O caso Dantas elevou a temperatura política e intensificou o debate. Para a blogosfera, tem sido um prato cheio. Talvez estejamos, inclusive, num ponto de virada. Até o momento, a blogosfera tem ficado a reboque da mídia corporativa. Influencia, mas não determina. Sugere, denuncia, mas quem dá a palavra final ainda são editoriais de Folha, Estadão e Globo. As coisas podem ser diferentes agora. A velocidade com que surgiram abaixo-assinados, paginas no Orkut e agendas de protesto pode converter o caso Dantas no primeiro importante momento político do país em que a sociedade mobiliza-se, em grande escala, a partir exclusivamente de opiniões trocadas na web.
Irônico notar que o próprio lacerdismo midiático, tão cultuado nos últimos anos, fugiu ao controle de seus criadores. A principal crítica às operações da Polícia Federal concentram-se numa suposta agressão à "imagem" dos acusados. Desde quando nossos valorosos editorialistas preocupam-se com isso? Os milhões de leitores e espectadores, acostumados ao clima de exposição circense e pré-julgamentos, voltam-se com a mesma gana para os "banqueiros" ladrões, contra os quais há muito mais provas do que em outros casos.
O grave, no entanto, é ver jornais como a Folha de São Paulo iniciando um verdadeiro ataque às instituições, à Polícia Federal e à Justiça. No domingo, a Folha procura desmoralizar o relatório do delegado responsável por conta de insignificantes erros de grafia. É vergonhoso. Hoje a Folha volta com outras estratégias torpes, como editorializar a seção de Cartas, dando destaque as que aplaudem o criminoso golpe dado por Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal, que atropelou instâncias inferiores e deu hábeas corpus a um empresário que, está provado, tentou subornar um policial federal com 1 milhão de dólares. Outra estratégia é confundir a opinião pública com entrevistas direcionadas e matérias tendenciosas. A discussão em torno do uso de algemas é lateral. Não pode ser usada para desmoralizar o trabalho de policiais e juízes.
A mídia eleva artificialmente o clamor contra o uso de grampos, por exemplo. Querem garrotear a principal ferramenta da polícia para coibir os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro? Os grampos são autorizados pela Justiça e, se estão dando resultados, porque criticá-los? Se há excessos, não é da PF, e sim de empresários e políticos que agem descaradamente para beneficiar a si mesmos em detrimento do país.
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Se você quiser participar, assine petição abaixo, pedindo a saída de Gilmar Mendes do STF:
http://www.petitiononline.com/w267x65/
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O Idelber continua fazendo uma excelente cobertura do caso Dantas.
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Em São Paulo, prepara-se grande manifestação contra Gilmar Mendes:
http://edu.guim.blog.uol.com.br/
14 de julho de 2008
As cartas estão na mesa
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# Escrito por
Miguel do Rosário
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segunda-feira, julho 14, 2008
# Etichette: Artigo, blogosfera, Política
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Do Paulo Henrique Amorim.
- Avisa ao Daniel que tenho uma matéria de encomenda para ele, diz Andréa Michael, repórter de Folha (da Tarde *) em Brasilia.
- Tá, vou avisar, diz Guiga, Guilherme Henrique Sodré Martins, membro do triunvirato (*2) do círculo íntimo de Daniel Dantas, e amigo pessoal do governador Jacques Wagner, da Bahia.
- Aproveita e pergunta pra ele o que ele vai fazer com o dinheiro que ele vai receber da Brasil Telecom e da Telemar, diz Andréa Michael, repórter da Folha (da Tarde*) em Brasília.
. Guiga diz a Dantas que Andrea Michael, repórter da Folha (da Tarde *) em Brasília acabou de escrever uma matéria “sob encomenda” para ele.
. E conta que ela perguntou o que ele vai fazer com o US$ 1 bilhão do cala-a-boca que a Telemar e a Brasil Telecom vão pagar a ele, com dinheiro do BNDES.
. Dantas cai na gargalhada. Ri, ri e diz:
- Diz pra ela que eu vou comprar ações da Telemar.
. E riu, riu muito ...
. Como diz o Mino Carta, a degradação da imprensa nativa ainda não chegou ao fundo do poço.
. Ainda vai descer mais.
Mídia brasileira e Dantas, tudo a ver.
Desde 3 de julho estou de férias, offline, na área rural de uma pequena cidade maranhense e por isso somente hoje fiquei sabendo que a PF pôs as mãos em Dantas, tendo sido solto por Gilmar Mendes, este plantado no Estado por Collor.
A PF prendeu de novo Dantas e Mendes soltou de novo o "amiguinho".
Isto beira o surrealismo.
Como pode isso?
Se derrubamos Collor, porque não podemos derrubar Mendes? Retornando para Goiânia, em agosto, quero participar das manifestações pelo impeachment de Mendes.
PHA foi profético quando em 2 de julho indagou o motivo pelo qual Dantas pediu habeas corpus ao STF. Aqui o link http://www.paulohenriqueamorim.com.br/forum/Post.aspx?id=338
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