6 de janeiro de 2011

Wikileaks: Tony Palocci queria a ALCA



Saiu na Folha (*), pág. A7:

“Críticos minaram diplomacia comercial do Brasil com os EUA.”

“Estratégia do Itamaraty foi atacada em contatos com americanos … ”

“Defensores da ALCA acenaram aos EUA com a chance de reativar as negociações em 2005, quando o então Ministro da Fazenda, Antonio Palocci, aproveitou um encontro de Lula com o Secretário do Tesouro dos EUA, John Snow, para debater a idéia.”

“Segundo os americanos, (Tony – PHA) Palocci ‘se ofereceu (sic) para liderar (sic) um esforço para dar novo impulso às negociações’ e levar (sic) o Itamaraty a ‘uma postura mais proativa (sic)’. Lula ‘desconversou’, indicando que não tinha interesse.”


Quer dizer, então, que, depois do Nelson Johnbim, temos agora o ministro Tony Palocci.

Dois que espinafram a política externa brasileira para autoridades americanas.

Papelão, hein ?

Como o Celso Amorim deve ter sofrido, nas mãos do Tony e do Johnbim.

A ALCA, como se sabe, foi uma tentativa americana de unir as Américas, sob a liderança americana.

Era a criação de um Commonwealth do Império Americano.

A tentativa começou com Bush, o pai, tomou outro formato com Clinton, e Bush, o filho, tentou ressuscitá-la.

O principal objetivo sempre foi botar o Brasil – o maior país da América Latina – debaixo do guarda-chuva americano.

Outro grande da America Latina, o México, já estava devidamente abrigado sob o guarda-chuva do Nafta.

E deu no que deu.

O PiG (**) e a elite branca se excitaram com a idéia de aderir à ALCA e oficializar a volta à condição de colônia com que sempre sonharam.

Lula resistiu.

Celso Amorim comeu o pão que o diabo amassou nos editoriais coloniais do Estadão.

O que não se sabia é que Tony trabalhava nos bastidores.

Em tempo: como sempre, a Folha (*) errou na hora de fazer o título. Quando deu a notícia de que o Johnbim foi ao embaixador americano para solapar a política externa do Governo a que servia, o título da Folha (*) era outro. Escondia a infidelidade do ministro serrista. Agora, para proteger Tony Palocci – quindim de Iaiá do PiG (**) – fez o mesmo. Deu a proteção dos últimos parágrafos da matéria.

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