O amigo internauta Adriano Matos e eu trocamos algumas idéias para responder a mais um email contra Dilma que começou a circular, onde se "acusa" o governo "do PT" de pedir empréstimo internacional para o bolsa família. O assunto do email já diz tudo: "BOMBA!!! BRASIL PEDE EMPRÉSTIMO PARA PAGAR O BOLSA-FAMÍLIA."
Na realidade, trata-se de um financiamento de US$ 200 milhões que o Banco Mundial decidiu dar ao Brasil, como um reconhecimento pela importância do Bolsa Família, programa que o Banco quer levar para outras partes do mundo. O gesto veio acompanhado de muitos elogios, em notas e entrevistas (outra entrevista), às ações sociais do governo brasileiro.
Depois o Adriano mandou-me a resposta que ele escreveu e enviou para o mesmo grupo onde circulava aquele email.
Miguel, obrigado pela ajuda. Acabei mandando o e-mail que segue abaixo porque nessas discussões o timing é fundamental. Prá dizer a verdade, poucos nessa lista - de futebol -, gosta de discutir política, no máximo malhar o PT. :(
Segue abaixo:
Pessoal, antes de tudo, dêem uma olhada nesse gráfico que apresenta a evolução da dívida líquida do setor público. Este demonstra que menor parte do PIB está comprometido com dívida contraída pelo governo.
O perfil da dívida também mudou. Aumentou a parcela prefixada, e isso é bom, e diminuiu a parte relativa ao pagamento de juros. Segue segundo gráfico.
Terceiro, todos países, mesmo de primeiro mundo, têm dívidas. Os EUA, por exemplo, tem uma dívida trilionária com os Chineses, resultado de operações comerciais.
A todo momento, os BC do Brasil e de todos países emitem e compram títulos do governo, contraem empréstimos, quitam parcelas e estabelecem relações comerciais com diversos tipos de interlocutores nacionais e internacionais, sejam governos, bancos, investidores, etc.
Essa não é a única operação do governo brasileiro junto ao banco mundial. Ainda vou verificar a taxa de juros cobrada desse empréstimo em particular mas já adianto que é comparativamente menor em relação ao praticado pelo mercado porque o BM tem interesse em promover o bem sucedido exemplo brasileiro para todo o mundo.
Deixar de investir no combate à miséria agora implica ter que investir em segurança mais tarde, a custos mais elevados, e com acesso restrito para muito poucos.
Por fim, o BM dá sucessivas notas de apoio à política de combate à miséria do governo Lula que se reflete nos índices de risco e na classificação do Brasil como 'Investment grade'. Isso traz recursos a custos menores e contribui para criar uma sociedade economicamente sustentável.
(Clique nos gráficos abaixo para ampliar).
O problema é o seguinte Miguel acho que eu fui o primeiro a comecar a responder estes email fraudolentos aí eles comecaram a colocar com copias ocultas aí nao tem jeito de responder.
Olá Miguel!
O segundo link com outra entrevista está quebrado...
Abraço!
Os gráficos peguei do blog Muito pelo contrário. Digita no campo de pesquisa desse blog a frase "quer que eu desenhe". Tem gráficos muito bons nesse site e todos indicam as fontes de onde vieram os dados.
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