(esquina da lavradio com mem de sá, lapa, rj)
Por Fernando Soares Campos
Lembro-me bem o que aconteceu quando deflagraram o escândalo do “mensalão”. Nos primeiros momentos, só a oposição tinha voz na imprensa nacional, até porque, ao ser deflagrado o escândalo, os aliados do governo emudeceram. Alguns parlamentares do PT debandaram do partido na hora primeira. Os poucos que tentavam esboçar qualquer reação eram logo rechaçados por um turbilhão de informações mal cruzadas, ou, no mínimo, ridicularizados. Com o passar do tempo, algumas vozes foram se disseminando pela internet, e muito se esclareceu sobre a verdade dos fatos. Se não existisse a internet, não tenho dúvida, o governo Lula teria sido golpeado, como Jango em 64.
A CPI da Petrobras, aprovada sexta-feira, 15/5, foi arquitetada sob inspiração de matéria publicada pelo jornal O Globo, que acusa a diretoria da empresa de haver aplicado indevidamente, ou seja, com efeitos retroativos a 2008, as determinações de uma Medida Provisória que só teriam validade a partir do ano base 2009. A própria Miriam Leitão, pitonisa da ciência econômica a serviço das Organizações Globo, declarou em seu blog: “Hoje, a oposição numa manobra intalou [está grafado assim mesmo, portanto não sei se o erro de digitação deve ser atribuído à falta de “s” ou à troca de “e” por “i”!] CPI para investigar a Petrobras, isso por causa da matéria do Globo, do último domingo, mostrando que a empresa deixou de pagar mais de R$ 4 bilhões por conta de uma manobra contábil”. Essa é mais uma das provas irrefutáveis de que o grosso da imprensa brasileira se transformou no PiG, Partido da Imprensa Golpista, com poderes mais expressivos que os próprios partidos de oposição, pois é quem pauta suas decisões.
O senador Arthur Virgílio, líder do PSDB no Senado, rebatendo críticas do governo à instalação da CPI da Petrobras, chamou o presidente Lula de autoritário. É o mesmo Arthur Virgílio que já chegou a dizer que daria uma surra no presidente da República. O Virgílio que, em uma única sessão da CPI dos Correios, chamou Lula de “idiota” por 17 vezes. “Volto a dizer que nós temos um presidente que é um completo idiota ou é um corrupto... O Brasil tem que ter muita atenção porque, no mínimo, estamos a ser governados por um idiota”, concluiu Arthur Virgílio naquela reunião.
O senador amazonense, em 2005, se tornou porta-voz da oposição e brilhou (ofuscou?!) nas telas de TV a cada fanfarrice que arrotava. Os objetivos do neovestal Virgílio eram claros e indecorosos: defenestrar um governo democraticamente eleito, sem que contra este pudesse ser provado qualquer ato de corrupção; de lambuja, gerar patrimônio eleitoral visando às eleições de 2006. Virgílio e seu parceiro Jorge Bornhausen (DEM-SC) chegaram a anunciar o fim da “raça petista”. Resultado: Arthur Virgílio se candidatou ao governo do Estado do Amazonas e teve 5% dos votos; Bornhausen anunciou que estava abandonando a vida política, declaração para inglês cego ouvir.
Há quem diga que o objetivo principal da manobra tucana que fez aprovar a abertura da CPI da Petrobras é desmoralizar projeto do governo que pretende criar uma agência estatal para administrar as reservas do pré-sal, com 100% de suas verbas oriundas do Tesouro Nacional. Ou seja, sem sociedade direta no âmbito dos interesses privados. Quer dizer, alguma coisa com traços de soberania nacional, o que assusta os avelhantados neoliberais, viciados às regras impostas por Wall Street, FMI, Bird ou qualquer instituição estrangeira.
Outras opiniões surgem, sem que uma inviabilize as outras, apenas se somam para revelar o “pragmatismo” de uma oposição empenhada em desestabilizar o governo Lula a qualquer custo.
O jornalista Luiz Carlos Azenha, no site Vi o Mundo, trata o assunto por outro ângulo: “CPI da Petrobras: O objetivo é produzir manchetes para o Ali Kamel [diretor-executivo de jornalismo da Rede Globo]”
“Uma CPI como a da Petrobras fornece o argumento essencial para Kamel e seus asseclas: estamos apenas ‘cobrindo os fatos’, argumentam. Já escrevi aqui ene vezes sobre 2006: capas da Veja alimentavam o Jornal Nacional, que promovia a devida ‘repercussão’, gerando decisões políticas que alimentavam outras capas da Veja, que apareciam no JN de sábado e geravam indignação em gente da estirpe de ACM, Heráclito Fortes e Arthur Virgílio. Só essa ‘indignação seletiva’ é capaz de explicar porque teremos uma CPI da Petrobras mas nunca tivemos uma CPI da Vale ou das privatizações”, diz Azenha, ex-funcionário da Globo.
Até mesmos os acidentes que provocam catástrofes ambientais, muito frequentes na era FHC, oriundos de acidentais vazamentos de petróleo nos tanques e navios da Petrobras, praticamente pararam de acontecer nos últimos anos. O espetáculo midiático promovia, com compreensível facilidade, verdadeiras ondas de sentimentalismo, comoção e arroubos do tipo grinpiciano (vai perder seu tempo indo ao dicionário). Mas ninguém se preocupou em instalar CPI para apurar responsabilidades sobre tantos acidentes, apesar dos fortes indícios de ação criminosa, com rastros de sangue, corrupção e cheiro de sabotagem com o objetivo de desmoralizar a Petrobrás e entregá-la de vez à sanha do capital estrangeiro via testas-de-ferro domésticos.
Imagine se a Plataforma P-36 tivesse sido explodida e afundada durante o governo Lula. A P-36 foi a pique na era FHC e ficou por isso mesmo. Eu nunca soube de alguém que tivesse sido punido, ou sequer responsabilizado, por aquela tragédia. O caso ficou registrado em nossa memória apenas pelo espetáculo que as emissoras de TV realizaram, transmitindo ao vivo os agonizantes momentos do afundamento da maior plataforma de prospecção de petróleo do mundo, que até hoje serve de mausoléu submarino para os 11 trabalhadores que ela arrastou consigo.
A revista Época, edição 150, de 02/04/2001, até que deu a pista:
Tragédia prevista
“Investigação do Congresso sobre mortes na plataforma da Petrobrás vai abranger a compra de componentes baratos e de qualidade duvidosa. [Nada de CPI, apenas investigação, conforme se pode fazer hoje caso exista alguma suspeita de irregularidade contra a atual administração da Petrobras]
(...)
“Uma das evidências foi encontrada em correspondência de agosto de 1998 enviada pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Carlos Delben Leite, ao senador Eduardo Suplicy (PT-SP) sobre conseqüências práticas de mudanças na política de compras da Petrobrás durante a gestão do ex-presidente da estatal Joel Rennó.
“Nos relatórios, a Abimaq informa que a Petrobrás passou a aceitar a troca de equipamentos com certificação internacional de qualidade por outros, mais baratos, comprados na China, na Espanha, em Portugal e na Itália. Como exemplo, a entidade apresentou ao Senado uma relação de 35 contratos da estatal com a Marítima – entre eles o da P-36. As encomendas superam US$ 4 bilhões. Confirmam o empresário German Efromovich, dono da Marítima, empresa com capital de US$ 10 milhões, como intermediário de mais de 80% das compras realizadas pela estatal na gestão Rennó. Delben Leite denuncia no texto a substituição de válvulas, bombas, compressores e redutores, entre outros componentes certificados, por ‘equipamentos fabricados, principalmente, na China sem os requisitos e exigências aprovados’.
“O documento enviado ao Senado há 32 meses alertava: ‘Uma pequena válvula de segurança ou de produção, de valor unitário de algumas dezenas de dólares, pode comprometer todo um equipamento de milhões de dólares, podendo causar incalculáveis prejuízos de ordem material e até danos pessoais’. Segundo Delben Leite, a Petrobrás não exigiu da Marítima nenhum tipo de certificação para os equipamentos das plataformas contratadas, incluindo a P-36.
“A partir de 1995, a Petrobrás passou a comprar plataformas sob a forma de pacotes fechados...”
Leia a matéria completa, é muito interessante, bastante esclarecedora, mas foi incapaz de gerar uma CPI: http://epoca.globo.com/edic/20010402/neg3a.htm
Também não perca matéria publicada no site Ambiente Brasil, sobre Os Principais Acidentes com Petróleo e Derivados no Brasil.
http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./agua/salgada/index.html&conteudo=./agua/salgada/vazamentos.html
Tudo catalogado em ordem cronológica e acompanhados de sinopses sobre os sinistros.
A internet dificulta o golpe articulado na Rua Rio de Janeiro, em Higienópolis, São Paulo. Como PSDB, Veja & CIA articularam segundo golpe de estado em sete anos. Uma história de assassinatos, corrupção, abuso de menores e roubo. Confira: “Golpe de Estado em Andamento no Brasil: Revelações Estarrecedoras”. É antigo, mas vale a pena ler de novo. http://lists.indymedia.org/pipermail/cmi-ssa/2005-June/0607-s5.html
Sem a internet, dificilmente Lula teria sido eleito; se fosse, não assumiria; se assumisse, teria sido golpeado com muita facilidade. O PiG é forte, é Golias, mas a internet tá assim de Davi!
Lembro-me bem o que aconteceu quando deflagraram o escândalo do “mensalão”. Nos primeiros momentos, só a oposição tinha voz na imprensa nacional, até porque, ao ser deflagrado o escândalo, os aliados do governo emudeceram. Alguns parlamentares do PT debandaram do partido na hora primeira. Os poucos que tentavam esboçar qualquer reação eram logo rechaçados por um turbilhão de informações mal cruzadas, ou, no mínimo, ridicularizados. Com o passar do tempo, algumas vozes foram se disseminando pela internet, e muito se esclareceu sobre a verdade dos fatos. Se não existisse a internet, não tenho dúvida, o governo Lula teria sido golpeado, como Jango em 64.
A CPI da Petrobras, aprovada sexta-feira, 15/5, foi arquitetada sob inspiração de matéria publicada pelo jornal O Globo, que acusa a diretoria da empresa de haver aplicado indevidamente, ou seja, com efeitos retroativos a 2008, as determinações de uma Medida Provisória que só teriam validade a partir do ano base 2009. A própria Miriam Leitão, pitonisa da ciência econômica a serviço das Organizações Globo, declarou em seu blog: “Hoje, a oposição numa manobra intalou [está grafado assim mesmo, portanto não sei se o erro de digitação deve ser atribuído à falta de “s” ou à troca de “e” por “i”!] CPI para investigar a Petrobras, isso por causa da matéria do Globo, do último domingo, mostrando que a empresa deixou de pagar mais de R$ 4 bilhões por conta de uma manobra contábil”. Essa é mais uma das provas irrefutáveis de que o grosso da imprensa brasileira se transformou no PiG, Partido da Imprensa Golpista, com poderes mais expressivos que os próprios partidos de oposição, pois é quem pauta suas decisões.
O senador Arthur Virgílio, líder do PSDB no Senado, rebatendo críticas do governo à instalação da CPI da Petrobras, chamou o presidente Lula de autoritário. É o mesmo Arthur Virgílio que já chegou a dizer que daria uma surra no presidente da República. O Virgílio que, em uma única sessão da CPI dos Correios, chamou Lula de “idiota” por 17 vezes. “Volto a dizer que nós temos um presidente que é um completo idiota ou é um corrupto... O Brasil tem que ter muita atenção porque, no mínimo, estamos a ser governados por um idiota”, concluiu Arthur Virgílio naquela reunião.
O senador amazonense, em 2005, se tornou porta-voz da oposição e brilhou (ofuscou?!) nas telas de TV a cada fanfarrice que arrotava. Os objetivos do neovestal Virgílio eram claros e indecorosos: defenestrar um governo democraticamente eleito, sem que contra este pudesse ser provado qualquer ato de corrupção; de lambuja, gerar patrimônio eleitoral visando às eleições de 2006. Virgílio e seu parceiro Jorge Bornhausen (DEM-SC) chegaram a anunciar o fim da “raça petista”. Resultado: Arthur Virgílio se candidatou ao governo do Estado do Amazonas e teve 5% dos votos; Bornhausen anunciou que estava abandonando a vida política, declaração para inglês cego ouvir.
Há quem diga que o objetivo principal da manobra tucana que fez aprovar a abertura da CPI da Petrobras é desmoralizar projeto do governo que pretende criar uma agência estatal para administrar as reservas do pré-sal, com 100% de suas verbas oriundas do Tesouro Nacional. Ou seja, sem sociedade direta no âmbito dos interesses privados. Quer dizer, alguma coisa com traços de soberania nacional, o que assusta os avelhantados neoliberais, viciados às regras impostas por Wall Street, FMI, Bird ou qualquer instituição estrangeira.
Outras opiniões surgem, sem que uma inviabilize as outras, apenas se somam para revelar o “pragmatismo” de uma oposição empenhada em desestabilizar o governo Lula a qualquer custo.
O jornalista Luiz Carlos Azenha, no site Vi o Mundo, trata o assunto por outro ângulo: “CPI da Petrobras: O objetivo é produzir manchetes para o Ali Kamel [diretor-executivo de jornalismo da Rede Globo]”
“Uma CPI como a da Petrobras fornece o argumento essencial para Kamel e seus asseclas: estamos apenas ‘cobrindo os fatos’, argumentam. Já escrevi aqui ene vezes sobre 2006: capas da Veja alimentavam o Jornal Nacional, que promovia a devida ‘repercussão’, gerando decisões políticas que alimentavam outras capas da Veja, que apareciam no JN de sábado e geravam indignação em gente da estirpe de ACM, Heráclito Fortes e Arthur Virgílio. Só essa ‘indignação seletiva’ é capaz de explicar porque teremos uma CPI da Petrobras mas nunca tivemos uma CPI da Vale ou das privatizações”, diz Azenha, ex-funcionário da Globo.
Até mesmos os acidentes que provocam catástrofes ambientais, muito frequentes na era FHC, oriundos de acidentais vazamentos de petróleo nos tanques e navios da Petrobras, praticamente pararam de acontecer nos últimos anos. O espetáculo midiático promovia, com compreensível facilidade, verdadeiras ondas de sentimentalismo, comoção e arroubos do tipo grinpiciano (vai perder seu tempo indo ao dicionário). Mas ninguém se preocupou em instalar CPI para apurar responsabilidades sobre tantos acidentes, apesar dos fortes indícios de ação criminosa, com rastros de sangue, corrupção e cheiro de sabotagem com o objetivo de desmoralizar a Petrobrás e entregá-la de vez à sanha do capital estrangeiro via testas-de-ferro domésticos.
Imagine se a Plataforma P-36 tivesse sido explodida e afundada durante o governo Lula. A P-36 foi a pique na era FHC e ficou por isso mesmo. Eu nunca soube de alguém que tivesse sido punido, ou sequer responsabilizado, por aquela tragédia. O caso ficou registrado em nossa memória apenas pelo espetáculo que as emissoras de TV realizaram, transmitindo ao vivo os agonizantes momentos do afundamento da maior plataforma de prospecção de petróleo do mundo, que até hoje serve de mausoléu submarino para os 11 trabalhadores que ela arrastou consigo.
A revista Época, edição 150, de 02/04/2001, até que deu a pista:
Tragédia prevista
“Investigação do Congresso sobre mortes na plataforma da Petrobrás vai abranger a compra de componentes baratos e de qualidade duvidosa. [Nada de CPI, apenas investigação, conforme se pode fazer hoje caso exista alguma suspeita de irregularidade contra a atual administração da Petrobras]
(...)
“Uma das evidências foi encontrada em correspondência de agosto de 1998 enviada pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Carlos Delben Leite, ao senador Eduardo Suplicy (PT-SP) sobre conseqüências práticas de mudanças na política de compras da Petrobrás durante a gestão do ex-presidente da estatal Joel Rennó.
“Nos relatórios, a Abimaq informa que a Petrobrás passou a aceitar a troca de equipamentos com certificação internacional de qualidade por outros, mais baratos, comprados na China, na Espanha, em Portugal e na Itália. Como exemplo, a entidade apresentou ao Senado uma relação de 35 contratos da estatal com a Marítima – entre eles o da P-36. As encomendas superam US$ 4 bilhões. Confirmam o empresário German Efromovich, dono da Marítima, empresa com capital de US$ 10 milhões, como intermediário de mais de 80% das compras realizadas pela estatal na gestão Rennó. Delben Leite denuncia no texto a substituição de válvulas, bombas, compressores e redutores, entre outros componentes certificados, por ‘equipamentos fabricados, principalmente, na China sem os requisitos e exigências aprovados’.
“O documento enviado ao Senado há 32 meses alertava: ‘Uma pequena válvula de segurança ou de produção, de valor unitário de algumas dezenas de dólares, pode comprometer todo um equipamento de milhões de dólares, podendo causar incalculáveis prejuízos de ordem material e até danos pessoais’. Segundo Delben Leite, a Petrobrás não exigiu da Marítima nenhum tipo de certificação para os equipamentos das plataformas contratadas, incluindo a P-36.
“A partir de 1995, a Petrobrás passou a comprar plataformas sob a forma de pacotes fechados...”
Leia a matéria completa, é muito interessante, bastante esclarecedora, mas foi incapaz de gerar uma CPI: http://epoca.globo.com/edic/20010402/neg3a.htm
Também não perca matéria publicada no site Ambiente Brasil, sobre Os Principais Acidentes com Petróleo e Derivados no Brasil.
http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./agua/salgada/index.html&conteudo=./agua/salgada/vazamentos.html
Tudo catalogado em ordem cronológica e acompanhados de sinopses sobre os sinistros.
A internet dificulta o golpe articulado na Rua Rio de Janeiro, em Higienópolis, São Paulo. Como PSDB, Veja & CIA articularam segundo golpe de estado em sete anos. Uma história de assassinatos, corrupção, abuso de menores e roubo. Confira: “Golpe de Estado em Andamento no Brasil: Revelações Estarrecedoras”. É antigo, mas vale a pena ler de novo. http://lists.indymedia.org/pipermail/cmi-ssa/2005-June/0607-s5.html
Sem a internet, dificilmente Lula teria sido eleito; se fosse, não assumiria; se assumisse, teria sido golpeado com muita facilidade. O PiG é forte, é Golias, mas a internet tá assim de Davi!
Salve, Rosário! Excelente análise de Fernando. Mas o termo "internet" bem que poderia ter sido trocado por "blogues". Claro, sem a internet eles não seriam viáveis, mas foram eles que conseguiram reverter a situação pró-Lula.
Abraço e bom domingo.
Ainda estou na história da poupança. Imagine que li no Nassif agora que um sujeito que juntou 117 mil na poupança, vai ter de pagar em abril de 2011 (quando terá de entregar o IR) um total de R$ 117,00 por causa dessa grana toda reunida em CP. Ora veja, é o tal do muito barulho por nada mesmo! Vai daí que eles arranjaram a CPI da Petrobras.
Confiram esse posto do Nassif:
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2009/05/17/poupanca-tortura-sem-numeros/
A imprensa não tem mais o escrúpulo de informar. Tornou-se uma instância desinformadora, entrópica, interessada apenas em gerar instabilidade. Miriam não quer tranquilizar, quer desagregar e provocar nervosismo nas pessoas simplórias. Eu li a coluna dela hoje, porque ela não acrescentou o valor real que o tal Nilton pagará de imposto, mostrando que é irrisório? Não, preferiu fazer terrorismo. Não botando o valor, apenas falando que "ele vai pagar imposto", criou tensão. Ora, a taxação vai atingir muito suavemente quem tem entre 50 e 200 mil reais. Ela se dirige mesmo a quem tem milhões aplicado na poupança.
Tive uma idéia ótima:
Usar esta CPI para investigar as verdadeiras causas do afundamento das plataformas na era FHC, além da venda de ativos da empresa por menos de 10% de seu valor de face na bolsa de NY, conforme denunciou o presidente da associação de petroleiros. Confiram essa entrevista (link abaixo):
http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=56168
Atentem para as denúncias, e espalhem pela blogosfera.
Ta certa que a maioria de nós só lê o Noblat e a Leitão (em se tratando da blogosfera reacionária), mas dando uma volta pela piguizinha encontrei esses escritos, para o clímax dos folhanbrandeiros :
Não sejam anjinhos!
"Cabe à oposição fazer uma CPI da blogosfera. Vazem para cá, que a gente faz a mídia publicar e obriga o governo a dançar conforme a música. Nós mexemos com as redes sociais. Nós fazemos com que as denúncias ecoem por todos os cantos. Não adianta a oposição ficar de nhem nhem nhem quando os petralhas, assemelhados e adjacentes ficarem esvaziando as investigações, impedindo as convocações, não votando requerimentos, tentando desviar o rumo dos trabalhos. Entreguem as falcatruas do japa da Petros pra gente. Mandem os royalties do Fratello Martins pros blogues. Jorrem todas as informações, em tempo real, para as comunidades virtuais. Não façam acordos, não façam conchavos. Esta CPI é altamente inflamável. É a CPI da gasolina mais cara do mundo. É a CPI das refinarias doadas a países estrangeiros. É a CPI da politicagem do PAC. É a CPI que vai investigar porque estão sonegando impostos. É a CPI da refinaria da corrupção em aliança com o Chávez. Tucanos, tucanos! Deixem de ser panacas pelo menos uma vez na vida. Parem de ouvir os garotinhos mimados do Instituto Teotônio Vilela e o FHC. Joguem o jogo do inimigo. Joguem pesado. Joguem o jogo dos dossiês. Traiam, mintam, desqualifiquem.Não se preocupem com o país, babacas, se preocupem em vencer o inimigo com todas as armas, até com cortador de unha. Esta CPI é a quimioterapia que o Brasil está precisando para se livrar do câncer petista. Não sejam anjinhos! Não sejam passarinhos. Sejam cobras criadas. Ou vão cair na conversa mole do Mercadante e do Suplicy"?
O nome do blog?
É bem sujestivo; Coturno Noturno - O blog do Coronel.
Alô Miguel, gostei do texto do Fernando Soares e tomei a liberdade de copiá-lo no meu blog http://blogdeumsem-mdia.blogspot.com.
aquele abç Dória
Miguel
Você se engana ao dizer que a CPI da Petrobrás é por conta de matéria na imprensa relativa a imposto de renda. Os motivos da CPI são:
1- indício de fraude nas licitações para a reforma de plataforma para a exploração de petróleo, apontada na operação de águas profundas da Polícia Federal.
2 - graves irregularidades nos contratos de construção de plataformas, apontadas pelo relatório pelo tribunal de contas da união.
3 - indício de superfaturamento na construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, apontada em relatório do Tribunal de Contas da União.
4 - denúncia de desvio de royalties de petróleo, apontada pela operação royalties da Polícia Federal.
5 - denúncia de fraude do Ministério Público Federal envolvendo pagamentos, acordos e indenizações feitos pela ANP a usineiros.
6 - denúncia de utilização de artifícios contábeis que resultaram no recolhimento de impostos e contribuições de R4 4,3 bilhões e
7 - denúncia de irregularidade no uso de verba de patrocínio da estatal.
Você pode ver que dos sete motivos que constam do pedido de CPI, cinco deles se referem a denuncias da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União.
Quem não deve não teme, Sendo a Petrobrás uma empresa estatal, ou seja como gostam de dizer, do povo brasileiro, nada mais justo que sua administração seja transparente. E pelo que foi apurado por investigações da Policia Federal, CGU e Receita Federal, ela não tem sido transparente.
A direção da Petrobrás é uma direção nomeada seguindo critérios políticos de apoios etc em lugar de um critério técnico.
Portanto, já que existem dúvidas levantadas, não pela imprensa, mas por órgãos da administração pública como a Receita Federal, a Policia Federal, o Ministério Público e a Controladoria Geral da União, eu, como cidadão, contribuinte, exijo que meus representantes no Congresso Nacional façam uma investigação e uma auditoria exemplar na empresa, e que não fique pedra sobre pedra. Tudo tem de vir as claras.
Afinal de contas, se caso eu tivesse uma empresa particular de minha propriedade e houvesse denuncias deste tipo, eu contrataria uma auditoria independente e afastaria de imediato a diretoria até que tudo estivesse as claras.
Porque agiria de modo diferente com uma empresa pública, que nãoi é do PT como eles pensam, mas é do povo brasileiro?
Ir contra a CPI da Petrobrás é crime de lesa pátria e entreguismo. Entregar uma empresa pública para um partido político se usufruir dela como bem entender.
Sergio Campos
Nos calarmos diante das maracutais deste governo NUNCA.
Aceitarmos que o povo menos favorecido seja tratado como cidadão de terceira categoria nas filas do SUS enquanto nossos governantes, as nossas custas, se tratam no Incor, NUNCA
Aceitar calados enquanto o ensino público está sendo sucateado por um governo corrupto. NUNCA
Aceitar uma segurança pública cada vez pior NUNCA
Aceitar a enorme desigualdade social no Brasil e a perpetuação desta desigualdade através de cotas para tudo NUNCA
Vou parar aqui mesmo. Os fins não justificam os meios. Portanto NUNCA vou me conformar com a bandalheira, a roubalheira, o egoismo, a ganância do governo Lula em troca de discurso, e são só palavras nada mais do que isto, em favor do que quer que seja.
La guardia, que forças políticas poderiam mudar esse quadro desolador e, em alguns pontos, realista, da situação? Agradeceria se você respondesse. Resmungar por resmungar não leva a nada? Serra, talvez? Outra ditadura?
Esse rapaz o Languardia tem talento para lacerdista. Ainda bem que gente que pensa como ele está se tornando minoria no país. É por isso que o golpe contra o Lula não deu certo. Inclusive a histeria dele contra o estado está completamente demodê. Até em WallStreet esse discurso não cola mais. Hoje em dia quem defende o Deus mercado livre leve e solto, ou é totalmente desinformado ou, não aje mais por ideologia e sim por interesses de negócios, geralmente escusos. O que esse rapaz falou sobre a Petrobrás tem tantos furos que parece queijo suiço. Se o Miguel não estiver sem saco para responder todas essas sandices, prova por A + B que esse Linguarudio falou M., mas muita M. mesmo. No que tem todo direito, pois estamos numa democracia
olá juliano, eu transferi esse comentário dele lá para o post do Pre-sal é nosso e respondi lá.
La guardia acha que o governo Lula está há 500 anos no poder. Lula chegou ao poder em 2002. VOTEI EM BRIZOLA NO PRIMEIRO TURNO EM 2002 QUE PROMETEU MUDAR RADICALMENTE O BRASIL AO GOSTO DO QUE LA GUARDIA QUER. Ou só é falácia, la guardia? Essas mazelas (Educação, saude falidas)são todas obra da Direita que governou este país. Lula não é perfeito, infalivel, mas tenta mudar alguma coisa, dentro do possivel, não obstante os ataques covardes que sofre da direita, que tenta defenestrá-lo do poder. Até 2002 pode colocar essas mazela na conta da direita, la guardia.
La guardia cai no conto dos que criaram O CAÇADOR DOS MARAJÁS: COLLOR. O governo do caçador de Marajás deu no que deu... A zelite que o pariu teve que defenestrá-lo do poder, correndo. Quem mandou Collor ficar independente e querer faturar em cima da banca e dos rentistas, que o pariram? Tem otário - la guardia - que não aprende, mesmo apanhando.
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