19 de dezembro de 2004
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17 de dezembro de 2004
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A versão PDF da edição impressa, além dos artigos isolados, em formato normal, também estarão em breve disponíveis nesse site.
O meu livro de contos, Contos para Ler no Botequim, já está na gráfica. Fica pronto em alguns dias, ou semanas, ainda não sei. Tudo vai ser devidamente informado nesse blog. O preço de capa dele será R$ 20,00. O formulário de compra estará disponível no site do Arte & Política.
6 de dezembro de 2004
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Cordiais saudações.
1 de dezembro de 2004
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“Darei um argumento propagandístico para o começo da guerra – não vos preocupeis se o mesmo é plausível ou não. Além do que, ao vencedor não se perguntará se disse a verdade. Na guerra, não são os direitos que contam, mas a vitória. Não vos apiedeis! Atuai brutalmente! O mais forte tem razão. Sêde duros e implacáveis. Revigorai-vos contra todo sinal de compaixão! Quem quer que tenha refletido sobre a ordem das coisas sabe que a essência do mundo reside no predomínio dos melhores por meio da força”.
Adolf Hitler, setembro de 1939, falando a seus generais sobre o iminente ataque à Polônia, que deflagraria a II Guerra Mundial
28 de novembro de 2004
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Robert Frost*
O primeiro verde da natureza é dourado,
Para ela, seu tom mais difícil de fixar.
Sua primeira folha é uma flor,
Mas somente por um instante.
Então, folha se rende à folha
E o Paraíso recai na dor.
A alvorada se torna dia,
E o ouro morre em agonia.
(Tradução: Miguel do Rosário). Original.
* Poeta norte-americano (1874 – 1963).
Para saber mais sobre o poeta, clique aqui (em inglês).
27 de novembro de 2004
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éramos aqui
eu e o outro
por dentro, naturalmente?
amor
elementos convulsos
sentindo, mais que o sol,
o universo trêmulo
da liberdade
trágica do mundo.
sorrindo, constrangidos,
diante das emoções estranhas
que, inutilmente,
tentávamos ocultar.
enfim, morremos,
quem não morre, hoje em dia?
e um blues
inesquecível
foi a trilha
de nosso vazio
funeral.
19 de novembro de 2004
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12 de novembro de 2004
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A pauta já está mais ou menos definida. Mas o conteúdo não podemos tornar público ainda.
Destaque para o Ceará, que teve uma participação incrivelmente ativa e mais importante do que talvez ele mesmo considere, devido a seu jeito brincalhão. O jornal terá uma preocupação em ser mais chamativo nessa edição, de forma a escoar comercialmente com mais facilidade. Apesar de nossas preocupações revolucionárias (ou talvez justamente por causa delas), temos o objetivo de tornar o jornal um produto auto-sustentável.
A festa será mesmo no Tá na Rua, no dia 10 de dezembro.
Acompanhe o desenrolar do processo aqui nesse blog.
11 de novembro de 2004
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10 de novembro de 2004
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Mas a razão principal de estar aqui, ato raro (e por isso não protesto em demasia contra a falta de visitas), é na realidade o fato de ter terminado, há poucos minutos, a leitura de um livro extraordinário, que me despertou pensamentos e emoções que gostaria de partilhar com esse vasto e quase infinito mundo virtual, onde olhos desconhecidos, anônimos, secretos, nos miram de longe, discretamente, mas com a voracidade própria dos seres noturnos.
Esse livro é o Dr.Fausto, de Thoman Mann. Na verdade, são dois livros, visto que a editora Record dividiu, mui sabiamente, essa prodigiosa e volumosa obra de 690 páginas, em duas partes mais ou menos iguais.
Foi uma leitura difícil, admito. Nem me recordo quando comecei, mas faz bem uns seis meses. Verdade também que nesse entretempo li vários outros livros. Mas tenho certeza de que a leitura dessa obra, na qual Mann conta a história trágica de um (fictício) famoso compositor alemão, constituiu um marco em minha angustiada (porventura divertida) carreira de escritor.
Antes de terminar, dois avisos desse meio desajeitado editor e artista: a festa de lançamento da próxima edição de Arte & Política, e o lançamento de um livro de contos chamado ???? (surpresa!) de minha autoria. A festa deverá ocorrer na primeira ou segunda semana de dezembro e haverá propaganda maciça nas ruas e, é claro, nesse blog e no site Arte & Política. O livro de contos também será, obviamente, divulgado no mesmo site. Alguns contos já são conhecidos dos leitores de Arte & Política, outros são inéditos.
Por enquanto é só. Cordialmente.
8 de novembro de 2004
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Posso adiantar apenas algumas coisas: cerveja barata, show ao vivo com a banda Sequelas do Povo, esquetes de teatro com Priscila Miranda, recital de poesia, muito som de Chico Science, Bezerra da Silva e The Doors, e muita coisa mais.
Valeu.
4 de novembro de 2004
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26 de outubro de 2004
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Governo federal! Intervenham no Rio! Garantam pelo menos a segurança dos turistas. PM, saiam das favelas e policiem a cidade, protegendo os turistas. Esqueçam os traficantes! Deixem o tráfico somente com a Polícia Federal!
PM é para garantir a segurança do cidadão, não para nos matar.
17 de outubro de 2004
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www.sescsp.org.br
http://www.sescsp.org.br/sesc/convivencia/oficina/frabalaio.htm
13 de outubro de 2004
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A política de segurança de Garotinho, baseada no enfrentamento psicótico, brutal, sem apoio de inteligência, da polícia com o tráfico, é uma política estúpida, estéril, inútil, nociva, que vem causando um verdadeiro genocídio nas comunidades carentes, além do prejuízo em vidas humanas para a própria polícia. O Rio é uma cidade turística, porra! É preciso que a polícia seja voltada para segurança da população e não para a repressão à venda de drogas. Não adianta tentar segurar a água com as mãos. É preciso mudar radicalmente a política de segurança. A repressão ao tráfico tem que ser feita exclusivamente pela polícia federal, a pm tem que cuidar das ruas, protegendo turistas e cidadãos, para que a cidade tenha noites tranquilas, acolhedoras, para a boemia internacional. O verão está chegando e, mais uma vez, o sonho carioca de se transformar numa grande cidade turística está afundando com a mentalidade psicótico-evangélica-burra de Garotinho e seus soldadinhos de chumbo. É preciso reciclar toda a PM, preparando-a para ser uma polícia cidadã, respeitosa, com boa imagem junto às comunidades. As classes letradas do Rio, em vez de campanhas inócuas pela paz, devem mergulhar de vez na política estadual, interferindo, influindo, agindo, sugerindo mudanças efetivas, inclusive mudanças morais. Porque a visão maniqueísta e religiosa com que Garotinho e Cia olham a questão das drogas não nos serve pra nada. Enquanto Londres liberou o uso da maconha, aqui a polícia mata jovens na periferia porque estavam fumando um baseado, depois a imprensa divulga que mais um traficante foi morto.
9 de outubro de 2004
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A escalada do terrorismo atingiu um nível tão alarmante que todos nós, jornalistas, operários, sem-terra, políticos ou empresários, precisamos refletir sobre as causas e os efeitos desse mal. Num de seus últimos artigos (Só a mídia é capaz de vencer o terrorismo, publicado no Observatório da Imprensa) , o jornalista Alberto Dines, fala sobre uma suposta tolerância de alguns setores da mídia para com o terrorismo. Essa tolerância, segundo Dines, seria motivada pelo sentimento de repulsa à política belicista de Bush. Pois bem, esse é meu ponto-de-partida. Discordo frontalmente dessa opinião. Não vejo em nenhuma parte, e pela internet tenho lido jornais do mundo inteiro, tolerância para com o terrorismo. O que se vê é, simplesmente, uma saudável e necessária diversidade de opiniões em relação a isso.
No entanto, considero sumamente medíocre todos esses editoriais em que se repete que "repudiamos o terrorismo". Ora, o terrorismo é uma doença, com causas políticas e, portanto, com curas políticas. De que adiantaria lamentar a morte de milhões de pessoas por causa de um epidemia, dizendo: "repudiamos totalmente o vírus tal"?
Concordo com Dines quando ele afirma que a mídia tem um papel fundamental no combate ao terrorismo. E que esse papel passa por dar espaço à lucidez e à análise profunda e minuciosa das causas do terrorismo.
O problema, contudo, não é a falta de analistas, e sim o fato de que os bons são marginalizados e os maus analistas são venerados pelos donos do status quo. A tolerância com o terrorismo não é dos jornalistas anti-Bush, sr.Dines. Não podemos deixar que a perversão atual dos valores atinja tal ponto em que a análise, a compreensão, o estudo imparcial de um problema tão grave como o terrorismo seja confundido com tolerância. Não! Se há tolerância com o terrorismo, seguramente não vem dos jornalistas. Ademais, essa história de anti-Bush já está ultrapassada, até porque o Kerry está se revelando pior que Bush, falou que vai triplicar o número de soldados no Iraque, vai continuar com ataques preventivos, vai cancelar a diplomacia com a Coréia do Norte e partir para o ataque direto, enfim, não vejo em Kerry um hippie paz e amor não. Vejo nele mais um marionete de grandes grupos financeiros que dominam a maior economia do mundo.
E então? Como fechar as portas do inferno? Como reduzir o terrorismo no mundo? O sr. Dines insinua que a origem do terrorismo está no islamismo. "Todo terrorista é muçulmano", escreve Dines, citando um especialista no assunto. Tá bom. E as milhares e milhares de vítimas de bombas americanas. E os milhares e milhares de mutilados, doentes, destroçados moralmente, pela selvageria ianque? Não foram terroristas, nem muçulmanos. Em sua maioria, eram cristãos, protestantes, ateus, agnósticos, sei lá.
O fato é que a grande maioria dos homens bomba são jovens pobres, desesperados, que viveram situações limite, massacres, genocídios, bombardeios. Perderam parentes, amigos, em covardes ações militares. Como esperar deles qualquer tipo de serenidade? O ódio é diabólico? Nem sempre. Existe algo de divino na ira. Opa, pera lá, não estou justificando o terrorismo. Estou tentando compreender, e encontrar a melhor forma de fechar a porta do inferno.
As sociedades humanas nunca serão perfeitas. Por mais feliz que seja uma determinada comunidade, sempre haverá malucos violentos. Mas não é disso que estamos falando. O terrorista é um ser político. Pode até ser maluco, mas é fruto de uma situação política específica. Portanto, para se acabar com o terrorismo é preciso estudar suas razões políticas e humanas. O terrorista, por mais maluco, bossal, estúpido, que seja, não é um bicho. É um homem, que sacrifica sua vida em prol de uma causa. Tratá-lo como um criminoso comum, como governos e jornalistas vêm fazendo, é totalmente contra-producente do ponto-de-vista do combate ao terrorismo.
Pensemos: em Falluja, no sul do Iraque, temos muitos terroristas, certo? Dines acha que os jornalistas que os chamam de "insurgentes" ou "rebeldes" estão sendo complacentes ou tolerantes com o terrorismo. Discordo radicalmente de Dines: eles são, sim, insurgentes, mas quem disse que "insurgente" é um elogio? Ou que insurgentes não usam táticas terroristas? O fato é que o terrorismo é uma insurgência. Então, voltemos à Falluja. Será que alguém, com um mínimo de massa cinzenta na cabeça, acha que despejar centenas de bombas, matando milhares de civis, isso sem contar com a destruição geral de toda a infra-estrutura (água, eletricidade, saúde, educação) de uma cidade, isso vai contribuir para reduzir o índice de jovens que aderem ao terrorismo? Que espécie de tática é essa? Que espécie de "democracia" os EUA querem estabelecer no Iraque? Um bando de aleijados, mutilados, miseráveis, escolhendo entre dois ou três ex-agentes da Cia?
A mídia pode ajudar no combate ao terrorismo, sim. Porque a mídia é um dos principais órgãos de inteligência da sociedade global. Se duas cabeças pensam melhor que uma, então milhões de cabeças, ou bilhões, pensam melhor que meia-dúzia.
O terrorismo deve ser combatido com a arma mais poderosa do homem: a inteligência. É preciso trazer estabilidade política, social, às regiões mais conturbadas do planeta. Para isso, em vez de se pulverizar bilhões de dólares em guerras idiotas, pode-se doar escolas, hospitais, centros de lazer, esporte e cultura, às comunidades mais problemáticas.
A desumanização do "terrorista", parecida ao que se faz aqui no Rio de Janeiro com o "traficante", é a raíz do problema. Revela a inconsistência da estratégia da luta contra o terrorismo.
E, no entanto, se eu falar que só o amor pode vencer o terrorismo, muitos vão me ridicularizar, chamando-me de ingênuo, imbecil, pusilânime e até viado. É porque confundem amor com fraqueza. Não. O amor é, antes de tudo, força. Ações políticas ousadas, vigorosas, fortes, que visem o desarmamento, a estabilidade política, social e econômica, poderão mostrar aos jovens candidatos ao terrorismo que o mundo moderno, com seus campos agrícolas, suas indústrias, seus aviões e computadores, também tem seu lado bom, também possui sensibilidade, e que existem outras formas de se mudar o mundo que não explodindo um ônibus cheios de crianças.
Meu falecido pai era um homem fechado, tímido, taciturno, com enorme dificuldade para mostrar sentimentos. Ele expressava seu amor por mim e por meu irmão servindo-nos deliciosos lanchinhos. É por aí. Os Estados deveriam combater o terrorismo com ações políticas afirmativas, construtivas, e não destruindo estações de tratamento de água e esgoto, como fazem no Iraque e na Palestina.
Tanta brutalidade estéril só faz escancarar mais e mais as portas do inferno. É preciso interromper imediatamente esses banhos de sangue, evitando mais sofrimento inútil para a humanidade. Já somos vítimas de tantas desgraças naturais, como câncer, aids, terremotos, furacões, e pitboys da barra, não precisamos que o Tio Sam crie corvos no oriente médio que, um dia, poderão voar até nossas maravilhosas praias, trazendo pequenas e terríveis bombas radioativas.
3 de outubro de 2004
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O importante é que a esquerda ganhe espaço no país. E que o povo dê mais um passo na direção da educação política. Não adianta um presidente bom. É preciso que o prefeito seja honesto e competente para que o desenvolvimento real chegue ao cidadão, sobretudo às comunidades carentes.
A figura de Lula sairá muito fortalecida após essas eleições, o que já era esperado. O grau de surpresa será dado pela oposição. Quem vai crescer mais? PSDB? E que tipo de PSDB? Serão bons administradores? A história dirá.
Enquanto isso, o povo espera nas filas, desconfiado, atento, alegre e pronto a mudar de opinião de acordo com os ditames de sua consciência. O povo sabe entender contradições. Quem não sabe é o intelectual. Ou alguns dentre eles.
Viva a democracia!
1 de outubro de 2004
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www.novae.inf.br
28 de setembro de 2004
2 comentarios
Uma bela bunda
Por Paulo Delgado*
Um dia vinha descendo devagar a Marquês de São Vicente, num dia frio e cinzento de inverno. Uma menina morena, cabelos encaracolados, não muito alta, faz sinal. Ligo a seta para a direita e paro bem junto a ela. Carregava uma bolsa muito bonita de couro e segurava, em sua mão direita, um livro. Me diz que queria ir para o Posto Seis, ali no final de Copacabana. Mas que fôssemos pela praia.
Realmente, fazia frio naquele dia, porque a praia estava vazia. Não trocamos uma palavra sequer durante a viagem. A menina permanecia lendo atentamente o livro que carregava. Paro num sinal e dou uma ligeira olhada pelo retrovisor. Ela era realmente bonita. Seus belos olhos contrastavam com a cor da sua pele. Deveria ter uns vinte anos no máximo. O sinal abriu, arranquei com o carro e nem uma palavra.
Mas eu estava mesmo curioso para saber que livro ela estava lendo! Ali naquela posição eu não poderia saber, tampouco iria perguntar, atrapalhando sua leitura.
Quando chegamos, na hora em que me virei para receber pela corrida, aproveitei e pude ver, fechado sobre sua perna, o título do livro: O Açougueiro. Pena que não pude saber quem era o autor. Então, enquanto lhe dava o troco, perguntei se realmente gostava de ler. Dando um ligeiro sorriso, disse que gostava muito. Perguntei se já tinha ouvido falar de um motorista de táxi que havia lançado um livro. Ela disse que sim e que havia me visto na revista. Antes que saísse do carro, puxei um dos exemplares do meu livro, que sempre trazia guardado no porta-luvas e lhe dei um de presente.
- Pra mim? Disse olhando firme em meus olhos.
- Eu geralmente vendo, mas, como você disse que gostava muito de ler, é um presente do autor.
Segurou meu livro junto ao que lia. Saiu do táxi, agradeceu, sem nem olhar pra trás. Fiquei ali, parado alguns segundos, admirando aquela bela bunda.
* Paulo Delgado nasceu em 12 de março de 1952 no bairro de Botafogo, e foi criado em Vila Isabel. É taxista há 23 anos, mas não perdeu sua sensibilidade. Pelo contrário. Segundo suas palavras, seu trabalho tem sido a matéria-prima de sua literatura. Lançou seu primeiro livro, “Via Taxi” em 1989. O conto “Uma bela bunda” pertence a seu segundo livro, “Delírios de um taxista”. Para adquirir um dos livros do autor ou entrar em contato com ele, seus tels são: (21) 2204-0108 / (21) 9807-9493
25 de setembro de 2004
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23 de setembro de 2004
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22 de setembro de 2004
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Em tempo, Noll contou que está publicando, quinzenalmente, um conto no jornal Correio Braziliense.
21 de setembro de 2004
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Esta semana, o Centro Carter refutou a acusação de que a auditoria feita após o referendo (requerida pela própria oposição) teve falhas. Atitude ridícula de uma oposição desmoralizada, pois se recusou a participar da auditoria que ela mesmo pediu. Hoje, saiu no Venezuela Analysis.com um artigo bastante elucidativo sobre as últimas e inconsistentes acusações da oposição venezuelana. A Coordenadora Democrática já implodiu, perdeu totalmente o apoio das bases, agora o problema são esses articulistas descabeçados, descontrolados, alucinados com teorias conspirativas que envolvem as organizações que eram, inclusive, fortemente aliadas suas até pouco antes. Acho que esse pessoal nunca jogou bola ou coisa parecida na infância. Nunca aprenderam a perder. Foram sempre garotos mimados que sempre ganharam, ganharam, ganharam... e agora choram o pirulito que a revolução bolivariana, educadamente, democraticamente, lhe arrancou das mãos.
20 de setembro de 2004
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O Bush será reeleito, tudo bem, mas isso será importante para que as contradições se agudizem nos EUA e no mundo, de maneira a provocar mudanças efetivas e profundas no médio prazo. A história é assim, dizia Hegel, funciona através de movimentos dialéticos onde as situações geram suas sombras, e as sombras geram a luz.
19 de setembro de 2004
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Entretanto, vejo como, inclusive, a imprensa venezuelana é importante no sentido de acelerar a derrocada da oposição golpista. Estão tentando a tática nazista de repetirem tanto a palavra fraude que a mentira acabe virando verdade. A diferença era que os nazistas tinham o poder, e monopolizavam a informação. A classe média venezuelana, na verdade a única que lê o Universal, vai começar a fugir ao controle e perceber que o projeto bolivariano não é negativo para ela. Pelo contrário, com o desenvolvimento econômico e social do país, a classe média será beneficiada porque poderá viver num país com mais justiça social. O problema ideológico das elites venezuelanas é que elas não querem que seu país se desenvolva com soberania, elas acreditam que o destino colonial foi estabelecido por Deus e que Chávez é o diabo por querer romper com esse dogma. Querem um país com uma elite branquinha, européia, culta, como uma aristocracia francesa ou russa pré-revolução, e acham que o povo vai aceitar esse estado de coisas. Acabaram de ver que não é bem assim. O referendo do dia 15 foi a tomada da Bastilha, e as coisas nunca voltarão a ser as mesmas na Venezuela.
17 de setembro de 2004
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Cerveja é muito bom pra ficar pensando melhor
Tá legal, beber uma cerveja antes do almoço é ótimo pra ficar pensando melhor, mas pra dançar & paquerar o melhor é deixar a gelada pra depois do jantar, de preferência no sábadão, lá no circo, onde vai rolar o show do nação zumbi. Sendo que um macete pra economizar dindin é passar antes no arco-íris, aquele barzinho com mesas na calçada da mem de sá, e dar uma calibrada antes. A “Lokal” que eles estão vendendo por dois mirréis inté que não é ruim não, e as outras marcas também tão num preço bão. Isso tudo porque no circo, a latinha é três pila, mas enfim essas são preocupações de bebedor compulsivo e duro e esse não é o seu caso, né?
E não quero nem falar do nação zumbi agora, depois eu falo, porque acho mais importante dar duas dicas para quem vai ao show. Uma é unissex: compra antecipado meu, ou senão chega antes, porque aquilo lá tá bombando e fica a maior fila na porta. Outra é para as gatas: toma cuidado com a cerveja lá dentro porque, apesar dos toaletes serem novos e limpos, fica uma fila de duzentas muié querendo fazer xixi. Ô meu, não sei como essas mina não fazem uma revolução pros cara botarem uma penca de banheiro pra elas poderem exercer livremente o seu direito de mijar. Na vera, na vera mémo? Eu vi um princípio de rebelião no show que eu fui, lá no circo, do cordel do fogo encantado, há umas semanas pra trás. As mulheres, auxiliadas por alguns namorados fortões, apropriaram-se revolucionariamente de um terço do banheiro masculino. Por isso, meninas, acho bom se aliviar bem antes pra não enfrentar esse tipo de situação.
E agora, vamos ao que interessa. Pô, falar o quê? Nação é banda do chico science, mérmão, quer mais? E foi lá, no circo, que o chico fez seu último show. A morte dele, em fevereiro de 97 foi uma das maiores sacanagens que deus fez com o brasil (e ainda dizem que Ele é brasileiro). O carro derrapou na br 101 perto de recife e inclusive no dia primeiro do mês corrente (set/04) a justiça ordenou que a fiat pague dez milhões de reais (isso mesmo) à família do chico (ou seja, à mãe dele) porque o cinto tava podre e carro (novinho) tava bichado. A velhinha disse que assim que receber o dinheiro vai guardar uma parte para ajudar na criação da filhinha do chico, que tá com treze anos, e com a outra vai montar uma casa de cultura para crianças carentes, que era o sonho do roqueiro.
O movimento manguebeat, é natural, foi profundamente abalado pela morte precoce de seu líder maior, mas história é história e o elvis morreu e o rock continuou. O nação zumbi, juntamente com outras bandas de pernambuco, estão aí para provar que o mangue ainda está cheio de “caranguejos com cérebro”. Além disso, o atual vocalista do nação, o jorge du peixe, tem uma voz aveludada grave que talvez seja ainda mais bonita que a do chico. Aliás, na época do chico, o jorge já cantava e compunha algumas letras e músicas, por exemplo aquela “quando a maré encher” é dele.
Finalizando, acho que vale citar um trecho do manifesto manguebeat, escrito por fred zero 4 e que dá uma certa idéia da amplidão de pensamento dessa rapaziada gente boa de recife que vem mais uma vez curtir o carinho e a admiração do povo carioca:
“Os mangueboys e manguegirls são indivíduos interessados em quadrinhos, tv interativa, anti-psiquiatria, Bezerra da Silva, Hip Hop, midiotia, artismo, música de rua, John Coltrane, acaso, sexo não virtual, conflitos étnicos e todos avanços da química aplicada no terreno da alteração e expansão da consciência”.
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16 de setembro de 2004
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"saudacoes miguel, priscila e redacao, aos domingos, de 16 as 20 estou tocando com uma rapaziada no centro, rua do senado 206, na quadra do bloco carnavalesco boemios da senado. a ideia eh fazer do lugar um point de choro e samba de raiz, com informalidade, preco acessivel, e qualidade musical. por enquanto nao cobramos couvert nem consumacao minima. cerveja gelada 2,30 antartica 2,50 skol. a expectativa eh de que ate o verao o espaco esteja consolidado e ai pensaremos alguma forma de sermos remunerados. o arteepolitica podia entrar como parceiro neste momento atual, divulgando, marcando prresenca,outros projetos etc.aguardo contato. obs nao consigo falar com vcs pelo telefone.
saudacoes, com entusiasmo, guilherme"
Outra novidade, devo estar estreando uma coluna no site caindonanoite.com, sobre... noite! Ontem eu escrevi a minha primeira coluna, e me deu um prazer danado fazer isso. Segue o começo da coluna.
"Cerveja é muito bom pra ficar pensando melhor
Por Miguel do Rosário
Tá legal, beber uma cerveja antes do almoço é ótimo pra ficar pensando melhor, mas pra dançar & paquerar o melhor é deixar a gelada pra depois do jantar, de preferência no sábadão, lá no circo, onde vai rolar o show do nação zumbi. Sendo que um macete pra economizar dindin é passar antes no arco-íris, aquele barzinho com mesas na calçada da mem de sá, e dar uma calibrada antes. A “Lokal” que eles estão vendendo por dois mirréis inté que não é ruim não, e as outras marcas também tão num preço bão. Isso tudo porque no circo, a latinha é três pila, mas enfim essas são preocupações de bebedor compulsivo e duro e esse não é o seu caso, né?"
(veja a íntegra no site caindonanoite.com, dentro de algumas horas)
13 de setembro de 2004
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Neste domingo, fomos de van, nós e primos e tias, à Juiz de Fora, participar de uma comemoração do aniversário de 91 anos de minha avó Zilda.
8 de setembro de 2004
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E o que é imprensa independente? Acho que isso significa jornalista independente, ou seja, dono do próprio nariz. Para isso, é preciso mudar o status quo do jornalista brasileiro de hoje. Nunca o jornalista foi tão desrespeitado pelas classes patronais. Sofrem demissões em massa, recebem salários de fome, não tem horas extras respeitadas. Trata-se de uma classe profissional que ainda não se sente como tal.
Eu mesmo entrei numa furada monumental esse ano. Fui contratado informalmente por um dono de site de política. Minha tarefa era incluir cinquenta notícias por semana além de escrever uma coluna semanal. Estava numa fase meio desesperada e aceitei um salário infame: 350 reais por mês. O cara começou a atrasar o meu salário um mês, dois meses, três meses. Sempre que eu começava a me enfezar, ele me ligava e dizia para que eu não me preocupasse, que nunca havia pensado em me dar o cano. Pois bem, ele esperou que eu estourasse, e quando isso aconteceu ele simplesmente disse que eu era um otário, um grosso, e tchau. Tomei um cano de mais de 800 reais. Tudo bem, vivendo e aprendendo. Mas se houvesse alguma entidade mais forte que pudesse me auxiliar, eu poderia ter me defendido, ou ele teria pensado duas vezes antes de fazer isso.
Então porque os jornalistas não querem o Conselho Federal de Jornalismo? Na realidade, há uma divisão de classe. Os jornalistas ricos e os jornalistas pobres. Os ricos não estão nem aí para sindicatos e não querem mudanças no status quo. Por outro lado, os pobres estão tão desorganizados e alienados por faculdades ruins e falta de tempo para estudos mais profundos, tão fragilizados diante de seus patrões, tão inseguros em relação a seus empregos, que não se arriscam nem a formar uma opinião independente que possa colocá-los numa posição de risco perante os chefes. Por isso, concordo com a revolta de Lula, ao chamá-los de "covardes". Aliás, aquilo foi uma deslealdade. Provocaram o presidente a um bate papo informal, induziram-no a dar sua opinião e depois usaram suas palavras para agradar seus patrões da Folha, Estadão e Globo, que se deliciam sempre que Lula comete uma gafe. Resultado, agora até aquele palhaço do Larry Rother usou a frase de Lula em seu artigo para o NYTimes. Mais um de seus artigos, diga-se de passagem, que constituem uma excelente aula de anti-jornalismo, com um viés tendencioso que faria corar até o passional Carlos Lacerda!
Talvez esse Conselho seja interessante sim, se implicar na melhoria das condições profissionais dos jornalistas, se for um meio de protegê-los dos donos de jornais.
Só sei que eu estou bem desiludido com a profissão de jornalismo. Tenho meus macetes para ganhar uns trocados mas me sentiria muito feliz se houvesse um ambiente mais propício ao desenvolvimento de um jornalismo plural, inteligente e livre.
É muito fácil pregar a liberdade de imprensa quando a mesma está em mãos de cinco ou seis famílias. Que liberdade é essa? Liberdade para o dono do jornal, isso sim.
7 de setembro de 2004
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http://www.novae.inf.br/pensadores/politica_arte.htm
http://www.nova-e.inf.br/brasilalimpo/sonhar_feliz.htm
http://www.novae.inf.br/pensadores/choque_realidade.htm
http://www.novae.inf.br/pensadores/nao_chore.htm
http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=277IMQ030
http://www.novaeconomia.inf.br/pensadores/canetas_da_oposicao.htm
http://nova-e.inf.br/pensadores/esquerda_otimista.htm
http://www.cidadania.org.br/conteudo.asp?conteudo_id=3302
http://www.economiabr.net/colunas/rosario/flores.html
http://www.novae.inf.br/pensadores/guerra_de_mentiras.htm
http://www.e-clipping.inf.br/brasilalimpo/lula_paradoxos.htm
http://www.novae.inf.br/manifestese/endurecer_sim.htm
6 de setembro de 2004
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Continuo trabalhando em meu romance, Parabelum, o qual pretendo terminar até o fim do ano. Ano que vem, com o romance em mãos, vou divulgá-lo no A&P, naturalmente, e em outros sites amigos. Quero fazer produção independente, visto que agora estou, delirantemente, mergulhando de cabeça na literatura.
Esse ano eu trabalhei alguns meses num site de política, mas pulei fora à tempo, depois de levar um cano federal de 800 pratas.
2 de setembro de 2004
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Para acompanhar a situação na Venezuela, seguem os links mais interessantes que encontrei nessas últimas semanas de pesquisa.
Da oposição:
El Universal
El Nacional
Analitica
Da revolução
Venezuela Analysis
Rebelión
Governo
De resto, estou lendo um livro do Henry Miller muito bom. Black Spring. É, é em inglês, eu não estou entendendo quase nada, mas o pouco que chega na cachola dá pra sentir que é coisa fina.
15 de agosto de 2004
1 comentário
Tenho pesquisado muito na internet e acho que um dos melhores meios de informação sobre Chávez é a Agência Carta Maior, que conta com um time de primeira na análise da situação de nosso país vizinho.
14 de agosto de 2004
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