O fato do governo decidir não renovar o acordo com o FMI deixou a turma do PSTU em crise existencial. Finalmente, terão que trocar o bordão "Fora FMI", por outro. É claro que não querem dar o braço a torcer e levantam uma série de argumentos para criticar, não a decisão em si, mas para colocar panos quentes na notícia.
Agora, triste mesmo é a entrevista que fazem com uma senhora, diretora do Sindiprev, que mete o cacete na intervenção federal na saúde do Rio. A referida cidadã é, explicitamente, uma aliada de César Maia e o PSTU, candidamente, transcreve suas respostas como se já fizessem parte de seu próximo editorial.
Citam, inclusive, de forma ambígua, o apoio do senador Geraldo Mesquita, recém-ingresso no PSOL, ao governo Lula. Em razão da não renovação do acordo com o FMI, Mesquita decidiu dar um voto de confiança à Lula.
De fato, a decisão de romper com o FMI talvez sirva para reduzir o muro de amargura que distancia uma parte das esquerdas do governo Lula, o que é muito oportuno, visto que 2006 se aproxima e a direita sonha ardentemente com a volta ao poder.
Aqui no Rio, César Maia e o próprio PFL, deram vários tiros no pé em toda essa história da saúde. Maia, desde que venceu a reeleição tem se mostrado totalmente inebriado pelo poder, superestimando sua imagem e a confiança do eleitor. O povo carioca dará as respostas nas urnas nas próximas eleições. Claro que ele ainda tem força, e pode até vir a ganhar a eleição para governador do estado, mas será muito mais difícil agora.
2 de abril de 2005
PSTU em crise
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