22 de abril de 2006
Enquanto os cães ladram...
É impressionante a criatividade do Globo, e da mídia em geral, de inserir o termo "em ritmo de campanha" para designar todo ato de Lula. Está ficando repetitivo, de mau gosto. Por ocasião da entrada em funcionamento da P-50, a gigantesca plataforma que produzirá 180 mil barris de petróleo por dia, ou 11% do consumo nacional, o Globo usou e abusou dessa estratégia chula, mesquinha, sem dar o devido destaque ao fato do Brasil ter ingressado no seleto grupo de países que possuem auto-suficiência em petróleo.
Na atual conjuntura geopolítica mundial, em que o preço do petróleo atinge valores recordes, esta auto-suficiência representa, para o Brasil, um grande trunfo para consolidar e acelerar o seu processo de desenvolvimento.
Qualquer cidadão com um mínimo de senso histórico e espírito nacionalista deveria estar comemorando este feito, que não é mérito de Lula mas da luta cidadã, que soube enfrentar as forças alienígenas e reacionárias às quais não interessavam que o Brasil encontrasse petróleo, nem que se desenvolvesse. As campanhas nacionalistas que se iniciaram com a Inconfidência Mineira, ao fim do século XVIII, data que comemoramos neste 21 de abril, e que tiveram tantos outros exemplos, culminaram com a criação da Petrobrás em 1953 por Getúlio Vargas. A mesma luta cidadã que agora se volta contra o golpismo e pelo respeito aos 54 milhões de votos de Lula.
Entretanto, se o mérito da auto-suficiência não é de Lula, é preciso reconhecer em nosso atual presidente um símbolo poderoso de nossa independência. A prova disso é que a sua vitória foi muito mais comemorada, em todo país do que a estréia da plataforma. Por que símbolo? Porque representa a derrota de um projeto de país baseado na venda do patrimônio público, no endividamento, na dependência crescente do mercado internacional, na desvalorização da agricultura familiar e na falta de projetos sociais consistentes.
Neste momento, contudo, muitos cidadãos observam, apreensivos, os avanços sociais conduzidos por Lula, com apoio dos 54 milhões que nele votaram, serem ameaçados de retrocesso pela mesma estratégia midiática que caracterizou a histeria lacerdista contra Vargas, contra JK e contra João Gourlat.
Há um agravante nos dias de hoje. O país é infinitamente mais rico do que há 30 ou 50 anos. A industrialização brasileira atingiu um dos patamares mais altos de todo Hemisfério Sul e o Brasil consolidou-se como a maior economia da América abaixo do Rio Grande.
Curiosamente, tantos avanços sociais e econômicos ainda não foram assimilados por parte de nossas elites. Tenho escutado, em representantes da classe média, manifestações constantes de pessimismo em relação ao Brasil e acusações sobre seu atraso. Fico imaginando estas pessoas no Brasil dos anos 30, com mais de 70% de analfabetismo, eleições manipuladas por coronéis do interior, monocultura cafeeira, quase nenhuma industrialização, balança comercial negativa.
Se era possível ser otimista e nacionalista naquela época, hoje deveria ser bem mais fácil. No entanto, alguns setores de nossas classes médias, dominadas pelo discurso moralista, não gostam do Brasil. Não há personalidade mais representativa dessa idolatria da mediocridade cínica e pusilânime do que o dramaturgo Diogo Mainardi.
Chegamos num momento crucial para a história nacional. A direita tenta desferir mais um golpe. Desmoralizadas por terem optado por vias não-democráticas, pelo militarismo truculento, as mesmas forças que apoiaram e organizaram o golpe militar de 64 agora usam as armas da manipulação midiática, tentando converter em vilão moral um governo que se destaca em todos os índices sociais e econômicos, com uma perfomance bastante superior a de governos anteriores.
Felizmente, a inteligência dos brasileiros não é feita de gelatina. Isso irrita os golpistas. Desespera-os. Em vez de praticaram a auto-crítica, atacam o povo brasileiro, manifestando seus preconceitos de classe, denegrindo o caráter e a moral brasileiras. Em vez de criticarem a si próprios, insultam 185 milhões de brasileiros. Quando falo em povo, não o digo no sentido marxista, mas num sentido mais moderno, como população, englobando todas as classes e tipos psicológicos.
Não posso deixar de manifestar aqui minha admiração pelo trabalho do escritor e blogueiro Eduardo Guimarães, que através de seu blog Cidadania vem atraindo o ódio de muitos adversários do presidente Lula e do Partido dos Trabalhadores.
Prezado Eduardo, continue sua luta. Como sói acontecer, ela é bem mais importante do que você poderia imaginar. Ao posicionar-se de maneira tão valente no meio da arena política, praticando a luta ideológica, você inspira confiança e insufla força em todos os participantes desta briga, às vezes dolorosa, mas sempre saudável, constituindo a própria essência da democracia. Afora isso, desvia, para si mesmo, energias malignas que poderiam estar servindo para agredir pessoas menos preparadas que você.
Os que lhe insultam, prezado Eduardo, já são derrotados e passam exatamente essa imagem à opinião pública. Os fortes argumentam, os fracos xingam. Por isso, também acho tão importante a bronca que você deu nos supostos petistas que atacaram tucanos de forma desleal. A luta ideológica deve procurar não apenas vencer o adversário, mas também conservar a integridade e a moral dos que lutam. Não esqueça, porém, que há muitos fracos também do nosso lado. Sempre haverá, infelizmente. É a vida. Isso quando não descobrimos que os fracos somos nós mesmos, mas isso é outra história, filosofias que não cabem aqui...
Acredito que a confusão envolvendo os temas de esquerda, direita, comunismo e capitalismo, está começando a se dissipar. O exercício de poder pelo PT e por Lula, assim como seus congêneres ideológicos de outros países latinos, tem ajudado as esquerdas a superarem antigos dilemas, abandonando alguns dogmas sectários, ultrapassados e ganhando novas convicções. Os sectários acham que somente as idéias do passado é que servem, mas somente a prática do poder é que indica o caminho a seguir. Não adianta elocubrar sobre governo. Somente quando se chega ao governo é que se aprende a governar. É claro que Lula erra. É claro que o PT erra. Aliás, vale lembrar artigo de um articulista do campo lulista que afirma que irá votar novamente em Lula porque ele é o único político que erra, que admite o erro, que volta atrás e que faz diferente.
O PSDB não admite que erra. O PSDB é hipócrita e mentiroso. Em vez de procurar modernizar as leis eleitorais do país, que incentivam e conduzem à prática de Caixa 2, eles preferem usar um discurso moralista, com ajuda da imprensa golpista.
Arthur Virgílio, hoje vestal da ética e furioso inimigo do caixa 2, admitiu em diversas entrevistas à grande imprensa que fez uso do caixa 2 e que todas as eleições no Brasil praticam o caixa 2. Ora, porque a imprensa, que está sempre revirando no baú da história fatos negativos contra o atual governo, não resgata também as declarações de Virgílio?
Que dizer então desses dois canalhinhas de segunda e terceira geração: Rodrigo Maia e ACM Neto, que não procuram trabalhar pelo progresso nacional, mas vem apenas tentando à todo custo desestabilizar o país e prejudicar a economia? Ah, contra estes... não fôsse eu um articulista elegante e bem educado, lançaria catárticos epítetos...
Gostaria de parabenizar aqui a todo povo brasileiro, que vem demonstrando inteligência surpreendente para detectar e desmascarar as armadilhas mais sutis da mídia. Não é fácil manter-se acima desta manipulação. O nazismo conquistou mentes brilhantes. Bush cativa cérebros sofisticados. Não é de estranhar que a mídia golpista brasileira tenha fascinado muitos espíritos bem-intencionados e vulneráveis.
Não há homem que não possa ser vencido. Não há homem que não tenha seu ponto-fraco. Não há homem que não tenha seus vícios, seus pecados. Cristo criticou violentamente os fariseus que jogavam pedras na prostituta, dizendo: que atire a primeira pedra quem nunca pecou.
Digo isto porque estas CPIs são realmente desestabilizadoras. Elas cercam ministros, deputados, funcionários, confundindo-os, ameaçando-os, fragilizando-os, até que cometem erros. Erros que se tornam extremamente graves nas mãos de um sujeito com poder, como foi a quebra do sigilo do caseiro, ao que parece comandada pelo ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
No entanto, é ridículo desestabilizar um país por causa da quebra do sigilo de um cidadão, sobretudo em face das circunstâncias.... O dito caseiro estava participando ativamente do jogo político, atacando a honra de um Ministro de Estado. Qualquer um pode atacar um Ministro, ok. Liberdade de expressão? Todavia, ao atacar um Ministro no meio de uma crise política, na sala do Senado, numa CPI conhecida como CPI do fim do mundo, dar entrevistas, pavoneando-se na TV, e ainda receber 38 mil reais (sim, porque essa história de sacar 15 paus e depositar de novo, só para dizer que foram 25 mil reais, não cola pra mim), o sujeito está, no mínimo, numa situação em que seu sigilo bancário está mesmo por um fio de ser quebrado...
Consta que o jardineiro da casa vizinha daquela onde trabalhava o caseiro estranhou o fato do cujo estar esbanjando dinheiro pelas redondezas, comprando celulares de última geração, pesquisando compra de terrenos, etc, e que essa informação foi sendo repassada até chegar aos ouvidos de Palocci, que desesperado e arrasado emocionalmente, acabou fazendo a cagada que fez.
Não querem complacência? Então tá. Então que se acuse também o deputado federal Rodrigo Maia (PFL-RJ), que quebrou sigilo da CPI ao revelar saques no Banco Rural, acusando deputados petistas, acusação que se revelou falsa. Cadê os editoriais pedindo a renúncia de Maia?
Há quem diga que o erro de uns não justificam o erro de outros. Claro que não. Mas a política é um jogo, na medida em que há um combate entre forças contrárias. Se houvesse um jogo de futebol em que o juiz só marcasse falta para um dos times, o outro sempre ganharia. É o que vem acontecendo. Por isso, há um clamor crescente na sociedade em proteção do PT e de Lula. Há injustiça, há perseguição, e isso é nocivo à democracia. O PT é o partido com maior índice de preferência no país, segundo todas as pesquisas. O ataque sistemático ao PT, portanto, é uma violência contra milhões de pessoas. E quem se sente agredido quer revidar.
O cientista político Wanderley Guilherme dos Santos disse numa entrevista que o PFL é o partido laranja do PSDB. Eu acrescento que, ao liderar a defesa do impedimento de Lula, o PPS age como laranja do PFL. O cientista supra-citado foi o único que previu o golpe de 64 contra Jango e agora, em 2005, foi também o único cientista a usar sem meias palavras o termo "golpe branco" para se referir ao linchamento do PT e do governo Lula. Passado o auge da crise, já temos diversos intelectuais que acusam o golpismo midiático, embora seja expressiva a quantidade de acadêmicos e "intelectuais" que operam do lado golpista, devido ao poderio financeiro da mídia, que compra sua opinião e também em função da classe a que muitos pertencem, ou pela qual sentem afinidade.
Juízes, advogados, donos de jornal, grandes empresários, latifundiários, formam a elite que sempre dominou o país, e que, quando esteve fora do poder, ou antes, quando dividiu o poder com outros setores sociais, nunca se conformou e sempre lutou para recuperar a hegemonia política.
É o que ocorre agora. O nosso querido blogueiro Eduardo Guimarães escreveu em artigo recente que Lula é covarde porque deveria ter feito como Chávez e enfrentado as elites com mais vigor. Ele repetiu artigo do José Arbex, editor da Caros Amigos e do Brasil de Fato. Arbex é um cara respeitável e bem intencionado, mas representa, na minha opinião pessoal, uma esquerda raivosa, apegada a teorias de aplicação duvidosa e marcada por um criticismo inflexível, viciado, agressivo. Sem falar na estética dura, insossa, que tem aplicado às suas publicações. Participei de algumas reuniões para a criação do Jornal Brasil de Fato. Foi bonita a tentativa deles de revolucionar a maneira de se fazer jornal, mas foi também um tanto ingênua e aventureira, e por fim quem acabou sendo o chefão foi o Arbex, impondo o estilo esquerda durona que já citei aí em cima. O título Brasil de Fato, a meu ver, não é bonito, não é apelativo, além de ser um pouco arrogante.
Gostaria de indicar a meu amigo diversos artigos sobre isso, em que argumento que, se Lula tivesse adotado uma postura mais agressiva, seria muito pior. Aqueles que preferem se calar e suportar as ofensas em silêncio, muitas vezes são mais fortes, mais inteligentes e mais lúcidos do aqueles que respondem no mesmo tom, contra-atacando com virulência. O Brasil não pode queimar pontes com a Casa Branca, por exemplo, como vem fazendo Chávez. Ao mesmo tempo, Lula sempre foi um crítico da guerra no Iraque e defensor dos direitos dos palestinos. Agora, louco tem que ser tratado como louco... e com prudência.
Sobre a reforma agrária, posso dizer que, quietinho, Lula fez mais pela agricultura do que Chávez. O MST é um movimento social extremamente importante, mas até Chávez advertiu suas lideranças, esta semana, para refletirem e aumentarem seu apoio à Lula. O MST tem um DNA crítico, rebelde por natureza, porque é um movimento extremamente ambicioso, e não reflete, necessariamente, o espírito do homem do campo. No entanto, há de se respeitar o MST e qualquer outro movimento social, porque eles canalizam energias que, de outra forma, poderiam explodir em criminalidade, terrorismo e guerrilha civil, além de prover milhares de famílias com uma dignidade e uma esperança que simplesmente não tem preço.
Sou jornalista especializado em agribusiness e recentemente fiz uma viagem de 10 dias pela zona da mata mineira. Os benefícios do Pronaf, Programa de Crédito para a Agricultura Familiar, estão chegando a número grande de cidadãos, possibilitando a eles um apoio financeiro fundamental para tocarem seus negócios. Os recursos para este setor foram muito ampliados e universalizados na gestão atual. Isso também é fazer reforma agrária.
De qualquer forma, o Fórum Social Brasileiro, realizado recentemente em Recife, terminou com o compromisso dos movimentos sociais brasileiros de apoiarem a reeleição de Lula e isso a mídia não vai informar, muito menos dar destaque. A mídia só dá destaque quando os movimentos sociais criticam Lula, nunca quando o apóiam.
Na atual conjuntura geopolítica da América Latina, coube a Lula o papel de pacificador, de ponte política com os EUA, afastando para bem longe das mentes doentias que dominam a Casa Branca a possibilidade de maiores intervenções por estas bandas. Isso é muito importante. É lamentável que tanto a direitona quando os xiitas de esquerda não compreendam isso.
Além disso, a Pedeveza, controlada pelo governo federal venezuelano, ou seja, por Chávez, responde por 60% do orçamento federal, o que permite ao líder bolivariano dar uma banana para as classes médias e para setores econômicos oposicionistas e seguir um caminho independente. Sem contar que a população da Venezuela é de 20 milhões, contra 185 milhões no Brasil.
De qualquer forma, os índices sociais e econômicos da era Chávez não são muito melhores do que Lula, além de serem mais robustos e "sustentáveis", porque poucos baseados na intervenção estatal direta, como é o caso da inflação e da geração de empregos. Que importa mais? Vociferar contra o imperialismo ou elevar o salário mínimo? Xingar Bush ou controlar a inflação? Mandar Bush à merda ou gerar empregos?
Esta semana, Chávez esteve no Brasil e disse o óbvio: a América Latina precisa de Lula para continuar seu programa de união e independência política e econômica, programa que conta agora com Evo Morales, Michelet, Kirchnner, Tabarez Vasques, todos eleitos recentemente, todos de esquerda ou centro-esquerda.
A participação brasileira na estabilização política da Venezuela não pode ser subestimada. Em entrevista recente de Lula à revista The Economist, havia um pergunta bem capciosa sobre Chávez, aquele tipo de pergunta que pressiona o entrevistado a responder de acordo com a opinião do entrevistador. Tipo assim: que você tem a dizer sobre o governo totalitário de Chávez e seus constantes ataques à democracia; ele não estaria desestabilizando a região? Lula respondeu com uma defesa veeemente e equilibrada de Chávez, dizendo que o presidente venezuelano era um amigo e estava fazendo um grande governo para seu povo. A resposta foi um gesto político poderoso, na revista mais influente do mundo. É desse tipo de apoio que Chávez precisa. Por essas e outras é que prefiro Lula à Alckmin na presidência, porque tenho certeza de que Alckim não tardaria a entrar em conflito com Chávez e com outras lideranças progressistas da América Latina, e poderia romper, por um conservadorismo vulgar e cretino, parcerias internacionais importantes, fazendo nossa política externa regredir à era tucana, em que ministros tiravam sapatos em aeroportos e se negociava a Alca sem olhar vantagens para nossas empresas e trabalhadores. Repito o termo cretino porque essa atitude não é producente, e só nos rebaixava aos olhos do mundo. Os Estados Unidos, como toda nação soberana e forte, só respeitam e estimam outras nações igualmente soberanas e fortes.
Bem, o feriado da Independência passou e só nos resta molhar as mãos, em pensamento, no petróleo brasileiro, imitando Vargas, imitando Lula e proclamar com o peito cheio de orgulho e esperança: o petróleo finalmente é nosso! Ou antes, podemos proclamar, quase bêbados de tanta alegria, uma alegria que pode mesmo se transformar em ódio se tentarem aprisioná-la, podemos proclamar, com uma pontinha, vá lá, de raiva: esse país é nosso, porra!
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Caro Miguel - Não somente o sitio do Eduardo Guimarães, como tambem o seu, são hoje imprescindíveis para a compreensão do que se passa no País como pela manutenção do diálogo em alto nível.
Abraços
Hugo Hermida
Parabéns Miguel,
Sempre leio o que você escreve.
O Brasil precisa de pessoas como você para combater essa ´praga de mídia comprada!!!
Continue assim!!!
Esse país só terá um futuro garantido quando tivermos uma mídia imparcial, isenta e idônea. Precisamos de um veículo de alcance nacional, não que faça a defesa dos atos do governo, mas que seja imparcial, que informe, que estabeleça uma relação digna com o leitor. Enquanto isso não acontece, vamos de: Caros Amigos, Carta Capital, Carta Maior, NovaE e outras (desculpas se esqueci de mencionar alguma) e este e tantos outros blgs, que são as verdadeiras trincheiras contra a oposição burra e golpista do bananão. Parabéns a você, Jussara, Oni,Eduardo e outros bravos companheiros que fazem da informação uma fonte pra iluminar os caminhos da democracia no Brasil
Miguel, eles, da grande mídia desnacionalizada, pensaram que seria fácil enxovalhar e macular o governo do/para povo, eleito por mais de 50 milhões de votos, colocando no ar as falsidades e inverdades que costumavam fazer quando o momento lhes interessava. Enganaram-se redondamente!
Sem credibilidade, a cada golpe (anti-democrático) desferido pela grande imprensa contra o atual governo este sobe um ponto.
A sociedade está mais afeita à política e aprendeu a separar o joio do trigo, não se deixando levar por opiniões interesseiras e fincadas em objetivos distintos da grande maioria do povo brasileiro. Os meios virtuais de comunicação desnudaram a farsa midiática e expuseram as vísceras putrefadas da manipulação e da enganação.
Esse aprendizado, na dor e na miséria sócio-econômica-cultural, da população está levando essa minoria reacionária ao desespero. Serão capazes de tudo.
Estejamos atentos!
Miguel, agradeço muito as menções elogiosas. Realmente, nos útimos dias não tem sido fácil. Há um grupo que sistematicamente insere comentários insultuosos, deboches, acusações contra mim em meu blog, mas, ao mesmo tempo, conto com a participação de gente lúcida que não há espaço para enumerar e que recompensam o humilde esforço que tenho feito para jogar um pouco de luz na cena política. Um abraço fraterno, Miguel. Espero um dia poder apertar-lhe a mão. Eduardo Guimarães
Só tenho uma crítica ao teu texto: o governo Lula realmente vem fazendo muito mais do que seus antecessores, sem sombra de dúvidas, mas sobre ele ser mais light que Hugo Chavez e manter diálogo com a Casa Branca, vejo aí um porém. Tudo bem ele manter diálogo com os EUA, mas ele não pode se dobrar aos interesses daquele país, nem coadunar com seus interesses imperialistas, como vem fazendo nas intervenções criminosas no Oriente Médio.
anonimo, concordo. mas o lula sempre foi critico da guerra no iraque e duro defensor do respeito a soberania dos povos. todos os seus discursos são muito claros. tem sido crítico da guerra antes e depois de se eleger, tendo feito declaracoes, de que a fome mata muito mais que o terrorismo, por exemplo.
Miguel, realmente fiquei vermelho de raiva quando vi a manchete do Globo. Se fosse o FH o presidente, teriam feito um caderno para comemorar nossa independência do petróleo. Nossa mídia é um defunto insepulto, imagina ainda viver os anos 50, como se Lula fosse Getúlio. O povo a enterrará em breve.
Parabéns. Nunca é demais comparar os feitos desse governo com os dos anteriores, principalmente no que diz respeito às políticas externas e às de incentivo à agricultura familiar e reforma agrária.
Infelizmente a mídia, de modo geral, não gosta de admitir que é manipuladora, age com parcialidade e se irrita quando os leitores apontam esses problemas. Sem contar que o coorporativismo acaba fazendo com que os jornalistas fiquem defendendo uns aos outros quando os leitores se manifestam a respeito.
O Alberto Dines, outro dia, no Observatório da Imprensa, publicou um artigo raivoso, criticando os que protestam contra a parcialidade da mídia. Embora reconhecendo que a imprensa erra quando dá mais destaque a fatos negativos que a positivos ele afirma que seriam apenas os petistas que enxergam esse comportamento parcial e manipulador. Espero que os vários comentários divergentes postados para comentar aquele artigo tenha servido para que ele enxergasse que isso não é apenas uma questão de insatisfação dos partidários do governo. A imprensa é mesmo parcial. Só enxerga o que acontece de negativo no País, tentando sempre relacionar os problemas ao atual governo. Afinal, apesar de respeitar Lula pela votação que teve, a grande mídia foi sempre anti-petista e apenas tolera(va) Lula. Embora eu concorde que em face de nossas ideologias e preconceitos é difícil não ser parcial, acho que alguns jornalistas poderiam ao menos serem mais honestos e admitirem sua parcialidade; e não ficarem dando uma de vestais da ética e da moralidade, quando não demonstram compromisso nenhum com a verdade.
MIGUEL, EU, A RITA DE CÁSSIA E O GILBERTO CRIAMOS UM BLOG -http://alamedadaesperanca.blogspot.com/ ESTAMOS ESPERANDO VC, E SUA OPINIÃO É MUITO ÚTIL PARA A GENTE. COM UM ABRAÇO FRATERNAL,MARCOS LOURES.
Parabéns miguel, fantástico!
estava precisando disso!
MST é um bando na acepção exata da palavra, e se , o Lula predente ser reeleito precisa tratá-los como bandidos que são.
Giuseppe, obrigado pelos comentários. Pois é, é difícil entender mesmo.
Gostei muito dos artigos; espero que com a expansao da internet esse trabalho venha a exercer uma necessaria e urgente influencia na Sociedade. Contudo, considerando que vivemos em meio a uma populacao predominantemente religiosa, catolica ou evangelica, o titulo "oleo do diabo" nao me parece interessante. Li um comentario de outra pessoa em outro blog, estranhando tambem esse titulo, em um Blog, na verdade tao util. Saudacoes.
eneas, o titulo é para espantar figuras indesejaveis, como aquelas carrancas que a gente coloca na entrada da casa.
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