Marketing de guerrilha, sufoco e um chapéu de palha

Beleza, acho que cheguei perto do meu objetivo, que era produzir pensamento crítico na campanha de Dilma Rousseff. É preciso ouvir o recado das urnas do dia 3 de outubro e dar um upgrade na campanha, direcioná-la para os eleitores de Marina Silva, a classe média urbana. É preciso fazê-la sonhar. Cadê o trem bala? Serra criticou o trem-bala porque é um tolo. O trem bala insere-se no projeto de fomentar a criação de uma indústria de trens de alta tecnologia no Brasil. As cidades brasileiras, sobretudo as capitais próximas, tem de ser ligadas por ferrovias tecnificadas e o trem bala será o início deste processo. Os pobrinhos já estão com Lula e Dilma e não vão largar. O objetivo agora é conquistar o imaginário da classe média.

Eu tenho idéias de como, pela internet, poderíamos iniciar uma grande ofensiva positiva sobre esse eleitorado. Infelizmente sou obrigado a abandonar a luta (no auge!) por algum tempo, porque fatores climáticos conjugaram-se para me prejudicar. Com este feriado mais a greve nos bancos, um cheque que pegarei na quarta ou quinta-feira por uma reportagem que fiz terá de ser descontado na caixa automática, e entrará sabe-se lá quando em minha conta; e a Oi, mesmo eu tendo pago a primeira parcela de sua conta milionária, não religa a linha nunca (e só depois disso, irão religar o Velox...), e os dois 3Gs com que eu trabalhava, cujas contas atingiram patamares igualmente milionários, foram bloqueados (um deles apenas alguns dias depois do atraso na conta). Ou seja, as circunstâncias me deixaram literalmente sem internet e sem dinheiro. Sei que a culpa é principalmente minha (que devia tomar vergonha na cara e arrumar um emprego na Vale ou na Petrobrás, emboram aí não poderia escrever sobre política da maneira que faço), mas o custo da banda larga no Brasil está matando a blogosfera. O governo não fez nada e agora, que precisa mais que nunca dos blogueiros, boa parte deles, como eu, estão quebrados. Eu ganho um dinheiro razoável com a Carta Diária, mas não para gastar perto ou mais de quinhentos reais por mês SÓ com internet. Não fosse esse custo, não precisaria vir aqui reclamar.
Enfim, sei que não é o momento mais apropriado, mas sou forçado a voltar à porta do metrô, tocando saxofone, com chapéu na mão. Quem puder fazer uma assinatura da Carta, de preferência anual, ajuda-me bastante. Doações também são bem vindas. Pense nesse blog como uma ong. Em vez de doar ao Green Peace, faça-o para o Óleo do Diabo.