Bem provocativo, e meio idiota, esse título, eu sei, mas entenda - é uma paródia àquelas críticas do tipo "não vi e não gostei". No meu caso, é a justa verdade. Afinal, o filme ganhou seis prêmios no Festival de Brasília, ganhou prêmio no Festival de Roterdã e, depois de ler alguns artigos interessantes sobre o filme, em inglês e português, posso dizer, no limiar da certeza completa: eu não me chamo Miguel do Rosário (ah ah, como se o nome dissesse a você grande coisa, mas pra mim diz, pra mim diz) se não me apaixonar perdidamente por esse filme.
Outros fatores que me levam a ter certeza: Amarelo Manga, do mesmo diretor, é um dos meus filmes preferidos. A Dira Paes, protagonista do Baixo das Bestas, é uma das minhas atrizes preferidas. Depois de "Céu de Suely", Hermila Guedes também. Culminando o raciocínio, o diretor de fotografia é Walter Carvalho, o mesmo de Lavoura Arcaica, Central do Brasil, e uma pá de outras filmes que, goste-se ou não, tem fotografias lindas, impecáveis.
O fato da premiação ter sido pouco divulgada no Brasil – segundo minha mulher, pesquisadora de cinema, quase nenhum grande jornal divulgou – apenas reforça minha simpatia por esse cabra da peste, Claudão, como os amigos o chamam, o qual, definitivamente, não é um convidado para "essa festa que os homens armaram pra nos convencer", de que fala Cazuza.