ressaca moral
na manhã esverdeada, ele contemplava as donzelas mortas. fantasmas de uma amizade turbulenta, agitada por sonhos destruídos mas ainda ricos em radiotividade. as dívidas não-pagas de amor. os filmes vistos dez vezes. as noites de insônia e sofrimento, uma agulha penetrando sob as unhas de conversas mal digeridas, discussões vazias, qual pesadelos violentíssimos sendo tragados rapidamente, junto ao vinho, junto às savanas secas e famintas do planalto central.
as discussões de bar entre amigos são a coisa mais linda da vida, e as mais duras. as brincadeiras e as divergências. os erros, os exageros, os cancelamentos de eventos internacionais, as revoluções, os governadores, nada disso, de madrugada, vale um pensamento de amor. mas resistimos, entre desculpas e ressacas, e acreditamos no perdão do pós-guerra, no café, na democracia e no cinema. eu te amo, meu irmão.
5 de agosto de 2013
2 poemas
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Graaaaaaaande, Miguel!
Belo! Belíssimo!
Belo! Belíssimo!
Nossa maravilhoso! agradeço! Bia
Adorei seu blog!
http://www.valdeirvieira.com/unique-residencial/
Legal !
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