Essa nota resume as diversas importantes vitórias dos aliados pró-Dilma conquistadas nos últimos dias. Mas algumas ainda esperam ser confirmadas. A coluna do Ilimar Franco tem histórico de "furos" furados, mas também já acertou muito. Então eu daria 80% de crédito para as informações. Comentários rápidos:
- O que é certo 98% é que o PP cortou de vez o flerte com tucanos e passou a cortejar mais seriamente a proposta de namoro com o PT, que deseja um romance oficial. O PP hesita, contudo, entre um romance informal, que lhe daria mais liberdade de fazer alianças com a oposição em alguns estados, ou um compromisso assinado em cartório, que lhe garantiria mais espaço num eventual governo Dilma. As chances maiores, por enquanto, tem sido de um romance informal, mas a pesquisa Ibope desta semana exerce pressão pela primeira alternativa. Neste caso, Dilma ganharia 1min e 19 seg de TV; parece pouco, mas é muito; elevando o tempo de TV da petista para 10 min e 34 seg, contra 6 min e 39 seg de Serra.
- Os petistas ainda aguardam Osmar Dias (PDT-PR) assinar um compromisso formal de se aliar ao PT e à campanha de Dilma. Osmar é irmão de Álvaro Dias (PSDB-PR), que inclusive já começou a usar a possível defecção para pressionar Serra a escolhê-lo, a ele, Álvaro, para o cargo de vice. Neste caso, diz Álvaro, seu irmão sentiria-se forçado a apoiar o tucano. Trata-se de uma pressão sem muito peso, a meu ver. Eu daria 85% de chance do PT ganhar também essa parada. Osmar tem muitos votos no Paraná.
- Também é preciso aguardar um pouco baixar a poeira para sabermos o que aconteceu de fato em Santa Catarina. O PSDB tinha conseguido puxar o tapete do PT, ao articular a desistência do candidato do PMDB, Eduardo Pinho Moreira, da disputa para governador, incorporando-o à campanha do DEM, liderada por Luiz Henrique da Silveira. Foi um ato de traição de Eduardo Moreira e os tucanos apressaram-se em cantar vitória. Precipitadamente. O pacato Michel Temer arregaçou as mangas e partiu para a luta, obrigando o diretório nacional a intervir no estado e botar o PMDB na linha, ou seja, na campanha de Dilma. Ao que parece, conseguiu.
Essas dúvidas deverão ser esclarecidas em menos de uma semana, quando expira o prazo legal para os partidos se coligarem oficialmente. Mas já é possível observar que a campanha de Dilma vem superando os percalços com tranquilidade e acumulando vitórias. A pacificação de alas rebeldes do PMDB do Sul já é uma contrapartida ao crédito que o PT lhe deu em Minas e Maranhão.
E Lula ainda nem começou a falar.
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