22 de outubro de 2011

Brasil venceu a calúnia?

(O abraço que Marco Aurélio Garcia deu em Orlando Silva
é um abraço que milhões de brasileiros queriam dar)


Foi uma sexta-feira turbulentíssima. A mídia apertou o cerco em torno de Orlando Silva. Seus exércitos iniciaram um bombardeio concentrado durante o dia inteiro, tentando produzir um fato consumado. Na verdade, desde o dia anterior, a mídia vinha divulgando que o Planalto "emitira sinais" de que Orlando deveria pedir demissão. A manchete do Jornal O Globo da quinta-feira era enorme, bombástica e definitiva: Planalto decide afastar Orlando Silva. E nesta sexta quase todos os principais jornalistas políticos anunciavam a queda do ministro como inevitável.

Até que, finalmente, chega a patroa. Dilma Rousseff voltou da África, deu declarações irritadas acerca das notícias sobre sua suposta decisão de afastar Orlando Silva, reuniu-se a portas fechadas com o ministro e, por fim, decidiu que ele permanece no cargo. Foi uma tremenda vitória contra a calúnia, contra a manipulação da notícia, e contra os desmandos enlouquecidos de uma mídia sem escrúpulos.

A tensão gerada pela onda crescente e delirante de denúncias vazias acabou, como era de se esperar, transformando-se em rancor também contra o governo, acusado de agir com pusilanimidade em face ao golpismo midiático. "O governo é covarde", tem sido uma acusação frequente.

De fato, é inegável que os políticos brasileiros têm medo da mídia. É preciso entender, porém, que a mídia não precisa passar pelo incômodo eleitoral. Ela tem dinheiro e estabilidade. Já o poder dos representantes políticos sofre de uma grande "fragilidade" (que também é sua força) democrática: é temporário e descartável.

Lembremos que o conflito entre mídia e governo tem sido um problema grave em todo mundo, e acontece de uma forma muito acentuada na América Latina. As instituições políticas por aqui não são respeitadas. Mas é injustiça dizer que o governo brasileiro e as lideranças políticas não estão reagindo.

Hoje o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, fez declarações contundentes contra o que ele chamou de fascismo pós-moderno.


A própria presidente tem feito, frequentemente, declarações bastante enfáticas contra o prejulgamento e o linchamento político. Hoje mesmo o Planalto divulgou uma nota dura, seca e direta, como uma bala:

Nota à imprensa

Após a reunião com o ministro do Esporte, Orlando Silva, a presidenta Dilma Rousseff disse que o governo “não condena ninguém sem provas e parte do princípio civilizatório da presunção da inocência”.

“Não lutamos inutilmente para acabar com o arbítrio e não vamos aceitar que alguém seja condenado sumariamente”, disse a presidenta.

Na reunião, o ministro informou à presidenta que tomou todas as medidas para corrigir e punir malfeitos, ressarcir os cofres públicos e aperfeiçoar os mecanismos de controle do Ministério do Esporte.

Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Agora, é evidente que o governo precisa agir com prudência. O governo é um animal pesado, que se movimenta e se comunica com extrema lentidão e dificuldade, pois cada ato e cada palavra devem ser sopesados para que se coadunem sem traumas à sua mentalidade algo esquizofrênica, com múltiplas personalidades.

No entanto, a cada passo dado, a cada palavra emitida, dá-se uma grande transformação. Um pequeno gesto governamental pode ter um enorme significado histórico. O sofrimento do ministro Orlando Silva e dos militantes do aguerrido PCdoB, certamente se converterá numa consciência política mais aguçada, mais astuta, mais forte.

A estratégia de criminalizar a política tem sido o padrão da mídia. O simples fato de uma pessoa ser "filiada" a um partido político torna-a suspeita, como se esta filiação não fosse, na verdade, um ato de transparência ideológica. E o ministério dos Esportes pagou até por seus acertos. Condenou-se sumariamente o ministério pelo fato dele estar fazendo cobranças judiciais contra ongs dirigidas por filiados do próprio PCdoB, como era o caso das entidades dirigidas pelo PM João Dias.O ministério provou que não perdoa ninguém.

Faltou, como sempre, bom senso. O Ministério dos Esportes foi entregue ao PCdoB para que este implantasse políticas em linha com os ideais do partido. É natural, se ele deve contratar entidades privadas, que sejam selecionadas algumas que partilhem dessas mesmas estratégias. Há irregularidades? Sim, sempre há. Mas novamente usemos o bom senso. Há dois tipos de irregularidades. Algumas são provocadas por confusão burocrática. Muitas correspondem a desvios de verbas. Não há nenhuma relação destas últimas, porém, com o PCdoB. Ao contrário, no ranking da corrupção, o PCdoB sempre figurou num dos últimos lugares.

O Ministério mostrou que tem estado atento às irregularidades, às quais correspondem a um percentual pequeno do montante total das ações. Não se pode culpar o ministério, ou o ministro, por erros de terceiros. O ministério é obrigado a dar um voto de confiança às entidades com as quais tem parceria. O governo não pode antever que empresas lhe passarão a perna. O que ele faz é examinar as contas, no âmbito dos próprios ministérios, junto ao Tribunal de Contas e através da Controladoria Geral da União, e, no caso de encontrar problemas, tomar as devidas providências.

O que causa espanto nesse processo todo é a estratégia articulada da mídia para derrubar o ministro. Divulgam-se denúncias uma após a outra, sem preocupação nenhuma com sua consistência. O importante é fazer volume e criar uma atmosfera de crise e linchamento, com vistas a pressionar o governo a tomar uma decisão rápida e intempestiva.

A compra de um terreno de 370 mil num lugar isolado do interior de São Paulo é considerado um crime. O fato da mulher do ministro dos Esportes dar assistência na produção de um documentário feito por uma ONG, sob encomenda do ministério da Justiça, é sensacionalizado. "Mulher de ministro recebe dinheiro do governo", diz a manchete. Ora, a mulher do Serra tem ONG que recebe há anos patrocínio do governo de São Paulo. Dona Ruth, que Deus a tenha, sempre teve ONG patrocinada com dinheiro público. E os últimos casos envolvem milhões de reais, e uma relação direta entre as esposas e o governo, enquanto a mulher do ministro ganhou apenas 40 mil para trabalhar num documentário sobre a ditadura, que obteve, através de uma outra ong, patrocínio de um ministério sem nenhuma relação com seu marido.

Não é o caso de justificar um erro com outro, mas apenas apontar uma injustiça. A mulher do ministro não estava cometendo nenhuma ilegalidade. A lei do nepotismo proíbe o ministro de empregar a sua mulher no ministério, mas não fecha à ela, arbitrariamente, as portas de toda instituição pública.

Em Vigiar e Punir, Foucault nos fala que a história da punição evoluiu de tal maneira que os castigos corporais foram substituídos, gradualmente, por castigos voltados ao espírito:

... e desde então os juízes, pouco a pouco, mas por um processo que remonta bem longe no tempo, começaram a julgar coisa diferente além dos crimes: a alma dos criminosos.

É assim que tem feito a imprensa, ao assumir o papel de um verdadeiro e terrível tribunal de exceção.

Num mundo cada vez mais dominado pela comunicação rápida, onde uma acusação rapidamente multiplica-se em milhões de links, comentários, piadas e juízos, uma calúnia corresponde a um sofrimento bem pior do que uma dor física, porque ataca diretamente a honra, ou seja, a alma do acusado. E dificilmente a ferida cicatriza, porque é extremamente complicado fazer a calúnia fazer o caminho de volta, apagando seus rastros. Na era da internet, as acusações precipitadas, os comentários maldosos, as piadas cruéis, permanecem na rede para sempre, constituindo uma espécie de castigo perpétuo.

Não é de se espantar que os políticos tenham receio da mídia! A mídia pode destruir não apenas a sua carreira política, mas algo muito mais importante: a sua honra, a sua dignidade, a sua alma.

Diante de um poder tão terrível concentrado em mãos inescrupulosas, é natural, ou antes, é necessário que uma parte da sociedade exija que haja um controle democrático da mídia. Não podemos mais ficar reféns dessa nova espécie de tirania, que de certa forma, parece a mais terrível de todas, porque tem o poder de vida e morte sobre a honra dos cidadãos.

Como diria Lênin: o que fazer? Eu vejo as pessoas pedirem uma Ley dos Medios, ou democratização dos meios de comunicação, sem no entanto saber muito bem do que estão falando. E o debate, é forçoso dizer, está sendo vencido pela mídia corporativa. Quanto a isso, tenho mantido uma postura bastante cética. Eu acho fundamental que seja discutido um novo marco regulatório das comunicações. Mas tanta coisa vai mudar quando houver a convergência digital e a entrada definitiva das telefônicas no mercado de televisão digital e a cabo; tanta coisa vai mudar quando a maioria da população tiver acesso a uma banda larga decente; enfim, estamos no limiar de mudanças tecnológicas - e consequentemente, culturais - tão profundas, que acho um pouco ingênuo a gente pretender que será uma lei federal que mudará substancialmente, no curto prazo, a correlação de forças dentro da mídia.

O problema principal, a meu ver, é de ordem prática e orgânica para os partidos e forças políticas do campo popular. Eles têm sido o alvo principal dos ataques midiáticos. Não devemos, no entanto, alimentar um complexo de derrota fora da realidade. A esquerda, com mídia golpista e tudo, tem crescido a um ritmo bastante acelerado no Brasil, e possivelmente crescerá ainda mais em 2012.

Enfim, este problema de ordem prática pode ser resolvido com a instalação, dentro dos partidos e governos, de assessorias de comunicação mais competentes e mais ousadas. A sociedade civil engajada, ou seja, a militância, tem se mostrado bastante presente, e é justamente a ausência do governo nesta seara que a obrigou a portar-se com admirável autonomia e desenvoltura. Há uma responsabilidade, na guerra da comunicação, que pertence à esfera privada, e neste campo também a mídia tem encontrado alguns obstáculos sérios. Há uma pedra no caminho da mídia: ou melhor, muitas pedras: os blogs progressistas.

Nestes momentos de tensão, as pessoas costumam se deixar levar por raciocínios e julgamentos apressados. Não se deve fazer uma análise política com paixão ou rancor. O governo tem se manifestado, nos últimos anos, com uma assertividade cada vez maior em relação aos ataques midiáticos. As declarações de Tarso Genro, acusando a existência de um fascismo pós-moderno (referindo-se, é claro, à mídia) seriam impensáveis há alguns anos. A maneira como Orlando Silva se portou durante esta crise, com altivez e serenidade, respondendo com muita objetividade a todas as calúnias, também mostra que os representantes políticos estão amadurecendo sim.



É preciso elogiar, sobretudo, o espírito combativo, solidário e enérgico do PCdoB e seus militantes, que diferentemente do PT, que costuma ceder a divisões internas, agiu como um bloco uníssono em defesa da honra de um grande quadro. Uma postura que certamente inspirou militantes e dirigentes de outros partidos.

Enfim, as instituições políticas brasileiras sofreram o enésimo ataque, e mais uma vez resistiram. Quero acreditar que, a cada ataque do conservadorismo midiático e golpista, as forças populares emergem fortalecidas. Afinal, não existe melhor exercício político do que a luta.

Devemos, portanto, combater essa tendência, tão constante em nosso povo que se tornou quase um vício, de nos autodepreciarmos. O Brasil venceu mais essa guerra. Orlando Silva resistiu. Devemos comemorar e usar esta experiência para as muitas batalhas que ainda virão. Provavelmente enfrentaremos derrotas, mas também aprenderemos com estas para vencermos mais à frente.

A necessária acomodação entre forças sociais antagônicas tem sido um terrível desafio para qualquer nação. Os EUA perderam quase 1 milhão de vidas com uma guerra civil onde o que estava em jogo era exatamente o mesmo que experimentamos no Brasil: a luta entre conservadorismo e progressismo. Mais tarde, viveu uma época de caça-às-bruxas que até hoje envergonha o povo americano. A Europa, por sua vez, antes de atingir seu atual estágio de desenvolvimento econômico, político e social, testemunhou o nascimento de ideologias fascistas que resultaram em massacres e guerras.

Não esperemos que seja fácil para o Brasil superar suas contradições. A mídia é a cabeça de uma poderosa hidra, e não tem poder por si só, mas por representar setores sociais situados no alto da pirâmide. Não a subestimemos. A mídia brasileira é talentosa, criativa, sabe se reinventar a cada derrota, e sabe que o Brasil, mal ou bem, precisa dela, já que ela é o meio pelo qual a maioria do povo tem acesso a informações necessárias à cidadania. Essa é uma guerra que lutaremos sem cairmos na tolice do maniqueísmo. Santo Agostinho ensinava que tudo que existe tem bondade, pois em caso contrário não existiria, nem poderia ser corrompido - pois o que é mal, por ser mal, não pode sequer ser corrompido. Tudo que existe vem de Deus, dizia ele; na minha versão atéia, isto significa que tudo que existe e tem força possui uma importância histórica e uma utilidade social (com exceção da escravidão, que é a negação da liberdade e, logo, da vida). Não adianta, portanto, pintarmos os atuais conflitos políticos como uma guerra do bem contra o mal. É ingênuo querer o fim da mídia corporativa ou achar que os políticos não deveriam dar mais entrevistas, nem comparecer a nenhum evento, etc. A única solução é um acordo. Um pacto de fortes. Não exatamente entre governo e mídia, mas entre governo, Justiça, sociedade civil e mídia. Precisamos de uma mídia independente dos governos. Mas não uma mídia caluniadora. As forças da História, de qualquer forma, estão em movimento, e em luta; diante da História, nobres são os que tombam de arma nas mãos. E numa democracia, a arma mais legítima - ou a única legítima - é a inteligência. Como dizia Morrison: the old get older, the young get stronger; they got the guns, but we got the number. Gonna win, baby, and take it over!

34 comentarios

Anônimo disse...

Muito bem. Está de parabéns.

Orlando Silva disse...

Valeu pela força, Miguel.

Adriana Estevão disse...

Vamos esperar pela Veja. Acho que vocês estão comemorando antes da hora. O ministro cai na segunda-feira.

Luciano disse...

Vejam só esse comentário idiota dessa Adriana: "Vamos esperar a Veja..." ... Isso mostra o grau de idiotice a que a população está submetida. Para ela, não interessa se quem acusa o ministro é um bandido contratado por uma semanário canalha e, também corrupta que publica um fato desse sem uma prova sequer.
Claro, que se apresentarem alguma prova, a Presidenta saberá o que fazer.
Quanto a esse caso, tá na cara que o principal objetivo dessas "denuncias" é desastabilizar o PC do B. Ontem mesmo, na Band, o Boris Peidão, fez um comentário irritante acerca da morte de Gadaffi ao se referir aos internautas brasieiros como seguidores daquele regime, que todas essas pessoas são do Pc do B, etc.
Além de comentários idiotas desses representantes dessa oposição sem rumo, ainda temos de ouvir,diariamente, alguns colunistas em jornais, TV e blogs, como se fossem absolutos donos da verdade, arautos da moralidade, quando não passam de lacaios a serviços de uma mídia canalha que se instalou em nosso País.
Portanto, sempre que vejo ataques desse tipo, mais me convenço de que o País está no caminho certo e que me faz ter a certeza de devemos combater, diuturnamente, a imoralidade dessa imprensa (se é que pode-se chamar de imprensa).

Anônimo disse...

O governo brasileiro e o ministérios dos Esportes deveria expor a população dois fatos:
A questão da meia entrada e dos direitos de transmissão.
Colocar as claras em rede nacional, perguntar ao jovens, aos professores em Sâo Paulo, aos idosos se eles abrem mão dos seus direitos para encher os cofrinhos da FIFA e se eles aceitam que a GLobo faça o que quer com a Copa

Anônimo disse...

Parabens Luciano. Comentario idiota feito por uma idiota leitora da veja.

mirtes

jozahfa disse...

Miguel, sua análise tenta abarcar a questão como um todo e eu gosto. Mas, em minha modesta opinião, há uma qustão mais profunda quando você diz que "É preciso entender, porém, que a mídia não precisa passar pelo incômodo eleitoral." A mídia também tem seu momento-julgamento, que é quando o indivíduo compra o jornal, ou aperta o botão do controle-remoto. A questão mais profunda, colega, é que a gente não discute a função do povo (ou da sociedade civil, como vc diz) nesse imbróglio todo. Ele é sempre tratado como parte fraca, sem alternativas:
"e sabe que o Brasil, mal ou bem, precisa dela, já que ela é o meio pelo qual a maioria do povo tem acesso a informações necessárias à cidadania. "
Você acha que o povo é menor de idade, Miguel do Rosário?

Everaldo Vieira disse...

Adriana Estevão, fica com o Reinaldo Azevedo e gangue, você é uma ruminante.

O Anão Corcunda disse...

Boa Miguel.
Não se trata de pôr a mão no fogo pelo ministro, mas de conter os impulsos criminosos de grupos que são facilmente identificáveis.
Orlando Silva, o PCdoB e o governo estão enfrentando adversários extremamente barra-pesada: a CBF e a FIFA. Já deixaram passar muitos absurdos, como a construção de estádios em Cuiabá, Natal e Manaus, que não tem qualquer perspectiva de utilização após os míseros quatro jogos da Copa que receberão. Mas ainda há muitos conflitos, já que a FIFA e a CBF querem fazer passar seu rolo compressor e o governo tem resistido (como na questão das meias-entradas).
Não é questão de apoiar o partido x ou o ministro y, a questão é: ao lado de que interesses nos posicionamos? Que a FIFA se exploda!

Unknown disse...

Gostei Miguel. A mídia não pode pautar o governo. Por mais que eu não goste do Palocci, o caso dele ainda esta atrevessado aqui na minha garganta. Seu afastamento, na minha opinião, foi um erro.

José Carlos Lima disse...

(O abraço que Marco Aurélio Garcia deu em Orlando Silva
é um abraço que milhões de brasileiros queriam dar)

Esta foto é um discurso visual muito forte, a expressão do ministro, um negro que, para estes racistas da Veja, jamais poderia ser ministro.

Vendo esta imagem não pude conter as lágrimas

Miguel do Rosário disse...

Oi, Josaphat, sua observação é pertinente e dou-lhe razão. Temos escolha sim e o povo não é menor de idade. Mas temos um problema grave de concentração dos meios de comunicação, o que reduz muito o leque de opções à disposição do povo. Há momentos, como esse, por exemplo, que parece haver apenas uma mídia, um jornal, um canal de TV. Isso é um problema, porém, que pelo jeito, apenas a internet vai resolver, e vai demorar um pouco, porque teremos que esperar todos os brasileiros terem uma boa banda larga, uma banda larga decente, que possa ser inclusive conectada à tv da sala, e que nos permita assistir aos milhares de webcanais que fatalmente surgirão. Até lá, é aguentar na base da porrada.

Abraço,
Miguel

Anônimo disse...

Ah, essa imprensa golpista, boba e feia que não deixa os companheiros desviarem o dinheiro público em paz...

Anônimo disse...

Prezado anonimo, as irregularidades do ministério estavam já sendo cobradas judicialmente, por pedido do próprio ministério. De qualquer forma, o blogueiro diz que é importante haver uma mídia independente, o que não se pode aceitar é a vulgarização do uso da calúnia. Não se pode aceitar que um bandido acuse um ministro, sem apresentar nenhuma prova, e o derrube, apenas com base num clima de histeria e linchamento.

Anônimo disse...

Quanto à mulher do ministro receber dinheiro por trabalhar para um ong que recebeu apoio de outro ministério, o da justiça, o que a veja tem a dizer de ministros do supremo que tem a mulher e filha trabalhando no escritório de advogados que defendem Daniel Dantas. Imaginem o diálogo: "Benhê prenderam um cliente nosso, faz um HC".

Anônimo disse...

A mentira não pode prevalecer.

Em tempo: Boa Luciano!!

Veja a inveja na Veja disse...

Tenho a impressão que, lamentavelmente, Orlando Silva vai cair.

Por ser negro. Anotem!

Deus nos perdoe!

Anônimo disse...

Essa história de que esquerda no poder tem que morrer de fome só ganhando o que serviço público paga, sem fazer qualquer assessoria extra, foi o PIG que crio para matar as esquerdas quando chegasse ao poder.

Anônimo disse...

Deveria se lei que enquanto não fosse julgado e condenado, ninguém poderia dizer nada, seria calûnia e pegar dez anos de cadeia sumariamente.

Anônimo disse...

Como mesmo disseram que foi palavras desse que teria entrado armado no ministério e até batido em servidor público, isso revela mais uma vez da fragilidade da segurança institucional. Lembro que no caso Lina essa não conseguiu provar se esse esteve ou não com Dilma e nas primeiras notícia nem mesmo transparecia saber quem seria tal pessoa. Por isso, defendo que todos os ministérios sejam cercados com guarda do exército, marinha e aeronáutica 24 horas e que ninguém possa entrar sem ser totalmente revistado.

Anônimo disse...

O mesmo modus operandi adotado no factoide Lina Vieira, que durou meses na midia mas Lula deixou que o baronato morresse de inanição
Falaram até que cansaram
Que falem, que inventem provas, afinal de contas o paraíso de Roberto Murdoc Civita é aqui

Paulão

Moyses Nunes disse...

Quem somos nós, "comentaristas"??
Porquê neste espaço há tantas ofensas? Idiota isso, idiota aquilo... será que não podemos manter o bom nível? Tenho críticas diferentes de alguns, mas não tenho o direito de ofende-los por isto.

Adriana Estevão, a revista "Spia" na minha humilde opinião não é confiável. Se a sua intenção foi acreditar que há verdade nas matérias... hummm, mas se foi pensando no que o 4º poder irá se balizar para continuar infernizando... até eu tenho meus receios!

... Caro Miguel do Rosário, o invejo muito pela sua habilidade de transpor em escrita de forma tão habilidosa suas idéias e posições. Sou-lhe grato por proporcionar mais uma extraordinária fonte de aprendizado e prazer de leitura.

Luiz Monteiro de Barros disse...

Parabens Miguel. Voce diz que devemos comemorar.
O Brasil venceu mais essa guerra. Orlando Silva resistiu. Devemos comemorar e usar esta experiência para as muitas batalhas que ainda virão. Provavelmente enfrentaremos derrotas, mas também aprenderemos com estas para vencermos mais à frente.

spin disse...

Comentei isso no PHA, Oleo do Diabo, Nassif, Spin in Progress, Azenha...

Problema de desvio de dinheiro em convênio assinado entre um ministério e uma ong ou prefeitura ou Estado ou seja lá o que for não pode ser, jamais, motivo de demissão ou de execração pública de ministro. Este tipo de desvio não é de agora nem aqui nem na China. Isto não não pode ser motivo para demissão de ministro. Trata-se de um caso para a polícia resolver, quem recebeu propina deverá ser demitido, seja ele funcionário de terceiro escalão, segundo ou primeiro. E que se puna, também, o corruptor.

Quando do factóide Lina Vieira, choveu muitos boatos segundo os quais haviam provas e até uma mala de provas, uma agenda, enfim, a oposição e sua mídia é muito criativa neste tipo de assassinato de reputação. Como resposta Lula deixou que falassem, falassem e falassem até cansar. De fato cansaram, até criaram um movimento, o Cansei.

Se o ministro for demitido por conta desta saraivada de factóides, o Brasil estará condenado à ingovernabilidade, graças a Civita Murdoch. E vamo que vamo. Se for assim, que se demitam todos os ministros, pois é praticamente impossível encontrar um ministro em cujo ministério que não tenha este tipo de problema. Nem é preciso ler a Veja, basta acompanhar os arquivos da PF, CGU, por sinal Instituições que nem existiam na Era FHC.

Esperem sentados a grande imprensa fazer alguma denúncia de desvio de grana de convênio acontecido em alguma prefeitura ou governador ou mesmo ONG, se for de tucanodemo então...

ADNAN EL KADRI disse...

Bravo Miguel do Rosário!
O Brasil precisa vencer os quinta colunas.
A grande mídia, notadamente Veja, FSP, Estadão, Tv Globo, et caterva precisam ser enfrentados, seja pela sociedade civil e por um governo corajoso como o nosso da Presidenta Dilma Roussef.
A sociedade precisa separar o joio do trigo. Boicotar os mentirosos os moedeiros falsos.
Vitória do Governo que preservou o min. que é integrante de um partido autêntico, que tem história de lutas.
O Brasil precisa ser maior que a versão midiática.
Ponto para o blog.
Abs;.

Anônimo disse...

Desmascarar o pig até mesmo como forma de buscarmos a verdade, como fizemos quando do factóide Lina Vieira, que se arrastou na mídia por meses e depois que pensávamos que o assunto havia morrido lá a moça com uma mala no interior da qual exisitira uma agenda com provas cabais contra Dilma. Descobrimos que o marido da Lina havia sido ex-ministro de FHC. Era prazeroso fazermos aquilo. De uma certa forma estamos retormando isso, temos que fazer isso, o que não dá é prá engolir qualquer versão espalhada pelo pig e acreditarmos como se fosse verdade absoluta e incostetável. Desde quando? Segue link para post demonstrado que a fonte de tudo isso tem um nome: Jaquiline Roriz e Joaquim Roriz, enfim, a campanha de 2010 não acabou

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-contraponto-a-materia-da-istoe

spin

Anônimo disse...

Vitória de Cristina!
Uma bela lição para o Chile e um alerta para todos nós.
O governo tem que continuar avançando, inclusive fazer a abertura dos meios de comunicção de forma que acabe a reserva de mercado neste setor e se permita a concorrência e diversidade de idéias, o que será bom para os jornalistas que se formam, pois como está só há o pig como opção de trabalho.

Paulo B

André disse...

Gostaria que você detalhasse mais essa questão da necessidade de uma reportagem apresentar provas. Penso que, dependendo da situação, um jornalista não precisa sempre apresentar provas e pode até cometer algumas ilegalidades.
Por exemplo, um jornalista não precisa reunir provas que atendessem todos os requisitos legais em um julgamento no judiciário, indícios muito fortes junto com um contexto verossímil seriam suficientes. A menos que o jornalista afirme ter fotos/gravações/documentos e que sem tais provas o relato fique inverossímel.
Outra coisa são as ilegalidades cometidas. Por exemplo, a Veja usar as ilegalidades cometidas contra o Zé Dirceu para iniciar uma reportagem investigativa que chegasse a crimes piores que o que ela mesma cometeu eu aceitaria, mas a espionagem cometida não se justifica por si.

André Martins

Anônimo disse...

Só para o seu conhecimento e de quem tem blog, aqui uma ferramenta que permite que sua postagem, tão logo publicado, é comparilhada no Facebook, twitter e outras instrumentos de redes sociais. Usei o termo "instrumento de rede social" porque no caso, a rede social, somos nós, pessoas físicas, sendo o blog, face, twitter, apenas uma ferramenta de comunicação de tal rede

http://www.networkedblogs.com/blog/spin-in-progress

spin na rede

Anônimo disse...

Esse teu comentário trás de volta o Miguel que admiro pela coerência. Parabéns. Cláudio Pereira.

Anônimo disse...

Gostaria de ler sua opinião sobre isso
mapa de gastos com publicade por Dilma
sem espaço pago, como Dilma vai se comunicar com o public e mostrar as realizações de Dilma

http://www.advivo.com.br/blog/spin-na-rede/comentario-ao-post-gastos-do-governo-com-publicidade-caem-42-ou-o-pig-vai-mostrar-as-obras

spin

ALEX disse...

Caro Miguel e blognautas ...
leio a notícia acima, do Ministro dos Esportes, e rolo pra baixo e leio a notícia da Folha ...
pergunto: que moral que tem esta Imprensa?
Nenhuma ... nenhuma. Para mim, tá acabada.
Se estes caras depedenderem de mim para eu comprar um único exemplar, vão falir.
Pensar que outrora gastei um dinheirão com estas "porcarias".

ziulsorrab disse...

O noticiario assassinato de reputação continua.FOI O MINISTRO QUE PEDIU PARA A PGU INVESTIGASSE. Vejam o oficiono blog do Edu. http://www.blogcidadania.com.br/2011/10/instituicoes-de-joelhos/ onde ele explica;
” O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, por exemplo. Recebeu pedido de Orlando Silva para que fosse investigado e, apavorado pela hipótese de a mídia dizer sobre si que era parcial, como fez quando não abriu investigação contra Antonio Palocci, enviou pedido de abertura de inquérito ao Supremo Tribunal Federal sem nem ouvir o acusado, mudando seletivamente o procedimento-padrão do Ministério Público”

Para o PIG já estava previsto o plano B - Transformar o ministro em um fantasma no cargo. Animem-se entretanto lembrando da Lina Vieira

ALEX disse...

CARMEM LÚCIA PARA GURGEL: "PÔ, VC SÓ LÊ VEJA E ASSISTE O FANTÁSTICO?"

Carmem Lúcia puxa a orelha de Gurgel, por só ler a Veja e ver o Fantástico

http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/

O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu nesta terça-feira inquérito para investigar a participação ou não do ministro do Esporte, Orlando Silva, nas denúncias veiculadas na imprensa.

O advogado do ministro lembrou que foi o próprio Orlando Silva quem pediu a investigação pela certeza de que as denúncias são mentirosas e os fatos narrados na revista nunca existiram, e disse: "Pedi a ela (ministra do STF, Carmem Lúcia) que fosse publicizado o inquérito. Para nós, é importante que venha a público, que se dê publicidade ao caso", disse.

A oposição solta foguetes porque o Procurador Geral da República (PGR), Roberto Gurgel, com medo de críticas, resolveu levar o pedido direto ao STF, sem avaliar a documentação previamente (o que poderia levar ao arquivamento no que diz respeito ao nome do ministro).

Simples inquérito no STF não quer dizer nada. Sem provas e sem fundamentos, será arquivado, como já ocorreu com a própria Presidenta Dilma Rousseff e Tarso Genro, quando eram ministros e foram alvos do denuncismo da oposição (*).

A ministra do STF, Carmem Lúcia, acatou em parte, mas não autorizou Gurgel sequer a colher depoimento do ministro.

Por que? Porque Gurgel só leu a revista Veja e assistiu ao Fantástico, em vez de fazer o dever de casa de reunir e ler previamente a documentação que a ministra Carmem Lúcia está pedindo:

- o inquérito da Operação Shaolin, que está no STJ;
- os relatórios do TCU (Tribunal de Contas da União) e da CGU (Controladoria-Geral da União), relativos ao programa Segundo Tempo;
- os documentos dos convênios do Ministério com as ONG's denunciadas na Veja e no Fantástico (vários deles o próprio Ministério do Esporte já divulgou ao público e à imprensa por conta própria).

De posse desses documentos, adivinhem o que Carmem Lúcia vai fazer?
Encaminhar à Gurgel, para que ele leia e apresente seu parecer!

Carmem Lúcia não deferiu (não autorizou) os pedidos de Gurgel para tomar depoimento de ninguém, inclusive Orlando Silva e Agnelo Queiroz (confira aqui na fonte do próprio STF)

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