14 de junho de 2005

Jefferson não apresenta provas

Realmente, o discurso de Roberto Jefferson mostra que há pessoas que desenvolvem um cinismo que chega a ser admirável, não fosse não nocivo à saúde política do país. Noto, felizmente, que está se articulando, com intelectuais de grande prestígio, jornalistas de sites alternativos, e mesmo em parte da grande imprensa, uma rede de proteção ao Lula.

A estatratégia da oposição e a politização do noticiário não agradam a grande parte da sociedade brasileira. Não colaria aqui um golpe midiático, apesar de sempre causar danos à estabilidade política, contra o presidente e o partido do governo, da mesma forma como se tentou fazer na Venezuela.

Até porque o governo Lula é visto como uma esquerda moderada, prudente, respeitada e respeitadora junto ao público internacional, que evita discursos inflamatórios apenas para agradar jovens universitários de classe média e funcionários públicos corporativistas.

Aliás, a atual crise política está sacudindo o pensamento politico nacional, que está sendo obrigado a acelerar não só reforma política, mas o próprio debate ideológico central, o qual ainda está para ser resolvido, que consiste na atualidade dos termos direita e esquerda.

Que é ser esquerda hoje em dia? É ser do PSOL? É ser da esquerda do PT? Ou é ser contra o PFL, o PSDB. É ser contra o Pallocci ou a favor dos pobres?

Acho que muita gente que se auto-entitula de esquerda está preocupado demais com suas próprias idéias de laboratório do que com a solidariedade real com as pessoas e com o desenvolvimento econômico do país.

Entristecem-se quando vêem a taxa de desemprego cair porque sabem que perdem mais um argumento para se colocarem "contra tudo que está aí". Não vêem que a construção de qualquer projeto político nunca poderá se realizar sem uma postura construtiva e ousada da sociedade.

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