A edição desta semana de Veja mostra bem que a revista encontrou um novo alvo para escoar seus rancores ideológicos: Hugo Chávez. O perfil fortemente esquerdista de Chávez encaixa-se à perfeição no alvo preferido dos editorialistas reacionários da revista.
É interessante ver como a revista exagera na dose, caindo num maniqueísmo ridículo, em que considera Chávez a representação do mal na política latino-americana, e repetindo chavões obsoletos sobre os males do socialismo.
Talvez a revista pudesse dar uma olhada na reportagem do Globo desta sábado sobre o aniversário da vitória vietnamista sobre os EUA. Aliás, faltou ao Globo humildade e sabedoria para acrescentar uma nota editorial à notícia. Mas tudo bem, o que importa é que o jornal informou que a guerra do Vietnã gerou 7 milhões de mortos no país, contra 58 mil americanos.
Sete milhões de mortos... é um verdadeiro holocausto, ou mais que o holocausto, se lembrarmos que a II Guerra matou seis milhões de judeus.
E tem gente que ainda vê os EUA como mocinhos do bem lutando pela liberdade.
Aqui no Rio, o prefeito continua com uma gestão fantástica: manda a guarda municipal pegar camelô enquanto os turistas, sem proteção alguma, são alvo de trombadinhas em Copacabana.
Os Garotinho estão gastando milhões com publicidade. Contrataram a Débora Secco, e vários atores da Globo para espalhar as maravilhas de sua gestão. Enquanto isso, a polícia continua realizando chacinas nas periferias, a criminalidade aumenta e o desemprego prossegue atormentando o cidadão fluminense.
30 de abril de 2005
Veja encontra novo alvo: Chávez
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