No entanto, essas cartas me incomodam e eu gostaria de responder a algumas delas, publicadas no Globo, dia 11 de fevereiro de 2008. As cartas estão em itálico, em cor levemente acizentada, seguida das minhas observações. A grande maioria dos missivistas são do Rio ou Niterói:
1) Mensalão, mau uso de cartões corporativos e de verbas indenizatórios, eis a farra que o governo Lula faz com dinheiro público. E só tomamos conhecimento desses caso pelos parlamentares defenestrados ou pela imprensa (...) Francisco José Antônio Sebastião Nobre de Almeida.
Caro Francisco, que nome bonito e aristocrático, héin? Parabéns. Primeiramente, vamos separar as coisas. Deixar mensalão de um lado, à parte. Creio que o mensalão deve ser um assunto sagrado para você. Qualquer um que ponha em dúvida a existência do mensalão, certamente, será desprezado profundamente por tal nobre cidadão. São 513 deputados. O governo pagava mesada aos 513 deputados? Não, pela acusação de Jefferson e da imprensa, eram no máximo uma dúzia que recebiam mesada. Pois bem, os sigilos bancários foram quebrados e esse número caiu ainda mais para menos de 10 deputados. E não eram mesadas, foram depósitos. Em alguns casos, um depósito. Metade desses 10 deputados eram do próprio PT. Um deles, recebeu R$ 15 mil. Bem longe do mensalão fixo de R$ 50 mil, que era o valor informado por Jefferson. Aliás, com as investigações e as quebras de sigilo proporcionadas pelas CPI e pela Polícia Federal, ninguém recebeu o valor referido por Jefferson. Agora usa o bom senso, caro Francisco. Como um governo pode pretender manipular votações de leis no Congresso Nacional pagando mesadas para 10 deputados, num universo de 513 deputados? E que leis extraordinárias eram essas? Eram, acaso, leis revolucionárias? Eram leis que beneficiavam grupos ligados ao governo? Não, eram reformas constitucionais importantes, algumas fundamentais, como a da previdência, mas todas dentro da mais absoluta convencionalidade, que não beneficiavam especificamente nenhum grupo, nem constituíam nenhuma quebra da normalidade democrática. Se fosse o caso de reformas profundas, como as que queria Chávez, até se poderia indicar uma razão para o governo usar de método tão espúrio, mas não era o caso. Voltando ao uso dos cartões corporativos, ainda não se encontrou nenhuma irregularidade grave. Falou-se muito do fato da ministra Matilde ter alugado carro em feriado, mas ninguém sequer respeitou a versão perfeitamente verossímil (pode até ser mentira, mas é verossímil) da própria ministra, de que estava trabalhando em feriado. E, de fato, o carro foi alugado antes do feriado e o aluguel estendeu-se durante o mesmo. Ora, o ministério em questão é totalmente político. A função da ministra consistia basicamente em dialogar com setores da sociedade, com vistas a identificação de injustiças. Em razão disso, é ridículo pensar que o trabalho da ministra se resume à uma função burocrática em horário comercial e dias úteis. Com um ministério quase sem verba, sem função burocrática, e lidando intensamente com movimentos sociais muito pobres, era normal que a ministra usasse mais o cartão que outros ministros, que ficam mais em Brasília, possuem altos orçamentos ministerias, e lidam com setores sociais mais ricos. De qualquer forma, sr.Francisco José A.S.N.de Almeida, a possível irregularidade da ministra (cometida sem dolo, mas pela confusão inerente ao uso de um cartão cujo uso ainda é objeto de controvérsias. De qualquer forma, teve o erro de comprar no freeshop, devidamente resgatado pela ministra) não foi descoberta pela imprensa, mas pela Controladoria Geral da União e pelo fato do governo divulgar os gastos no Portal da Transparência, implantado em novembro de 2004 pelo mesmo governo Lula que você demoniza.
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2) Parodiando o humor carnavalesco, imaginamos que o presidente Lula, José Dirce, Genoíno e Dilma Roussef deveriam formar um bloco: "Nós não sabemos de nada". Cartões corporativos, verbas indenizatórias são formas de facilitar o abuso generalizado dos políticos, infelizmente de todos os partidos, essa forma de saquear os cofres públicos apelando para o sigilo da segurança é uma maneira inescrupulosa de justificar o descontrole dos gastos permissivos. Adelmo Martins Lage
Prezado Lage, que o Dirceu tem a ver com isso? Tudo bem, ele foi ministro, mas saiu há tempos, melhor deixar ele de fora nesse caso dos cartões, para não confundir nossas cabeças. O uso do cartão corporativo, segundo todos os especialistas consultados pela imprensa, constitui um avanço tecnológico que melhora a fiscalização dos gastos públicos. Enquanto existir governo, existirão gastos públicos. Os funcionários têm que se movimentar, se alimentar e cuidar da manutenção de suas repartições. Aliás, cumpre aqui denunciar o contínuo preconceito da imprensa contra uma série de gastos feitos com o cartão. O caso da sinuca, eu já cansei de escrever, mas tudo bem, não tenho muita esperança de convencer o lacerdismo sobre a importância de uma mesa de sinuca (que existia no ministério das comunicações desde 1992) para o bem estar e a saúde de funcionários, prevenindo doenças graves relacionadas ao uso contínuo do computador - e assim previndo aposentadorias precoces por invalidez, logo constituindo economia de verba pública. Seria demais um lacerdista com a mente lavada pela imprensa pensar que uma sinuca pode ser importante para um grupo de funcionários. Mas o Globo cita flores. Flores? Bem, será que um funcionário ousou comprar flores para uma repartição? Quanto gastou? R$ 30? Bem, aí está um preconceito bastante machista, visto que uma mulher (que não seja masculinizada) saberia o quão importante um vaso de flores pode ser para o bem estar espiritual de uma repartição. Sem contar que, seguramente, elas são importantes para ornamentar um espaço de cerimônia durante uma conferência ou visita de autoridades internacionais. Onde está a irregularidade em comprar flores?
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3) Além do caso da ministra Matilde, que caiu para impedir que seja instalada uma CPI dos cartões, há ainda a denúncia dos gastos do segurança da Lurian, filha de Lula, e da movimentação bancária da senadora Ideli Salvati, entre outros. A cada dia, nos deparamos com a total falta de escrúpulos dos políticos na farra com o dinheiro do povo. O que podemos fazer para estancar isso? Cadê a OAB, a ABI, a CNBB, a intelectualidade independente (ou não cooptada) e os cidadãos de bem deste país? Helena Maria de Souza
Ai, essa tá boa. Tem uma denúncia brinde: além do caso da Matilde e os gastos da segurança de Lurian, tem a movimentação bancária da senadora Ideli Salvati. Essa é nova! Só que ela esqueceu de fornecer mais detalhes. Até onde eu sei, não existe nenhuma denúncia ou suspeita sobre a movimentação bancária da Ideli Salvati. Mas eu sei de onde ela tirou isso. Há alguns meses, surgiu uma suspeita (muito forçada, aliás) de que uma ong, ou movimento social, tenha recebido financiamento público. E a senadora é amiga dessa gente. O caso tem toda a pinta de denúncia política, tendenciosa, mas de qualquer forma é com conhecidos da senadora e não com "movimentação bancária" dela. Isso é mais uma denúncia irresponsável, que o Globo publica, protegido pela assinatura de um "leitor". Naturalmente, não faz isso com ninguém da direita. Só com o PT, inimigo público número 1 de uma mídia que, na ânsia de ser conservadora, atropela qualquer escrúpulo, ética ou honestidade jornalística. Uma denúncia vazia dessa fica no ar e causa dano político e moral a uma senadora da república, servindo à campanha do Globo, e da mídia em geral, de desprestigiar a classe política brasileira, particularmente a esquerda. A denúncia através de uma cartinha exime o jornal do risco de qualquer responsalidade jornalística ou jurídica sobre a mesma. Em referência aos gastos do segurança da Lurian, há várias cartas que falam disso. Em todas, nota-se ignorância crassa sobre o fato básico de que Lurian não é filha de Lula. Lurian não é Lurian. Assim como Lula não é Lula. Aqui temos a filha de um chefe de Estado. Aqui temos um chefe de Estado. Simpatize-se ou não com Lula ou com Lurian (ela é gordinha, com aparência de pobre, né?), a sua proteção total é garantida pela Constituição. Ou seja, é obrigação do Estado proteger Lula e sua família. Seria, portanto, um crime contra a Constituição Brasileira que o Estado não protegesse a família de Lula. E os gastos com a segurança de Lurian já foram devidamente explicados pelo General Félix. Quanto a OAB, ABI e CNBB, tenho o seguinte a dizer: a OAB já pediu que as suas 27 ou 29 seções estaduais investiguem os cartões de crédito corporativos nos estados, cujos gastos NÃO SÃO PUBLICADOS NA INTERNET. Quanto à CNBB, está muito ocupada fazendo campanha contra o aborto. Agora quer que inclusive nos casos em que a mulher corre risco de vida e estupro, o aborto seja proibido... Sem comentários no momento sobre isso. Falta falar dos tais "cidadãos de bem" deste país.... Hum, imagino que esses são os leitores da Veja, não? Fecha a cortina.
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4) Infelizmente os brasileiros estão anestesiados. A indignação que levou o povo a expurgar Collor do governo por improbidade parece piada perto do que estamos assistindo. Depois dos cartões corporativos sigilosos, com gastos da filha do presidente e de muitos outros desvios, aparece Lula com um de seus companheiros, o deputado Jader Barbalho, que indica cargos em empresas estatais estratégicas com grande destinação de recursos do orçamento. Luis Adolf Trumbach
Esse Adolf no seu nome me deu calafrios, mas deixa para lá. Vamos ao que interessa. O Globo publicou, outro dia, uma foto de dois ou três anos atrás, em que Lula aparece discursando, e atrás está Jader Barbalho. Bem, naturalmente, não gosto do Jader, mas, infelizmente, ele é presidente do PMDB no Pará, deputado federal, um parlamentar que influencia decisões de muitos outros parlamentares e, portanto, é uma figura com a qual o presidente Lula, como chefe de Estado e fiador da parceria com o PMDB, precisa dialogar. O governo Lula não é ditadura de partido único. O PMDB é o maior partido do Congresso e do Senado. Qualquer lei, qualquer reforma, qualquer coisa que transite no Legislativo passa pelo crivo do PMDB. Nem que não houvesse uma oposição histérica e sem rumo, que conta ainda com uma imprensa golpista que estimula criações de CPIs paralisantes do país, desestabilizadoras da economia (lembram de Miriam Leitão prevendo, quase torcendo, com a crise do mensalão, um tombo na economia brasileira?), nem que não houvesse essa oposição, o governo poderia prescindir do apoio do PMDB. E se quer o apoio do PMDB tem que aceitar os seus parlamentares e suas lideranças, entre elas, Jader Barbalho. Eu não gosto do Jader, mas enquanto ele não for condenado, não é culpado de nada. De qualquer forma, o leitor se lembra, por acaso, de que Jader foi o senador indicado por FHC para ser presidente do Senado? O espaço de Jader no governo FHC era muito maior do que no de Lula. Como acontecia com o diabolizado Renan Calheiros, que foi ministro da Justiça de Fernando Henrique Cardoso. Quanto ao Collor, caro Adolf, quem apoiou a sua eleição, inclusive manipulando (conforme o próprio Globo admitiu) um decisivo debate na tv, foi esse mesmo jornal que publica sua cartinha, além de toda mídia. O governo Collor empurrou o país numa crise econômica terrível. Com inflação, juros altos, desemprego, recessão, fechamento de indústrias e queda do PIB. Essa foi a razão pela qual as elites, a imprensa e, por fim, o povo, romperam com Collor.
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5) Como se não bastasse o alto salário do pessoal do governo Lula, o cartãozinho de crédito estava servindo para brincadeirinhas: bilhar, ursinhos de pelúcia, shoppings e outras diversões inocentes.Enquanto isso, os funcionários públicos, aposentados e pensionistas do INSS amargam despesas médicas e não têm como se divertir. Dá um cartãozinho para o povão, presidente! Maria Marta Nascimento Cardoso
Bem, o salário médio do Executivo é muito inferior ao salário médio observado no Legislativo e no Judiciário, portanto é, no mínimo, falaciosa, a afirmação sobre o "alto salário do pessoal do governo Lula". Aliás, essa é uma forma um tanto grosseira de se referir a funcionários públicos, muitos concursados, outros selecionados pelo presidente de 62 milhões de votos, e que, pelo andar da economia, estão fazendo um bom serviço. Quanto a dar um cartãozinho para o povão, bem, se você analisar a explosão do crédito (sem que isso implicasse em aumento da inadimplência, conforme apostava o dantesco Reinaldo Azevedo, prócer da neo-direita tupinambá. Ao contrário, caiu a inadimplência. O povão paga suas contas em dia), a inclusão de milhões de pessoas no sistema bancário e a ascensão de dezenas de milhões de pobres para a classe média, verá que Lula já fez isso, já deu um "cartãozinho" para o povo. Não é um cartão de crédito corporativo, tudo bem, mas é um cartãozinho do Ponto Frio, das Casas Bahia, da Caixa Econômica Federal, que permitiram ao povo comprar celular, dvd, computador e casa própria.
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6) Agora temos um ministro-tapioca. Será que esse senhor está à altura de ser ministro? É de enojar a falta de escrúpulos deste governo. (...) E o que dizer do general Félix, que acha que, quanto menos transparência, mais segurança! Aí vem a pergunta: por que até agora Lula não veio a público para dizer que todos os gastos com cartão serão divulgados, inclusive os dele e os de dona Marisa? Isso é o que se espera de um presidente da República: verdade e transparência em seus atos! Rosilene Gonçalves Pantolla
Aí temos várias confusões. Será que vão chamar o general Félix, uma autoridade máxima do Exército Brasileiro, de "petista"? O cara não chegou lá por ser petista e sim por ser um membro graduado do Exército, um militar de alta patente. Se ele diz que os gastos do Chefe de Estado devem ser protegidos por questão de segurança nacional, o mínimo que se espera da imprensa e da sociedade é que pergunte a analistas em segurança de outros chefes de Estado se a informação procede. Já disse, não vale perguntar para o Ministro do Supremo Marco Aurélio. O senhor Pantolla esqueceu que foi Lula que, em novembro de 2004, criou o Portal Transparência, que publica os gastos do governo com o cartão corporativo, e que ele que está deslocando os gastos de contas B, que não são fiscalizáveis ou transparentes, para o cartão corporativo, cujos gastos são automaticamente publicados na internet. Governos anteriores e governo estaduais não praticavam nenhum tipo de transparência.
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7) (...) Lurian, caso de segurança nacional? (...) Wilton Ribeiro Gomes
Está aí o prejuízo que a imprensa já causou à família do presidente Lula, expondo seus filhos à sanha desses cachorrinhos raivosos. Agora que Lurian precisa de segurança mesmo. Vou repetir. Queiram ou não, Lurian é filha do chefe de Estado, o qual, segundo a Constituição Brasileira (já ouviram falar), deve ter sua família protegida pelo Estado. As razões disso são fáceis de explicar. O Chefe de Estado é a autoridade máxima do país. Ele é eleito democraticamente no Brasil. Já houve tempo em que não era eleito, era escolhido por um colegiado militar. Em qualquer país do mundo, o Chefe de Estado e sua família, são protegidos. É tão difícil entender isso?
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8) Caro presidente Lula, troco R$ 1.400 por mês, recursos de uma aposentadoria por tempo de serviço (35 anos de contribuição,mais de 95% deles pelo teto da Previdência) por um cartão corporativo, que pode ser, com todo o respeito da categoria dos seguranças, o do segurança de sua filha. (...) Ivan Medeiros da Silva
Outra cartinha injuriosa em relação à filha de Lula. A baixaria da imprensa, que publica essas cartinhas, não tem limites. Por que não publicam cartinhas falando do filho de FHC com sua amante, que tem uma bolsa-Globo? Tudo bem falar isso no botequim, mas publicar isso no jornal de maior circulação do Rio de Janeiro? Bem, caro Ivan Medeiros, se você quer o cartão corporativo do segurança da filha do Lula, sugiro-lhe uma coisa: filie-se a um partido, e convença os quadros desse partido a lhe lançar candidato à presidente da república. Se você vencer o pleito, os seguranças de seus filhos terão direito a cartão corporativo e sua família terá toda a segurança que é de direito, paga pelo contribuinte. Ou você acha, em boa fé, que a família de um Presidente da República não deve ter segurança? Quem merece ter segurança? A Ivete Sangalo? E não nos venha choramingar sobre os seus R$ 1.400,00 e seus 35 anos de serviço. O teto da aposentadoria do INSS na época de FHC era R$ 900. Com a reforma da previdência, foi elevado para R$ 1.400,00. Mas, de qualquer forma, que tem a ver os seus 35 anos de serviço com as calças? Parabéns por isso, mas, francamente, isso não lhe dá nenhum direito sagrado de injuriar a filha do presidente eleito por 62 milhões de brasileiros.
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9) Está explicado por que não temos dinheiro para hospitais, escolas e tudo mais que nos falta. Tinha que ter dinheiro para o pagamento dos cartões (...) Ivan Medeiros da Silva
Menos Ivan, menos. É muito dinheiro gasto com os cartões. Pode (deve) haver irregularidade em algum caso, assim como pode (deve) haver irregularidade em qualquer gasto público. Tanto em Brasília como em Nova York. Mas o montante corresponde a um percentual ínfimo (0,0001%) do orçamento governamental. Pense apenas que o governo estadual de SP gastou R$ 108 milhões com cartão corporativo, contra R$ 75 milhões do governo Lula. O gasto do cartão não explica a falta de dinheiro para hospitais. Já a queda da CPMF, causada pela dobradinha mídiaXoposição, aí sim deve dificultar o suprimento de recursos para a Saúde. Tiraram mais de R$ 120 bilhões do Tesouro, em 3 anos, que iriam para a Saúde. Todos os governadores, inclusive José Serra e Aécio Neves, e os 5 mil secretários de saúde municipais do país, e toda a classe médica, mobilizaram-se para que a CPMF fosse prorrogada, com os devidos ajustes para não mais pesar no bolso da classe média. Mas o Globo não quis e deu gás para a oposição derrubar o imposto.
caro miguel,
a publicação de cartas de leitores, sejam eles anônimos ou plenamente identificados, faz surgir, sim, para o órgão de imprensa que os divulga, uma responsabilização conjunta com o ofensor direto.
Com efeito, não há como se dissociar o meio de transmissão das mensagens veiculadas. O jornal potencializa o alcance da mensagem, devendo a pessoa jurídica responder solidariamente com os autores diretos da ofensa. A questão já se encontra de tal forma solidificada no Superior Tribunal de Justiça que fora editada súmula sobre o assunto. Diz o verbete:
“SÚMULA 221 - SÃO CIVILMENTE RESPONSÁVEIS PELO RESSARCIMENTO DE DANO, DECORRENTE DE PUBLICAÇÃO PELA IMPRENSA, TANTO O AUTOR DO ESCRITO QUANTO O PROPRIETÁRIO DO VEÍCULO DE DIVULGAÇÃO.”
e o anonimato é vedado pela Constituição Federal (art. 5º, IV, da CF).
continue com o bom trabalho.
adorei! além de concordar com a sua posição quanto à responsabilidade do jornal ao publicar essas cartas estapafúrdias, me senti de alma lavada! costumo perder horas passando raiva com esses comentários que não raro beiram o fascismo e poucas vezes encontro ânimo para me contrapor publicamente a eles. vou dormir mais feliz hoje!
oi miguel.
o gozado em tudo isto é que o tal ivan medeiros da silva emplacar dois comentarios no jornalão.
eu escrevo sempre e nunca vi uma carta minha publicada.
será que eles selecionam as cartas?
heheheheheheh
um abraço do milton e parabens.
Caro Miguel: Parabéns pelo Blog. Precisamos de muitos assim. Autenticidade sem sectarismo é difícil de encontrar e, às vezes, ficamos encurralados entre tecnicismos herméticos daqueles que só falam para os seus e o sectarismo cegante e raivoso, até chato, de outros que nos deveriam esclarecer. Sem falar no PIG, que é o que se conhece. Mas é verdade! As seções de cartas da direita espumante é uma tragédia. Trata-se do "clamor popular só para assinantes...". Não é coisa seria. Há milenios não vejo uma opinião no Globo ou em blogs raivosos que não tenha sido cuidadosamente selecionada para gerar sinergia com os "fatos" publicados. Isto sim é pura sacanagem. Se vc. se indignar e quiser opinar no Grôbo: só se for assinante! Isto sim é estratégia. Sinergia. Conduzir o rio pela ladeira. (No caso do PIG: Ladeira acima!). Continue neste pique! Vc. está no caminha certo.
Saudações
PS (OFF): Miguel, sou um marceneiro ingnoranti e bruto. Não entendo blicas de Marketing e , humildemente, gostaria de fazer uma sugestão sem parecer intrometido: O nome. Embora não faça a menor diferença para geral o nome "Óleo do Diabo" não faz justiça (nem identifica. Nem de longe) o excelente trabalho que vc. está a demonstrar. Parece meio hacker. Underground de + e, por isso dissociado do conteúdo. Óelo do Diabo é p/passar na bunda dos raivosos e vespas da Direita Cega e Despeitada. Por favor n/se ofenda mas, esso nome te esconde. Não sou nem de longe religioso, mas objetivo.
Saudações.
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