Descobri esse post (abaixo) da Teresa Cruvinel, publicado há 4 dias, mas que ainda é válido para termos uma visão mais esclarecedora do caso do Dossiê.
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Reinaldo Azedo, o monstro, comprou briga com Teresa Cruvinel, porque ela teria dado "um alívio" à Lula durante a entrevista do presidente no Roda Viva. Azedo, como sempre, apela para a baixaria intelectual. Não gostou de ser chamado de "desonesto intelectualmente", mas é isso exatamente o que ele é. Esse vendido que, durante anos, recebeu dinheiro sujo do governo Alckmin, através dos contratos de publicidade ilícitos com o Nossa Caixa, conforme várias denúncias, inclusive do Tribunal de Contas.
O que quero ver é se o Globo vai proteger uma de suas mais antigas jornalistas ou irá fazer o mesmo que fez com Franklin Martins.
Só quero ver. Ainda compro o Globo de vez em quando. Agora, se a direção do jornal não defender SUA JORNALISTA, ou seja, se der razão à baixaria de Azedo, eu prometo nunca mais comprar o Globo. O triste é que a pessoa, acostumada a ganhar os altos salários de colunista especial, fica com medo de perder o emprego. Ainda mais se a direção do Globo não inspira segurança de que está do lado de seus jornalistas, mesmo que estes mantenham opiniões nem sempre 100% alinhadas com a linha editorial do jornal.
Será que o departamento financeiro desses jornais já advertiram os diretores de jornalismo sobre o fato de que, se Lula tem imagem positiva recorde no país, esse tom ofensivo e desrespeitoso cria antipatia e cancelamento de assinaturas junto ao público consumidor? Quanto dinheiro esses imbecis têm para perder antes de mudarem de postura?
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Leiam o post da Teresa.
Enviado por Tereza Cruvinel - 16/10/2006 - 0:46
O incrível delegado Bruno
Muitos me pediram um comentário sobre a matéria de Carta Capítal a respeito do vazamento das fotos da dinheirama do dossiê pelo delegado Bruno, num acerto com jornalistas. Uma excelente reportagem de Raimundo Pereira, grande repóirter.
Estes colegas, a meu ver, viveram uma escolha de Sofia mas foram profissionais. Ganharam de bandeja a notícia que todos procuravam nos últimos dias. E num encontro coletivo entre concorrentes, o que tornou o material ainda mais importante. Quem o desprezasse seria furado. Viram-se também diante de um dos offs mais esquisitos da historia do jornalismo. O sujeito dizia que se apropriou do material, deixava claro que tinha interesse político em sua divulgação, com o claro propósito de influir na eleição que ocorreria dentro de algumas horas. Mais ainda, informa-lhes que vai mentir, lavrar um boletim de ocorrencia criminoso, falso, dizendo que foi roubado.
Que podiam fazer os jornalistas? A meu ver, nenhum jornalista do mundo diria: "estou fora". Todos pegariam o material e iriam discutir com suas chefias o que fazer, como publicar, como tratar o off. O resto, não foi responsabilidade deles mas de seus chefes, editores etc. As matérias que despistam a identidade do vazador, na Folha e no Estadãop, não precisavam ser feitas. Este expediente serve para desmoralizar o off, um instrumento importante do jornalismo, na defesa da informação de utilidade pública. Aqui entra o conflito: as imagens do dinheiro eram de interesse público? Eram, os eleitores tinham direito a conhecê-las. A Constituição garante a todos o acesso à informação e o dever dos meios de comunicação é propiciar este acesso. Havia interesses particulares, politico-eleitorais, em jogo? Talvez houvesse, da parte do delegado. Se os veiculos optassem por jogar fora o CD do delegado, estariam sendo éticos? Não estariam também omitindo informação de interesse público? Não estou aqui para julgar os jornalistas e os editores. Acho que agiram profissionalmente, embora o uso do off no Brasil venha cobrando uma boa reflexão.
Mas vamos ao incrível delegado Bruno, cuja atuação é para lá de suspeita. Se estava ressentido por ter sido afastado do caso, como disse depois, sua melhor arma era a denúncia. Ele já havia dado uma entrevista 'a Folha e nela disse que seu afastamento era natural, afinal, estava apenas de plantão no dia das prisões. Por que mesmo os aloprados do PT ficaram 3 dias no hotel com o dinheiro e só foram presos no dia do plantão dele? Raimundo, na matéria, enumera todas as transgressões que Bruno cometeu neste processo: mentiu para poder fazer as fotos, mentiu de novo ao lavrar o boletim de ocorrência dizendo que o CD foi roubado. A historia do dossiê tem que ser esclarecida, a origem do dinheiro e tudo mais, mas também as estripulias do delegado Bruno.
Há informações na PF sobre a sessão de tortura psicológica que ele teria feito com Gedimar e Valdebran para que acusassem Freud Godoy. Não sei se procedem. Janio de Freitas, hoje na Folha de São Paulo, também levanta aspectos estranhos desta história. No PT, há convicção de que os aloprados foram atraidos para um armadilha. Delirante, dizem todos, e parece mesmo delírio. Como se Bush tivesse mandado explodir as torres gêmeas para desencadear sua guerra ao Islã, alguém escreveu neste domingo. Vedoim teria oferecido o dossiê dizendo que recusou 10 milhões de Abel Pereira mas preferia ter proteção jurídica do Governo Lula, certa que parecia a eleição de Lula no primeiro turno. Ter-lhes-ia dito: Podem ir ao Hotel tal e confirmar se o Abel não está hospedado lá. E estava mesmo. O olho cresceu. Estavam em Cuiabá, para a conversa com Vedoin, o Expedido, do Banco do Brasil, e o Bargas. Só uma semana depois, na hora de gravar entrevista, Vedoiin a teria condicionado ao pagamento de dois milhões de reais. Teriam que ser entregues em SP ao um enviado seu, com o dossiê em mãos, mas antes mandaria Valdebran Padilha, um petista, para confirmar a existência do dinheiro. Por quê um petista? Nesta visão conspiratória, Vedoin vendeu a Abel a operação "petista com a boca na botija". O delegado Bruno, em seu plantão, seria peça da engrenagem. O dossiê não seria fajuto. Vedoin teria mostrado extratos bancários, ligando Barjas Negri ao esquema (não Serra nem Alckmin), mas ao mandar seu parente para o aeroporto, já sabendo que seria preso, colocou no envelope apenas as fotografias já conhecidas de Serra entregando ambulâncias tendo ao lado sanguessugas - o que nada prova contra ele - e um CD, com as mesmas imagens. Segurou os extratos que teriam interessado tanto aos aloprados. Muito fantástico para ser verade, e ainda que fosse, não suprimiria o fato de que os petistas tentaram comprar um dossie contra os adversarios, para tentar influir na eleição paulista. Mas que os pontos obscuros precisam ser investigados também, isso precisam. O que mesmo estava fazendo Abel Pereira em Cuiabá?
20 de outubro de 2006
Cruvinel é que salva o Globo
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..."mentiu de novo ao lavrar o boletim de ocorrência dizendo que o CD foi roubado. A historia do dossiê tem que ser esclarecida, a origem do dinheiro e tudo mais, mas também as estripulias do delegado Bruno."
Estripulias? Um delegado da PF lavrar boletim de ocorrência com informações falsas, premeditadamente, é crime e não estripulia.
Realmente, essa história está mais do que nebulosa. Parece um filme de suspense, sem fim...
Eduardo, dias atrás sonhei com o Clodovil indo para o Congresso Nacional como se estivesse indo para a escola. Dias depois vejo ele afirmando que iria para o C.N. como se estivesse indo para uma escola. A minha terapeuta me explicou que, no fundo no fundo, ou seja, a nível de inconsciente, eu já sabia que o Clodovil, por não entender do processo legistlativo, iria para o CN como se estivesse indo para a escola. O sonho apenas me mostrou em imagens e palavras aquilo que eu ja havia intuído. Ontem sonhei com pessoas cujos dedos haviam sido devorados. No sonho vi uma mão decepada. Ao verificar a capa da revista Veja no blog http://blogdoonipresente.blogspot.com constato que a imagem é a mesma do sonho: uma luva que, na verdade, é uma mão decepada. Retornando à minha terapeuta, ela me explicaria que, no fundo no fundo eu já sabia que a revista Veja pratica o canibalismo. A capa da Veja diz tudo. O jornalista Diogo Mainardi faz lembrar-me do canibalismo visto no sonho. Eu heim.Que estranho!
Cont...quanto ao fato de a capa da Veja ser uma bomba contra Lula, na verdade é matéria inventada, versão, invencionice, pois que elaborada a partir do disse-que-me-disse. Incrível como o panfleto Veja utilizou-se até de telefonemas anônimos para escrever o lixo. Esta capa trash, horrorosa, que eu já havia visto em sonho antes de a revista sair, me dá a impressão de que os artistas de lá estão de greve. A não ser pelo seu aspecto de prática de canibalismo, por sinal, moda dos tucano-pefelentos, não vejo nada demais, a não ser que a vejamos como algo trash, coisa de terror. Melhor eles teriam feito se tivessem chamado o Zé do Caixão. Que capa sem graça!
Cadê a capa da revista Veja anunciada com tanto alarde pelos partidários do Dotô Geraldo no orkut e na net e etc e tal? Falando em net, percebi que nestas eleições, pelo fato dos eleitores do Doutô tererm, em sua maioria computador em casa, ele são maioria na net. Por isso às vezes fazem mais barulho do que nós. Que Lula reconheça a net como o quinto poder. O jornalista Paulo Henrique Amorim já tocou neste assunto. Cá prá nós, como disse o escritor Miguel do Rosário em seu blog http://eleododiabo.blogspot.com os mestres da escrita estão saindo da toca com suas canetas para defenestrar esta cambada. Adorei a carta "Carta Aberta a Jabor", de Mauro Carrara. Seus textos também são de primeira. Mudando de pau prá cacete, dormindo sonhei com uma mão decepada. Acho que foi por causas destas notícias,, a jornalista tucana que devorou o dedo de uma militante petista. Já que estamos em clima de canibalismo eleitoral, estou prestando uma homenagem a Zé do Caixão no meu blog . Ah, não deixe de ouvir o áudio do formidável Zé do Caixão. Adorei o "Só os Ratos como Testemunhas." interessante esta coisa desta expressão "só os ratos como testemunhas." Coisa da CIA. É isto o que de fato é o tal caso do dossiê anti-Serra. Assisti ao William Vaca digo Wack enchendo o termo para, ao se refereir ao caso, denomiá-lo de "dossiê fajuto contra políticos do psdb." Fajuto, heim? Tão fajuto que acabaram de furtar 11 páginas do processo que corre em segredo de justiça para, é claro, publicarem em alguma revista Veja da vida. Vocês conseguem perceber que o PM do B, Partido da Mídia do Brasil coligado com o doutô Geraldo começa a fazer uma espécie de tsunami no lago para prejudicar Lula. Já que a técnica das pedras no lago não fizeram onda para a periferia ir na conversa falsa da Dona Ética da elite, agora partirão para o tudo ou nada. Estejamos atentos. O que podemos fazer diante desta força avassaldora dos dinosssauros da mídia.Aí é onde entra uma coisa que Lula não pode deixar de fazer: levar computadores para as classes menos favorecidas, seu eleitorado. A internete é o 5º poder. Quanto ao respeito à democracia brasileira por parte das Globos, Vejas e Folhas da vida, torço para que, no dia das eleições, as pessoas não votem atordodas com tanta boataria, como ocorreu no primeiro turno. Coisa de Zidane. Coisa da CIA.
POR QUE EU VOU VOTAR NO LULA
Rodrigo Borges
Sim, eu vou votar no Lula. Não por convicção, por achar que ele é o presidente que este país merece. Merecemos, parte de nós, talvez a maior parte, alguém melhor. Merecemos um presidente que não faça concessões à corrupção, que não feche os olhos, que se não pecar pela ação, que também não peque pela omissão.
Eu votei no Cristovam Buarque no primeiro turno porque considero importante a realização de segundo turno, o debate sem nanicos, sem os "não atingiram 1%", sem candidatos histéricos. No segundo turno, ia anular. Mas mudei de idéia.
E mudei por causa do preconceito. O preconceito de muitos que estão soltos por aí. Que não aceitam um migrante nordestino que foi torneiro mecânico no comando do país. Minhas críticas ao Lula são de outra ordem, não estão ligadas à sua origem, nem à falta de seu dedo mindinho na mão direita. Perdido no trabalho, e não em um passeio por uma praça de Higienópolis. Se Lula é gordo, feio, se comete gafes sem parar e usa metáforas em excesso não é isso que fez dele um mau presidente.
Estou cansado de piadinhas preconceituosas com a falta do dedo, da intolerância da classe média mainardiana, que prefere intelectuais que têm nojo "daquela gente" ocupando o Planalto. Porque esta classe média, seus cãezinhos de pet shop, seus carros do ano impecavelmente lavados aos domingos, seus home theaters e seus e-mails repletos de calúnias e mentiras têm vergonha de um ex-sindicalista discursando em Davos, na ONU ou na Casa do Chapéu. E sendo respeitado.
Eu tenho diversas críticas ao Lula, que hoje nem pobre é, mas que sabe o que é ser pobre e passar fome. Minhas críticas a ele são todas ligadas ao que ele fez e não fez na presidência. Ele não fez pouco. E o que deixou de fazer também não foi pouco.
E Geraldo, fez o que para receber tamanho apoio da classe média e sua mania de grandeza, sua soberba, seus títulos de MBA e seus perfumes e relógios de marca comprados na 25 de Março? O que é São Paulo hoje, este estado governado por ele nos últimos seis anos e pelo PSDB nos últimos 12? São Paulo vive o caos, vive o triunfo da violência, dá pontapés diários nos direitos humanos. Bem, a classe média abomina direitos humanos. Olhe para a Febem e se pergunte porque Geraldo merece ocupar a presidência da república. Ele é mesmo tão melhor que Lula?
Eu faço parte da classe média, mas não desta classe média. Que me envergonha.
Esta, que espalha seu preconceito pelos quatro ventos e reclama de Lula nas poltronas dos restaurantes da rua Amauri ou nas cadeiras do Fran's Café, lembra dos episódios mal explicados nas privatizações do governo FHC? Do escândalo da compra de votos para a reeleição? Não, prefere esquecer. Porque a orelha do Lula é torta e feia, porque a língua dele é presa. Porque ele é cheio de amigos que usam regata, suam e jogam futebol, assam churrasco e tomam umas no fim de semana.
Exatamente como nós.
Lula não é o presidente que eu gostaria de eleger. Geraldo também não. Não acho que o 45 é o pior número do mundo. Como também não acho que o 13 seja a mais abominável das dezenas. Gostaria de anular, mas em nome da luta contra o preconceito que infestou parte deste país nas últimas semanas, eu vou votar no Lula. E, se bobear, ainda vou pra rua fazer buzinaço dia 29.
Extraído do site
www.blogdomenon.blogspot.com
No orkut a tucanalha ficou a semana toda esperando ta tal edição-bomba da Veja. Como diz o Antonio Mello no blog http://blogdomello.blogspot.com
'Indignados úteis' oram por milagre de 'santa Veja'
Na vedade é pura InVeja e dor de cotovelo destes racistas sul-africanos, donos da InVeja.
Assim como ocorreu lá, onde os brancos eram minoria mas, por causa do poder econômico que tetinham, mandavam no País, querem repetir isso aqui=agora.
Se esquecem de assim como lá, aqui também nós temos nosso Nelson Mandela, ou seja, o nosso querido Luis Inácio Lula da Silva.
Pensam estes bandidos da mídia que provocando este vendaval nesta reta final de campanha, ou seja, o retorno da tsunami que marcou os dias do primeiro turno, ganharão no tapetão.
Como podem ganhar se o povo corre em grandes multidões para saudar o nosso presidente?
Desde quando isso ocorreu neste País.
Na verdade a tal tsunami de boatos não levará ninguém para o lado do Doutô Geraldo. Talvez uns 10 gatos pingados e olhe lá.
Nada que impeça de continuarmos caminhando estes dias com a perspectiva de que a festa da vitória é do povo e não dos dinossauros da mídia.
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