O desenfreado Febeapá originado pelo Caso Battisti tem o poder de me desanimar. É a prova da ausência de uma opinião pública contemporânea do mundo, à altura de um país digno de ocupar o lugar que, de fato, lhe compete.
Que isso, seu Mino! Você pode dizer que não aprova a opinião pública brasileira, que ela é uma merda, que é fascista, de um lado, esquerdóide, de outro. Mas falar de ausência! A blogosfera pega fogo, com milhares de pessoas debatendo encarniçadamente, com sangue na boca, e você aí, ditando o texto para sua secretária, quer eliminar a nossa existência?
O texto é cheio de frases dispersas, soltas, sem sentido. Claro que, só por ter criticado Lula, automaticamente irá ganhar destaque em toda parte. Noblat já pescou a nota e publicou em seu site.
Mino Carta tem acessos de sabichanismo. Como se ele tivesse a fórmula para todas as questões. E tem o péssimo costume de flertar com um certo esquerdismo blasé da avenida paulista. Num dia comenta os melhores vinhos vendidos em São Paulo, noutro os melhores restaurantes dos Jardins, noutro tece loas ao MST.
Em seu texto, Mino Carta repete, ponto por ponto, a opinião da burguesia paulista. Partindo do caso Battisti, Mino envereda por lamúrios empresariais, mordidinhas ideológicas, elogios à revista Veja (!), denúncias de preconceito político. Encerra dando uma pirueta: fazendo um elogio à política externa, antes de lançar um lamúrio final, dizendo que não precisávamos do caso Battisti.
Na realidade, o caso Battisti constrange justamente aqueles que não queriam ver o governo Lula como "de esquerda", como a Carta Capital. A revista, de longe a melhor do Brasil, prefere ser, ela, uma referência de esquerda para um governo de centro ou centro-esquerda. Uma esquerda progressista, capitalista, moderna, claro. De repente, todavia, a revista se vê perante um fantasma da guerra fria para o qual não estava preparada. O ódio fascista das madames da Fiesp se intensificará, deixando a atmosfera ao redor da Carta Capital ainda mais enevoada de preconceitos ideológicos.
Acabou-se o tempo dos "mestres", que, inteligentes e bem informados, eram nossos "representantes" políticos na mídia. Hoje é cada um por si. Cada um tem que formar a sua própria opinião. Melhor assim.
Outro excelente comentário. Gostei do seu blog. Vou incluir nos meus favoritos
Pois é, o cara vem de um país que idolatra e elege seguidamente tipos como Berlusconi e nós é que somos fascistas?
oi marcia, obrigado pelos elogios. depois passo lá no seu blog.
pois é, wilson. o mino é um cara legal, mas tem essa mania de ficar esnobando o brasil, uma coisa bem europocentrica, que me aborrece.
Desculpe a crueza. Eu admiro o Mino e a Carta Capital, mas quando ele começa a falar da Itália, só vem m... Ele simplesmente perde a razão e nada mais vê em sua frente. Já esse texto dele, não deu pra entender. Deveria ter ficado na campanha contra gravatas amarelas ou, sei lá, nas receitas de fettuccine alfredo, que ganhava mais. De resto, assino embaixo nos dois últimos parágrafos do seu post, Miguel.
Lendo o Mino tenho a impressão de, no caso Battisti, ele(Mino) quer porque quer estar com a razão e que não comunga com o que ele e Walter Mairevitch escreve é porque são desprezíveis, até parece que a Itália não é nem um pouco dada a uns ataques de xenofobia.
Deu no OI/Luiz Weis: (...) (No caso do assassínio de um comerciante ferido em um assalto do grupo de Battisti, a Justiça lhe atribuiu a coautoria moral, “já que ele não estava na cidade onde ocorreu o crime”, lembra o Globo.)
Segundo, uma perícia francesa concluiu que a procuração do advogado que o representava na Itália no julgamento de 1993 – ele havia fugido para a França, onde recebeu asilo, depois revogado –, foi falsificada.
Terceiro, quem o acusou dos homicídios foi apenas um companheiro que aceitou uma oferta de delação premiada e mudou de identidade – “ou seja, desapareceu”, destaca Tarso.
Quarto, quaisquer tenham sido, os delitos praticados por Battisti foram políticos — e a tradição brasileira, nesses casos, é de dar asilo.
Quinto, o Brasil não extradita fugitivos condenados em seus países ou à morte, ou à prisão perpétua. Uma interessante resposta a Mino Carta
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=520JDB015
Para o pessoal entender, resumiremos assim:
Não levem em consideração os comentários quando:
O Mino Carta falar da Itália.
O PHA falar mal de alguém por causa do Daniel Dantas.
O Nassif "achar" ainda algum (o que está cada vez mais raro) elogio ao José Serra.
Pronto! Voltemos a blogosfera!
Miguel,
muito bom o seu post! Também gosto do Mino, mas depois da barrigada do Meirelles e da neurose do caso Batistiti fiquei com um pé atrás.
Vs conseguiu captar os aspectos psicológicos do problema. Deve ser um conflito interno violento entre o esquerdista ideológico e o empresário pragmático, entre o jornalista trabalhador e o patrão burguês, entre o brasileiro criativo e o italiano conservador, entre a rústica cachaça e o esnobe vinho, etc.
Nesta mesma linha nos ajude também a desvendar a mente conturbada e confusa de Paulo Henrique Amorim.
Um abraço,
Concordo com você, Miguel. Aliás, parece que já fui bloqueada no blog do Mino. Esse comentário de ontem, além de um desabafo frustrado e raivoso (entre outras coisas, porque o governo não privilegia verbas publicitárias para sua revista e não se submeteu, até agora, ao grito do governo italiano), me parece um "semi-editorial", onde o jornalista vomita todos os seus rancores contra Lula e o governo, e, não sei se de caso pensado, alia-se às críticas da av. Paulista, do Estadão, etc. Está mostrando para onde a revista possivelmente irá, e isso, num momento desses, me cheira a chantagem, se não consciente, pelo menos latente. Até pensei que o texto - não fosse o uso correto das concordâncias - tivesse sido escrito por seu "alter ego", o PHA. Palavras talvez impensadas - admitindo o benefício da dúvida -, mas bastante esclarecedoras.
Miguel,
faço das suas as minhas palavras. É isso ai.
Bravo!
Mar.
Vamos por partes.
1 - acho q respeito é bom, e pros 2 lados, mas q nem sempre vinga num papo de blogue, o q nao significa q ele nao exista. Posto isso, o q escrevo nao é besteira, de acordo c/ minha ótica e, se assim vc o ve, me dá direito de achar certos textos e video-textos seus ridículos, outros até bizarros. Mas nem por isso diminuo o "conjunto de sua obra" á partir do q discordo.
2 - Obama nao significa nem é nem 10% do q tentam lhe impingir. Creio eu, e muitos concordam, q os norte-americanos elegeriam Hillary, ou 1 hispanico, 1 poste ou até O Picolé de Peroba, desde q ele/ela significasse ruptura c/ o atitudes de Bush.
NAO C/ O PENSAMENTO do dito.
Os EUA estao fartos de perderem - juram q ainda sao os ganhadores de tudo e de todas, o q lhes ofusca qlqr decisao e escolha de rumos. Portanto, Obama, q em muitos momentos copiou as campanhas vitoriosas de Lula, nao é nada + q 1 produto/resposta do saturamento da opinao púbica mediana dos norte-americanos democratas, c/ a bem montada/copiada campanha de mídia e marketing político - q atingiu em cheio os republicanos, desgastados e desiludidos (principalmente os do interiorzao)
3 - Mino é decadente.
Fez muito pelo jornalismo tupiniqim, em especial pelo de SP. Somos gratos a ele por suas inesgotáveis contribuicoes, mas, vez ou outra a fadigsa intelectual lhe mostra os dentes - inevitável.
Qerendo ou nao, Mino ve o mundo á partir de 2 óticas: como ítalo-brasileiro (portanto o eupoeísmo campa em suas falas) e como paulista, ou seja, outro q julga SP a capital do país e outras sandices do apartheid, típica deles mesmos. Os casos graves até hoje nao sabem se a capital do próprio estado é Barcelona, Milao, ou, os do interior, em dúvidas entre Houston ou Miami.
3 - Qdo vc fala:
"Que isso, seu Mino! Você pode dizer que não aprova a opinião pública brasileira, que ela é uma merda, que é fascista, de um lado, esquerdóide, de outro. Mas falar de ausência! A blogosfera pega fogo, com milhares de pessoas debatendo encarniçadamente, com sangue na boca, e você aí, ditando o texto para sua secretária, quer eliminar a nossa existência?
O texto é cheio de frases dispersas, soltas, sem sentido."
Pronto. Aqí vc deixa claro q todos concordamos. E ponto final.
Tem dias, q parecem noiutes prá certos "experts" em leis.
Este texto fraco e desanimado de Mino, nao nos assombra mais.
De vez em qdo, essa txurma (ele lidera 1 grupo) escreve ou fala alguma jumentice nazi-fascista, apenas prá mostrar "independencia e isencao".
Do qe?
Porq?
O mercado e as vendagens respondem.
Inté,
Murilo
Também admiro o Mino, mas não incondicionalmente, é claro. Não me posiciono em relação ao caso Batistti, porque nada sei sobre ele. O governo Lula tem acertado muito mais do que errado, mas nesse imbroglio, assim como no caso do juros do BC, não o defendo porque não tenho opinião formada. Mas uma coisa está clara, o Mino desqualificou, e mais do que isso, ridicularizou as posições contrárias as suas. Ele quase disse: Quem é o Brasil, esse país quase primitivo, para contestar a civilizada Itália? Quer dizer que o país só pode conceder asilo para quem foge de países do terceiro mundo?
oi murilo,
respondendo a sua pergunta feita em outro post, eu não sou o andré não. eu sou eu. nunca me escondo sob apelidos ou anonimos.
inté
Oi Juliano, também não tenho opinião completamente formada sobre o caso Battisti, mas inclino-me mais à não-extradição, visto que a única testemunha de acusação do caso usou a fórmula furada de "delação premiada" e está desaparecida. O governo francês deu asilo político a Battisti por décadas, e ninguém falou nada. E agora o Sarkozy deu asilo à uma moça, amiga do Battisti, da mesma organização guerrilheira, acusada e condenada na Itália pelos mesmos crimes que ele. O que me irritou neste caso é a comparação com o caso dos cubanos, que quiseram voltar por livre e espontanea vontade. Errado ou não, a decisão de conceder refúgio é uma questão de soberania nacional e acredito que temos problemas jurídicos-criminais muito maiores. E o Pimenta Neves? Matou a namorada a sangue frio, confessou, e está solto? E querem prender Battisti por um crime ocorrido há mais de 30 anos?
Sei lá, o que me aborreceu também foi esse tom blasé do Mino, como se a opinião pública brasileira fosse muito pior do que na Itália. Ora, o governo francês deu asilo ao Battisti e agora a uma amiga dele e ninguém falou nada. O governo francês pode e o brasileiro não? A Itália rompeu relações diplomáticas com a França? Não.
Um blog é um espaço que você deixa aberto para que todos manifestem suas opiniões até os anônimos, se você discorda dos comentários, é melhor retirar o espaço dos anônimos e deixar só as vaquinhas de presépios.
Att. mais não é só critica gosto do que você escreve e por isso passo de vez em quando por ai.
ué, anonimo? não entendi.
Miguel, muito bom o seu texto. Tenho opinião igual à sua. Por sinal, escrevi sobre o assunto em meu blog também. Dá uma passada por lá.
Abraços!
Oi Miguel.
Frequento seu blog faz pouco tempo e considero suas opiniões bem sensatas, mas essa crítica em relação ao Mino eu discordo. Você afirmou coisas sobre a vida dele que o próprio Mino já cansou de responder para as pessoas que comentavam a mesma coisa no blog dele.
Concordo somente com a questão da ausência de uma opinião pública contemporânea, como se a Itália de Berlusconi tivesse alguma. Mas já acho errado você começar o texto dizendo que o Mino confessa uma depressão quando o próprio apenas afirma um desanimo. Mas tudo bem!
Sobre vinhos, restaurantes, costumes da elite em geral, basta ler as inúmeras respostas que ele deu no blog para contestações como essas que você fez. Ele próprio se assume elite, mas se distingue da elite pedradora que temos no país.
Qual o problema de um dia comentar sobre vinho e restaurantes noutro tecer loas ao MST? Pega mal? É contraditório? Para elogiar o MST tem que ser que nem eles? Não pode ser elite e apoiar a causa? Sinceramente, não entendo essa lógica de pensamento!
"elogios à revista Veja"? Na minha opinião você sacaneou o Mino. Ele é o cara que mais critica a revista. Não foi um elogio, ele disse "Até mesmo a VEJA", ou seja, até mesmo essa porcaria de revista conseguiu imformações precisas provando que o homem (Batistti) é terrorista.
Só porque a opinião do Mino em relação ao caso Batistti está batendo com a opinião da burguesia não significa que ele compartilhe da opnião da mesma. Basta ler a última edição da Carta Capital onde ele e o Wálter Fanganiello expoem seus pensamentos. São pensamentos independentes, transparentes e sinceros. E isso é o que importa.
Muita gente de esquerda pode concordar com a justificativa deles, assim como gente de direita pode discordar. É um assunto polêmico, controverso, delicado. O que dá pena é a esquerda sempre cometer o mesmo erro. Assumir uma questão de forma dogmática. Se for a favor do asilo então você tá conosco, se não for então é pensamento burguês, tá com a elite.
Como já foi dito no próprio blog do Mino, mais importante que ficar se rotulando de esquerda ou de direita, é preciso ser crítico, democrático, consciente e ético.
Abraço
Olá Felipe, o Mino usou o fato da Veja agora estar contra Battisti para embasar a sua opinião. Não achei legal. O "até mesmo a Veja" veio ao contrário. Portanto não sacaneei o Mino, ele que se auto-sacaneou ao usar como referência para uma opinião sua uma revista que lhe ataca continuamente.
Depressão e desânimo são sinônimo, na minha opinião.
Já explicitei aqui, e em outros posts sobre o caso Battisti, que não vejo nada demais em ser contra a decisão do Tarso Genro de conceder refúgio político à Battisti. Fiquei aborrecido com a comparação mentirosa com o caso dos cubanos.
Quando falei sobre vinhos e restaurantes, não quis depreciar o Mino por isto, mas denunciar um certo esquerdismo mal informado, do tipo urbanóide, que fala de reforma agrária (ele citou isso no artigo) usando como fonte apenas o MST, e não os milhões de pequenos agricultores, os sindicatos rurais, a Contag, que tem muito mais a contar sobre a questão agrária do que o MST.
Não prego aqui um esquerdismo franciscano, que não frequenta restaurantes, não bebe vinhos, não conhece nada de culinária estrangeira. Acho isso bobagem. Ninguém tem nada a ver com a vida particular do outro e, para mim, o indivíduo tem que desfrutar a vida o máximo possível. Conhecer Paris, Londres, provar iguarias, ler os clássicos, aprender idiomas, etc. O que contesto, repito, é transformar a questão política, ou ideológica, em mais uma grife, tipo, olha só: sou bom conhecedor de vinhos e sou de esquerda, o que parece ser uma das facetas de Mino Carta. Certamente, ele tem outras facetas, que eu conheço e admiro, milhões de vezes mais nobres. Cara, quem sou eu para criticar o Mino Carta! Estou criticando especificamente esse post dele, e a atitude que nele identifiquei e identifico há algum tempo, de lançar sobre todo o país críticas que seriam válidas apenas para alguns bairros de São Paulo, que ele frequenta.
Não estou criticando o fato dele se posicionar contra Battisti, e sim em misturar, num mesmo artigo, as críticas mais estapafúrdias, produzindo um complexo incompreensível, mas onde ecoam, nitidamente, rebabas do imprensalão paulistano, como se ele, em meio à atmosfera sufocante de São Paulo, soltasse um grito de desespero, um grito repleto de indecisão e temor, e isso não é saudável, nem para ele, nem para a Carta Capital, nem para ninguém. Aí eu critico mesmo.
associaçãoitaliana defende brasil no caso battisti
http://josecarloslima22.blogspot.com/2009/01/28012009-15h13-associacao-italiana.html
Miguel, vc já notou que suas opiniões são sempre adéptas ao Governo, vc não vê nada de estranho nisso? Quem age assim são os grandes meios, e olhe lá...
Peixoto, isso acontece porque eu estou trabalhando contra-informação, um conceito importantíssimo em qualquer democracia moderna. Numa democracia presidencialista, as questões ideológicas giram ao redor das decisões do governo, como as diferentes e antagônicas correntes ideológicas interpretam e vêem estas decisões. A partir do momento que eu identifico, na mídia, um plano consciente para desgastar a força política que eu botei lá, com meu voto, para me representar, e essa mesma mídia trabalha em favor daqueles que são meus adversários, então eu tomo partido sim e monitoro, na mídia, as manifestações mais detestáveis e mais substanciais dessas estratégias. Eu ajo espontaneamente, movido por instinto, sou um contra-ponto natural ao direitismo anti-lula da grande mídia, com tentáculos espalhados pela classe média colonizada mentalmente.
Como intelectual orgânico, como filósofo, eu entendo as contradições do governo Lula, assim como entendia a dos governos anteriores. Sempre fui contra o Fora FHC, e demais criancices da ultra-esquerda. Queria que o FHC fosse vencido nas urnas, tranquilamente, através de um trabalho de esclarecimento, para a população brasileira, do mal que suas políticas neo-liberais faziam ao país.
As contradições, num governo, são necessárias, no sentido de serem inevitáveis. Há que se trabalhá-las e direcioná-las para se desenvolverem da forma mais interessante para os trabalhadores.
Em todos esses factóides midiáticos, pressinto as brisas fétidas da direita brasileira, uma das mais podres, egoístas, entreguistas e burras do mundo. Nenhum grupo de direita, em qualquer outra parte do mundo, é tão entreguista e submissa e sem personalidade como a direita brasileira. O máximo que ela tem a exibir são intelectualóides deslumbrados, inchados de vaidade, totalmente psicóticos em suas manias de perseguição - acham que existem comunistas se proliferando como bactérias por toda a parte: mídia, ONU, ongs, ruas, esgotos, mares e restaurantes. Posso ouvir seus gritinhos, suas histerias, de longe. Querendo vender nossas riquezas a preço vil. A direita brasileira é burra. Vendeu a Vale por menos de 1 bilhão de dólares. Uma empresa que valia 200 a 300 bilhões de dólares, ou antes, com um valor incalculável, porque incluía o domínio do mapa geológico da nação brasileira.
Agora que temos o pré-sal ficou ainda mais imprescindível evitar a vitória da direita.
Aí leio T.S.Eliot e falo o que eu penso, sem me preocupar com a opinião da turminha dos "contra" ou "favor". Eu digo o que eu quero, sem ganhar um centavo de ninguém. Independência total, que eu pago, orgulhosamente, com fome, tempo, liberdade, burrice e muitas idéias.
Sabe o que acho estranho? O cara ganhar um salário para puxar o saco do patrão, como é o caso dos colonistas do imprensalão. Isso é triste.
Eles sim me envergonham como cidadão brasileiro, jornalista e escritor. Mentindo descaradamente. Praticando golpismo. Quem puxou o tapete da democracia brasileira? Não foi a esquerda. Foi a mídia. Nunca haveria ditadura sem o apoio midiático. A mídia minou a moral do governo, cultivou o ódio da classe média contra o governo, a mesma coisa que faz agora. A classe média brasileira é tão otária que está sempre caindo na mesma esparrela.
Ora, não é questão de criticar ou defender o governo. A questão é como essa crítica é feita, de onde vem essa crítica, e para onde ela vai...
Miguel, você acha que o que fizeram as "Brigadas Vermelhas" na Itália seria parecido com algo como se dissidentes do PSTU e do PSOL resolvessem assaltar bancos, sequestrar e assassinar políticos próximos ao governo Lula como forma de "protestar" contra esse governo (na visão deles) de direita? Ou é muita viagem minha?
Tenho dificuldade em chegar a algum juizo sobre tudo isso...
Existem até insinuações, feitas pelo jornalista Alon Feuerwerker em seu blog, que as tais Brigadas não eram de esquerda, pois seriam financiadas pela CIA como forma de provocar tumulto e desordem a fim de prejudicar o governo de centro da época... O que você acha disso? Veja o link: http://www.blogdoalon.com.br/2009/01/proletrios-armados-pela-cia-1901.html
Não sei, André. É possível. Os italianos são capazes de coisas incríveis. Diga, quem pode saber a verdade com um tumulto desse? O ministro da Justiça, segundo suponho, teve tempo para refletir e assessoria jurídica e política para tomar a decisão que tomou. O governo francês não deu asilo ao Battisti por quase 20 anos? O governo francês era louco? O Sarkozy não deu asilo à amiga do Battisti? Ora, o senador Supplicy e muitos outros intelectuais de prestígio, como Silvio Tendler, que conhecem em detalhes a história de Battisti, defenderam a sua não-extradição. Não dá para saber de tudo. Tarso Genro pode até ter errado, mas achei prudente da parte dele evitar correr o risco de cometer uma enorme desumanidade, que pesaria para sempre em sua consciência, que é enviar um inocente para a prisão perpétua, uma barbaridade, que não existe no Brasil. Perdoar um crime cometido há mais de 30 anos é melhor do que condenar injustamente. Mais vale 10 culpados soltos do que 1 inocente preso. Eu penso assim. Culpado por culpado, acho que a mídia deveria focar no Pimenta Neves e no Daniel Dantas, esses sim culpados e condenados, e que não são presos nunca...
Também discordo do Mino sobre esse assunto. No entanto a discussão gerada pela sua opinião mostra o quanto ele é influente.
Li o texto do Alon
simplesmente não acreditei nas colocações dele, especulaçãoes, apenas isso.
Uma boa forma de se tirar a dúvida é uma pesquisa, entrevistas com figuras que participaram daquilo. Uma destas figuras com a qual o Alon deveria ter conversado para intererar-se melhor é
Achille Lollo. Este italiano tem uma história parecida com a de Battisti, atualmente vive no Brasil, sendo filiado ao PSOL. Como se sabe, Achille Lollo foi acusado de homicídio nos anos de chumbo, preso no Brasil, o STF não autorizou sua extradição. Sobre Achille Lollo na wikipédia:
"Sua atuação na Itália:
(...)
Quando estudantes, durante a decada de 1970, Achille Lollo militou no grupo extra-parlamentar italianoPotere Operaio (Poder Operário), até sua fuga do país. Muitos militantes no passado dessa organização são hoje expoentes do mundo político, intelectual e cultural italiano.
Na noite de 16 de abril de 1973, Achille Lollo, junto a outros três integrantes do grupo Potere Operaio(Paul Gaeta, Diana Perrone e Elisabetta Lecco), despejou gasolina na porta de um apartamento no terceiro andar de via Bernardo da Bibbiena 6[6], próximo à praça Primavalle, onde vivia, com a família, Marco Mattei - que na época tinha 48 anos -, secretário da seção local do neofascista Movimento Sociale Italiano, e organizador de atentados contra a esquerda e anti-fascistas. O Movimento Sociale Italiano reunia ex-militantes fascistas e reivindicava os crimmes mussolinianos contra o mundo do trabalho italiano. À época, a Itália vivia os seus "anni di piombi" (anos de chumbo), inaugurados sobretudo pelos atentados terroristas promovidos pelos serviços secretos italianos e pela CIA, contra a esquerda e o movimento operário italiano - "Estratégia do Terror". Por um erro, a gasolina destinada a incendiar a porta penetrou sob ela, atingindo o apartamento. Mario estava na cama quando vio o brilho das chamas. Jogando-se pela janela, salvou a vida. Sua esposa pegou os filhos de 9 e 4 anos e foi para o andar superior, onde foram socorridos pelos bombeiros. Outras duas filhas, de 19 e de 15 anos, desceram por um balcão. Os últimos dois filhos ficaram presos no quarto. O maior dos dois chegou a colocar a cabeça fora da janela. Há fotos dramáticas sobre os fatos. Os bombeiros os encontraram carbonizados, sob a janela que não conseguiram pular[7].
Lollo foi condenado por homicídio culposo e tentativa de homicídio (dois consumados e seis tentados. Este episódio da violenta década de 1970, ficou conhecido como Rogo di Primavalle, ou seja, o Incêndio de Primavalle.
(...)
O pedido de extradição
A denúncia de que Achille Lollo vivia em Copacabana partiu do Partido Alleanza Nazionale (AN), de extrema-direita, herdeiro parcial da herança mussoliniana, dirigido por Gianfranco Fini. Fini é atualmente importantelíder de sustentação do coalização de direita do primeiro-ministro italiano Sílvio Berlusconi.
Achille Lollo apresentou-se na sede do Consulado Italiano do Rio de Janeiro, como italiano residente no exterior, para votar, visto a prescrição de sua pena. Achille Lollo revelou não haver renunciado à cidadania italiana. Declarou que, no Brasil, como de conhecimento público, dedicar-se, há longos anos, ao jornalismo e à editoria. Preso alguns meses em 1993 por força de "mandado internacional de captura da Interpol", foi logo solto por ordem do Supremo Tribunal Federal do Brasil.
Achille Lollo lembrou ter sido julgado e condenado por atos políticos e a Constituição Federativa do Brasil de 1988 determina que "não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião".
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Achille_Lollo
inteirar-se melhor ,quis dizer isso
A nova mídia, como a vejo.
Até 2005, tínhamos 1 mídia de pensamento único q, após ver negado por vezes consecutivas seu pedido de "ajuda" financeira, qeriam 1 espécie de PROER da mídia, enveredou-se neuróticamente pelos caminhos da loucura, barbárie e irrespnsabilidade.
O pouco q tínhamos, foi-se pro beleléu.
Criaram o mensalao, e nele chafurdaram formando a definitiva imprensalao.
Bateram em tudo o q se relacionasse a Lula, ao PT e aos petistas.
Separaram o Brasil em antes e depois de 2005.
Daqí deste ponto, surgem os blogues de política, formados em sua maioria por ex-jornalistas vindos da famigerada Famiglia Marinho e sua obra de arte do atraso: Organizacoes Der Göbbels.
PATamborim + Na$$if + Rodriguin Viannin (who?) + Azenhénnhén + ...
Tods passaram direta ou indeiretamente pelos meios de mæidia do Brasil:
Olhar Tucano (ex-veja), Época do Nazi-fascismo (ex-época), Isto É Mentira, Rolha de Sumpaulo, Estragao, etc ...
Montaram cyber botecos (blogues), "defenderam" Lula e o petismo e, assim q criaram clientela, partiram pro tal do "jornalismo factual e canina responsabilidade c/ a notícia".
VIXE! Q nerda é essa?
Nada mais nada menos q outra forma de disfarsarem suas posturas nazi-fascistas, uns mais, outros menos, mas, á partir daí, mostrarem suas caras. E bem pagas caras.
Porq nao eram assim independentes dentro de suas respectivas empresas das 6 FAMIGLLIAS???
Bem, depois disso, o q se viu foi q, a partir de 2007, iniciou-se outro ciclo de mídia em blogue, distanciando-se cada dia mais delles, q agora chjamo de BLOGOES.
Acabou-se o q era doce prá eles q, sem nenhuma vergonha já tentam expor suas vontades pessoais de retornarem prá dentro da barriga dos monstrengos q os criou.
Qestao de tempo.
A nós, cabe o papel de redensenhar a conceito de mídia e inclusao social q qeremos p/ o Brasil pós Lula.
Até lá, vamos aprender, criar, estruturar e andar nesta direcao - todos os dias, de todas as formas, sem medos ou covardias.
E ano q vem, é Dilma ou Lula ... 3ro set.
Inté,
Murilo
Olá Murilo, e demais amigos,
tá rolando uma coisa bacana no FSM, a chamada Belém Expandida,
você pode participar do FSM de qualquer canto,
é o fim das barreiras para a expressão humana,
torço para que no Forum Mídia Livre esta experiência se repita, tipo São Luis Expandida, quando pretendo participar daqui de casa mesmo com alguma vídeo, alguma coisa que ainda não sei,
http://josecarloslima15.blogspot.com/2009/01/fsm-2009-interconexoes-belem-expandida.html
Visito seu blog periodicamente para me informar. Gosto dele. Antes de contrapor um senão ao final de seu post, por sinal muito bom, arrisco meu primeiro comentário aqui, se não me engano.
Ao final, você ressalta: "... hoje é cada um por si. Cada um tem que formar a sua própria opinião. Melhor assim". Nadar de braçadas nos rios aqui da planície, a seu modo, não significa que "hoje é cada um por si...". Pelo contrário, a solidariedade das braçadas de todos nadando juntos é que nos faz entender quem sincroniza os movimentos dos braços, lado a lado, a peitar a correnteza".
Aí é que acho o Mino repetitivo e incoerente às vezes. Discursa onde lhe oferecem espaço para reproduzir refrões da esquerda circunscrita entre benesses que imaginávamos atribuições dos privilegiados egoístas que relaxam ao sabor da correnteza a favor. E quantos, entre os jornalistas, não assopram e abanam de alfinete na mão para a correnteza os carregar quando lhes for conveniente.
Na minha opinião o grande erro do Mino Carta, que é e continua sendo um grande jornalista é que nesse episódio do Casare Battisti ele foi o Mino e não o jornalista Mino. Ele entrou muito cedo demais na grita italiana expondo sua opinião pessoal e talvez aflorando o sangue italiano em cima de um Brasil maduro. Não somos mais aquele Brasil onde baixávamos a cabeça para tudo, porque vivíamos na miséria. Somos um país pacífico, mas não temos sangue de barata. Próximo passo: tratemos nossos turistas estrangeiros com respeito e só, mas não precisa fazer tietagem bajulantes com eles. Nosso Brasil já está a altura do mundo, não esqueçam disso.
Zé Carlos,
Como acessar seu blogue?
Nao to conseguindo, e ainda nao sei o prq?
Inté,
Murilo
Já leram a última do blog do Walter Maierovitch? Diz agora que a Itália vai representar contra o Brasil no Tribunal de Haia por desrespeitar os direitos humanos dos familiares das vítimas do Battisti (não entendi? O Battisti por acaso ameaça alguém?) e porque o Brasil ofendeu a Itália, fundadora da União européia, que é uma comunidade alicerçada no respeito à pessoa humana (é mesmo? E a fase negra do autoritarismo italiano?)
1)Não tenho opinião sobre os crimes do Battisti. Meu problema é o desrespeito ao Brasil e aos brasileiros que inundam os blogues do desembargador e do Mino a pretexto desse caso. Essa notícia me parece blefe. Seria bom mesmo que os juízes, talvez mais isentos de Haia, revisassem o julgamento do Battisti para ver se atendeu às exigências do Estado democrático de Direito, como devido processo legal, etc. 2) Só que o caso não é este: é o direito soberano do Brasil de extraditar ou não (já que não há tratado) um cidadão preso em território nacional, portanto, submetido à legislação constitucional brasileira, que impede a extradição de uma pessoa condenada a prisão perpétua. 3) Tá difícil provar que o Brasil "ofendeu" a Itália se não tem a obrigação de cumprir uma condenação decretada por juiz de outro país, mas de respeitar a Constituição nacional em vigor. Que valeu anos atrás no caso do contemporãneo de Battisti, Achilli Lollo, hoje da direção do Psol, cuja extradição o FHC negou. 4) Ou esse cidadão italiano é mais importante do que o governo de lá diz, ou sabe coisa demais e precisa ser silenciado. Por que o governo italiano vai querer prosseguir nessa queda de braço com o Brasil? Ou será que o Maierovitch e setores da ultradireita é que estão interessados nisso? 5) Estranhei a familiaridade com que o desembargador Maierovitch sabe das conversas entre ministros, juízes e governantes italianos e antecipa por um blog o que o governo de lá vai fazer. 6) Qual a função do referido desembargador nesse processo, aqui no Brasil? Estará a serviço da Justiça italiana ou da direita italiana? Será que por isso recorreu ao apoio do seu dileto amigo Mino Carta e de sua revista? Puro chute meu, mera especulação, ilação, não tenho prova alguma, mas não sou analfabeta e costuma ler as entrelinhas. Aliás, já li diversas manifestações pró e contra a extradição em blogues e jornais italianos. Não é essa unanimidade que a dupla Mino-Maierovitch alardeia.
Murilo, leva a mal não as bobagens que eu disse noutro post, procurei o post para te pedir desculpas pelo meu destempero,
perdão,
abs
perdão da boca pra fora não, mas perdão que tem a ver com compreensão, ok
naquela hora faltou um parafuso na minha cabeça
Murilo, que mancada da minha parte,
cara, não era para ter este tanto de blog no meu perfil mas apenas a bússola,
é que meu sítio é composto por uma frota de blogs, vou arrumar, ok
muito obrigado por apontar-me o problema
Murilo, estou em pleno horário de trabalho, saí para tomar um lanchinho e não poderia deixar este problema que você apontou,
agora vai ficar somente um blog no meu perfil, os outros, se não me engano 99, a partir de agora estão todos ocultos no meu perfil,
claro, somente a bússola fica
novamente,
amigão, novamente muito obrigado
Você trabalha com contra informação? que boa piada! você é mais um jornalista chapa branca, como tantos que circulam por aí...
Pode ficar sossegado, que não piso mais nessa josta de blog vendido...
Miguel, gostei bastante da resposta que vc deu ao andré. Quanto a sua reposta à mim, eu até entendo a linha de pensamento. Mas eu, como cidadão, não jogaria fora meu direito de apontar erros e cobrar daquele que recolhe impostos com o meu e o seu dinheiro. A única maneira que conheço para impulsionar um governo, é reivindicando; ainda mais um governo com tão ampla composição ideológico partidária. Como é possível seguir alinhado com um governo tão, "teoricamente", controverso?
Anônimo, "chapa branca" é um conceito vazio pra mim, visto que só faria sentido se eu fosse bancado pelo governo, o que não é o caso. Chapa branca aplica-se com muito mais pertinência aos jornalistas que defendem, subservientemente, as opiniões de seus patrões. Eles são vendidos. A minha opinião é 100% independente, porque a compro com a minha fome. Você é tão burro que nunca entenderá isso.
Peixoto, eu não abdico do direito de apontar erros e cobrar governos. Durante os oitos anos do governo Fernando Henrique Cardoso escrevi artigos muito contundentes de oposição, mas sempre educados e respeitosos em relação ao poder democrático. Já expliquei que nunca caí na esparrela infantil e golpista da ultra-esquerda.
Sobre o governo Lula, tenho várias críticas, mas a enxurrada de críticas vindas da imprensa, e maneira enviesada como elas são feitas, não me deixam tempo nem neurônios para explicitar os problemas que vejo.
Por exemplo: esse corte provisório no orçamento foi uma burrada sem tamanho, na minha opinião. O governo deveria, neste momento, ampliar o déficit.
Sobre seguir alinhado a um governo "teoricamente" controverso, já expliquei que compreendo perfeitamente as contradições de um governo democrático, que precisa fazer composições políticas para governar. Aliás, justamente por essa vulnerabilidade é que um governo democrático precisa do apoio dos cidadãos que nele votaram, para que ele, com esse apoio, possa desenvolver seus conflitos internos de maneira mais soberana, com um índice menor de concessões à oposição política, que existirá sempre numa democracia, e que, no caso do Brasil, é uma direita tremendamente anti-nacionalista.
Miguel, eu não havia pensado sobre o corte do orçamento, me lembro que Luisa Erundina fez isso, fez das tripas coração para sanear as contas, o tal admminstrativismo, depois deu no que deu né,
a população não deu a mínima para o saneamento orçamentário de Erundina e tascou o voto em Pita e, agora, em Kassab.
Compreenda o meu inxirimento ao ocupar este espaço novamente. É que esta campanha contra o Brasil me incomoda, nosso País sendo atacado, logo o Brasil que sempre acolheu muito bem seus imigrantes, a todos, sem excessão, muitos degredados que, aqui, encontraram a felicidade e deram uma grande contribuição para o desenvolvimento de nosso País.
O mundo está careca de saber que Berlusconi, esta gente da Liga Norte, é xenófoba. Estou cansado de ver em chats esta gente referir-se aos brasileiros e latino-americanos como pessoas que só servem para limpar seus banheiros. Talvez por isso se achem no direito de tripudiar contra a decisão soberna do Brasil, inclusive não deram um só pio quando a França de Miterrand deu asilo a Battisti. Porque agora contra o Brasil? Só entendo isso pelo viés da xenofobia.
A direita brasileira está eufórica como caso Battisti, até parece que Lula está derrotado por causa disso e que são favas contadas a eleição de seu pupilo, o Serra.
É de dar nojo ver egressos da ditadura militar como José Agripino Maia atacando Lula por conta do caso Battisti, inventam esta mentira do caso dos atletas cubanos com a maior cara de pau. Onde será que estava esta gente que no governo FHC não apoiou o Grupo Tortura Nunca Mais em sua luta pela extradição do ex-ditador paraguaio Alfredo Stroessner? O que sei é que o Brasil, ao contrário de Berlusconi com sua ideologia mussoliniana respeita bem seus imigrantes. Há muitos italianos em situação análoga à de Battisti asilados no Brasil. Quando Itamar Franco concedeu asilo ao ativista italiano Achille Lollo não houve esta celeuma toda. Mais uma campanha difamatória desta mídia vagabunda contra o Brasil.
Muitos italianos em situação análoga à de Battisti receberam asilo no Brasil.
Achille Lollo é um italiano que, assim como Batttisti, matou nos anos de chumbo, recebeu refúgio no governo Itamar Franco. Esta mesma mídia “isenta” não deu um pio contra Itamar Franco por conta do refúgio dado a Lollo, hoje integrado à sociedade e prestando serviço ao nosso País.
Quanto ao caso Battisti, enfiaram até a mentira segundo a qual atletas cubanos teriam sido deportados para Cuba por Tarso Genro, o que não é verdade, pois os cubanos que pediram asilo o tiveram e os que quiseram voltar ao seu país de origem voltaram, só mesmo coisa de gente bêbada para afirmar o contrário.
Porque será que esta gente mais do que atiçada pelo caso Battisti ficou em silêncio quando no governo FHC o Grupo Tortura Nunca Mais pediu a extradição do ex-ditador paraguaio Alfredo Stroessner?
Secularmente o Brasil recebeu com muito carinho seus imigrantes, ao contrário da direita italiana.
Não há provas contra Battisti, nem perícia, há apenas o fato ou versão segundo a qual os assassinatos que atribuem a ele foram cometidos por um grupo de esquerda, o PAC.
Naquela Itália dos anos de chumbo todos sabemos como era a Justiça por lá. Pertencer a um grupo de esquerda era o suficiente para se ser processado e condenado, crimes eram atribuídos às pessoas por motivo de perseguição política, se você fosse ativista político isto era suficiente para que lhes atribuíssem um crime e lhes condenassem em processos não condizentes com o que manda o ordenamento jurídico civilizado, a tortura e a deleção premiada era um dos recursos utilizados pelo aparato judicial italiano nos anos de chumbo, quando Battisti foi julgado e condenado. Não há prova concreta, mas apenas o fato de que ele pertencia ao grupo que teria praticado ou reivindicado a prática de alguns crimes.
Com a palavra Nilo Batista, um especialista no assunto:
"Os quatro homicídios atribuídos pela Justiça da Itália ao ex-militante comunista Cesare Battisti são anteriores à Lei da Anistia (6.683/79). Com isso, a sua extradição significa uma dupla incriminação. O argumento é do advogado e ex-governador do Rio de Janeiro, Nilo Batista, em parecer feito a pedido da defesa de Battisti.'
Continue lendo...
http://www.conjur.com.br/2009-jan-25/crimes-atribuidos-battisti-prescreveram-anistia-nilo-batista
Zé, na verdade não houve corte no orçamento, mas um bloqueio provisório. O dinheiro pode voltar.
A medida, no entanto, para mim, foi equivocada neste momento, porque transmitiu uma notícia negativa para a economia, justamente quando precisávamos do contrário, sobretudo por parte do governo.
A mídia, naturalmente, adorou. Qualquer notícia ruim, ela adora. E já transformou o bloqueio provisório em corte definitivo do orçamento.
Que fome você passa, pustula?
quer enganar quem?
Não sei porque tanta admiração com relação às últimas opiniões do Mino Carta.
Ele é isso aí mesmo ideologicamente: mais para Roberto Freire (PPS) do que para PT ou PSOL.
Gosta do Lula porque acha que ele é o menos radical dos petistas.
Apenas, em um episódio que lhe afeta mais emocionalmente ficou muito parecido com aquela revista que até ele ataca.
Uma pena... está comprometendo toda a sua reputação jornalística por um caso de 30 anos atrás.
Que virou esse angú apenas agora, quando o Brasil está na jogada.
Ver Mainardi, RA, Veja e Mino Carta no mesmo balaio é intrigante...
Mino Carta deveria ir dar uma volta para a Itália, como costuma fazer, e deixar as coisas esfriarem.
fome de devorar cérebros de retardados mentais como você. fazer como hannibal.
Miguel, não coma porcaria e "passe" os fascistas anônimos.. Esse cara é tão covarde que se intitula Anônimo para mais comodamente vomitar o que o PIG lhe repete. E pior, é tão mentiroso que não cumpre nem aquilo que disse que ia fazer, no primeiro post dele... .
Olha, custou-me tomar coragem para comentar o episódio Battisti. Leio muitos blogs e confesso que em apenas um esboçou-me uma certa vontade de comentar o assunto. Não tomei nenhum partido pelo desconhecimento do fato. Alguns artigos me deram subsídios para formar meu raciocínio sobre essa polêmica, que convenhamos, já cansou. Se for realmente verdade as opiniões que eu li onde diz que Battisti foi julgado num tribunal de exceção montado naqueles anos perturbados que a Itália vivia para incriminá-lo, pois diz ele nessa matéria, que foi traído por colegas de luta para ter benefícios com a delação, então devo acreditar, porque foi a única fonte que me convenceu. Nesse caso, acho eu que o governo acertou. Resolvi escrever no seu blog Miguel porque o que você comenta do Mino é interessante. Concordo com você que o esquerdismo do Mino é burguês. Vira e mexe no blog dele há comentários que não tem nada a ver, comida italiana aqui, vinho ali, tudo de consumo para uma casta da população brasileira privilegiada. Eu também gosto de uma boa comida, um bom vinho etc. Mas no blog dele ficou maçante, acesso-o esperando uma novidade e nada. Gostei do seu comentário. Foi extremamente educado, mas incisivo. Parabéns.
Francisco Pereira Neto, Botucatu, SP
Olá, Miguel. Seu sítio (chácara) é muito bom. Volta e meia pego uma ou outra fruta do pomar. Assim como você e outros leitores, também gosto da revista "Carta Capital" e do Mino Carta, o que não torna as opiniões dele (nem as de ninguém) insuperáveis. No caso Battisti, faço a pergunta que o próprio Mino (e todo o mundo mineral) faria: "o que diria o Raimundo Faoro sobre a questão?". Desconfio que a resposta poderia ser discordante daquela esposada pelo respeitável e brioso jornalista. Um abraço. JORGE (carioca morando no interior de São Paulo)
Essa caixa de comentários está tão boa, com debates tão educados, com algumas contribuições tão esclarecedoras, sem o contumaz Fla/Flu explícito, que deveria ser guardada ou subir para a página principal.
pois é, vera, esses comentários são, na verdade, o cachê mais querido do blogueiro.
Sou italiana, sempre fui de esquerda, mas no caso Battisti receio que o Mino tenha razão. O Battisti é pouco mais de um criminoso comúm, sem ideologia, sem histórico politico. Um zé ninguém. Um ladrão, já condenado, antes da fase "politica" por crimes até nojentos. Não tem espessor, não tem cultura;tem, sim, muita cara de pau. E teve muita sorte em encontrar pessoas "importantes" que acredidassem nele. Como, é um mistério.
Opinião pessoal: CartaCapital tinha um "furo" vindo das entranhas do governo, gente próxima a Lula: a demissão de Meirelles. Quando virou uma "barriga" foi cobrar a conta. Nem deram bola. O caso Battisti caiu como uma luva para fazer o papelzinho fácil da mídia: meter o pau no governo do metalúrgico. Mino, assim como Clóvis Rossi, quer garantir seus (bons) vinhos.
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