verdade que o tédio,
procura as cores,
e as plantas mortas.
e os horizontes
incendiados
esmurra as portas,
depois hesita
quando se abrem
porque o abismo
abre-se no limiar
de todas as portas
hesita mas segue
adiante, e vê as cores,
os incêndios,
os cadáveres
das plantas
e dos horizontes,
vai lá, e sonha,
e ama e goza no inferno,
infeliz!
persegue os abismos
incolores e devastados,
de teus anseios,
de tua solidão nervosa,
que te encara depois da porta,
como um rosto
conhecido cujo nome
não te lembras
17 de novembro de 2009
limiares
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cores claras me deixam feliz
cores escuras me deixam feliz
sozinha na bela paulista
ora com apertos de saudade
ora excitada com o final davenida
e deslumbrando um novo horizonte.
só, saudade, triste e alegre
cores serão sempre misturas,
misturas serão sempre trágicas
a felicidade habita em mim
e o trágico, as cores virarão poemas.
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