E não é que os Estados Unidos, que eu pensava fosse o paradigma do liberalismo econômico, é na verdade uma república de petralhas que só pensam em inchar a máquina pública e dar emprego à cumpanheirada? Segundo o IPEA, nos EUA existem 9,82 servidores públicos para cada mil habitantes, contra 5,32 no Brasil.
E não é que o gasto federal, brasileiro, com o funcionalismo público caiu de 24,5% em 1995 para 17% em 2002 e 13,4% em 2006?
Enquanto isso, juros e encargos com a dívida pública subiram de 10,8 em 1995 para 12,5% em 2002 e 18,9% em 2006.
Os que criticam a gastança pública deveriam criticar a política de juros altos. O funcionalismo público, definitivamente, não é o vilão do Brasil.
Estas informações foram colhidas numa nota escondida do caderno de economia do Globo. Naturalmente, não a veremos repetida ou lembrada nos editoriais veementes do jornal contra o "inchaço" da máquina pública.
16 de janeiro de 2008
EUA, país do inchaço estatal e dos petralhas
Tweet Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Gostou deste artigo? Então assine nosso Feed.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Será que esqueceram, se descuidaram, saindo esta notícia contraditória no rodapé do imprensalão?
oi Miguel,
Feliz Ano, cara, mas a respeito do assunto, é assim mesmo que a grande mídia "edita" suas notícias, ressaltando as bobagens e desbaratinando o que realmente importa, é isso que o Chico de Oliveira chama falência da política em nome da economia e do interesse do capital financeiro,aliás a grande mídia norte-americana - quem diria?tão "livre" - é mestra em fazer isso:é a guerra contra os civís do próprio país, a cruzada pra transformar cada cidadão num completo idiota babaca, beijos saudosos da Márcia Denser
oi denser, feliz ano novo para voce também. Ainda estou me espreguiçando e, naturalmente, revendo estratégias. Ás vezes acho os idiotas babacas merecem continuar sendo idiotas babacas, por uma espécie de justiça poética e darwiniana. Embora eu seja pessimista quanto à sua facilidade de se reproduzir: criando verdadeiros exércitos de babaquinhas, os quais, obedientemente, quiçá eruditamente (visto que os idiotas também lêem, inclusive em línguas estrangeiras, os que os torna perigosa e pateticamente dramáticos), defendem interesses alheios & alhures. A famosa tese do escravo de casa X o escravo da fazenda, de que falava Luther King. Eles têm a consciência do escravo de casa, "da família", e assim a classe média baba o ovo de meia dúzia de nababos que não hesitam, no momento oportuno, de re-enfiarem-lhe a gentileza ânus abaixo. Pregam redução de custo e despesas, melhora de serviços públicos, etc, e quando chegam lá aumentam os impostos, aumento os custos do estado (de preferência com juros, para servir o sorvete aos banqueiros) e abandonam os serviços para empresas terceirzadas corruptas & mal pagantes & ligadas aos interesses mesquinhos do caudilho da hora. Tiram o dinheiro da saúde e depois aterrorizam a população com febres tropicais. Tenho muita pena dos macaquinhos que morrem nas florestas. Não são idiotas, nem babacas, embora um pouco iletrados.
Beijos
Tenho certeza que daqui a alguns anos eles farão o mesmo que nós estamos fazendo agora: as reformas. Se pensarmos por esse lado... estamos bem evoluidinhos, né?
Postar um comentário