10 de dezembro de 2010

Wanderley comenta flerte entre PSB e PSDB


(Eduardo Campos e Aécio Neves, aliados?)


Em artigo enviado para seus amigos, Wanderley Guilherme dos Santos alerta para possibilidade da coalização lulista ser pega de surpresa por uma aliança em PSB e o PSDB não serrista. 2014 já está próximo.

DIREITO DE RESPOSTA – 4 –

Wanderley Guilherme dos Santos

Em entrevista ao Valor Econômico, o governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos, matriculou-se na arena presidencial de 2014. Não abertamente, mas cortejando os eleitores tucanos de São Paulo e Minas Gerais. A proximidade entre o PSB e a ala não serrista do PSDB tem aumentado, com a participação dos tucanos no governo pernambucano e a dos socialistas nos governos tucanos de Minas Gerais.

Campos afirmou que o apoio do PSB ao governo federal não o obriga a herdar os adversários do PT. Exceto, é claro, acrescento, se tiver o PT como apoio a qualquer pretensão nacional sua. Pelo dito, isto não entra em seu cálculo atual. Uma coalizão envolvendo São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco representaria parte substancial do mosaico em que tende a se desfazer o aglomerado eleitoral costurado por Lula, com 80% de apoio popular, o que dificilmente se reproduzirá em 2014.

Desde logo, o Espírito Santo se agregaria àquele trio, tendo seu governador eleitor, Renato Casagrande, contribuído com nada para a vitória da chapa presidencial situacionista. O governo de Dilma Rousseff, se quiser sucessão, andará bem garantindo excelente desempenho aos governadores Tarso Genro, do Rio Grande do Sul, Jacques Wagner, da Bahia, Sergio Cabral, do Rio de Janeiro, e Cid Gomes, do Ceará. Aliás, será um erro se Ciro Gomes for deixado de lado na composição do governo. 2014 está bem próximo, como Eduardo Campos deixou claro.

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