E agora o Globo quer "estremecer" as relações do Brasil com seus vizinhos por causa de US$ 5 bilhões, valor que se refere à dívidas de mais de 30 anos, e cujo prazo para pagamento também é indefinido?
Piorando a situação, caluniaram a servidora pública Maria Lucia Fattorelli, auditora fiscal, afirmando na matéria que o governo, ao emprestar a funcionária ao governo equatoriana, teria ajudado o país a preparar o calote no país. Fattorelli escreveu longa carta aos parlamentares brasileiros, externando a sua indignação com a reportagem do Globo, acusando-a de falsa e tendenciosa, ao omitir a informação - que foi repetida diversas vezes ao repórter - de que a sua atuação no Equador, que se realizou dentro das convenções internacionais de amizade entre os povos, não tratou das dívidas bilaterais do Equador.
Neste momento de forte recessão nos países do primeiro mundo, o Brasil precisa, mais do que nunca, continuar ampliando as relações comerciais com seus vizinhos. Portanto, é burra e perigosa a estratégia midiática de produzir conflitos diplomáticos por causa de dívidas antigas cuja revisão e auditoria são normais. Muito mais importante, para o Brasil, é manter em alta o fluxo de comércio, onde lidamos com dinheiro vivo, dinheiro saudável, dinheiro presente, que geram empregos, e não títulos de dívida de décadas atrás, cujo pagamento, mesmo que fosse feito integralmente, seria diluído ao longo dos próximos 20 ou 30 anos.
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