O texto da dona vai abaixo:
Tudo errado.
O maravilhoso ciclista do Iberê Camargo NÃO MERECE APADRINHAR este ócio metido a 'ético' e inteligentissimo, aí, do "Óleo do Diabo". Aí, hoje, é só papim metido a 'culto' e 'inteligentíssimo'.
Uma coisa é o ócio para criar. Outra, muito diferente, o ócio para requentar idéias-feitas. Nos casos de ócio pra criar, recomendo sempre mais ócio. Mas nos casos de ócio prá requentar idéias-feitas, eu sempre recomendo um alqueire de cana pra cortar, ou um tanque de roupa pra lavar, que dão excelente resultado -- e ajudam a fazer avançar o mundo.
É claro que o xis da questão NÃO É a falta de respeito. Não faltaria mais nada, em matéria de patético, do que eu-euzinha pôr-me a reinvindicar algum respeito. Não dou nem reinvindico 'respeitos' moralistas burgueses. Quamdo reivindico, reivindico amor, ou reivindico paixão ou cobro alguma espécie de festa com alguma grandeza humana. Não dando certo, eu puxo o meu carro e vou cantar nôtra freguesia. "Respeito", definitivamente, não me engana: é tudo golpe [risos, risos].
É claro, também, que é INDISPENSÁVEL fazer cantar o pau no lombo do jornalismo e dos jornalistas. São o jornalismo e os jornalistas que implantam, no mundo, tooooooooooooooooooooooooooooooooooodo esse conversê da 'ética' sem política de democratização, da 'ética', afinal, de DES-democratização e de aburguesamento do mundo.
A luta social pode ser uma luta em armas e pode ser uma luta EM DISCURSOS. A imprensa liberal ideal deveria existir para que a luta pudesse travar-se EM DISCURSO e dispensasse as armas.
A impresna liberal JAMAIS EXISTIU no mundo real. A imprensa SEMPRE deu voz à grana e jamais deu voz aos pobres. Isso eu sei há muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito tempo. Mas, se precisasse de prova, aí estaria o "Óleo do Diabo", em vilegiatura de bicicleta pelo Rio de Janeiro... a ensinar 'respeito' e, simultaneamente, a ensinar a NÃO-VER o trágico ciclista do Iberê (que nada tem de "pueril". Que negócio é esse?!). Quem precisa desse, papim de DES-jornalismo, sô?!
TEM GENTE QUE NÃO GOSTA DA GENTE,E TALVEZ,NUNCA GOSTARÁ!
E nunca gostará da roupa da gente,do que se pensa e se escreve,e tudo o que venha de nós, por vários motivos, que até eles nem sabem.
Azar o deles.
Vai ter gente que gosta!
Eu gosto do que tu escreves.
Abraço
Miguel, tem gente que não suporta "concorrência" e tem gente que vive (?) em São Paulo e morre de inveja de um passeio de bicicleta pela cidade mais linda do mundo. Tem gente amarga, frustrada, que não é capaz nem de elaborar uma crítica construtiva, só destila fel e despeito.
Nesse caso aí nem vale a pena tentar dialogar - sei, por experiência própria, que desse mato só sai monólogo. Redundante e incoerente.
grande abraço
Olá, prezado Miguel do Rosário.
Por falar em des-jornalismo, estou super-preocupado com a guerra civil na Bolívia.
O mesmo ódio mesquinho está apoiando a direita nazista que quer depor o Evo Morales: a grande mídia latino-americana está toda contra ele.
Meu, o que você está achando?
Abraço!
Olá Miguel, se você tiver paciência leia esse comentário que saiu hoje no Nassif. Achei muito bom. Sobre cinismos e cínicos.
As elipses por trás dos fatos
Por João Vergílio
1. Finalmente, hoje, a Folha de são Paulo volta a abrir espaço, na página dois, para que um dos artigos assinados toquem no assunto proibido: a operação Satiagraha. O autor é o chefe da sucursal do Rio de Janeiro, Plínio Fraga, e o título dá ao artigo o tom de uma declaração à praça: "A Quem Interessar Possa". Não se menciona ali a PF, nem a Abin, nem Daniel Dantas, mas é sobre a operação que o artigo está falando, num tom indireto, camuflado, alusivo. A resenha de uma resenha de um livro de ciência política dá ao sr. Plínio Fraga a oportunidade de desenvolver o seu mote: não se pode falar da moralidade como força política, pois esta se define pelo embate de interesses, e não pelo embate de idéias. Uma idéia só ganha o estatuto de força política quando é articulada a algum grupo de interesse que a defenda. E daí? E daí, que "aqueles hoje cansados de processos eleitorais viciados pela predominância dos financiadores de campanhas" (e cansados, portanto, de Daniel Dantas e dos jornalistas que o defendem na imprensa) deveriam refletir, segundo o sr. Plínio Fraga, a respeito disso, e perceber que, longe de se opor a essa tese, eles deveriam CONCORDAR com ela. A proibição de falar de corda em casa de enforcado impede o jornalista de nos explicar por quê. Fecha o artigo como o iniciou: críptico, fechado em copas. Já que o autor não nos diz exatamente o que pensa, tratemos de descobrir, utilizando as pistas que ele nos deixou.
2. À primeira vista, diria o sr. Fraga, quem se opõe à banditização da classe política induzida pelo atual esquema de financiamento vê a política como uma arena neutra, na qual idéias são debatidas no vácuo. Aparentemente, portanto, seria um ingênuo incurável. Muito mais realistas seriam aqueles que aceitam esse tipo de ingerência como natural, e até mesmo benéfica. Estes últimos estariam à vontade, inclusive, para defender sem pudores um dos grupos de interesse em jogo, aliando-se a eles na imprensa, e torcendo os fatos até eles se ajustarem aos interesses que eles resolveram, por qualquer motivo, defender. Os "ingênuos", que acreditam na "força das idéias", se escandalizam apenas porque são vítimas, não exatamente da própria ingenuidade, mas de uma certa inconsciência constitutiva. Essas pessoas não conseguem perceber a inserção de suas "idéias puras" na arena dos interesses reais. Dão combate a Daniel Dantas, sem perceber que, na outra ponta, há um lobo com dentes tão afiados quanto os de Dantas, babando de vontade de ocupar o lugar que hoje é dele. Longe de ser "neutro", o pobre ingênuo é apenas o defensor inconsciente de interesses que ele desconhece, ou finge desconhecer.
3. Longe de discordar das premissas do jornalista, eu concordo plenamente com elas. A política é embate de interesses, e o sonho platônico de decisões políticas guiadas exclusivamente pelo uso da razão é uma quimera. Em última instância, tudo que nos resta fazer é contar os votos. Ou pegar em armas, quando até mesmo as urnas tiverem se transformado numa quimera. No entanto, e este é o ponto fundamental, numa sociedade democrática, a imprensa à qual o sr. Fraga (e, digamos claramente, o sr. Frias) pertence teria exatamente o papel de trazer à tona os interesses em jogo, e não camuflá-los, confundindo-se com um deles. Longe de justificar a atitude cínica que está tomando conta de boa parte dos jornalistas de hoje, o realismo político deveria obrigá-los a cumprir o seu papel de tornar visíveis os embates de interesse, identificando os seus atores. É só assim que o eleitor pode decidir a qual grupo de interesse interessa-lhe filiar-se - vendo-os à luz do dia, expostos de maneira isenta nas páginas de um jornal.
4. A operação Satiagraha expôs os intestinos do Brasil. As cartas estão todas sobre a mesa. O establishment foi longe demais. Há os que aceitam a situação alegremente, sem culpas - estes não precisam arrotar um realismo tosco para justificar a postura que, para manter o próprio emprego, estão sendo obrigados a assumir. Metem o cala-boca na algibeira, e vão tomar o seu uísque. Os outros, são obrigados a ler o New Yorker com uma sensação incômoda na boca do estômago, percebendo que estão fazendo qualquer coisa no mundo, menos jornalismo digno desse nome. Tentam, então, articular um discurso justificatório que, no meio do caminho, descobre que deve se manter no nível das elipses para não se dissolver em contradições. Mesmo que fosse bem articulado, porém, eu, enquanto leitor, não precisaria me tornar ingênuo para recusá-lo. Enquanto contribuinte, o discurso que justifica a banditização da política não me interessa. Mas, se for o caso de entrar na arena das idéias, posso entrar, sem nenhum problema. As minhas podem ser todas confessadas, com todas as letras, até o fim. As do outro lado é que têm que ser arrancadas a fórceps. Ou, então, flagradas por uma escuta da Polícia Federal.
Abs, Vera
Oi gente. Pois é. Não vale a pena responder, até porque não entendi nada. A maneira de escrever dessa senhora é por demais complexa e inovadora para minha pobre compreensão.
Sueli, obrigado pela força. É por aí mesmo, né? Não dá para agradar a todo mundo. Ossos do ofício.
Alyda, que coisa, héin?
Roberto, sou um cara totalmente paz e amor, mas nesse caso, é demais. Esses nazistas tem que tomar cacetada. O Evo tem que responder com repressão violenta. Não tenho paciência para dedicar um segundo do meu pensamento para esses racistas. Meu desprezo por eles é tão profundo que é como se eles existissem em outra dimensão. Não tem o que elocubrar. É cacetada. Não são nenhum movimento social, nada. Apenas racistas e violentos e perigosos. O Evo tem que proteger sua população, 90% índia, dessas agressões terríveis contra não só os índios bolivianos, mas contra a humanidade. Se eu fosse ele, fazia uma denúncia à ONU e a OEA.
Vera, interessante o artigo. Fico sempre impressionado como é possível encontrar tesouros em comentários de leitores, às vezes bem mais inteligentes do que nos posts propriamente ditos. Obrigado pela atenção.
Miguel, essa tal de Caia é uma mala sem alça. Não sei como, entrou na minha lista de spams e, no começo, era só elogios ao que eu escrevia. De repente, não gostou de algo que escrevi defendendo o PT e aí começou a me atacar, como fez com você. Uma coisa raivosa, ridícula até (cheio de UUUUUUUUUUUs e OOOOOOOOOs também). Achei melhor deletar e banir da minha lista. Pessoas assim têm que ser ignoradas. Julgam-se as donas da verdade e aí de você se não concordar com elas! Te mandam literalmente para a Sibéria, igualzinho fazia o guru intelectual delas... Eu hein? Tô fora!
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