O jornalista Elio Gaspari aborda hoje, meio que aereamente (se é que podemos usar esse termo para se referir a trens), o trem-bala que o governo federal quer construir, com dinheiro privado e público, entre Rio e São Paulo. Bem lembrado, Gaspari, mas lamento que você se mostre tão reticente em relação a um projeto vital para o desenvolvimento do país. Sim, vital. Quem vai à Europa, à China, aos EUA, sabe que os países desenvolvidos conectam seus núcleos urbanos com trens de alta velocidade, essenciais não apenas para o transporte de pessoas como (sobretudo) para o deslocamento de cargas pesadas. O trem-bala Rio-São Paulo será a ponta-de-lança da indústria ferroviária de alta tecnologia no país. É o que está em jogo aqui. Daqui a vinte ou trinta anos, todas as capitais do nordeste poderão ser ligadas por trens-bala, que aliás poderão ligar todas (ou quase todas) as capitais brasileiras entre si.
Serra é contra o trem-bala porque sabe que ele representa um objeto de propaganda para o governo, o qual, por sua vez, parece tímido, meio que amedrontado, em divulgar essa idéia. Dilma não falou no trem-bala durante a campanha, um de seus projetos mais caros. A crítica que se faz ao trem-bala fundamenta-se no custo, de mais de 30 bilhões de reais, supostamente vindo da iniciativa privada, mas que talvez tenha que contar com uma boa injeção de verba pública.
Para mim, é um erro crasso desmerecer a importância do trem-bala em função de seu alto custo. O projeto custa caro justamente porque é bom. O que é bom é caro. Mas isso, definitivamente, não é dinheiro jogado fora. É investimento, que retornará ao Estado rapidamente na forma de impostos, portanto é bobagem dizer que representará uma gastança.
As críticas ao trem-bala tem um fundo melancolicamente conservador, de pessoas que não conseguem enxergar o futuro para além de sua vida útil. Ele incomoda, além disso, o imaginário dos que gostam de pensar o Brasil como um país eternamente atrasado. Receio que Gaspari, com todo seu brilhantismo, seja um desses: ele não quer ver que a choldra poderá se tornar, em algumas décadas, uma das sociedades mais avançadas do planeta. Claro que isso não vem do céu. É preciso investir, e já. A Europa realizou grandes investimentos públicos em ferrovias, que garantem um transporte confortável, seguro, rápido, eficiente para centenas de milhões de europeus. As grandes áreas urbanas da Ásia também investem pesado em trens de alta velocidade. Se o Brasil ficar para trás nesse quesito, corre o risco de se tornar uma espécie de periferia de segunda classe do planeta. É isso que queremos? Claro que não. Por isso é tão importante derrotar o projeto conservador, atrasado, terceiromundista e depressivo de José Serra.
13 de outubro de 2010
Elio Gaspari quer tungar o trem-bala?
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Vou um pouco além: o trem-bala tem de interligar, já, Brasília, SPaulo e Rio de Janeiro, para que a capital nacional deixe de ser uma ilha da fantasia, o povo tem de ter fácil acesso ao centro político da nação, não dá mais para deixar Brasília à mercê dos lobistas engravatados que podem viajar de avião a qualquer hora.
Concordo totalmente com o Marcelo.
Tem que ter trem - bala tb entre SC ( praias lindas ) e o RGS ( praias horríveis).
Trem-Bala Porto Alegre- Florianópolis jááááá!!!!
Abraços no blog
Jornalismo de campanha isento não existe. Os matutos digitais comandam
DO Blog Nas retinas
http://emerluis.wordpress.com/
O grande erro da campanha digital do PT foi, sem dúvida, a desmobilização de conteúdo oficial pela rede durante todo o primeiro turno. Com um site oficial fraco (Dilma13) baseado em textos importados direto das redações dos anos 50, com linguagem pouco corrente para os meios digitais, o tráfego do conteúdo não pôde ser muito bem utilizado na rede. Em campanha, o que os correligionários, militantes e apoiadores precisam é de argumentos bons e rápidos, para entrar nas redes sociais e rebateram um a um cada ataque, mentira ou calúnia.
Antes de continuar, deixemos claro: Marcelo Branco e sua equipe de guerreiros digitais não são responsáveis pelo Dilma13. Eles cuidam da mobilização digital para as redes sociais, a grande sensação desta campanha, e do site catapulta Dilma na Rede, que possui a sua própria rede de relacionamento e impulsiona o conteúdo de sites e blogs parceiros. Este passo foi correto. A mobilização começou olho no olho, com a Caravana Digital andando pelo país para conscientizar e arrebanhar. Se não fosse isso, o estrago teria sido muito maior.
Para ajudar neste cenário tortuoso, diferentemente do que foi feito em 2006, o partido acabou com o setor de “Campanha Eletrônica” que ficava no comitê central, bem ao lado da direção executiva. Eles acreditaram que a equipe de marketing daria conta do recado e o tiro saiu pela culatra. Eu trabalhei em 2006 neste setor, comandado por Valter Pomar e que tinha a batuta da experiente jornalista Rosana Ramos, uma mestra de 20 anos de eleiçõe
O papel da “Campanha Eletrônica” era produzir os boletins de campanha que seguiam por e-mail e que também alimentavam o site principal da época. Os textos explicavam detalhadamente as soluções dos primeiros 4 anos de mandato, defendiam propostas políticas do partido e serviam para, diariamente, combater os boatos de campanha. Eu escrevia a coluna “Circula por ai” que abordava um boato corrente e imediatamente o desbaratava. (CONTINUA)
http://emerluis.wordpress.com/
Os caras sãop contra o trem bala mas são a favor de gastar os tubos numa porcaria de trem elevado na zona leste de sp e para isso se utilizando o contrato de metro que é outro projeto outra tecnologoa e a um custo bem maior, mais que o dobro, só em sp essas coisas acontecem.
E o escandaloso MONOTRILHO, Elio esqueceu???
SP tem 6 projetos de monotrilho; 4 são polêmicos
Bairros das zonas sul e leste prometem ir à Justiça para impedir as obras
http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/sp-tem-6-projetos-de-monotrilho-4-sao-polemicos-20101010.html
Caro Miguel,
Qual sua opinião sobre a carta aberta que a Dilma se comprometeu a apresentar aos religiosos, tratando de temas polêmicos como o aborto e união sexual?
Desculpe, união HOMOSSEXUAL!
Dia 31 haverá um plebiscito, não sobre o aboro e sim a respeito do pre-sal, para dizermos SIM à continuidade da política de Lula através de Dilma Rousseff
Pensando na importância deste dia e sabendo da importância de fazer com que o eleitor chegue ao local da votação ciente do seu ato, de um dos caminhos que optará para seguirmos em frente, vou usar estes dias que ainda restam para trabalhar pela vitória de Dilma
Postei no meu blog uma postagem que ficará em evidência até as 18 horas do dia 31.
É que até lá vou dedicar todas as minhas forças para o trabalho de rua, para a conversa com o eleitor
Na internet vou estar presente sim, mas apenas para comentar nos blogs, em especial nos blogs independentes, bem como nos que apoiram a Marina.
A vitória da Dilma não é apenas de interesse da esquerda brasileira e latino-americana, como em especial do campo democrático e popular, ou seja, uma luta que deve ser suprapartidária
Pois o Serra, sendo eleito, trará na garupa o que de pior existe na política nacional, inclusive neonazistas, sem falar no Daniel Dantas, já identificado como um dos que estão espalhando na internet e na mídia boatos contra Dilma
http://www.josecarloslima.blogspot.com
Sugestão: Botar no papel o custo das coisas. Quanto custou os cada Km de metrô em São Paulo? Quem pagou esse conta? Quanto custou o PAC? Ou quanto custou cada pedacinho do PAC? Quanto custa o Trem-Bala? E principalmente... quanto custou, até agora, o Rodoanel?
MATRACAS" DO SERRA PODEM SER O DIFERENCIAL NESTA ELEIÇÃO
O diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, e o presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade, atribuíram a um "processo de difamação" contra a presidenciável do PT, Dilma Rousseff, o aumento da rejeição à candidata, indicado na pesquisa do Instituto Sensus divulgada esta manhã. Por causa desse "fenômeno sociológico", o instituto decidiu não fazer um prognóstico sobre o resultado final da eleição.
Clésio Andrade chamou a atenção para o uso da internet nesse processo, bem como para a contratação de pessoas com a missão de desconstruir a imagem dos candidatos nas ruas, nos ônibus, nos trens, entre outros lugares de grande fluxo de pessoas, distribuindo panfletos e pregando cartazes em postes. "São as chamadas matracas", definiu.
Às vésperas da votação em primeiro turno, a candidata do PT tornou-se alvo de correntes difamatórias na internet, bem como por meio de panfletos apócrifos, distribuídos em igrejas, afirmando que se ela fosse eleita, endossaria uma lei favorável ao aborto e à união civil entre homossexuais, fecharia templos e proibiria a liberdade de cultos.
Do Estadão.com.br
Difamações ampliaram rejeição a Dilma, avalia Sensus
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