O grito do porco

(Mais uma para minha exposição pessoal de fotos da Lapa antiga e adjacências)

Certa feita, comentei por aqui sobre algumas lembranças da minha infância, lá no sítio em Nova Friburgo, quando eu ouvia os berros quase humanos de um porco sendo sangrado. Acredito que a senhora Miriam Leitão, uma das representantes máximas do glorioso PIG, deva estar prestes a emitir gritos similares. Seu sobrenome e a sigla da organização à qual pertence oferecem ocasião para variados trocadilhos, que deixo, desta vez, para a imaginação do leitor.

Confesso que me sinto uma vítima da odiosa lei de Murphy: sempre que tenho tempo e ócio para poder me dedicar a meu esporte favorito, a saber, caça aos Leitões, PIGs e demais animais da fauna golpista nacional, o incêndio político parece amainar. Ou então é pura falta de prática. É engraçado ser blogueiro político no Brasil. Sentimo-nos como atletas olímpicos, e qualquer parada implica em enferrujamento imediato dos músculos, botando em risco o desempenho nas provas. Ou como heróis de quadrinhos, prontos para lutar contra os bandidos que ameaçam o desenvolvimento do país e a justiça social.

Enfim, chega de papo furado e vamos ao trabalho. Para um blogueiro profissional, como eu quero ser quando crescer, não deve faltar nunca assunto. Se a paisagem política está calma, ótimo. Temos mesmo que nos preparar para a paz, quando ela vier. Há uma frase clichê da Arte da Guerra, do Sun Tzu, que eu ouvi milhões de vezes nas palestras chatas que fui obrigado a assistir por obrigação profissional: na paz, prepare-se para a guerra; na guerra, prepare-se para a paz.

Ou seja, se as coisas estão calmas agora, é um ótimo momento para polirmos nossas armas e passarmos em revista nossos exércitos. Nossas armas principais, neste caso, são as informações. Com a internet, não precisamos mais da mídia para sabermos a quantas anda o desemprego, o comércio exterior, as vendas.

Nisso, eu posso contribuir um pouco, pois passei a vida inteira fazendo isso. E posso ensinar a todo mundo. Hoje em dia, é possível obter qualquer informação estatística pela internet. Basta fuçar, fuçar e fuçar. Mas atenção, o Google não dá conta do serviço. É preciso entrar nos sites oficiais de estatísticas dos governos ou institutos oficiais. Neste ponto, o Brasil é um modelo internacional, oferecendo dados atualizados, gratuitamente, para qualquer navegante.

As fontes estatísticas mais importantes do Brasil são:

1) www.IBGE.gov.br - com informações gerais e detalhadas sobre tudo.
2) http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br/ - dados sobre o comércio exterior.

Hoje, trago uma tabela sobre o desemprego no Brasil. É um número extremamente importante na disputa política, por razões óbvias. E observo com alegria que o Brasil encerrou o mês de julho com uma taxa de desemprego de 8,0%, um número menor do que os 8,1% registrados no mesmo mês do ano anterior. Ou seja, o Brasil está saindo da maior crise econômica mundial desde a II Guerra, com uma situação melhor do que quando entrou. E dá-lhe marolinha!

Como diz nosso amigo Paulo Henrique Amorim, é agora que a Miriam Leitão corta os pulsos! O Sardenberg deve estar à beira de uma convulsão epilética nas redações platinadas. E o Ali Kamel, possivelmente, cogita em voltar ao mercado de filmes eróticos...

Nessas ocasiões, é impossível não se espantar com a podridão ideológica que tomou conta da mídia e seus ventríloquos no Congresso, que torcem - e retorcem notícias e números - pela desgraça da pátria, na esperança de terem com que criticar o governo. Tal pequenez política causa arrepios em qualquer pessoa na qual os ódios partidários não fizeram evaporar o bom senso.

Confira, o desemprego caiu em todas as regiões metropolitanas pesquisadas, com exceção de Porto Alegre, onde, contudo, se registra as menores taxas do país, de 5,8% em julho.

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