7 de dezembro de 2009

Los hermanitos y las verditas

Pois é, Miguel, hora de voltar ao batente. O Bortolotto já está consciente e vai se recuperar, ao que parece, sem grandes sequelas, pois a coluna não foi atingida. Agora é sua vez de trabalhar. Pode continuar a fazer seu folhetim, mas vamos publicar alguma coisa de útil para não matar de tédio a sua meia dúzia de leitores. Vamos lá. Segundo o banco de dados online Alice, alimentado pelo Ministério do Desenvolvimento (Mdic), o Brasil exportou 154,44 bilhões de dólares em 2008/09, no período de 12 meses Nov/Out, o que representou um crescimento de 229% sobre 10 anos atrás.

Os principais produtos exportados pelo Brasil são matérias-primas, como ferro, petróleo, soja e carne, por ordem de importância. Em quinto lugar, todavia, vem um produto manufaturado de alto valor agregado: autopeças. A exportação brasileira de veículos e suas peças gerou 8,9 bilhões de dólares para a balança cambial nos últimos 12 meses, um valor que representa mais que o dobro da receita da exportação de café no mesmo período.

O importante a observar aqui, porém, é para onde se destinam essas exportações de autopeças. Nosso maior comprador é, de longe, a Argentina, que importou 3,43 bilhões de dólares em autopeças brasileiras, em Nov/Out 2009.

México, Alemanha, Venezuela, Chile e África do Sul, além da já citada Argentina, foram os principais compradores das autopeças brasileiras. Atentem para os desdobramentos diplomáticos, comerciais e políticos dessa realidade.

É verdade que os principais produtos exportados pelo Brasil são matérias-primas de baixo valor agregado. Mas não devemos ter vergonha por isso. A quantidade imensa de recursos naturais que existem em nosso território fazem com que, mesmo que exportemos grandes quantidades de produtos industrializados, as matérias-primas sempre serão um componente importante em nossa balança comercial. O que importa é verificar que as exportações de manufaturados estão crescendo, e de forma rápida, e que os mercados mais abertos e promissores estão no chamado mundo em desenvolvimento, a começar por nossos vizinhos. Clique nas tabelas para ampliá-las.








1 comentário

Clique aqui para ler uma historinha do Mello disse...

Esta sua postagem está leve, bem simples,
Estou percebendo que os leitores de blogs leem com mais facilidade textos menos cerebrais, ou seja, que se aproximam de histórias em quadrinhos.
Vi isso após ler uns textos do blog do Antonio Mello.
Os escritores ainda não conquistaram a internet, talvez porque quem lê na web exija rapidez
Pena que ainda não haja pesquisa neste sentido.

Este comentário se refere a textos literários e não aos textos políticos.

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