou bem mais cuidadoso agora. Não vou mais fazer acusações genéricas, até porque eu li coisas que mais parecem fruto de trolls espertinhos do que mensagens autênticas. Não vou culpar, genericamente, os blogs progressistas, nem a esquerda, nem as redes sociais. São grupos da web que agem com a melhor intenção do mundo, de promover justiça, mas na ânsia de fazê-lo com suas próprias mãos, acabam atropelando o Estado de direito e causando outro tipo de injustiça.
Está tudo na conta, porém. Se o que se faz por amor está acima do bem e do mal, o ódio também tem seu valor, e mesmo sendo injustas, as manifestações da web cumprem uma função social. Elas forçam o debate, embora esse meu relativismo poderia se aplicar a qualquer tipo de ódio, até mesmo ao Tea Party. O Tea Party também força o debate.
Lamentável mesmo é a intolerância, de um lado, e a irresponsabilidade, de outro. Um amigo, tão sensato e inteligente, escreveu em seu blog, comentando o incidente, que, analisando o vídeo, concluíra que, de fato, "houve penetração". Pô, ele tem visão Raio-X?
Desde o início, a história foi estranha. Como alguém pode saber o que aconteceu sob um edredon, ainda mais num quarto na penumbra?
Dias depois, a suposta "estuprada" admitiu que tudo que ocorrera contara com seu consentimento. Não se pode alegar que agiu por interesse financeiro: visto que poderia arrancar muito dinheiro da Globo num processo por danos morais. A balbúrdia provocada levou a polícia, o ministério público, e até o Ministério da Comunicação, a entrarem no caso.
Descartada a hipótese de estupro, e hoje o consenso geral é de que não houve, o ataque à Globo adotou um tom moralista: é uma incitação ao consumo de álcool! Outra linha de ataques é de ordem moral. Nosso valoroso humorista Bemvindo Sequeira resumiu bem a coisa (ele mesmo atacando o BBB):
Incentivo a bebedeiras, apologia do álcool, incentivo à sexualidade e à promiscuidade, apologia narcísica do corpo para consumo como objeto...estas são as questões que deveriam estar no foco da discussão.
É claro que juntadas às questões de racismo, abuso sexual etc. etc. Mas discutir a própria essência da nossa sociedade do "entretenimento" que na busca desesperada pelo IBOPE usa de qualquer artifício, usando concessão pública para invadir nossas mentes e lares, transformando a Nação em valhacouto da licenciosidade.
Eis que de repente, portanto, os nossos mais combativos militantes da guerra contra o conservadorismo passam a usar argumentos e vocabulário dignos de um integralista da década de 30!
Eu concordo que o BBB é um lixo, e que talvez não merecesse ser exibido num canal de concessão pública. Mas sabe qual é minha referência do que seja realmente lixo televisivo? Aquele programa de venda de tapetes! Que raios é aquilo?
Na verdade, a tv aberta é ruim. Não se pode criticar exclusivamente a Globo, sem mencionar o lixo que há em outros canais. A Globo até que é o canal melhorzinho, porque ao menos passa uns filmes pela madrugada, na mesma hora em que outros exibem programas religiosos de quinta categoria.
O que me preocupa, sobretudo, é brandir uma eventual Ley dos Medios para proibir conteúdos que "incentivam a sexualidade" ou o "consumo de álcool", mesmo que esses programas sejam exibidos após as 22 horas. Isso não me cheira bem.
A lei da mídia, a meu ver, deve ser voltada para a promoção da liberdade, e não ser um instrumento de censura.
Um comentarista (daí minha desconfiança de que há trolls confundindo o debate) de um blog famoso disse que o Brasil estava muito atrasado no mundo na questão da mídia, visto que países como a China já exerciam um controle rígido sobre os conteúdos. Sem comentários.
Sobre o Big Brother Brasil, ele é um reality show como centenas de outros exibidos em países como EUA, Canadá, Japão, Austrália, Nova Zelândia e Dinamarca. É tudo a mesma coisa.
Tem gente que adora reality show, evidentemente, senão estes não existiriam. Tem muito intelectual, inclusive, que defende o Big Brother com unhas e dentes. E não é só a Globo que exibe reality shows, ou já esqueceram da Casa dos Artistas, A Fazenda, etc? Todos incentivam o erotismo e em todos há festas regadas a álcool. Aliás, se um lugar como a casa do Big Brother não permitisse festas nem álcool, acho que teríamos, em vez de supostos abusos sexuais, suicídios ao vivo.
Vale lembrar que os EUA viveram uma situação bem macabra recentemente, com uma onda de suicídios de ex-membros de reality shows. Criaram até um blog sobre isso.
Eu prefiro ler um bom livro, assistir a um filme, mas - discordando do meu amigo Luis Nassif - sou contra a proibição do Big Brother. Primeiro porque abriria um precedente, levando a proibição de reality shows em todos os canais. Segundo porque a motivação (de ordem moral), levaria grupos conservadores a se sentirem no direito de repetir a dose contra qualquer programa que considerassem "imoral".
Mussum, por exemplo, que aparecia bebendo cachaça num programa infantil, seria a primeira vítima...
De maneira que eu ainda prefiro a liberdade do controle remoto. Hoje em dia o povo tem internet, tem dvd, e um quinto da população já possui tv a cabo. Então o menor dos problemas do Brasil é o Big Brother.
O pior é que esse ódio destrambelhado, ao não encontrar um argumento sólido onde assentar-se, visto que não houve estupro e, portanto, não houve nenhum crime, acaba resvalando não só para um moralismo extemporâneo, como se transformando mais uma vez numa irritação genérica contra o governo. Quem apanha é o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Não que ele ou o governo não mereçam apanhar, mas eu gostaria de vê-los apanhando pela péssima política de banda larga ou pela gestão conservadora na saúde e educação, e não por se recusarem a censurar o Big Brother.
Ah, lembrei de uma coisa. Aquele comentário que criticava o Brasil porque não tinha uma regulamentação para mídia igual à da China constava num post que fazia longas elocubrações sobre terrível sexismo da imprensa ao publicar uma foto de Dilma Rousseff de maiô, numa praia isolada. Muitos outros disseram que o jornal não podia jamais publicar a foto sem a devida autorização da presidente. Ora, o jornalismo não precisa de autorização, e a foto da presidente era ótima. Não sei se os jornalões publicariam ou não uma foto de Dona Ruth, não me importa, mas eu gostei de ver a foto das belas e saudáveis coxas de nossa presidente, porque foi um sinal de que ela tem um par de vigorosas pernas, preparadas para correr por esse Brasilzão enorme, dando as necessárias caneladas em quem não presta. Ley dos Medios não vai servir para proibir a imprensa de publicar uma foto como essa. Uma nova regulamentação da mídia no Brasil tem que ser feita com vistas a ampliar a liberdade dos conteúdos, e não o contrário.
# Escrito por
Miguel do Rosário
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sábado, janeiro 21, 2012
13 comentarios # Etichette: imprensa, liberdade de expressão, Mídia
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1 de janeiro de 2012
Cafezinho voltou de férias
3 comentarios
Depois de alguns dias de férias, o Cafezinho volta ao batente nesta segunda-feira 2 de janeiro. Conto com a sua visita!