Muita gente ainda se pergunta porque o PSDB engoliu o nome de Serra para disputar a presidência, quando poderia contar com Aécio Neves, que agregaria muito mais apoios politicos. Questionam também a forma agressiva e sedenta com que Serra se autoimpôs. Quando vemos as verbas de campanha, porém, tudo fica mais claro. Para Serra, não importa tanto ganhar as eleições como ter o controle sobre os 180 milhões de reais de contribuições do setor privado, mais os valores do fundo partidário, mais o tempo de TV. Sem falar no Caixa 2.
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Perguntaram-me o que eu penso de trabalhar de graça para campanhas tão absurdamente caras. De fato, nesse momento de campanha, sinto-me um pouco usado. A melhor resposta que eu posso dar, porém, é que as campanhas passam, as estruturas de campanha são desmanteladas, e o meu blog continuará, firme e forte. Passada a eleição, não faltará assunto para o blogueiro, como não tem faltado nos últimos seis anos, desde que comecei a escrever por aqui. Além do mais, as pessoas tem me ajudado, assinando a Carta Diária ou fazendo doações. Ainda é muito pouco, mas tenho esperança de que, na medida em que a população tenha mais acesso a internet, meu blog ganhe um número maior de assinantes.
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(Capa do Globo desta terça-feira)
Por alguma razão que foge a minha compreensão, O Globo vem tentando, nas últimas semanas, impor uma interpretação apocaliptica da realidade econômica brasileira. Isso não é novidade. Mas é curioso que esta opção editorial tenha se radicalizado justamente no momento mais eufórico da economia nacional. A estratégia, de qualquer forma, é débil, destinada a iludir apenas os leitores de primeiras páginas. Quando se lê a matéria, encontra-se um conteúdo muitas vezes contrário ao que se estampou em manchetes garrafais. É o caso agora. Depois de ameaçar o Brasil com um calote generalizado da nova plebe consumista, a matéria conclui com as seguintes declarações:
Até março, os balanços publicados apresentaram resultados positivos, com queda da inadimplência e das chamadas provisões para devedores duvidosos.
O economista-chefe da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Rubens Sardenberg, porém, acredita que a inadimplência no setor só subirá em caso de estagnação econômica.
- Não é isso que vejo no nosso horizonte hoje. Ao contrário, existe até a preocupação se haveria um superaquecimento da economia.
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Não tive tempo de falar de outra matéria de capa recente do Globo, tentando transformar o positivo aumento das importações, consequência natural do aquecimento da economia e da elevação do poder aquisitivo da população, num desastre anunciado. Deixo aqui apenas o registro. Falarei mais disso posteriormente, trazendo dados, estatísticas e raciocínio lógico, para mostrar que importar também pode ser bom, desde que sem exagero ou puerilidade.
Miguel, sou militante petista desde 1985. Nunca recebi um centavo por qualquer ação que faço em favor dos candidatos que escolho, mas faço por prazer; por entender que há algo que precisa ser superado. Essa imprensa deturpadora, manipuladora, por exemplo. Ainda não encontramos um meio de colocá-la no seu devido lugar, mas não perco a esperança.
Olá Miguel,
Tem um Vamp de curitiba que está pregando (fisoloficamente) a idéia de separatismo do Sul do país.
Dê uma olhada:
http://blogdovampirodecuritiba.blogspot.com/2010/07/separar-o-sul.html
O que será que o Sr. Cloaca acha disso?
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