"Nada contra o tal Programa de Aceleração do Crescimento em favelas e comunidades carentes, ainda que tenha intuito eminentemente eleitoreiro. Só que algo poderia ser feito também em prol daqueles que realmente pagam impostos e sustentam tudo isso."
Assim não dá. Eu quero começar o ano escrevendo artigos sensíveis, poéticos, inteligentes, mas diante de tais manifestações de fascismo, sinto-me como um irlandês dentro de um bar, segurando uma caneca de cerveja e vociferando contra os imperialistas ingleses. É tanta estupidez. Dá vontade de falar alguma coisa horrível, tipo: tomara que esse filho-da-puta leve uma bala perdida na cara ou sua filha se apaixone por um traficante de drogas bem psicopata.
Outras cartinhas seguem a mesma linha. Há piores. Transcrevi essa porque era a mais curta. Viu o que ele disse: "em prol daqueles que realmente pagam impostos"? Essa turma não tem a mínima idéia do significado de democracia. Não possuem nenhuma visão de segurança pública entendida como política social. Dizer que obras que melhorarão o sistema de saúde das comunidades, construirão creches, abrirão vias, enfim que afetarão profundamente, para melhor, a vida dessas favelas, dizer que são "eleitoreiras", demonstra uma indesculpável ignorância sobre o que seja a relação governante X governado e o pleito político. Um político que realiza uma boa administração também o faz por razões eleitorais ou eleitoreiras, e isso é ótimo. Se todo político fizesse ações eleitoreiras desse tipo, e não maquiagens, como proibir out-door e fachada nas ruas e lojas (como Kassab fez), teríamos muito mais equilíbrio e desenvolvimento social.
Miguel, que jeito de começar o ano, cara. Ler uma "análise política" do Nelson Motta, e cartas dos leitores do Globo? Como vai curar a ressaca do reveilion assim?
pois é, vou ler um pouco de faulkner para compensar. mas por outro lado é bom. artigo do mottinha e missivas globais são, digamos, bons pra aquecer, para desenferrujar. são facinhos de criticar. vou aquecendo antes de passar para tópicos mais complicados.
miguel
seu blog e o segundo ou terceiro meu, diariamente na ordem das leituras. Eu comento vez em quando,
algo nele, na qualidade de anonimo pela razao simples que nao consigo
´assinar´. O sistema me é complicado, nao consegui ainda aprender como me registro, cc/identidade e tal.Mas meu nome e agostinho e peço um e-mail seu para lhe enviar uma msg que acho ate importante. E será uma unica vez. Por favor.
O Brasil tá cheio de gente que pensa assim. Se acham os tais, desprezam pobres, indios, negros... são uma gente nojenta.
E o pior é que, como eu já comentei aqui em outra ocasião, quem mais paga imposto no Brasil, proporcionalmente à sua renda, são os quem tem os menores salários.
Cara, não tem nem o que comentar. Pra que perder seu tempo lendo esses idiotas? Procura gente que nem você, que raciocina, para ler.
A ignorância e cegueira de grande parte da classe média e alta da sociedade brasileira é tão tosca, senão mais (uma vez que eles teriam condições melhores de estudo), que a ignorância que eles tanto criticam nas classes menos favorecidas.
A questão fulcral das favelas, seja no Rio ou em Sampa, é o fato de que os governantes sempre olharam para a favela como um país inimigo.
Isso é muito conveniente para o traficante, para o bandido. Pois o isola e protege.
As obras do PAC nas favelas são uma revolução, pois elas visam integrar a comunidade da favela à cidade em que está.
Havendo ruas. praças, iluminação pública, haverá, gradualmente, circulação de veículos, pessoas, comércio forte, entrega de pizza, etc.
Ou seja, integração. Com certeza a criminalidade se reduzirá drasticamente.
Por que o leitor típico da velha mídia não percebe isso? Gostaria de pensar que ele percebe, sim, mas finge que não. No entanto, acho que é burrice mesmo...
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