25 de junho de 2007

Comentários sobre a necessidade dialética da disputa ideológica


(Basquiat untitled, 1981)

A verdade não está no centro. Não está na direita. Nem na esquerda. A verdade está na luta. Como dizia Heráclito: “Tudo se faz por contraste; da luta dos contrários nasce a mais bela harmonia”. Quando a esquerda é deixada sem adversários, aprofunda-se num espiral de terror e autoritarismo sem fim. A experiência da direita não é melhor: produziu os mais tétricos regimes políticos, como o nazismo e o fascismo.

Estudando história antiga, observamos que a disputa ideológica entre grupos identificados com os interesses populares contra segmentos ligados aos grandes proprietários remonta aos primórdios da civilização. Nas terríveis disputas que conduziram à grandeza da Roma Republicana, tínhamos as classes plebéias, compostas de artesãos, imigrantes, pequenos comerciantes e pequenos proprietários, contra os patrícios, uma poderosa aristocracia fundiária. Foram as classes plebéias que pressionaram pela criação das primeiras leis escritas, as leis das 12 Pedras, que ficaram fixadas no Fórum romano durante séculos, até o fim da República. As leis escritas constituíam uma importante proteção contra o poder discricionário da aristocracia, que dispunha de armas e dinheiro.

No entanto, na mesma história, vemos situações ambíguas, como aristocratas defendendo interesses populares e líderes populares com propostas reacionárias. De maneira geral, as grandes lideranças da história, como Júlio César, Napoleão, Getúlio Vargas, mesclavam a defesa da melhora da vida das classes mais baixas, com o apoio de uma camada importante das elites financeiras.

As classes médias, geralmente, inclinam-se à direita, mas sobre isso existem leis políticas especiais. Em sociedades mais desenvolvidas, as classes médias estratificam-se em muitos tipos diferentes. Para evitar uma generalização exagerada, usemos o caso do Brasil. As classes médias que descendem de nossa “aristocracia rural”, ou seja, famílias saudosas da riqueza antiga de seus antepassados, e que, num país tão monstruosamente imenso como o nosso, constituem um significativo contingente populacional, essas são decididamente “de direita”. Raivosamente de direita. A consciência do conforto financeiro de seus avós gera uma amarga visão do mundo, uma irritação constante contra qualquer posição ideológica que associe a riqueza à injustiça social ou fatores negativos de forma geral.

Já famílias de classe média com antiga descendência urbana, em geral são de esquerda. Na maioria dos casos, existe uma origem humilde, longínqua ou recente. Não confundir com os “novos ricos”, compostos geralmente de comerciantes bem sucedidos, que possuem uma visão muito capitalista do mundo, mas também bastante populista, com uma visão política sempre original e independente, muito difícil de captar (ou intuir, como é o caso aqui) estatisticamente.

Um caso é muito importante de ser estudado. Como o radicalismo ideológico de esquerda se concentra, tanto no Brasil como na França, para citar dois países com democracias similares, no funcionalismo público. Este é um ponto importante, pois representa tanto uma força fundamental da esquerda, como seu principal ponto-fraco. Trata-se de uma força porque o trabalhador público possui, nos países citados (e em muitos outros), uma grande estabilidade e uma série de direitos trabalhistas que lhe confere auto-confiança, recursos e tempo para articular-se politicamente e contribuir para a luta ideologica. Em quase 100% dos casos, o setor público é de esquerda. O problema é que tem sido justamente neste setor público que vem se criando um corporativismo muito egoísta, revestido de esquerda radical, que, ao invés de contribuir para as lutas ideológicas nacionais, vem atrapalhando o processo democrático, alinhando-se apenas consigo mesmo, de forma muito arrogante e auto-suficiente. Prejudica, sobretudo, a esquerda, visto que esses grupos procuram monopolizar, de forma muito autoritária, às vezes até violenta, o próprio conceito de esquerda. “Esquerda somos nós!”, berram os representantes desta esquerda radical, esquecendo a necessidade da legitimação popular, pelo voto e por setores sociais heterogêneos. Vão mais fundo em sua esquizofrenia ideológica. Como não recebem votos nem de seus familiares, acusam as próprias instituições democráticas.
Lembro de reuniões políticas em que grupos que se auto-intitulavam “anarquistas” pregavam o voto nulo e denunciavam o voto. Defendiam o “poder popular”, sem conseguir, naturalmente, especificar como diabos esse poder popular poderia se concretizar que não através do voto. Pensavam talvez no velho “quantos levantaram a mão?”. Trata-se, neste caso, de absoluta ingenuidade, visto que não refletiam que qualquer tipo de instituição que imaginassem criar para gerir ou regular o interesse público teria que apelar para o sufrágio caso não quisesse se rebaixar a alguma forma mesquinha ou primitiva de tirania.

Esta luta entre esquerda e direita assume aspectos variados ao longo da história. Na América Latina, como estamos vendo, a esquerda vem ganhando eleições e se fortalecendo. Ao mesmo tempo, a direita também vem se tornando mais feroz. Mas as razões da esquerda estar tão forte, no momento, na América Latina, residem justamente no fracasso da direita enquanto elite política. E, ao contrário do que a direita alega, um fracasso principalmente de gestão, de gestão econômica. No Brasil, por exemplo, a direita alega ser portadora da bandeira da “competência”, da “boa gestão” e, agora, da “ética”. Ora, uma coisa é falar. Outra é fazer. O que a direita fez no Brasil foi tudo ao contrário de uma gestão competente ou ética. Não é o momento aqui de relacionar todo o fracasso da direita no Brasil, visto que saimos há pouco de um processo eleitoral em que os fatos foram repetidos à exaustão.

A vitória de Sarkozy na França teve seus motivos. Em primeiro lugar, o sarkozismo significou uma importante derrota à extrema direita do Le Pen. É uma direita, digamos, esclarecida, e que talvez tenha soluções para problemas graves que afligem a França. O problema da imigração, por exemplo, deve ser visto com racionalidade. Ninguém no Brasil pode sequer imaginar a gravidade deste problema na França, e na Europa em geral. Não se trata de simplesmente dizer que “a culpa” da miséria africana e asiática é da Europa e, portanto, ela que pague o pato. Isso não é solução. A Europa, efetivamente, tem responsabilidade central na pobreza da Africa. Mas isso não significa que a Europa deva se tornar outra Africa. A imigração se tornou o principal problema europeu. É natural que se procurem soluções. Se é a direita que oferece essas soluções, então os europeus votam na direita. Simples assim. O caso é: por que a esquerda não pensou nisso?

No Brasil, existem muitos casos similares. Por exemplo, setores da esquerda acusam o governo Lula de não ter feito a reforma agrária. No centro das atenções, temos o MST. A esquerda urbana tem a mania de considerar apenas o MST enquanto representante da reforma agrária. Mas alguém já parou para pensar o que seja, efetivamente, a reforma agrária? A esta altura do campeonato, quem disser que se trata apenas de distribuir terras, está definitivamente atrasado. Uma reforma agrária hoje não tem nada a ver com a reforma agrária do México de 1910. O MST diz que existem 4 milhões de sem-terra no Brasil. É um número genérico, talvez inflado. O que sei com certeza é que, segundo a última pesquisa do IBGE, existem 4 milhões de propriedades de terra no Brasil. 90% são pequenas propriedades. Claro, se você fizer uma pirâmide, verá que a maioria das propriedades corresponde a um percentual de uns 40%, enquanto as grandes propriedades correspondem aos outros 60%. Mas o caso aqui é que uma reforma agrária precisa contemplar sobretudo essas propriedades familiares, contribuindo para os agricultores tenham renda e possam melhorar de vida. Ou seja, não se faz reforma agrária apenas para sem-terras, mas para os agricultores. Se você pegar o histórico do volume de recursos que o Banco do Brasil, através de Pronaf, e outros instrumentos, vem aplicando na agricultura familiar, você vai entender porque a aprovação popular do Lula é a maior que a de qualquer outro presidente da história brasileira. O Banco do Brasil tinha uma política absolutamente patrimonialista. Só emprestava a grandes proprietários, ou para quem era amigo do gerente, geralmente casado ou genro de alguma família rural. Era uma coisa totalmente anti-republicana. As instituições de assistência técnica rural também tem recebido mais recursos e vem ajudando decisivamente o pequeno agricultor.

É preciso, além disso, perder o preconceito com o grande agricultor. A agricultura é um negócio extremamente arriscado, e se um sujeito resolve aplicar milhões numa fazenda, esse cara é um herói. Mais importante: está gerando milhares de empregos. Não se engane quem acha que uma fazenda mecanizada não gere empregos. Se você pensar no emprego agrícola apenas como aquele barnabé colhendo cana-de-açúcar com a mão, tudo bem, fazenda mecanizada gera pouco emprego. Mas você deve pensar no operário na fábrica de fertilizante ou de máquinas, no empregado da lojinha de insumos, no técnico que faz a manutenção do maquinário, nos agrônomos que supervisionam a produção, nos gerentes comerciais, nos empregados das corretoras que fazem os negócios, enfim, uma série de empregos de alta qualidade que transformam a atividade agrícola numa atividade conectada com o mundo moderno, não num feudo medieval, perpetuador da pobreza humana. Venhamos e convenhamos. Trabalhar colhendo cana não dá futuro para ninguém. Como operário numa fábrica de máquinas, sim. Uma fazenda de soja gera impostos, e são esses impostos que vão pagar as escolas técnicas para que os jovens daquela região possam ser engenheiros da Vale do Rio Doce e não trabalhadores rurais ou mais um jeca-tatú plantador de batata. Com todo respeito ao jeca-tatú, se ganha muito mais, se tem uma vida muito mais plena, sendo engenheiro da Vale do Rio Doce do que um pequeno plantador de batata no interior de Goiás.

Esse tipo de pensamento é que diferencia uma esquerda desinformada, uma esquerda caricatural, uma esquerda, enfim, conveniente e fragil conceitualmente, de uma esquerda pronta para enfrentar os novos desafios tecnologicos, ideologicos e, por que nao, metafisicos do século XXI. Uma esquerda que realmente ameaça a direita. Uma esquerda, enfim, preparada para vencer a direita e administrar a sua vitoria por longos periodos.

Não se trata, portanto, somente de uma luta entre esquerda e direita, mas de lutas no interior de cada grupo por um melhor aperfeiçoamento conceitual. E, principalmente, por uma melhor interpretação das informações. Mark Twain dizia uma coisa engraçada, ironizando a suposta isenção do jornalista: "Primeiro obtenha os fatos; depois pode torcê-los tanto quanto quiser". Trata-se justamente disso. A direita, expulsa do poder político, refugiou-se no poder midiático. E vem usando esse poder sem nenhum escrúpulo para debilitar a esquerda e fortalecer a si própria. É um poder maior do que imaginamos e as manifestações de gente da esquerda, do tipo: não leia Veja, não leia Estadão, não leia isso ou aquilo, são ingênuas, embora tenham a sua razão de ser. Se você não ler, outros milhões vão ler, e vão acreditar naquilo. A melhor saída é continuar combatendo. Apontando inconsistências, incongruências e procurando organizar formas alternativas de transmitir informação.

O interessante é observar que, na ânsia de converter o jornal numa arma política, seus donos o estão enfraquecendo enquanto ferramenta de comunicação. Por exemplo, eu queria saber mais sobre o Brasil, mas os jornais gastam 5, 6 páginas por dia falando dos bois e da amante do Renan Calheiros. O Brasil é o principal produtor agrícola do mundo, e muito pouco se fala sobre isso nos jornais. Claro, as agências especializadas cuidam desses assuntos. Mesmo assim.

Os jornais têm um universo de informações sobre um país que vive um momento fervilhante de sua economia. O Brasil possui as maiores reservas de minério de ferro do mundo e, portanto, seria interessante que os jornais publicassem matérias sobre o setor, informando o preço pelo qual o Brasil vem exportando o ferro. De uns tempos para cá, a exportação de carnes assumiu o primeiro lugar na pauta de exportação do agronegócio. Gostaria de obter mais detalhes sobre essas coisas. Gostaria de reportagens mais abrangentes sobre a vida no interior, nas periferias das grandes cidades. Mas não. A mídia nos empurra Renan Calheiros, Renan Calheiros, Renan Calheiros, Vavá, Vévé, Vóvó e Vuvu. Do Brasil real sabemos muito pouco.

Penso na famosa fábulo de Esopo, da rã e do rato, na qual o rato pede a rã que a ajude a atravessar o rio. A rã decide ajudar, mas com o intuito puramente maldoso de, no meio do rio, mergulhar e afogar o rato. Quando atingem o meio do rio, uma águia se aproxima, agarra o rato que, por sua vez, segura rã, e os dois são levados pelo predador.

A nossa mídia vem fazendo o papel da rã malvada. No afã de afogar seus adversários políticos será também vítima de uma força maior. O julgamento da história. Ou fracasso comercial.

9 comentarios

Anônimo disse...

Já se vão bem distantes os tempos em as famosas operações-abafa tinham o poder de manter em segredo a roubalheira dos membros da nossa elite podre, branca, cínica e corrupta

Daí o fato de eles estarem torcendo para que algum avião caia, melhor ainda se Lula estiver dentro

Não é que eles estão em festa pelo simples fato de dois avião darem uma raspada de asas na pista?

Estão que nem urubus no alto da árvore esperando um cadáver

Vera Pereira disse...

Excelente, Miguel. Esse comentário é para copiar, guardar e pensar.

Anônimo disse...

Excelente texto. Não concordo com tudo, mas é a base de uma discussão altamente construtiva. E muito bem concatenado. ;)

O Anão Corcunda disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
O Anão Corcunda disse...

(comentário reescrito)

O texto está ótimo, mas no primeiro parágrafo há uma construção que muito me incomodou e que persistiu em outros momentos. Está condensada nesta frase: "Quando a esquerda é deixada sem adversários, aprofunda-se num espiral de terror e autoritarismo sem fim."

Ora, peralá: se caiu em um espiral de terror e autoritarismo, já deixou de ser esquerda há muito tempo. Achei que você se preocupou um pouco além da conta em enfatizar uma premissa correta: que a esquerda precisa desenvolver/evoluir sua práxis (a partir da história da luta de classes, do desenvolvimento da ciência e das relações sociais) - e acabou caindo numa confusão conceitual.

Qualquer esquerda que se preze precisa ter o objetivo de derrotar a direita. Só que, uma vez tendo a direita sido derrotada, a história não acabou. Francis Fukuyama de esquerda não tem como existir (podemos até transformar isso em uma tese: todo Francis Fukuyama é de direita).

Tem uma frase do Brecht que acho que serve muito - não lembro direito, mas é mais ou menos assim: "É muito difícil iniciar uma revolução; mais difícil é prosseguir a batalha; ainda mais difícil é vencer a revolução; mas, quando se vence uma revolução, aí é que começa o trabalho mais difícil de todos".

Me ocorre que talvez você tenha se referido às experiências socialistas do séc XX, algumas das quais, em certos momentos, realmente caíram em espirais de terror. Mas aí acho que devemos ter todo o cuidado do mundo e enfatizar que esses momentos foram erros graves - pois mesmo uma revolução de esquerda pode escorregar feio e descambar para a direita. Enfatizando também que esses erros e guinadas conservadoras precisam ser superados na história. Você escreveu de forma a equivaler esquerda e direita - e isso dá muita margem àquele pensamento que está muito em moda: "hoje em dia não existe tal diferença, isso hoje não vale mais, etc".

A esquerda precisa reivindicar para si a condição exclusiva (sim!) de pôr em prática qualquer projeto efetivamente democrático. Mas, ao mesmo tempo, precisa reivindicar e bancar isso com sua práxis.

Lembro, não sei direito por quê, de Walter Benjamin, quando diz que a astúcia é um instrumento na luta do materialismo histórico, assim como os conceitos, a racionalidade, o humor. Qualquer erro vai ser cooptado pelo outro lado. Assim como interpretações equivocadas sobre os tais erros.

Miguel do Rosário disse...

anao, muito bem colocado. O texto é polemico, eu sei, mas o que eu procurei fazer foi, sobretudo, inventar - no sentido de inovar - uma soluçao para um problema sempre recorrente nas ideologias. A esquerda pode reivindicar exclusividade de projeto politico? Pode, mas dentro da propria esquerda, como voce sabe, logo surgirao grupos divididos, uns mais à esquerda, outros mais à direita. A dialética persistira de qualquer maneira. O que eu procuro dizer aqui é que, enquanto se tentou simplesmente suprimir essa dialética, seja através da violencia, seja através da negaçao do outro, deveriamos compreende-la enquanto realidade insuprimivel, essa realidade que permanece à revelia de nossos desejos ideologicos. Compreendendo-a, poderiamos intervir na historia, criando uma esquerda realmente possante e duradoura, que mantivesse a direita sob controle. Por ai vai. Mas o importante é a produçao do debate. Isso faz historia. Isso renova as ideologias. A esquerda precisa confrontar os seus fantasmas mais temidos. Como dizia Diadorim: Carece ter coragem, carece ter muita coragem...

O Anão Corcunda disse...

É o mundo à revelia!

wilson cunha junior disse...

O texto é bom mas concordo com as ressalvas do anão corcunda. Sobre a "esquerda radical" dias antes este blog criticou duramente o José Arbex jr por suas posições. Li uma entrevista dele dada ao Marcelo Salles do fazendo média e só lamentei sua acidez em relação ao Lula, onde aí eu acho que a esquerda mais à esquerda faz um jogo perigoso. Estou lendo no momento seu livro "o jornalismo canalha" onde ele desnuda a relação corrupta da mídia com o poder. Não o achei rancoroso nem xiita. Acho que é difícil não ser um pouco radical quando lidamos com uma mídia radical como a nossa. Os criminosos que espancaram uma doméstica no Rio estão sendo tratados como "jovens de classe média alta moradores da tijuca" ou algo que o valha. Se fossem da favela estavam sendo torturados e expostos na mídia seminus e arrebentados. Aliás, algúem aí sabe se a Fátima Bernardes vai fazer uma entevista com a doméstica na casa dela como fez no caso do menino João Hélio? Acho que não né? Afinal os "jovens moradores da tijuca só fizeram aquilo porque pensaram que ela era prostituta". Ah bom, tá explicado.

O Anão Corcunda disse...

Maximé!

Também tô puto da vida com a cobertura dada ao caso do espancamento da empregada doméstica. Estão fazendo uma propaganda absurdamente preconceituosa contra prostitutas. Está aparecendo nesse caso, uma omissão gravíssima, criminosa, genocida. Se alguma pessoa justifica a soltura dos caras porque "eles pensaram que era uma puta" e a mídia não emite uma imediata opinião de repúdio contra isso, trata-se de um consentimento tão criminoso quanto o ato. E tudo fica ainda mais grave quando poucos se escandalizam com isso: nossa sociedade autorizando a agressão...

Aliás, falando nisso, vocês já viram uma entrevista da diretora da Daspu que saiu numa Caros Amigos antiga? É um trabalho fantástico. Sou fãzão dela.

Vou publicar trechos, em breve, no blog do Anão. Mas vale a pena ler a íntegra. Abs.

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