9 de dezembro de 2008

Brasil exportou US$ 38 bilhões para América do Sul em 12 meses

Já escrevi sobre isso aqui, mas como o Globo prossegue sua campanha para desestabilizar as relações políticas entre Brasil e seus vizinhos, eu repito. Nos 12 meses até outubro deste ano, a América do Sul foi um parceiro comercial muito mais importante que os Estados Unidos, tanto em termos de valores absolutos quanto dos preços pagos. A América do Sul aumentou em 410% suas importações do Brasil, liderada por países governados por aqueles que a mídia agora, esquizofrenicamente, tenta transformar em "inimigos" do Brasil. As exportações brasileiras para a América do Sul totalizaram US$ 38,60 bilhões em 2007/08, até outubro, com preço médio de US$ 14.832 a tonelada. Comparando: no mesmo período, as exportações brasileiras para os EUA somaram US$ 28,22 bilhões, com preço médio de US$ 9.825 a tonelada. Ver tabela ao final do post.

E agora o Globo quer "estremecer" as relações do Brasil com seus vizinhos por causa de US$ 5 bilhões, valor que se refere à dívidas de mais de 30 anos, e cujo prazo para pagamento também é indefinido?

Piorando a situação, caluniaram a servidora pública Maria Lucia Fattorelli, auditora fiscal, afirmando na matéria que o governo, ao emprestar a funcionária ao governo equatoriana, teria ajudado o país a preparar o calote no país. Fattorelli escreveu longa carta aos parlamentares brasileiros, externando a sua indignação com a reportagem do Globo, acusando-a de falsa e tendenciosa, ao omitir a informação - que foi repetida diversas vezes ao repórter - de que a sua atuação no Equador, que se realizou dentro das convenções internacionais de amizade entre os povos, não tratou das dívidas bilaterais do Equador.

Neste momento de forte recessão nos países do primeiro mundo, o Brasil precisa, mais do que nunca, continuar ampliando as relações comerciais com seus vizinhos. Portanto, é burra e perigosa a estratégia midiática de produzir conflitos diplomáticos por causa de dívidas antigas cuja revisão e auditoria são normais. Muito mais importante, para o Brasil, é manter em alta o fluxo de comércio, onde lidamos com dinheiro vivo, dinheiro saudável, dinheiro presente, que geram empregos, e não títulos de dívida de décadas atrás, cujo pagamento, mesmo que fosse feito integralmente, seria diluído ao longo dos próximos 20 ou 30 anos.


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