Ontem encontrei um companheiro na praça São Salvador que montou uma banquinha para vender livros usados. É um chapa das antigas, que estudou comigo no primário, e agora tenta ganhar a vida enquanto não passa num concurso para professor. É questão de tempo até ele entrar no magistério e se ajeitar. A São Salvador agora é um lugar cult no Rio, um ponto-de-encontro de intelectuais e da fauna que os acompanham. Mas eu não sou frequentador dessa nova fase da praça. Uns anos atrás eu vinha de vez em quando. Havia fechado a empresa e morei uns meses com minha mãe, pensando em alternativas para me reerguer. Vagabundeava pelo aterro, andava por todo o lado, e dava na praça, que de fato ainda é o lugar mais sossegado para tomar uma cerveja no Flamengo. Na época, eu nunca tinha mais de dez reais, que usava para tomar duas garrafas de cerveja e uma cachaça com limão. Levava um livro e um caderno. Lia, escrevia poemas e anotações esparsas sobre o universo e as abobrinhas que o habitam. Era o suficiente para voltar chapado e feliz. Não é o tipo de coisa de que alguém deve se orgulhar; mas cada um tem sua própria estratégia para manter neurônios rebeldes sob controle.
Conheci um sujeito engraçado ontem, mas muito mala. Sua história de vida, que ele repetia ad infinitum para todos que lhe quisessem ou não quisessem ouvir, é que fora casado sete anos com uma mulher milionária, e aí ele dava detalhes da vida suntuosa que levava. Ela não queria que ele trabalhasse, dizendo que, se lhe dessem um salário de seis mil reais, ela bancava a quantia e ele não precisava fazer nada. Esse sim, um vagabundo de verdade, de profissão. Até o tipo físico dele era de um verdadeiro malandro: bastante magro, aparentando uns quarenta e poucos anos, mas com uma agilidade física de adolescente.
Depois um homem apareceu e, vendo um livro de João Gilberto Noll no stand do meu amigo, contou-nos que conhecera Noll quando o escritor gaúcho tinha 39 anos e acabara de lançar o romance Fúria do Corpo, o que nos levou a iniciar uma sessão de anedotas pornográficas muito hilárias.
Uma delas, contada por essa figura de cabelos compridos presos com rabo de cavalo, óculos vermelhos e uma pinta de cineasta dos anos 80, ou personagem de Thomas Pynchon, era sobre um cara que transava com uma bela garota. O cara resolve fazer sexo oral na menina e, no meio do ato, sua dentadura sai e prende no grelo. Desesperado, porque não queria que ela percebesse que ele usava dentadura, ele enfia a cara na vagina da moça para encaixá-la de volta na boca. Ao fazê-lo, demora um pouco mais do que pretendia, fazendo a moça gemer muito alto, mas não de prazer, de dor mesmo.
Lembrei então de uma história ainda mais engraçada, que um amigo me contou em priscas eras. Sobre um casal de jovens que decidira fazer sexo anal. A coisa rolou muito bem, apesar dos percalços de praxe, mas depois que terminou, ocorreu um problema. O pênis não saía. Ficou preso no ânus da moça. Isso acontece com cachorro às vezes. Os dois foram levados pelo pai da moça, enrolados num lençol, para o pronto-socorro. Deve ter sido uma situação muito constrangedora, mas a gente, com o espírito amaciado pela cerveja, demos gargalhadas quase epiléticas imaginando a cena. Veio-me então uma idéia assombrosa: um rapaz, ao acariciar com amorosa língua a doçura vaginal da namorada, prende o aparelho de dente no piercing que a moça aplicou recentemente logo acima do clitóris. Eles são obrigados a ir ao hospital, então, naquela postura... intrigante, quase rodiniana.
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Os bipolares estão por toda a parte. Aí eu pensei hoje, levemente aterrorizado: será que eu sou também? Meu amigo falou-me de uma mulher cujo namorado era tão chato, tão mala, que ela disse que ele nem bipolar era. Era monopolar. O bipolar pelo menos tem um período legal, de euforia e animação. O cara era o tempo inteiro mala e deprê. Bipolar, para ele, seria um avanço. Mas eu pensava que talvez eu fosse bipolar porque notei que tenho períodos de produção intensa, seguidos de longas semanas de mastodôntica preguiça.
De qualquer forma, tenho plena consciência de que disciplina é fundamental. E tudo é uma questão de exercício. Os romanos se tornaram uma potência militar porque, mesmo em tempos de paz, seus exércitos estavam constamente fazendo exercícios de guerra. Até a raíz da palavra é mesma: exército X exercício. O exemplo é meio belicista demais, eu sei, mas ilustra bem a necessidade de não confundirmos saber com patrimônio físico. Como essas pessoas que se formam na Uniban (ou na USP, para mim é tudo a mesma coisa) e pensam que já sabem de tudo.
Afinal a questão central da vida talvez não seja a dicotomia entre ser e ter. As pessoas, quando querem se mostrar muito "espiritualizadas", falam sempre na necessidade de valorizarmos o ser e não o ter. Talvez isso seja uma bobagem. Não temos que "ser" nada. O ser é uma expressão vazia, metafisicamente supervalorizada. O mais importante não é ser, e sim fazer. O fazer é que é o verdadeiro ser, porque é no fazer que o ser se realiza.
Esse é um pensamento muito político, porque nele encontramos a raíz dos problemas de inúmeros socialistas de botique, que agem sempre como deuses do olimpo dando pitacos sobre os pobres mortais. Para ser um socialista não basta autoproclamar-se socialista, ou deitar-se sobre uma cama feita de livros marxistas, ou enfeitar-se caprichosamente com boinazinhas estreladas. Mas não quero me estender sobre socialismo, porque igualmente acho que o socialismo não existe. O que é o socialismo? Que tipo de governo? Que tipo de instituições? Se alguém pudesse me responder sem subterfúrgios ou firulas acadêmicas, eu me sentiria muito honrado. Para mim, o que existe é o regime democrático republicano, com separação de poderes e sufrágio universal, onde temos um presidente com amplos poderes, conferidos pelo povo, e um Legislativo com poder soberano e livre de produzir leis que permitam o país se desenvolver com segurança e prosperidade. Por exemplo, o Congresso Nacional poderia decretar uma lei estatizando o sistema bancário nacional. Eu defendo essa medida há tempos. Acho indecente entregarmos a circulação monetária do país a filhinhos de papai sem nenhum compromisso com a estabilidade econômica, social e política. Assim como a moeda é monopólio do Estado, a sua circulação também deveria ser. Daí seria possível extinguir o spread bancário e os juros. O Brasil poderia ser um dos primeiros países capitalistas dessa pós-modernidade neocon a adotar um sistema monetário infinitamente mais seguro e dinâmico, muito menos oneroso ao custo nacional. Os bancos drenam os recursos nacionais para um buraco sem fundo. E depois ainda quebram e o Estado, ou seja, o contribuinte é quem paga a conta. O Chávez falou uma coisa muito engraçada: se o meio ambiente fosse um banco, os países ricos chegariam a um acordo rapidamente para salvá-lo. Para salvar esses bancos de merda, os governos gastaram dez trilhões de dólares. Mas ninguém quer dar um bilhãozinho de dólares para criar um fundo internacional com fins ecológicos.
O Chávez é realmente um cara engraçado e espirituoso, mas ele se encaixa naquele perfil do socialista mais existencialista que consequente. A grande sacação do Lula, que ele vem tentando enfiar na cabeça dura de Chávez, é que dá muito mais resultado falar menos e fazer muito do que a tática oposta. É muito mais estratégico e prudente que um governante expanda sua personalidade em piadas e anedotas, como faz Lula, mesmo que picantes, do que vociferar contra Moby Dick. A baleia branca deve ser caçada em silêncio.
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Aécio pulou fora da canoa tucana, e ao fazê-lo quase virou a mesma, em função da má qualidade do material que o PSDB tem usado para fazê-la boiar, pois o rio onde navega continua agitado pelos navios lulistas que cruzam as margens, da direita para esquerda, da esquerda para direita, incessantemente. Perdidinho, ao PSDB restou o melancólico papel de fazer uma oposição de direita, manjada, antipopular. Se quisesse realmente o bem do povo brasileiro, o PSDB deveria cobrar a redução do spread bancário, por exemplo. Mas, peraí... eles é que são os amiguinhos dos banqueiros... Então, se não tem nada de melhor para propor ao Brasil; ao contrário, se tem apenas respostas inapropriadas, medíocres, confusas, às demandas ainda colossais da nação, os tucanos deveriam enfiar seu bico no saco e escafederem-se da face da terra!
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Agora é Serra e os papagaios vaidosos pendurados em seu cangote: Reinaldo Azevedo, Merval Pereira, Miriam Leitão, Ali Kamel, Sardenberg. Todo mundo neocon. Todo mundo abanando o rabinho pro Dick Cheney. Eles e suas fichas falsas, mentirosos contumazes, sociopatas, cínicos.
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Eu fiquei realmente passado com isso. Um blogueiro da Veja, Augusto Nunes, editou comentário de um leitor, dando-lhe sentido oposto ao que possuía originalmente. O mais estarrecedor é que ele ainda deu entrevista dizendo que achava certo o que havia feito. Esses caras perderam qualquer noção de ética jornalística. Agora se vangloriam de mentir!
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Por fim, há que se comemorar a notícia que encerrou gloriosamente o ano político. O Datafolha, instituto insuspeito de beneficiar Dilma (muito ao contrário), divulgou ontem que a ministra Dilma Rousseff, pré-candidata à presidência da república, registrou um aumento de seis pontos percentuais em suas intenções de voto, encostando em seu principal adversário, José Serra. Dilma subiu para 23 a 26%, enquanto Serra ficou estacionado.
É claro que a imprensa procurou abafar o máximo possível. Todas as manchetes da mídia, em vez de destacarem o fato novo (conforme manda o jornalismo sério), exerceram um coro uníssono: Serra mantém liderança isolada. As matérias pareciam quase todas escritas pela mesma pessoa. Chega a ser cômico. Em vez de falarem que as intenções de voto em Serra permaneceram estáveis, dentro da margem de erro, dizem que SUBIU UM PONTO.
O Datafolha já liberou as tabelas completas da pesquisa, e eu sugiro que todos olhem os números com seus próprios olhos, até por uma questão de exercício. Se queremos uma sociedade menos dependente da mídia corporativa, os cidadãos tem que aprender a fazer as suas próprias tarefas jornalísticas diárias. Não toma muito mais tempo do que ler um jornal cheio de firulas inúteis e publicidade duvidosa, com a vantagem de ser de graça. Eu separei e editei uma seção da pesquisa que achei particularmente interessante:
Clique na tabela para ampliar.
Essa é a tabela da votação espontânea. Repare que, além de Lula aparecer em posição soberba (vinte por cento), Dilma Rousseff obteve a mesma pontuação de seu adversário Serra: oito pontos percentuais.
21 de dezembro de 2009
Somos todos bipolares & pornografias cômicas
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Reparou que na tabela mestrada, Dilma é mais citada que Serra entre os entrevistados de educação superior (14% contra 11%), e empata em citações com Serra entre os que ganham mais de 10 salários mínimos (ambos 10%)? E que cerca de 50% das pessoas entrevistadas ainda não fazem a menor ideia de quem vão votar?
boa sacada, Vera. que interessante, né? eu até dei um jeito de ampliar a tabela, que estava com as fontes muito pequenas.
Identifico-me com você. Sou 70/30. Setenta por cento de preguiça e às vezes trinta de produção. Às vezes essa relação fica ainda mais desequilibrada.
Quanto à pesquisa, será que a decisão de publicar o crescimento da Dilma não é uma tentativa de "apertar" o Serra pra ver se ele "caga ou desocupa a moita"?
Fechando a Educação Pública Estadual para Balanço – 2009.
Vai chegando ao seu final e para os profissionais do magistério, mais um ano de muitas decepções como o governo estadual, a situação é muito pior; diretores de escola da rede estadual paulista processados por desvios de verbas, impunidade na diretoria de ensino de Araraquara, até quando permanecerá esta situação, persistência em erros, improbidades administrativas, erros em matérias pedagógicos, avaliações classificatórias, denuncias e a existência de milhares processos administrativos disciplinares, impunidades, livros infanto-juvenis inadequados, erros no IDESP, e Saresp, gabaritos em mãos indevidas, provas misturadas a outras disciplinas entre outras barbaridades que fatalmente acabarão prejudicando o desempenho do alunos e da escola , diretorias de ensino e escolas com destinos nas mãos de políticos locais que desenham conforme suas prioridades eleitoreiras como funcionam as diretorias regionais de ensino, muitas outra patranhas administrativas poderiam ser arroladas neste balanço final, mas para a SEE- SP “Isso tudo é irrelevante”, para o governador Serra.
Como chegar a uma rede de ensino estadual de qualidade com tanta incompetência, com tanta impunidade e corrupção????
Nas escolas, e diretorias de ensino a situação continua e é cada vez mais delicada. Além dos defasados salários, cada dia mais insuficientes para a sobrevivência, a estrutura de funcionamento em precárias condições, quase inviabilizam o trabalho que geram crimes de peculato e improbidade administrativa, a falta de disciplinas nas escolas, a violência grassando soltas, entre outros fatores dificultadores. A distancia entre o governo, via Secretaria da Educação e a Unidade Escolar é do tamanho de um oceano. A teoria dos gabinetes e a realidade das escolas não caminham na mesma direção, com conseqüências desastrosas. Haja vista os resultados das avaliações, da corrupção incessante.
O governador Serra gasta verdadeiramente fortunas em propagandas para demonstrar o que o governo faz. Entretanto, é extremamente centralizador em decisões de interesse dos servidores públicos. Não dialoga, nem permite que seus assessores o façam. Tudo é decidido por ele e por um grupo restrito de senhores e senhoras.
Serra é político profissional. Tudo o que faz é visando o troco, chamado voto,. Há uma diferença muito grande entre ver a propaganda produzida e a realidade dos fatos.
Se a imprensa colaborasse mais para mostrar os desmandos do governo, na diretoria de ensino de Araraquara, a população ficaria mais próxima da realidade. Infelizmente, esta mesma imprensa está comprometida com o governo. Basta observar o volume de publicações e propagandas oficiais divulgadas em órgãos da imprensa. é uma via de mão dupla: a imprensa favorece o governo e este a imprensa. Ver e comprovar. Como chegar a uma rede de ensino estadual de qualidade com tanta incompetência daqueles que deveriam dar o exemplo da boa administração, punindo os diretores, dirigentes e supervisores corruptos. Mas o governador Serra e o Secretário Paulo Renato pretendem justificar o injustificável dos absurdos administrativos perpetrados pelos iluminados administradores da educação estadual.
Claudio Domingos Fernandes Borges
Miguel,
gostei da sua comparação de Lula com Chavez, é isso mesmo! No entanto eu discordo da sua análise de que "(...)Perdidinho, ao PSDB restou o melancólico papel de fazer uma oposição de direita, (...)".
Miguel, não restou a eles, o PSDB é a direita mais extrema. Só que da mesma forma que a filosofia anterior citada por você, ao invés de ficar rosnando besteiras ao estilo DEMO, ou neocon, eles se mostram liberais e modernos, conseguindo assim realizar a maior sacanagem de todos os tempos, que foi o governo devastador do sr. Fernando Henrique Cardoso. Com a falsa imagem de intelectual culto, moderno, phd em tudo, e brasileiro (ele é um estadunidense de coração), o sujeito conseguiu a façanha de privatizar tudo o que tinhamos de melhor. E então, concordamos que é melhor fazer do que falar, apostamos na mesma estratégia. Bjs.
ps: Gostei de saber que rola a maior social na pça são salvador, um dia passo por lá.
boas festas, miguel. eduardo guimarães
Hohoho ...
Venho pedir desculpas por JAMAIS reler meus comentários, o q me faz escrever coisas q vao do hilário ao absurdo, inclusive porq meus teclados nao "falam" portugues (e eu escrevo mal mesmo).
Enfim ...
Hohoho ...
FELIZ NATAL a todos do cyber boteco aqí, c/ alegrias e harmonia.
Inté,
Murilo
Ps.: e vamo votar na Dilma, senao a merda piora.
Feliz natal, para você e família, Miguel.
Muito bom Miguel,como sempre!
Como costumo dize(piada de medico),todo mundo tem seu F(letra que designa as doenças mentais no CID 10!),basta procurar que vc acha!
Plano pra 2010:assinar o oleo do diabo!!
Boas festas a todos!
Continue na trincheira que precisamos de gente de valor como vc.
Feliz Natal e Ano Novo, Miguel.
O QUE FEZ POR ARARAQUARA O DEPUTADO ROBERTO MASSAFERA A NÃO SER DEFENDER A CORRUPÇÃO OS CORRUPTOS E A IMPUNIDADE.
EDINHO FEZ E FAZ E FARÁ MUITO POR ARARAQUARA E COLOCARÁ FIM NA FESTA DE IMPUNIDADE NA EDUCAÇÃO PÚBLICA ESTADUAL QUE SE TORNOU VERGONHA NACIONAL.
A IMPUNIDADE, 32 DIRETORES DE ESCOLA PROCESSADOS, EX DIRIGENTE IMPUNE, SUPERVISORES IMPUNE E ATUAL DIRIGENTE É REJEITADA MAS CONTINUA NO CARGO POR FORÇA POLITICA DO DEPUTADO TUCANO.
Governo Edinho: oito anos de transformações em Araraquara
Em janeiro de 2009, Edinho Silva entregou a prefeitura de Araraquara ao seu sucessor depois de dois mandatos e oito anos de realizações. Um trabalho reconhecido pela população que, através de uma pesquisa realizada pelo Ibope, garantiu 61% de aprovação.
Um trabalho que marcou profundamente todos os setores de Araraquara e possibilitou, nos últimos anos, uma presença maciça do Governo Federal que investiu mais de R$ 200 milhões em projetos em praticamente todos os setores do município.
Com isso, a cidade teve argumentos para negociar também com o governo estadual, que repassou mais de R$ 10 milhões em convênios para Araraquara. Estes apoios foram fundamentais para a consolidação das marcas do governo Edinho, entre elas a habitação, que incluiu a construção de mais de 4.000 moradias, sendo que aproximadamente 400 unidades foram construídas através do sistema de mutirão, beneficiando famílias que ganham menos de um salário mínimo; o projeto de retirada dos trilhos, que integrará o Centro e a Vila Xavier; a incorporação do complexo esportivo da Ferroviária ao patrimônio da prefeitura e a recuperação de todo o Parque Aquático da Ferroviária e a reforma do estádio; as obras de asfalto; os projetos de saneamento realizados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); a construção de novos postos de saúde; a construção do pronto-socorro mais moderno do interior do Estado; a criação do Parque dos Museus; a reforma do Teatro Municipal, entre outras. A educação e o desenvolvimento econômico foram as grandes marcas da administração Edinho Silva em Araraquara.
O resultado do trabalho e qualidade da equipe do governo Edinho Silva trouxe muitos benefícios para o município de Araraquara, uma cidade que hoje, tem muito mais oportunidades, participação e cidadania.
Oito anos de desenvolvimento
Edinho Silva assumiu a prefeitura de Araraquara sem o tradicional processo de transição e seu primeiro desafio foi dar conta da expectativa que a campanha e as propostas de mudança tinham gerado na população.
Após formar seu secretariado, Edinho Silva anunciou o plano de cem dias de governo, que incluía o combate a dengue, a recuperação da frota de veículos, tapa-buracos e outras medidas de manutenção da cidade. Já no primeiro mês de mandato seu governo tomou a iniciativa de mudar a Lei de Loteamento, que proibiu a comercialização de loteamentos sem a instalação de toda a infra-estrutura necessária (energia elétrica iluminação pública, rede de captação de esgoto e asfalto) e combatendo a especulação imobiliária.
O planejamento estratégico, criado para governar a cidade de Araraquara, tinha como objetivo três eixos fundamentais: cidade inclusiva, com foco nos processos de inclusão social; cidade moderna, que traduzia a retomada do desenvolvimento econômico e social, a modernização da gestão do município e a recuperação e valorização do patrimônio histórico; e cidade democrática que remetia para a criação dos instrumentos de democratização e controle social como a Coordenadoria de Participação Popular.
Durante os primeiros cem dias foi lançado o Orçamento Participativo (OP) e criado o programa das Frentes da Cidadania. Um projeto criando a Secretaria de Cultura, a Coordenadoria de Participação Popular e alterando a estrutura de várias secretarias foi enviado para a Câmara. Montou-se uma equipe de Participação Popular, que mostrou muita capacidade de absorver informações e de dirigir os processos de participação.
No ano de 2002, as obras começaram a ser executadas, e a prioridade foi o asfalto, já que muitos bairros criados a partir da década de 50 não possuíam pavimentação. Nos oito anos de governo foram mais de 1.800 quarteirões asfaltados e outros recapeados, com a implantação e ampliação das redes de galerias pluviais.
Em 2002, a criação das plenárias temáticas do OP, dirigidas para mulheres, negros, pessoas com deficiência, jovens e idosos fizeram com que a cidade se mobilizasse e começasse a decidir os benefícios para a população, além da temática da cidade, que discutia os benefícios para a cidade como um todo.
Saúde para todos
A grande marca do primeiro Governo de Edinho Silva foi a saúde. Em quatro anos, foram construídas seis novas unidades de saúde. Também se investiu muito na educação.
A necessidade da construção de novas escolas nos bairros apareceu com muita força nas plenárias do Orçamento Participativo.
A inclusão digital também foi apontada no OP como um desejo da população. Assim, foram criados 8 portais do saber no primeiro Governo, onde estudantes e a comunidade passaram a ter acesso gratuito à Internet no espaço das bibliotecas de escolas municipais.
Nas demais áreas, os destaques foram os projetos de habitação, iniciando um programa habitacional arrojado de construção de moradias populares, os trabalhos de inclusão social, com novidades nas ações voltadas para as crianças e adolescentes e para os assentamentos rurais, além da implantação de políticas inéditas para as mulheres, para os negros e para os deficientes.
No transporte, a meta de não deixar nenhum bairro da cidade sem acesso ao transporte coletivo foi atingida com sucesso.
Na Cultura, as oficinas foram importantes para a democratização no setor. Já esporte, a reestruturação das escolinhas, transformando-as em um grande projeto de inclusão social, a presença do Município garantiu a retirada de milhares de crianças das ruas e a melhoria no desempenho escolar, pois a Secretaria de Esportes trabalhou em conjunto com a de Educação e a de Saúde.
A aprovação do primeiro Governo de Edinho Silva veio no ano de 2004, quando toda a oposição se unificou para disputar as eleições. As pesquisas de opinião apontavam entre 45 a 47% de ótimo/bom para a Administração de Edinho. A vitória por apenas cinco pontos percentuais de vantagem para seu oponente, mostrou a força acumulada nos quatro anos governando a cidade de Araraquara.
Os destaques do segundo mandato de Edinho Silva mostram o aprofundamento das transformações na cidade. Foram criadas a Assessoria Especial de Combate à Discriminação Racial, a Coordenadoria de Mulheres, a Assessoria Especial de Juventude, a Semana da Diversidade Sexual foi instituída com o objetivo de aprofundar direitos e orientar para as doenças sexualmente transmissíveis, também foi implantado Plano Diretor, resultando em uma nova cultura de aprovação de projetos urbanos. Através da boa relação com o governo do presidente Lula, a cidade foi muito beneficiada, com o início da retirada dos trilhos, os investimentos na recuperação do estádio da Ferroviária, a inauguração do novo Pronto-Socorro e a incorporação da Gota de Leite pela Santa Casa, diminuindo os riscos para mães e filhos durante os partos.
No mapa abaixo você pode visualizar as 150 principais obras do Governo Edinho Silva.
http://edinhopt.com.br/edinho/prefeito/
Maria Rita Alves Marcondes
Os blogueiros de plantão, principalmente os amantes da literatura, já contam com uma nova ferramenta do Google para incrementar suas páginas. O Google Books, ou, em bom português, Google Pesquisa de Livros, permite que o usuário visualize livros na íntegra e destaque suas passagens ou imagens preferidas (veja abaixo), inserindo-as diretamente em seu blog ou site. A ferramenta é uma mão na roda para aqueles que gostam de discutir ou comentar trechos de suas obras prediletas. A página apresenta ainda informações básicas sobre o livro e links para a editora e onde comprá-lo ou encontrar em uma biblioteca. As obras armazenadas vêm de duas fontes: editoras e bibliotecas. Ainda são poucos os livros brasileiros disponíveis, mas isso deve mudar: a empresa vai anunciar na Bienal, nesta quinta-feira, às 10h, novas parcerias com editoras brasileiras, no Auditório Rachel de Queiroz, no Pavilhão Verde.
http://books.google.com.br/googlebooks/about.html
Gostei das suas lembranças na paraça. Realmente, as histórias foram muito engraçadas. E da maneira que você conta melhor ainda!
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