Acabei de fazer uma boa revisão do conto "Cézanne na Praça Mauá", publicado no Arte & Política. Corrigi, cortei, melhorei. Se, por acaso, alguém leu e achou uma merda, pode voltar e me dar mais uma chance.
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Parece que, em meu artigo de ontem, acertei na mosca. Dois ônibus de turistas, um cheio de alemães, outro só de americanos, foram assaltados ontem, segunda-feira. Os alemães já embarcaram de volta à seu país de origem, prometendo nunca mais voltar ao Brasil e bufando de raiva (com toda razão) pela incompetência da polícia brasileira, que não garante a segurança nem da avenida que liga o aeroporto internacional à zona sul, onde ficam os hotéis. A notícia me arrasou profundamente, porque sempre tive a certeza e o sonho de que o Rio pode vir a ser um dos grandes destinos turísticos do mundo. Mas, pelo jeito, Garotinho não quer gerar emprego nem acabar com a miséria. Em vez de invadir favela, e distribuir cesta básica, Rosinha & Garotinho podiam fazer só isso: proteger os turistas. Rosinha! Acorda! O turismo é a saída econômica do estado! Estou com medo do reflexo desse assalto para o turismo no verão.
Governo federal! Intervenham no Rio! Garantam pelo menos a segurança dos turistas. PM, saiam das favelas e policiem a cidade, protegendo os turistas. Esqueçam os traficantes! Deixem o tráfico somente com a Polícia Federal!
PM é para garantir a segurança do cidadão, não para nos matar.
Governo federal! Intervenham no Rio! Garantam pelo menos a segurança dos turistas. PM, saiam das favelas e policiem a cidade, protegendo os turistas. Esqueçam os traficantes! Deixem o tráfico somente com a Polícia Federal!
PM é para garantir a segurança do cidadão, não para nos matar.
17 de outubro de 2004
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O Balaio de Textos, seçao literário do Sesc SP, publicou um conto meu, chamado "As putas também amam". E, dia 21, haverá bate-papo sobre o conto. Os links estão abaixo:
www.sescsp.org.br
http://www.sescsp.org.br/sesc/convivencia/oficina/frabalaio.htm
www.sescsp.org.br
http://www.sescsp.org.br/sesc/convivencia/oficina/frabalaio.htm
13 de outubro de 2004
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Salvem o Rio!
A política de segurança de Garotinho, baseada no enfrentamento psicótico, brutal, sem apoio de inteligência, da polícia com o tráfico, é uma política estúpida, estéril, inútil, nociva, que vem causando um verdadeiro genocídio nas comunidades carentes, além do prejuízo em vidas humanas para a própria polícia. O Rio é uma cidade turística, porra! É preciso que a polícia seja voltada para segurança da população e não para a repressão à venda de drogas. Não adianta tentar segurar a água com as mãos. É preciso mudar radicalmente a política de segurança. A repressão ao tráfico tem que ser feita exclusivamente pela polícia federal, a pm tem que cuidar das ruas, protegendo turistas e cidadãos, para que a cidade tenha noites tranquilas, acolhedoras, para a boemia internacional. O verão está chegando e, mais uma vez, o sonho carioca de se transformar numa grande cidade turística está afundando com a mentalidade psicótico-evangélica-burra de Garotinho e seus soldadinhos de chumbo. É preciso reciclar toda a PM, preparando-a para ser uma polícia cidadã, respeitosa, com boa imagem junto às comunidades. As classes letradas do Rio, em vez de campanhas inócuas pela paz, devem mergulhar de vez na política estadual, interferindo, influindo, agindo, sugerindo mudanças efetivas, inclusive mudanças morais. Porque a visão maniqueísta e religiosa com que Garotinho e Cia olham a questão das drogas não nos serve pra nada. Enquanto Londres liberou o uso da maconha, aqui a polícia mata jovens na periferia porque estavam fumando um baseado, depois a imprensa divulga que mais um traficante foi morto.
A política de segurança de Garotinho, baseada no enfrentamento psicótico, brutal, sem apoio de inteligência, da polícia com o tráfico, é uma política estúpida, estéril, inútil, nociva, que vem causando um verdadeiro genocídio nas comunidades carentes, além do prejuízo em vidas humanas para a própria polícia. O Rio é uma cidade turística, porra! É preciso que a polícia seja voltada para segurança da população e não para a repressão à venda de drogas. Não adianta tentar segurar a água com as mãos. É preciso mudar radicalmente a política de segurança. A repressão ao tráfico tem que ser feita exclusivamente pela polícia federal, a pm tem que cuidar das ruas, protegendo turistas e cidadãos, para que a cidade tenha noites tranquilas, acolhedoras, para a boemia internacional. O verão está chegando e, mais uma vez, o sonho carioca de se transformar numa grande cidade turística está afundando com a mentalidade psicótico-evangélica-burra de Garotinho e seus soldadinhos de chumbo. É preciso reciclar toda a PM, preparando-a para ser uma polícia cidadã, respeitosa, com boa imagem junto às comunidades. As classes letradas do Rio, em vez de campanhas inócuas pela paz, devem mergulhar de vez na política estadual, interferindo, influindo, agindo, sugerindo mudanças efetivas, inclusive mudanças morais. Porque a visão maniqueísta e religiosa com que Garotinho e Cia olham a questão das drogas não nos serve pra nada. Enquanto Londres liberou o uso da maconha, aqui a polícia mata jovens na periferia porque estavam fumando um baseado, depois a imprensa divulga que mais um traficante foi morto.
9 de outubro de 2004
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Fechando as portas do inferno
A escalada do terrorismo atingiu um nível tão alarmante que todos nós, jornalistas, operários, sem-terra, políticos ou empresários, precisamos refletir sobre as causas e os efeitos desse mal. Num de seus últimos artigos (Só a mídia é capaz de vencer o terrorismo, publicado no Observatório da Imprensa) , o jornalista Alberto Dines, fala sobre uma suposta tolerância de alguns setores da mídia para com o terrorismo. Essa tolerância, segundo Dines, seria motivada pelo sentimento de repulsa à política belicista de Bush. Pois bem, esse é meu ponto-de-partida. Discordo frontalmente dessa opinião. Não vejo em nenhuma parte, e pela internet tenho lido jornais do mundo inteiro, tolerância para com o terrorismo. O que se vê é, simplesmente, uma saudável e necessária diversidade de opiniões em relação a isso.
No entanto, considero sumamente medíocre todos esses editoriais em que se repete que "repudiamos o terrorismo". Ora, o terrorismo é uma doença, com causas políticas e, portanto, com curas políticas. De que adiantaria lamentar a morte de milhões de pessoas por causa de um epidemia, dizendo: "repudiamos totalmente o vírus tal"?
Concordo com Dines quando ele afirma que a mídia tem um papel fundamental no combate ao terrorismo. E que esse papel passa por dar espaço à lucidez e à análise profunda e minuciosa das causas do terrorismo.
O problema, contudo, não é a falta de analistas, e sim o fato de que os bons são marginalizados e os maus analistas são venerados pelos donos do status quo. A tolerância com o terrorismo não é dos jornalistas anti-Bush, sr.Dines. Não podemos deixar que a perversão atual dos valores atinja tal ponto em que a análise, a compreensão, o estudo imparcial de um problema tão grave como o terrorismo seja confundido com tolerância. Não! Se há tolerância com o terrorismo, seguramente não vem dos jornalistas. Ademais, essa história de anti-Bush já está ultrapassada, até porque o Kerry está se revelando pior que Bush, falou que vai triplicar o número de soldados no Iraque, vai continuar com ataques preventivos, vai cancelar a diplomacia com a Coréia do Norte e partir para o ataque direto, enfim, não vejo em Kerry um hippie paz e amor não. Vejo nele mais um marionete de grandes grupos financeiros que dominam a maior economia do mundo.
E então? Como fechar as portas do inferno? Como reduzir o terrorismo no mundo? O sr. Dines insinua que a origem do terrorismo está no islamismo. "Todo terrorista é muçulmano", escreve Dines, citando um especialista no assunto. Tá bom. E as milhares e milhares de vítimas de bombas americanas. E os milhares e milhares de mutilados, doentes, destroçados moralmente, pela selvageria ianque? Não foram terroristas, nem muçulmanos. Em sua maioria, eram cristãos, protestantes, ateus, agnósticos, sei lá.
O fato é que a grande maioria dos homens bomba são jovens pobres, desesperados, que viveram situações limite, massacres, genocídios, bombardeios. Perderam parentes, amigos, em covardes ações militares. Como esperar deles qualquer tipo de serenidade? O ódio é diabólico? Nem sempre. Existe algo de divino na ira. Opa, pera lá, não estou justificando o terrorismo. Estou tentando compreender, e encontrar a melhor forma de fechar a porta do inferno.
As sociedades humanas nunca serão perfeitas. Por mais feliz que seja uma determinada comunidade, sempre haverá malucos violentos. Mas não é disso que estamos falando. O terrorista é um ser político. Pode até ser maluco, mas é fruto de uma situação política específica. Portanto, para se acabar com o terrorismo é preciso estudar suas razões políticas e humanas. O terrorista, por mais maluco, bossal, estúpido, que seja, não é um bicho. É um homem, que sacrifica sua vida em prol de uma causa. Tratá-lo como um criminoso comum, como governos e jornalistas vêm fazendo, é totalmente contra-producente do ponto-de-vista do combate ao terrorismo.
Pensemos: em Falluja, no sul do Iraque, temos muitos terroristas, certo? Dines acha que os jornalistas que os chamam de "insurgentes" ou "rebeldes" estão sendo complacentes ou tolerantes com o terrorismo. Discordo radicalmente de Dines: eles são, sim, insurgentes, mas quem disse que "insurgente" é um elogio? Ou que insurgentes não usam táticas terroristas? O fato é que o terrorismo é uma insurgência. Então, voltemos à Falluja. Será que alguém, com um mínimo de massa cinzenta na cabeça, acha que despejar centenas de bombas, matando milhares de civis, isso sem contar com a destruição geral de toda a infra-estrutura (água, eletricidade, saúde, educação) de uma cidade, isso vai contribuir para reduzir o índice de jovens que aderem ao terrorismo? Que espécie de tática é essa? Que espécie de "democracia" os EUA querem estabelecer no Iraque? Um bando de aleijados, mutilados, miseráveis, escolhendo entre dois ou três ex-agentes da Cia?
A mídia pode ajudar no combate ao terrorismo, sim. Porque a mídia é um dos principais órgãos de inteligência da sociedade global. Se duas cabeças pensam melhor que uma, então milhões de cabeças, ou bilhões, pensam melhor que meia-dúzia.
O terrorismo deve ser combatido com a arma mais poderosa do homem: a inteligência. É preciso trazer estabilidade política, social, às regiões mais conturbadas do planeta. Para isso, em vez de se pulverizar bilhões de dólares em guerras idiotas, pode-se doar escolas, hospitais, centros de lazer, esporte e cultura, às comunidades mais problemáticas.
A desumanização do "terrorista", parecida ao que se faz aqui no Rio de Janeiro com o "traficante", é a raíz do problema. Revela a inconsistência da estratégia da luta contra o terrorismo.
E, no entanto, se eu falar que só o amor pode vencer o terrorismo, muitos vão me ridicularizar, chamando-me de ingênuo, imbecil, pusilânime e até viado. É porque confundem amor com fraqueza. Não. O amor é, antes de tudo, força. Ações políticas ousadas, vigorosas, fortes, que visem o desarmamento, a estabilidade política, social e econômica, poderão mostrar aos jovens candidatos ao terrorismo que o mundo moderno, com seus campos agrícolas, suas indústrias, seus aviões e computadores, também tem seu lado bom, também possui sensibilidade, e que existem outras formas de se mudar o mundo que não explodindo um ônibus cheios de crianças.
Meu falecido pai era um homem fechado, tímido, taciturno, com enorme dificuldade para mostrar sentimentos. Ele expressava seu amor por mim e por meu irmão servindo-nos deliciosos lanchinhos. É por aí. Os Estados deveriam combater o terrorismo com ações políticas afirmativas, construtivas, e não destruindo estações de tratamento de água e esgoto, como fazem no Iraque e na Palestina.
Tanta brutalidade estéril só faz escancarar mais e mais as portas do inferno. É preciso interromper imediatamente esses banhos de sangue, evitando mais sofrimento inútil para a humanidade. Já somos vítimas de tantas desgraças naturais, como câncer, aids, terremotos, furacões, e pitboys da barra, não precisamos que o Tio Sam crie corvos no oriente médio que, um dia, poderão voar até nossas maravilhosas praias, trazendo pequenas e terríveis bombas radioativas.
A escalada do terrorismo atingiu um nível tão alarmante que todos nós, jornalistas, operários, sem-terra, políticos ou empresários, precisamos refletir sobre as causas e os efeitos desse mal. Num de seus últimos artigos (Só a mídia é capaz de vencer o terrorismo, publicado no Observatório da Imprensa) , o jornalista Alberto Dines, fala sobre uma suposta tolerância de alguns setores da mídia para com o terrorismo. Essa tolerância, segundo Dines, seria motivada pelo sentimento de repulsa à política belicista de Bush. Pois bem, esse é meu ponto-de-partida. Discordo frontalmente dessa opinião. Não vejo em nenhuma parte, e pela internet tenho lido jornais do mundo inteiro, tolerância para com o terrorismo. O que se vê é, simplesmente, uma saudável e necessária diversidade de opiniões em relação a isso.
No entanto, considero sumamente medíocre todos esses editoriais em que se repete que "repudiamos o terrorismo". Ora, o terrorismo é uma doença, com causas políticas e, portanto, com curas políticas. De que adiantaria lamentar a morte de milhões de pessoas por causa de um epidemia, dizendo: "repudiamos totalmente o vírus tal"?
Concordo com Dines quando ele afirma que a mídia tem um papel fundamental no combate ao terrorismo. E que esse papel passa por dar espaço à lucidez e à análise profunda e minuciosa das causas do terrorismo.
O problema, contudo, não é a falta de analistas, e sim o fato de que os bons são marginalizados e os maus analistas são venerados pelos donos do status quo. A tolerância com o terrorismo não é dos jornalistas anti-Bush, sr.Dines. Não podemos deixar que a perversão atual dos valores atinja tal ponto em que a análise, a compreensão, o estudo imparcial de um problema tão grave como o terrorismo seja confundido com tolerância. Não! Se há tolerância com o terrorismo, seguramente não vem dos jornalistas. Ademais, essa história de anti-Bush já está ultrapassada, até porque o Kerry está se revelando pior que Bush, falou que vai triplicar o número de soldados no Iraque, vai continuar com ataques preventivos, vai cancelar a diplomacia com a Coréia do Norte e partir para o ataque direto, enfim, não vejo em Kerry um hippie paz e amor não. Vejo nele mais um marionete de grandes grupos financeiros que dominam a maior economia do mundo.
E então? Como fechar as portas do inferno? Como reduzir o terrorismo no mundo? O sr. Dines insinua que a origem do terrorismo está no islamismo. "Todo terrorista é muçulmano", escreve Dines, citando um especialista no assunto. Tá bom. E as milhares e milhares de vítimas de bombas americanas. E os milhares e milhares de mutilados, doentes, destroçados moralmente, pela selvageria ianque? Não foram terroristas, nem muçulmanos. Em sua maioria, eram cristãos, protestantes, ateus, agnósticos, sei lá.
O fato é que a grande maioria dos homens bomba são jovens pobres, desesperados, que viveram situações limite, massacres, genocídios, bombardeios. Perderam parentes, amigos, em covardes ações militares. Como esperar deles qualquer tipo de serenidade? O ódio é diabólico? Nem sempre. Existe algo de divino na ira. Opa, pera lá, não estou justificando o terrorismo. Estou tentando compreender, e encontrar a melhor forma de fechar a porta do inferno.
As sociedades humanas nunca serão perfeitas. Por mais feliz que seja uma determinada comunidade, sempre haverá malucos violentos. Mas não é disso que estamos falando. O terrorista é um ser político. Pode até ser maluco, mas é fruto de uma situação política específica. Portanto, para se acabar com o terrorismo é preciso estudar suas razões políticas e humanas. O terrorista, por mais maluco, bossal, estúpido, que seja, não é um bicho. É um homem, que sacrifica sua vida em prol de uma causa. Tratá-lo como um criminoso comum, como governos e jornalistas vêm fazendo, é totalmente contra-producente do ponto-de-vista do combate ao terrorismo.
Pensemos: em Falluja, no sul do Iraque, temos muitos terroristas, certo? Dines acha que os jornalistas que os chamam de "insurgentes" ou "rebeldes" estão sendo complacentes ou tolerantes com o terrorismo. Discordo radicalmente de Dines: eles são, sim, insurgentes, mas quem disse que "insurgente" é um elogio? Ou que insurgentes não usam táticas terroristas? O fato é que o terrorismo é uma insurgência. Então, voltemos à Falluja. Será que alguém, com um mínimo de massa cinzenta na cabeça, acha que despejar centenas de bombas, matando milhares de civis, isso sem contar com a destruição geral de toda a infra-estrutura (água, eletricidade, saúde, educação) de uma cidade, isso vai contribuir para reduzir o índice de jovens que aderem ao terrorismo? Que espécie de tática é essa? Que espécie de "democracia" os EUA querem estabelecer no Iraque? Um bando de aleijados, mutilados, miseráveis, escolhendo entre dois ou três ex-agentes da Cia?
A mídia pode ajudar no combate ao terrorismo, sim. Porque a mídia é um dos principais órgãos de inteligência da sociedade global. Se duas cabeças pensam melhor que uma, então milhões de cabeças, ou bilhões, pensam melhor que meia-dúzia.
O terrorismo deve ser combatido com a arma mais poderosa do homem: a inteligência. É preciso trazer estabilidade política, social, às regiões mais conturbadas do planeta. Para isso, em vez de se pulverizar bilhões de dólares em guerras idiotas, pode-se doar escolas, hospitais, centros de lazer, esporte e cultura, às comunidades mais problemáticas.
A desumanização do "terrorista", parecida ao que se faz aqui no Rio de Janeiro com o "traficante", é a raíz do problema. Revela a inconsistência da estratégia da luta contra o terrorismo.
E, no entanto, se eu falar que só o amor pode vencer o terrorismo, muitos vão me ridicularizar, chamando-me de ingênuo, imbecil, pusilânime e até viado. É porque confundem amor com fraqueza. Não. O amor é, antes de tudo, força. Ações políticas ousadas, vigorosas, fortes, que visem o desarmamento, a estabilidade política, social e econômica, poderão mostrar aos jovens candidatos ao terrorismo que o mundo moderno, com seus campos agrícolas, suas indústrias, seus aviões e computadores, também tem seu lado bom, também possui sensibilidade, e que existem outras formas de se mudar o mundo que não explodindo um ônibus cheios de crianças.
Meu falecido pai era um homem fechado, tímido, taciturno, com enorme dificuldade para mostrar sentimentos. Ele expressava seu amor por mim e por meu irmão servindo-nos deliciosos lanchinhos. É por aí. Os Estados deveriam combater o terrorismo com ações políticas afirmativas, construtivas, e não destruindo estações de tratamento de água e esgoto, como fazem no Iraque e na Palestina.
Tanta brutalidade estéril só faz escancarar mais e mais as portas do inferno. É preciso interromper imediatamente esses banhos de sangue, evitando mais sofrimento inútil para a humanidade. Já somos vítimas de tantas desgraças naturais, como câncer, aids, terremotos, furacões, e pitboys da barra, não precisamos que o Tio Sam crie corvos no oriente médio que, um dia, poderão voar até nossas maravilhosas praias, trazendo pequenas e terríveis bombas radioativas.
3 de outubro de 2004
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Hoje é dia de eleição. Não sei em quem vou votar. Bittar ou Jandira. De qualquer forma, César Maia vai ganhar... O César Maia, a quem eu já fiz duras críticas em meus artigos, sobretudo pela desnecessária truculência da guarda municipal contra os camelôs, pode vir a constituir uma peça importante no tabuleiro político do país pós-eleições. Isso caso ele se coloque ao lado da ala progressista do PFL, reduzindo a influência daquele azedume encarnado em gente, Jorge Borhausen. César Maia tem bom trânsito em Brasília e com Lula, e essa relação só tende a melhorar depois das eleições, em que ele apoiou decididamente os candidatos petistas Lindberg Farias em Nova Iguaçu e Godofredo Pinto em Niterói..
O importante é que a esquerda ganhe espaço no país. E que o povo dê mais um passo na direção da educação política. Não adianta um presidente bom. É preciso que o prefeito seja honesto e competente para que o desenvolvimento real chegue ao cidadão, sobretudo às comunidades carentes.
A figura de Lula sairá muito fortalecida após essas eleições, o que já era esperado. O grau de surpresa será dado pela oposição. Quem vai crescer mais? PSDB? E que tipo de PSDB? Serão bons administradores? A história dirá.
Enquanto isso, o povo espera nas filas, desconfiado, atento, alegre e pronto a mudar de opinião de acordo com os ditames de sua consciência. O povo sabe entender contradições. Quem não sabe é o intelectual. Ou alguns dentre eles.
Viva a democracia!
O importante é que a esquerda ganhe espaço no país. E que o povo dê mais um passo na direção da educação política. Não adianta um presidente bom. É preciso que o prefeito seja honesto e competente para que o desenvolvimento real chegue ao cidadão, sobretudo às comunidades carentes.
A figura de Lula sairá muito fortalecida após essas eleições, o que já era esperado. O grau de surpresa será dado pela oposição. Quem vai crescer mais? PSDB? E que tipo de PSDB? Serão bons administradores? A história dirá.
Enquanto isso, o povo espera nas filas, desconfiado, atento, alegre e pronto a mudar de opinião de acordo com os ditames de sua consciência. O povo sabe entender contradições. Quem não sabe é o intelectual. Ou alguns dentre eles.
Viva a democracia!
1 de outubro de 2004
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A revista Novae, mais uma vez, deu uma força na divulgação de minhas idéias acerca dessa doença política chamada Garotinho. Dêem uma olhada.
www.novae.inf.br
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