Há tempos que amigos insistem que eu lhes conte a verdade sobre o suicídio do governador, ou melhor, do ex-governador Antônio Menino. Estão convencidos de que eu - à época um de seus principais assessores - estou a par de toda a sórdida trama por trás daqueles famosos fatos acontecidos ao final da década de 90. Entretanto, temendo por minha segurança pessoal e de toda família, tenho sistematicamente negado qualquer informação à respeito.
Contudo, depois que a viúva publicou aquele hediondo (porém utilíssimo às futuras gerações) livro sobre a vida do falecido, e depois que chegou a meu conhecimento certa notícia vinda da Ásia que explicarei mais adiante, não há mais sentido em manter um silêncio para mim já insuportável. Além disso, a viúva, cujo objetivo ao publicar o livro foi simplesmente ganhar dinheiro às custas do vergonhoso estelionato eleitoral sofrido pela população, e financiar o seu milionário padrão de vida, acusa-me de ter sido cúmplice do ex-governador em diversas ações criminosas, como aquela em que ele mandou matar um promotor público que estaria muito próximo de descobrir-lhe os podres, ou ainda uma outra, em que o governador, mesmo sabendo da existência de um esquadrão da morte dentro da secretaria de segurança, procurou por todos os meios neutralizar qualquer tipo de investigação. Sem negar que o livro revela com justeza os principais ilícitos praticados por aquela triste administração, quero provar que a maior parte foi feita sem que eu tivesse deles (dos ilicitos) o mínimo conhecimento.
Em primeiro lugar, acho necessário esclarecer as razões que me levaram a tornar-me assessor de homem tão execrável. Bem, eu simplesmente não sabia que ele era assim. Nós pertencíamos à mesma congregação evangélica e participávamos de encontros religiosos onde a fé ardente em Deus parecia nos eximir de qualquer deficiência moral. É claro que eu conhecia seus objetivos políticos e, a bem da verdade, via-os com bons olhos, pensando em como seria bom ao nosso estado que pessoas com verdadeira fé em Deus assumissem o poder.
Durante os anos de 1997 a 1999, o governador desviou milhões de reais que haviam sido repassados para os cofres públicos pelo Banco Mundial para o programa de despoluição da baía de Guanabara. Eu descobri isso bem tarde, mas um pouco antes do caso estourar na imprensa. O que ninguém ficou sabendo foi que o verdadeiro motivo que levou o governador a cometer o suicídio não foi esse escândalo, e sim o que aconteceu no dia 15 de fevereiro de 1999, em pleno sábado de Carnaval. A viúva (aí explica-se o seu atual ódio pela memória do falecido), voltando inesperadamente de umas férias em Teresópolis, flagrou o marido na cama de um dos quartos do Palácio Guanabara com duas estagiárias do gabinete executivo.
Agora vamos à grande revelação, desconhecida da própria viúva. O governador, desesperado com o escândalo público e com o flagrante da esposa, chamou seus assessores mais próximos, entre os quais eu, e explicou o seu plano: forjaria a própria morte. Mandou que encontrássemos um cadáver indigente no Instituto Médico Legal e que trabalhássemos para que o acidente de carro fosse explicado como uma espécie de suicídio. Os jornais publicaram a carta de despedida do governador, tosca imitação da missiva final de Vargas. O carro foi lançado de um penhasco da serra de Teresópolis e explodiu contra as pedras. O corpo só foi reconhecido pela aliança de casamento, um anel de ouro, e alguns objetos pessoais que escaparam ao fogo.
O governador deveria estar, portanto, nesse exato momento, curtindo férias em alguma deslumbrante praia da Ásia. Uso o verbo no futuro do pretérito porque, segundo relataram-me fontes fidedignas, essa nefasta figura já não faz parte de nosso mundo. Pode-se dizer que foi vítima da fúria de Deus. Hospedado num luxuoso hotel do Sri Lanka, estava tomando uísque com água-de-côco na beira da praia quando notou que o mar recuava rapidamente. Teve tempo de beber ainda outras duas doses (a garrafa estava a seu lado), antes que visse, com horror, a onda gigante se aproximando. Ergueu-se com dificuldade da cadeira - desde sua simulada morte, engordara quase vinte quilos. Deu alguns passos em direção ao hotel, e foi tragado pela força terrível das águas. Seu corpo nunca foi encontrado.
28 de março de 2007
O suicídio do governador Antônio Menino
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Sou uma antena digo anta? Estou em dúvida. Saiba porque. Aqui o link=ponte para o post
Ah, esqueci-me do link=ponte para o post=poste. Aqui
http://mensariodejupiter.blogspot.com/2007/03/15-fase-de-preparo-uma-longa-espera.html#links
Oni, tá vendo a Tiazinha aí em cima? Voltou de cara nova, agora como surfista... hahahahaha
Mudando de assunto, você viu quão abençoada é aquela prisão de Palm Beach?Depois do casal de pastores, agora o rabino...Quem serão os próximos? O que será que existe de tão atativo em Palm Beach?Eu heim...Que Deus me afaste desta cidade, sei lá, parece que o capeta está sempre à espreita.Mas a vida é boa, não é? Tudo pelo dinheiro!!!!!!!Eu só não esperava que o nosso rabinho digo rabino fosse assim tão descontrolado a ponto de perder a sua capacidade mental diante de uma gravata. Gravata se escreve gravata=falo=digo=pênis
continue a leitura no blog http://mensariodejupiter.blogspot.com
Explico: a Tiazinha no caso não é o Daniel e sim um personagem que existe no Blog do Onipresente
Que neste domingo de ramos lembremos, sem a partidarização que tem sido praticada por este jornalismo sabujo=doente=criminoso, os nossos mártires, ou seja, as vítimas do acidente do avião da Gol pois que "preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos." ( Salmo 116; 15 )
Qualquer semelhança nao e mera coincidencia...
quem dera miguel, quem dera se fosse verdade...
Miguel, você viu essa agora no portal UOL/Folha "controladores prometem páscoa sem paralização."
Que dizer estão que o Brasil está à merce de greves políticas destes pilantras?
Nós precisamos nos organizar, bem como os demais movimentos como UNE e outros, começarmos a irmos as ruas para protestarmos contra estes malas-sem-alça cujos salários são pagos por nós
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