1 de julho de 2011

BNDES, a jóia da coroa


Acho que é extremamente saudável que o BNDES tenha virado alvo de ataques da mídia, porque só assim para este importante orgão do governo decidir-se, como fez a Petrobrás, adotar uma estratégia de comunicação ousada, compatível com a importância que ele tem para a economia brasileira.

Também resulta numa excelente oportunidade para que a sociedade examine com uma lupa as contas do banco. Entretanto, infelizmente, a maioria das pessoas o fará usando as lentes que a mídia lhe empresta. Cumpre à este blog (prometo nunca mais falar em "blogosfera", porque só posso responder, naturalmente, por mim mesmo) dar uma outra versão.

Eis que pela enésima vez, nos últimos anos, deparamo-nos com uma campanha de confusão deliberada.

Os 4 bilhões de reais que o BNDES aplicou na fusão do Pão de Açúcar com o grupo Carrefour vieram do BNDESPar, um braço da instituição que vem se dedicando justamente a esse tipo de operação, sobretudo a partir da gestão de Luciano Coutinho. Desde que Coutinho assumiu a presidência do BNDES, em 2007, o banco já investiu 42,6 bilhões de reais em compra de participações societárias em empresas das áreas de petróleo, telefonia, energia, mineração, celulose e frigoríficos.

Ou seja, o banco não deu dinheiro para o Abílio Diniz comprar o Carrefour. O banco comprou um naco da nova empresa que nasceu da fusão. E vai lucrar com isso. O gráfico acima mostra que esse tipo de operação vem gerando lucros extraordinários ao banco.

Você, contribuinte, portanto, não está perdendo dinheiro. Ao contrário, o BNDES e particularmente o BNDESPar tem proporcionado gordos lucros para o contribuinte, para o Estado e para o desenvolvimento nacional. Em 2010, último ano do governo Lula, o lucro líquido do banco foi de R$ 9,9 bilhões, contra R$ 550 milhões de reais em 2002, último ano do agora tão festejado presidente Fernando Henrique Cardoso; deixo para o leitor calcular o percentual de crescimento. O BNDESPar foi responsável por boa parte desse lucro.

As manifestações que tenho lido na imprensa, de que ao banco faltaria o uso do S de social, também não se coadunam com a realidade. O BNDES tem aumentado fortemente o investimento em micros e pequenas empresas.

Este é um tema perfeito para ilustramos como às vezes são tolos esses dilemas sobre a conveniência moral e política de defender ou não o governo. Temos que checar os dados. Se esses mostrassem que o banco tem reduzido os investimentos em infra-estrutura (que é o lado mais social do banco) e restringido o crédito aos pequenos, aí sim, teríamos toda a razão de atacar a falta de sentido social da instituição. Não é o que ocorre.

Em 2010, o BNDES realizou 610 mil operações de crédito, 56% a mais do que no ano anterior. Este aumento deu-se obviamente pela maior inclusão de micro e pequenas empresas na carteira de crédito do banco. Dessas operações, 93% (568 mil) destinaram-se a micro, pequenas e médias empresas e pessoas físicas. O BNDES está usando os lucros que obtém com operações como a de compra de ações do novo Pão de Açúcar para pulverizar o crédito do banco para um número maior de empresas e cidadãos.

Os financiamentos às micro, pequenas e médias empresas somaram R$ 46 bilhões em 2010, quase o dobro do ano anterior, e infinitamente mais do que o governo Fernando Henrique fez durante os oito anos.

Ao ler as críticas ácidas que os colunistas da grande imprensa têm feito à operação do BNDES, também não posso deixar de pensar no apoio entusiástico (ou silêncio conivente) que os mesmos colunistas e os mesmos jornais deram às operações de empréstimo do BNDES para que grupos privados (em alguns casos com forte participação estrangeira) comprassem - a preço de banana - as empresas mais importantes do Estado brasileiro, a saber, a Vale do Rio Doce e a Telebrás.

Em meados do ano passado, houve uma briga entre consultoras para avaliar o valor de mercado da Vale: umas diziam que era de R$ 254,9 bilhões, outras um pouco menos, outras um pouco mais. Pois bem, a Vale foi privatizada por US$ 3,3 bilhões...

Naquele tempo, o BNDES não recebia nenhuma crítica da imprensa...

Quanto ao receio de concentração de mercado, creio que é um receio legítimo e que o CADE deve examinar a operação atentamente. Eu jamais faço compras no Pão de Açúcar ou Carrefour e há dezenas de supermercados diferentes perto de minha casa. Em minha vizinhança não haverá nenhuma concentração em mãos do novo grupo criado. Gostaria de saber em que regiões do Brasil as pessoas ficarão dependentes de comprar somente nos mercados de Abílio Diniz. O que eu vejo em toda parte, e já vi estatísticas disso também, é que ao mesmo tempo em que há um processo de concentração entre os super grandes, os pequenos e médios experimentam intensa expansão atualmente, por causa do aumento do poder aquisitivo das classes emergentes. O mercadinho local, que andava condenado, voltou a florescer.

Nem falei ainda do Cartão BNDES, voltado exclusivamente para pequenas empresas e pessoas físicas, e que sequer existia há alguns anos. Ele dá R$ 1 milhão a qualquer empresa ou indivíduo que apresente um plano de negócio decente e consiga (isso é o mais difícil) desvencilhar-se dos infinitos trâmites burocráticos e da ignorância e preconceito dos gerentes dos bancos conveniados.

Sei que essse post está parecendo uma peça de propaganda do BNDES, mas a grande ironia disso tudo é que eu nunca ganhei nem jamais ganharei nada do banco, enquanto a mídia que hoje calunia a instituição, e com isso naturalmente gera enorme prejuízo à empresa, recebe milhões de publicidade do BNDES, sem falar nos financiamentos milionários que, via indireta, acabam chegando no bolso dos barões da imprensa.

O mínimo que se esperaria, no entanto, é que o BNDES fizesse um blog aos moldes do blog da Petrobrás, e respondesse à altura de sua importância e dignidade. A instituição hoje é um dos principais pilares da economia nacional, e mesmo sul-americana, na medida em que tem sido grande financiadora de obras de vulto em todos os nossos vizinhos. As colossais obras de infra-estrutura que devem transformar o país nos próximos anos serão feitas, em boa parte, com dinheiro do BNDES. É natural que o banco, como qualquer outro banco, invista em operações que gerem lucro para a instituição, até para permitir que ela aumente o número de procedimentos que resultam em lucros menores e tem retorno mais lento, como são as aplicações em micro e pequenas empresas.

57 comentarios

jozahfa disse...

"Se estes mostrasse": Se 'esses' (eles, os dados, vêm antes; se viessem depois, antes, usaríamos 'estes', isto é, estes dados, etc...) mostrassem (plural)

"os colunistas da grande imprensa tem feito": os colunistas têm, plural; são uma corja!

Evoé!

José Marcio disse...

Quem dera que os empregados do BNDES, em sua maioria, tivesse a mesma opinião e conhecimento que você tem. Não pensas em fazer concurso pro banco? Infelizmente quando me aposentei a galerinha que estava entrando, apesar de muito bem preparada, tem uma visão direitista incompatível, na minha opinião, com o perfil de um banco estatal de desenvolvimento. Mas a culpa é da direção do banco que não avalia corretamente os candidatos através da prova de admissão. Cheguei a ver o Lessa falar sobre mudar o perfil dos concursos (uma forma de selecionar uma galera mais "Roberto" e menos "Mario Henrique" Simonsen), mas eu acho que ficou só na ideia.
PS: eu acho que o verbo ter tanto na terceira pessoa do singular quanto do plural não tem mais acentuação gráfica. Mas não tenho certeza. Algumas pessoas tem.

Miguel do Rosário disse...

Valeu Josa.

Oi Marcio, pára de tentar me arrumar emprego! Rs. Abraço.

Anônimo disse...

Porque a Dilma não convoca Rede Nacional de Rádio e TV não apenas para explicar tudo isso que você explicou, como também, para desmontar a farsa do PIG? Porque tanta lerdeza, inércia, comodismo... e soberba ao lidar com os golpistas?

Leonardo Scalercio

Anônimo disse...

Acho que se a presidenta não quer - pelo menos por enquanto - fazer uma ley de medios, ela deveria - minimamente uma vez por semana - fazer uma convocação de rádio e tv para mostrar o que tem feito para o país e como o bem estar deste povo está ligado ao seu governo e ao de Lula, e não como se fosse algo "natural", "implantado" pelo sociólogo que quebrou o país tres vezes e gerou o maior arrocho, desemprego e crime lesa-pátria da nossa história? Vai, Presidenta! Vamos para a TV! Explica para o povo, aproxima este de ti ainda mais, pois o golpe é diuturno, companheira!

Leonardo Scalercio

Miguel do Rosário disse...

Scalercio, com certeza a comunicação precisa ser melhorada, e um diálogo na TV regular é uma ótima ideia. Imagino, porém, que ela tem trezentas mil outras preocupações na cabeça. Uma coisa de cada vez. Abs.

Adriano Matos disse...

Oi Miguel!

Seus argumentos esclarecem muito sobre o estado do BNDES atualmente.

O principal, como vc disse, é que se continue aumentando os investimentos em infra-estrutura e em crédito às micro e medias empresas.

Agora, qual o sentido estratégico de o estado se tornar sócio de uma rede de supermercados? Exceto para impedir a remessa de lucros pro exterior não vejo nenhum.

É estranho esse movimento estatizante, e capitalista ao mesmo tempo em vigor no país. Por um lado temos essa sociedade no setor de supermercados e por outro a delegação pra iniciativa privada da administração de portos e aeroportos.

Não estariam invertidas as áreas prioritárias para exploração econômica pelo estado na sociedade? Ainda acho que deve fazer sentido esses movimentos porque o Brasil continua um movimento ascendente mas sinceramente não entendo.

Abraços.

Miguel do Rosário disse...

Oi Adriano, vamos esclarecer as coisas. Quem está pensando em investir (ainda não se bateu o martelo) no grupo Pão de Açúcar e Carrefour não é exatamente o "Estado" brasileiro, e sim o BNDESPar, um fundo do BNDES que foi criado, como a própria sigla diz, para investir em participação societária em determinados ramos da economia nacional, com vistas a gerar lucros para o BNDES. Esse lucro, aí sim, poderá ser revertido para micro empresas e infra-estrutura social. O Estado não está tirando dinheiro de um setor prioritário para aplicar no Pão de Açúcar. Ao contrário, irá tirar dinheiro do Pão de Açúcar para aplicar em setores prioritários. Ao menos eu entendo assim.

O que rola é um preconceito contra a participação de um banco público num negócio lucrativo. Se o negócio é legal e esse tipo de operação tem gerado fortes lucros para o BNDES e portanto para o contribuinte brasileiro, acho que é válido. Só não será válido se houver entendimento que a concentração prejudicará o consumidor.

Adriano Matos disse...

Oi Miguel! Se o BNDESPar é um fundo do BNDES, banco de investimentos do estado brasileiro, o BNDESPar é estatal, correto? Logo, pode-se dizer que o estado brasileiro torna-se sócio de uma rede de supermercados.

O negócio parece ser sim, bastante lucrativo mas não é estratégico nem se enquadra nas áreas determinadas em lei como finalidade para ação do estado.

Nada tenho contra o estado lucrar mas nesse caso há dois poréns que devem ser analisados cuidadosamente: um, a hipótese de concentração do mercado, que pode ser danoso ao consumidor; dois, o impacto em demissões dos quadros dessas duas redes varejistas em se confirmando a fusão.

Para além disso, há a possibilidade de prejudicar a concorrência, as vendas e mercadinhos de bairro, e também um dia dando prejuízo o negócio, o estado ter que banca-lo sozinho ou ter que investir ainda mais.

Abraços.

Miguel do Rosário disse...

Adriano, essa não é a primeira operação do gênero. Há vários anos que o BNDES vem investindo em participação em empresas, não necessariamente estratégicas, mas que representem possibilidade de trazer lucros para o banco, e com isso valorizar o patrimônio público. E esse tipo de fusão não afeta as vendinhas regionais, que vem crescendo fortemente nos últimos anos ao mesmo tempo em que aumenta a concentração nos estratos superiores do comércio varejista. Talvez seja estratégico sim, para o BNDES, ter participação numa grande empresa de varejo, para lhe dar know how neste segmento que também é obviamente muito importante para a economia nacional, até para criar linhas de crédito e programas de fomento para que os produtos brasileiros industrializados possam conquistar nacos maiores nas prateleiras dos países desenvolvidos. Rola uma grande guerra capitalista no mundo, meu chapa, e o BNDES é nosso grande trunfo. Poucos países tem um banco assim. Quando mais ele souber melhor!

Anônimo disse...

Gostei. É parecido com o que penso.
Independente disso, gostei principalmente, do trecho: "prometo nunca mais falar em "blogosfera", porque só posso responder, naturalmente, por mim mesmo". Puta avanço, que gostaria que fosse seguido por outros blogueiros e também leitores. Eu próprio formo minha opinião lendo aqui e ali, tentando primeiro me informar e depois formar uma opinião. Um bloco hegemônico, mesmo que sob o rótulo de progressista, é danoso. Que viva o dissenso. Da discussão nasce a luz, não e mesmos? ab

Ernesto Alves disse...

Esse é o Blog dos bloqueiros pagos pelo governo ? Pergunto para entender. Toda vez que vejo post enfatizando as comparações com o governo FHC, quase 10 anos atrás, me leva a esse tipo de dúvida. Acredito que deve ter muita verdade no que disse sobre o BNDS, quero acreditar. Mas gostaria da sua opinião sobre esse post aqui http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2011/07/03/a-missao-heroica-do-bndes-390011.asp do Elio Gaspari. Abraços.

André disse...

Olá, Miguel.

Os dados apresentados foram retirados do site do BNDES? Gostaria de estudá-los, pois tenho interesse em estudar o BNDES.

Abraço,
André.

Miguel do Rosário disse...

Olá André, sim. Entre no link BNDES transparente, e verá todos os dados lá.

Miguel do Rosário disse...

Ernesto, eu vi esse texto do Gaspari no Globo e na Folha. Não diz nada, não apresenta dados, não desfaz a confusão reinante sobre o papel do BNDESPar. O BNDESPar investiu quase 50 bilhões nos últimos anos em operações semelhantes, e foram justamente essas operações que levaram o BNDES a ter lucros muito altos, para benefício do Estado brasileiro.

Outra coisa, Gaspari, referindo-se ao "comissariado" do BNDES (usando esse vocabulário antiesquerdista que tanto agrada ao leitor reacionário da mídia), fala que eles teriam alegado que a fusão ajudaria a inserção de produtos brasileiros no exterior. Depois cita Lessa, que apenas "duvida". Ora, parece que a imprensa não está cumprindo seu papel de ouvir alguém que tenha uma visão diferente, porque se a operação beneficiar, de fato, a inserção de produtos brasileiros nas prateleiras do Carrefour, uma das maiores redes do mundo, e eu acho que vai, por razões lógicas, então é um lado extremamente positivo da fusão, porque esta é a grande barreira que nos impede exportar um percentual maior de produtos manufaturados: o varejo dos países ricos é concentrado e fechado. Se criarmos uma brecha nessa muralha, poderemos ter ganhos muito grandes. Gostaria de saber mais sobre isso.

Quanto a ser pago pelo governo, isso já virou clichê de quem não tem argumento. Você sabe muito bem que isso não existe, e de qualquer forma, eu procuro aqui apenas apresentar dados e raciocínios baseados exclusivamente em fatos e estatísticas. E não sou dono da verdade. Estou aqui para discutir com vocês, e tenho muitas dúvidas sobre todos os temas, inclusive este.

Ernesto Alves disse...

Ok Miguel, obrigado pela resposta. Não estou acusando ninguém de nada, apenas quero saber e discutir sobre todas as óticas. Você responde com embasamento, isso é muito bom para quem procura ter a uma opinião melhor. Vamos acompanhar esse e outros assuntos para discutir, tentando ser imparcial, eu espero.
Pelo que entendi, você não é pago pelo governo, mas quer dizer que isso não existe ? É isso mesmo ?
Pode me ajudar a melhorar a minha impressão do governo me sugerindo alguns posts seus ou de colegas desse site com opiniões contrárias ao atual governo ?
Eu acredito que existe uma mídia denominada pelos governistas de PIG, mas será que também não tem uma PSG ? ;-) Forte abraço.

Miguel do Rosário disse...

Ernesto, só posso responder por meu blog. Sobre artigos contrários ao atual governo, ainda não tive oportunidade de fazê-los. Estou à espera de denúncias e argumentos consistentes para fazê-lo. Se quiser me ajudar, estou à disposição.

Abraço!

Ernesto Alves disse...

Miguel, desculpe, tenho que rir agora.
Não tem nenhuma denúncia consistente contra o governo ? Mais de oito anos e nenhuma denúncia com argumentos consistentes que despertasse a sua atenção ?
Então você concorda com tudo que o governo faz, e só faz posts quando é para defendê-lo ?
Poxa, Miguel, vou lhe ajudar então. Qual a sua opinião sobre o Palocci ? E sobre o sistema de saúde pública do Brasil ?
Olha, eu não sou 100% contra o governo, estou me esforçando para encontrar motivos para elogiar, a capa da Veja diz que a Dilma agiu contra o minitério dos transportes, que ela nomeou, achei positivo.
Para finalizar, você não é pago, eu acredito, mas não conhece nenhum blogueiro pago pelo governo ? Forte abraço !

Anônimo disse...

Ernesto, falo do governo dilma, não do lula. sobre blogueiro pago pelo governo, não conheço nenhum. se tem, eu não conheço.

a saúde pública brasileira é uma merda. repito isso o tempo todo em vários posts. eu deveria até criar um selo para deixar exposto no blog.

Miguel

Anônimo disse...

Algumas observações sobre o que você escreveu.

"...o banco não deu dinheiro para o Abílio Diniz comprar o Carrefour. O banco comprou um naco da nova empresa que nasceu da fusão..."

O banco não deu $, nem comprou naco nenhum,
porque a fusão simplesmente não ocorreu.

Quem estuda administração sabe que FUSÃO=DEMISSÃO. Isso é histórico.

Uma mega empresa como a que surgiria seria prejudicial para os pequeno produtores (que são os verdadeiros fornecedores dessas duas empresas) que ficariam ainda mais sem poder de negociação, tendo que assujeitar-se aos preços impostos. Também seria prejudicial para a livre
concorrência, onde novamente os pequenos mercados de bairro seriam engolidos por não poderem competir.

Quanto a VALE, passou de uma empresa deficitária e pouco lucrativa para uma empresa ágil e uma das mais lucrativa do Brasil depois da privatização. Me desculpe se você acha que a Vale foi vendida a preço de banana, mas muito investimento foi feito lá e estancou-se um ralo de $ público mal gerenciado.

Miguel do Rosário disse...

anonimo, exato, o banco ainda não comprou, a operação ainda não foi efetivada. o que eu quis dizer, obviamente, é que não será $ para abilio e sim compra de participação societária, assim como o bndes tem feito com inumeras outras empresas, cujos negocios são considerados lucrativos e há algum interesse estratégico (no caso do Carrefour, o interesse estratégico é abrir as portas da rede, uma das maiores do mundo, para produtos brasileiros).

A vale era deficitária porque o minério custava 15 dolares a tonelada na epoca em que foi vendida. Hoje custa mais de 120 dolares. Assim até eu podia ser presidente da vale que a faria dar lucro.

Miguel do Rosário disse...

Quanto a fusão = demissão, isso é besteira, sobretudo em se tratando de serviços de varejo num ambiente em expansão. pode haver demissão de algum executivo, mas isso ocorreria naturalmente, até porque a concentração nos altos estratos do varejo tem sido uma tendencia em todo mundo. não é porque o bndes está comprando um naco que não iria haver a fusão. a nova empresa terá menos de 15% do mercado nacional, isso não configura nenhum monopolio. os numeros tem mostrado um grande florescimento economico dos varejos locais, pequenos e medios. meu irmão acaba de abrir uma vendinha na periferia de rio bonito!

claudio rodrigues disse...

Caro Miguel,

Como de costume, excelentes considerações. As tentativas de desqualificação - anônimas em geral - indicam que você atingiu o âmago da questão e demonstrou, de maneira irrefutável,a utilidade pública da operação, ainda que esta seja privada.
Parabéns pela coragem desinteressada, pela luta permanente no esclarecimentos dos fatos tornados obscuros pela mídia e pela paciência em responder aos questionamentos ofensivos.

Ernesto Alves disse...

Miguel, não entendi, o Palocci foi afastado pela segunda vez em qual governo ?
Sobre a fusão, você defende com tanta eloquência e demonstra muito conhecimento, não deve ter mais dúvidas. Vou aguardar para ver.
Sobre a saúde, estamos em total acordo.
Lendo um texto seu aqui http://www.viomundo.com.br/politica/miguel-do-rosario-a-ultima-luta-contra-a-ditadura.html, fiquei curioso. O que é ser um blogueiro progressista de esquerda ?
Lendo aqui http://www.fazendomedia.com/miguel-do-rosario-responde-a-merval-o-inspetor-clouseau-do-jornal-%E2%80%9Co-globo%E2%80%9D/, não entendi bem se você é a favor ou contra que o governo pague para blogueiros postarem sobre o governo. Qual a sua opinião ? Abraços.

Anônimo disse...

Não sei porque você defende algo que é evidentemente prejudicial para o país, só porque o governo é do PT. Aposto que se a mesma operação estivesse sendo realizada por um governo do PSDB você estaria achando estatísticas e dados que fossem do seu interesse para meter o pau na negociação.

Eis um trecho do site http://www.movimentorevolucionario.org/nacional/demissoesfusoes.html

Publicada em 30/07/2009

"Num dia a fusão, no outro a demissão.

Concentração de empresas leva a demissões em massa. Só a Oi dispensou 1.178 após comprar a BrT."

outro trecho:

"Bradesco/IBI-C&A, Santander/Real, Itaú/Unibanco: muitos nomes, mas sempre a mesma promessa falsa e a mesma dura realidade nos bancos.

Cinco meses após o início da fusão das operações com o Banco Real, o Santander anunciou a demissão de cerca de 400 funcionários no grupo. O próprio Santander reconheceu que as demissões não têm relação com a crise, mas são resultado da fusão com o Real."

Tem um artigo interessante sobre os interesses na fusão Carrefour/Pão de Açúcar:

http://www.opovo.com.br/app/colunas/verticalsa/2011/06/30/noticiaverticalsa,2261681/demissao-e-efeito-colateral-de-fusoes.shtml

Quem menos se beneficiará (ou não se benificiará em nada) será o povo brasiliero.

Mais dados sobre FUSÃO = DEMISSÃO
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u531625.shtml

"Fusão entre laboratórios farmacêuticos pode resultar na demissão de 16 mil.

A fusão entre os laboratórios farmacêuticos Merck e Schering-Plough, anunciada nesta segunda-feira, pode resultar na demissão de 15% do quadro de funcionários para a formação da nova empresa, disse o executivo-chefe da Merck, Richard Clark."

COM ORGLHO DE SER ANÔNIMO E DEBATENDO COM OPINIÕES CONTRÁRIAS SIM, MAS SEM NENHUMA OFENSA.

Miguel do Rosário disse...

Oi Ernesto, sobre Palocci, escrevi vários posts, enormes. Procure aí nos arquivos. A pergunta sobre ser blogueiro progressista de esquerda, não ser responder. Pense por si mesmo e chegue a uma conclusão. Sobre governo pagar blogueiros, minha opinião é que poderia haver uma política de Estado (não de governo), para fomentar o surgimento de blogueiros profissionais, que iriam ter seu direito às cotas das verbas oficiais para internet, que hoje vão todas para o UOL.

anderson ferreira disse...

Olá Miguel. Andei fazendo alguns comentários entre amigos condenando a operação realizado pelo BNDES através do BNDESPAR, você fez uma análise econômica sobre a operação, e parece que é realmente rentável. Mas o que está em risco, é a quebra de um acordo do Abílio com os sócios franceses. Esse truque que o Abílio utilizou para se manter no controle do grupo, é um jogo sujo.
Se a operação fosse realizado com o consentimento do "CASINO", acho que mesmo assim haveria críticas, pela concentração do mercado, nas mãos de apenas 1 grupo.
E esse tão desejado benefício ao consumidor pode não vir, porque entre repassar redução nos custos, e aumentar as margens, todos iram optar pela margens.
Além de que com a Sinergia que vai ocorrer, já haverá uma redução de custos, que não será repassado ao consumidor.
Penso que o equilíbrio na cadeia produtiva pode ser afetado, porque um grupo terá muito peso nas negociações.
Mas como já disse, do ponto de vista econômico a operação é um grande negócio com o BNDES, mas se por ventura o negócio garantido pelo BNDES não for adiante, o Abílio pode conseguir parceiros privados, já que o negócio é muito bom.
Abraços e parabéns pelo BLOG

Miguel do Rosário disse...

Olá Anderson, imagino que se podem fazer várias considerações deste tipo. O mundo corporativo com certeza é cheio de joguinhos sujos. Mas o próprio BNDES já definiu que pula fora se não houver consenso entre os sócios. Abraços

Anônimo disse...

Perto de casa tem Extra e Carrefour. O Extra é muito melhor. Mais higiene, preços melhores, produtos confiáveis. Na negociação com fornecedores o Extra bate o Carrefour em ética e honestidade. No Extra, os funcionários são mais bem tratados. Não há comparação. Prefiro o Abílio e o Extra.

Ernesto Alves disse...

Miguel, achei os posts sobre o Palocci, vou responder neles. Estranho você não saber o que é uma definição que você se deu. Mas tudo bem, ficamos por isso mesmo. Sobre o governo pagar blogueiro, sou contra e se paga muito dinheiro para o UOL, eu desconheço, sou contra também ! Abraços.

Anônimo disse...

Não sei porque você defende algo que é evidentemente prejudicial para o país, só porque o governo é do PT. Aposto que se a mesma operação estivesse sendo realizada por um governo do PSDB você estaria achando estatísticas e dados que fossem do seu interesse para meter o pau na negociação.

Eis um trecho do site http://www.movimentorevolucionario.org/nacional/demissoesfusoes.html

Publicada em 30/07/2009

"Num dia a fusão, no outro a demissão.

Concentração de empresas leva a demissões em massa. Só a Oi dispensou 1.178 após comprar a BrT."

outro trecho:

"Bradesco/IBI-C&A, Santander/Real, Itaú/Unibanco: muitos nomes, mas sempre a mesma promessa falsa e a mesma dura realidade nos bancos.

Cinco meses após o início da fusão das operações com o Banco Real, o Santander anunciou a demissão de cerca de 400 funcionários no grupo. O próprio Santander reconheceu que as demissões não têm relação com a crise, mas são resultado da fusão com o Real."

Tem um artigo interessante sobre os interesses na fusão Carrefour/Pão de Açúcar:

http://www.opovo.com.br/app/colunas/verticalsa/2011/06/30/noticiaverticalsa,2261681/demissao-e-efeito-colateral-de-fusoes.shtml

Quem menos se beneficiará (ou não se benificiará em nada) será o povo brasiliero.

Mais dados sobre FUSÃO = DEMISSÃO
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u531625.shtml

"Fusão entre laboratórios farmacêuticos pode resultar na demissão de 16 mil.

A fusão entre os laboratórios farmacêuticos Merck e Schering-Plough, anunciada nesta segunda-feira, pode resultar na demissão de 15% do quadro de funcionários para a formação da nova empresa, disse o executivo-chefe da Merck, Richard Clark."

COM ORGLHO DE SER ANÔNIMO E DEBATENDO COM OPINIÕES CONTRÁRIAS SIM, MAS SEM NENHUMA OFENSA.

Anônimo disse...

NÃO ME INTERESSA SE FOI BNDES OU BNDESpar, O QUE EU SEI É QUE TEM COISA ERRADA E DAS GRANDES. QUANDO O ABILIO DINIZ APARECEU NA TELEVISÃO, JUSTIFICANDO QUE O INVESTIMENTO DO BNDES IA GERAR EMPREGUINHOS DE SALÁRIO MÍNIMO, ELE NEM FALOU EM "PAR", DEU EXPLICAÇÕES SEM SENTIDO E SEM IMPORT^NCIA PARA O BRARIL. SE O NOME DO BANCO FOSSE BANCO NACIONAL DE DESENVOVIMENTO DO CAPITAL PRIVADO -BNDCAPRI, EU FICARIA CALADA, MAS COMO O NOME DELE É: BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SOCIAL, EU VOU AJUIZAR UMA AÇÃO EXIGINDO QUE ESSA OPERAÇÃO SEJA EXPOSTA A TODOS OS BRASILEIROS, NO PORTAL DA TRANSPARÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL, TRANSPARÊNCIA QUE AO MEU VER ESTÁ FICANDO FOSCA. ESTÁ NA HORA DO POVO BRASILEIRO, ABRIR O OLHO E A BOCA PRA VER SE CONSEGUE SALVAR ALGUMA COISA. NÃO TEM CABIMENTO O DINHEIRO DE DESENVOLVER AS REGIÕES MISERÁVEIS DO BRSIL IR PRO BOLSO LOGO DO ABÍLIO DINIZ. EU PENSEI QUE ESTE GRANDE EMPRESÁRIO PRECISASSE DO DINHEIRO DO POVO POBRE DO BRASIL, SÓ NA BOCA DO CAIXA DO PÃO DE AÇUCAR, É BONITO A GENTE DAR DINHEIRO AO ABILIO, PRA ELE COMPRAR MERCADORIA E NOS VENDER PELO OLHO DA CARA.BELA FORMA DE NOS CHAMAR DE OTÁRIO, MAS ME AGUARDEM.

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

O GOVERNO BRASILEIRO, PRECISA IMEDIATAMENTE, ALIÁS, ONTEM, EXPLICAR AO POVO BRASILEIRO, QUAIS AS EMPRESAS ESTRANGEIRAS QUE ESTÃO LEVANDO O DINHEIRO DO BRASIL EMBORA, TODAS AS TELEFONIAS ESTRANGEIRAS E TODAS AS OUTRAS EMPRESAS AS DE FACHADA PRA LAVAR DINHEIRO E AS DE VERDADE. O POVO PRECISA SABER E O GOVERNO TEM OBRIGAÇÃO DE DIZER. NÓS QUEREMOS SABER O QUE O BRASIL AINDA TEM DE SEU, INCLUSIVE O QUE AINDA TEM DE AMAZÔNIA BRASILEIRA. A SITUAÇÃO DO PAIS ESTÁ INSUSTENTÁVEL, NA SAUDE, NA EDUAÇÃO, NA SEGURANÇA E ALIÁS EM TUDO. SÓ QUEM ESTÁ BEM NESTE PAÍS SÃO OS POLÍTICOS E OS BANQUEIROS. A CORDA ESTÁ PRESTES A ARREBENTAR. O SETOR DE TELEFONIA É A COISA MAIS VERGONHOSA QUE JÁ VI. ESTOU ME PREPARANDO PRA QUESTIONAR TAMBÉM A CONSTITUCIONALIDADE DAS PRIVATIZAÇÕES, MAS PRIMEIRO, QUERO PROPOR A AÇÃO SOBRE O BNDES, ESSA É AINDA MAIS URGENTE. QUATRO BILHÕES JUNTOS PELO GOVERNO FEDERAL PRA JOGAR NA MÃO DA INICIATIVA PRIVADA É COISA DIGNA DO DR. FERNANDO HENRIQUE COM A VALE DO RIO DOCE, QUE O LULA PROMETEU NACIONALIZAR E AMARELOU.BRASIL, UM QUEIJO SUIÇO, COBERTO DE RATOS POR TODOS OS LADOS. CONCEIÇÃO ARAUJO-FONE 86 9449-5600

Anônimo disse...

ANO PASSADO, EM JULHO, FAZ AGORA, HUM ANO, ESTIVE EM BRASILIA. VISITEI O MUSEU DI ÍNDIO , LINDÍSSIMO, E VI O MUSEU DO ÍNDIO A CÉU ABERTO, COM ÍNDIOS E ÍNDIAS DE VERDADE, DE CARNE E OSSO MORANDO EMBAIXO DE BARRACAS, CAGANDO E MIJANDO NO CHÃO, PEDINDO ESMOLA NAS RUAS, PEDINDO LENÇOIS PRA SE ABRIGAR DO FRIO E EU ME PERGUNTEI SE ERA MESMO EM BRASÍLIA QUE ESTAVA O PRESIDENTE DA REPÚBLICA. NÃO DAVA PRA ACREDITAR. BRASÍLIA É SEM SOBRA DE DÚVIDAS A CIDADE MAIS PICHADA DO BRASIL. AS CASAS PARECEM PRESÍDIOS. AS CIDADES DO ENTORNO SÃO DÍGNAS DO INFERNO DE DANTE ALIGHIERI. SE NA CAPITAL DO BRASIL E NAS BARBAS DO PRESIDENTE A SITUAÇÃO ESTÁ DO JEITO QUE ESTÁ, IMAGINE NO RESTO DO BRASIL. O BRASIL CAMINHA A PASSOS LARGOS PARA O CAOS. PRA COMPROVAR O QUE EU DIGO, BAS TA OLHAR O SISTEMA PRISIONAL DO PAÍS. O ESTADO BRASILEIRO ERDEU AS RÉDEA E NAO ADIANTA FAZER BEICINHO NAO. OU CUIDA-SE DESTA NAÇÃO, OU ESTAREMOS IRREMEDIAVELMENTE PERDIDOS E AÍ, ADEUS SOBERANIA. NA AMAZONIA TEM LOCAIS QUE VOCÊ SÓ ENTRA SE PEDIR AUTORIZAÇÃO AOS AMERICANOS E O GOVERNO DO BRASIL PARECE QUE É CEGO, SURDO. OU FAZ DE CONTA QUE O É. QUEM NÃO TEM COMPETÊNCIA NÃO SE ESTABELECE.

Anônimo disse...

Dados sobre FUSÃO = DEMISSÃO

Eis um trecho do site http://www.movimentorevolucionario.org/nacional/demissoesfusoes.html

Publicada em 30/07/2009

"Num dia a fusão, no outro a demissão.

Concentração de empresas leva a demissões em massa. Só a Oi dispensou 1.178 após comprar a BrT."

outro trecho:

"Bradesco/IBI-C&A, Santander/Real, Itaú/Unibanco: muitos nomes, mas sempre a mesma promessa falsa e a mesma dura realidade nos bancos.

Cinco meses após o início da fusão das operações com o Banco Real, o Santander anunciou a demissão de cerca de 400 funcionários no grupo. O próprio Santander reconheceu que as demissões não têm relação com a crise, mas são resultado da fusão com o Real."

Miguel do Rosário disse...

nao deletei comentário nenhum. aqui todos podem comentar, desde que sejam respeitosos.

sobre demissão, claro que pode haver demissão, mas não necessariamente. sobretudo se é um setor em expansão, como o varejo.

Miguel do Rosário disse...

para o comentarista da caixa alta. todos esses problemas existem, mas o BNDES é um grande aliado na solução destes. o importante é manter o bom senso, e analisar a situação racionalmente. se há estudos que mostram que estamos no caminho certo, devemos continuar firmes. em 1952, tinhamos muito mais miseráveis, mas o problema não era a Petrobrás, assim como o problema hoje não é o BNDES.

Miguel do Rosário disse...

conceição, o BNDESPar não jogou somente 4 bilhões nas mãos da iniciativa privada, mas 50 bilhões desde 2007, mas nao foi de graça, ele comprou participação acionária, como estratégia de investimento, assim como faz qualquer banco de investimento no mundo. o resultado é que o bndes hoje está gerando lucro, o que o torna um banco mais forte, com mais possibilidade de interferir, dentro dos limites da democracia, nos destinos do país, e investir nos projetos de infra-estrutura de que necessitamos.

Miguel do Rosário disse...

aliás, não foram nem 50 bilhões, o bndes joga centenas de bilhões de reais nas mãos da iniciativa privada, anualmente, porque é para isso que ele foi criado. sendo que o bndespar é uma linha específica voltada para valorização do patrimonio do proprio banco, focada na compra de participação acionária de empresas.

Isabela Campoi disse...

Miguel, querido...
Há muito que eu não passava por aqui. Bons argumentos os seus. A rasura da velha mídia é mesmo de amargar. E a sugestão do Gaspari na Folha de ontem, sobre a reunião de senhoras em SP me deu asco. De fato, eu tinha, pela primeira vez na vida, concordado com o senador Alvaro Dias que foi entrevistado pela Globo. Que bom que passei por aqui hoje!
Super beijo, saudoso, da amiga Isabela Campoi

Anônimo disse...

Miguel, sou formado em adminstração há mais de 10 anos, tenho amplo conhecimento e experiência no assunto e posso afirmar que fusão é sinônimo de demissão em todos os níveis hieárquicos, principalmente nas bases, onde o número de funcionários é maior.

No fundo você está (mesmo sem perceber) defendendo interesses de multinacionais e de elites capitalistas que exploram o quanto podem seus funcionários com salários miseráveis e jornadas indignas. Você não está defendendo o governo PT com esse post.

Miguel do Rosário disse...

anonimo, você está falando uma grande bobagem, porque está falando genericamente, sem considerar a diferença entre os setores. um banco pode demitir, um supermercado, não. um banco pode sempre fazer mais com menos. um supermercado, não, sobretudo num mercado em expansão, onde é preciso abrir mais filias e contratar mais gente para fazer limpeza, trabalhar nas caixas, etc.

demissões, claro, sempre vão ocorrer, mas as contratações serão ainda maiores, porque a rede vai se expandir.

você está confundindo as fusões realizadas em momentos de crise, que tem justamente a função de cortar custos, para evitar às vezes até a quebra de uma empresa, com um fusão de expansão, num mercado emergente.

além disso, nem estou defendendo fusão nenhuma aqui. isso foi uma decisão privada de sócios privados. defendo aqui o bndes, com base em dados. o bndes não determinou a fusão. ele está entrando apenas como investidor-sócio, e como tal poderá inclusive influenciar para que esta importante rede internacional abra suas prateleiras (no mundo inteiro) para mais produtos brasileiros, e com isso gerando milhares de empregos de qualidade no brasil.

e quero que o governo do PT se dane, é isso que você não entende. estou defendendo o brasil. os interesses do brasil.

nem tenho certeza de que esta operação envolvendo o Pão de Açúcar é uma maravilha. eu defendo aqui a atuação do bndespar nos últimos anos, com base em números, que mostram que ajudou a fortalecer o bndes. tento mostrar também o outro lado da questão, e dismistificar muitos argumentos bem chinfrins que vem sendo colocados. uma comentarista aí ficou indignada que o bndes botou dinheiro na "iniciativa privada", como se o bndes não tivesse a função justamente de injetar dinheiro na iniciativa privada. sua única função, aliás. dá sempre raiva, para um assalariado, ver como os capitalistas ganham dinheiro, mas não adianta ficar lamentando. querem ganhar também, abram uma empresa e vão à luta. no fim, todo mundo terá que pagar imposto de renda, que no brasil é de 38%, e o Estado só tem a ganhar com o espírito empreendedor da população. para termos saúde pública de qualidade, é preciso crescimento econômico, e para haver crescimento econômico é preciso empreendedorismo, de um lado, e um Estado recebendo impostos e aplicando-os com justiça, de outro. é isso, ou então o socialismo soviético. não conheço outra alternativa.

Ernesto Alves disse...

Bom dia Miguel, poderia liberar o meu comentário aqui : http://oleododiabo.blogspot.com/2011/06/dilma-contrata-guerreira.html#comment-form ?
Aliás, não entendi porquê precisa de liberação para comentar lá e aqui não, excluir as agressões tudo bem. Abraços.

Miguel do Rosário disse...

Ernesto, posts com mais de 15 dias tem moderação de comentários por causa de ataque spam. já liberei.

Miguel do Rosário disse...

Liberei alguns comentários que tinham caído na caixa de spam. Não tinha visto, desculpe.

Miguel do Rosário disse...

anonimo, se o governo do psdb fizesse com o bndes o que o lula fez, eu defenderia sim a sua atuação. se os dados mostrassem que aumentou vigorosamente o número de micro e pequenas empresas beneficiadas, que o bndes estava ao mesmo tempo financiando grandes obras de infra-estrutura e importância social, e ainda assim dando lucro e fortalecendo-se, eu defenderia sim. a operação com o carrefour não é uma operação para entrega de patrimônio público a interesses privados, e sim um aumento do patrimônio publico, visto que o banco será sócio-investidor de uma das maiores redes de supermercado do mundo, podendo com isso ajudar os industriais brasileiros a penetrarem nos ultra-fechados mercados varejistas dos países ricos.

Miguel do Rosário disse...

E no entanto, é uma operação de mercado, feita por um braço do BNDES criado justamente para esse tipo de coisa, o que comporta sempre risco, além de mexer com interesses em conflito. sempre será polêmico. eu trouxe aqui dados mostrando que o bndespar já aplicou cerca de 50 bilhões desde 2007 com esse tipo de operação, e foi o bndespar o grande responsável pelo forte aumento dos lucros para a instituição. os tucanos estão se mordendo de inveja que seja um governo do pt que tenha feito do bndes um banco dinâmico, investidor, ousado, que dá forte lucro e ainda aposta pesado em micro e pequenas empresas.

Anônimo disse...

Não acho que o pão de açucar tenha em qualquer lugar do páis, um loja e que só ele domine aquela região. Aqui no Ceará eles foram os primeiros com 10 lojas e 1 shopping. hoje so resta o shopping e uma ou duas lojas, Aqui criaram-se cooperativas e só uma rede dessas totalmente do Ceará domina 51% do comercio varejistas, são varias redes. só para lembrar que o Extra era 24 horas agora abre as 7 e fecha as 22 horas, com uita promoção senão fecha.

Anônimo disse...

bndespar tem ações até da tv globo, melhor ter participação rede distribuição alimentos, qto a ter lucro creio que não importa o regime politico.

Anônimo disse...

Muitos comentários,pouca ação,se o Briza vivesse...

Luciano Prado disse...

Muito legal essa discussão. Não importa o que cada um em particular acha ou pensa, mas faz enorme diferença o contraditório, os diversos pontos de vista.
É daí - do debate - que vem a luz.
Valeu Miguel e internautas.
Mais esclarecedor do que as bobagens que se lê na velha imprensa.

Fernando disse...

Parabéns pelo blog e por este post em especial. Mais ainda, parabéns pela paciência que vc tem com o Ernesto Alves.

Ernesto Alves disse...

Bom dia Miguel, estou esperando uma resposta aos meus comentários no seu texto sobre a esposa do ministro. Facilita se trouxer para cá ?
Fernando, sem sobrenome, estou te incomodando em alguma coisa ? Achei que os comentários fossem para gerar um debate, o que vem ocorrendo, não apenas para receber elogios... Abraços.

Fernando disse...

A mim não em incomada em nada, Ernesto. Sou apenas mais um observador que notou a qualidade do texto. Eu tenho pena é do Miguel ter que te dar atenção o tempo inteiro, comentário após comentário.

Ernesto Alves disse...

Fernando, ele não tem que me dar atenção, me responde por educação e/ou porquê acha que é relevante. Dar atenção aos seus leitores faz parte do processo de quem tem um blog e quer ter as suas opiniões discutidas e respeitadas. Se for para ficar apenas recebendo comentários de "Parabéns pelo blog", acho que ele e nenhum de seus leitores vai ganhar muita coisa com isso. Abraços.

Anônimo disse...

Gostei do debate.
Infelizmente não tenho lido este blog. Aproveito para lançar outra questão, que não sei se já foi debatida aqui. Trata-se da luta do CADE contra uma grande empresa brasileira, já grande exportadora de produtos industrializados, nascida da fusão da Perdigão com a Sadia.
É mais um exemplo de equívoco anti-nacional, sob a ótica hipócrita da defesa da concorrência e do consumidor. Concentração da produção de pizzas congeladas não pode, mas do alimento infantil pode ...

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