9 de junho de 2010

Urubus forever

A coluna de Merval Pereira, no Globo de hoje, está um primor de antipatriotismo, golpismo, sabujice e mesquinharia. Tenho que apelar, mais uma vez, para os comentários intercalados.




"A política externa brasileira sofreu ontem duas novas derrotas no seu confronto com os Estados Unidos. O Conselho de Segurança da ONU se reúne hoje para definir as sanções contra o Irã devido ao seu programa nuclear, e a Organização dos Estados Americanos (OEA), por pressão da secretária de Estado Hillary Clinton, formou uma comissão especial para preparar o retorno de Honduras ao órgão.

Nos dois casos, o Brasil está em posição oposta à dos Estados Unidos e tentou, sem sucesso, inviabilizar a solução defendida pelos americanos.

[Os EUA, se conseguirem aprovar sanções ao Irã, terão uma vitória de Pirro. Ou seja, terão vencido, mas a um custo político contraproducente.]

No caso de Honduras, o Brasil insiste na tecla de que a situação só se normalizará com o retorno do ex-presidente Manuel Zelaya ao país sem ter que responder pelos crimes de que é acusado - tentativa de golpe e corrupção.

[Zelaya não tentou golpe. Foi vítima de um.]

O presidente eleito Porfírio Lobo, não reconhecido pelo governo brasileiro, mas considerado pelos Estados Unidos eleito normalmente e democrático, não aceita essa "anistia" defendida pelo Brasil e alguns outros países da região, com o apoio do secretário-geral da OEA Manuel Insulza.

[A eleição não foi "normal" porque o principal líder político do país estava isolado. Imaginem se depusessem Lula, expulsassem-no do país, e depois o máximo que permitissem fosse que ele acampasse na Embaixada da França, mas sem permitir que ele ocupasse qualquer meio de comunicação para se dirigir ao povo. Aí Serra se elegeria. Seria um processo democrático normal? Merval silencia ainda sobre a matança de jornalistas pró-Zelaya que está havendo em Honduras. É assim, se aquela blogueira de Cuba tropeça na rua, o mundo ocidental se ergue, furioso, contra as arbitrariedades do governo cubano. Em Honduras, matam-se jornalistas como cães, e ninguém fala nada.]

O fato de que uma comissão analisará a situação democrática em Honduras para definir seu regresso à OEA deixa a questão um passo adiante da picuinha dos aliados do ex-presidente, que condicionam o retorno a uma espécie de satisfação a Zelaya.

[Picuinha? O cara sofreu um golpe de Estado e são seus aliados que estão de picuinha?]

O Brasil participou de uma manobra chavista para criar um fato consumado, abrigando o presidente deposto na nossa embaixada em Tegucigalpa, de onde atuava politicamente para recuperar o poder.

[Merval calunia gravemente o governo brasileiro, sem nenhuma prova. O Brasil se insurgiu contra um golpe de Estado, juntamente com toda a comunidade internacional; até mesmo os EUA num primeiro momento, antes que Hillary Clinton aparecesse para botar o Tio Sam na linha golpista de sempre.]

Com a eleição realizada normalmente, Zelaya teve que sair da embaixada com um salvo-conduto do novo governo eleito democraticamente, sem condições políticas de permanecer no país.

[Realizada normalmente... Sem condições políticas? Durante o golpe, haviam manifestações imensas em favor de Zelaya. Que foram sendo sistematicamente reprimidas pelo governo golpista. Ah, esqueci. A mídia brasileira só defende manifestantes do Irã. Na América Latina, pode-se matar e espancar à vontade.]

Agora, tenta regressar com o apoio dos mesmos países na OEA, mas tudo indica que o retorno de Honduras ao organismo regional está sendo analisado com prioridade sobre uma eventual anistia.

Já o Conselho de Segurança da ONU chegou a um consenso sobre as sanções contra o Irã, apesar das tentativas de Brasil e Turquia de convencer seus membros de que o acordo nuclear que intermediaram seria uma solução mais adequada.

[Não teria tanta certeza, Merval. Esperemos. Cuidado para não quebrar a cara outra vez.]

Como as sanções tendem a ser mais duras do que estava previsto, a derrota da diplomacia brasileira será proporcionalmente maior, numa demonstração de que os países que controlam as decisões do Conselho de Segurança da ONU, inclusive China e Rússia, rejeitam o ponto de vista brasileiro.

[Mentira deslavada. As sanções não serão mais duras do que estava previsto. Serão bem menores, quase inócuas, o que foi uma exigência de China e Rússia. Merval finge não ver que falta legitimidade ao Conselho de Segurança da ONU, que precisa ser ampliado. O Brasil não foi nem será derrotado, porque criou um precedente, um fato político de enormes proporções. O Brasil despontou como líder do mundo emergente, e não sou eu que afirma isso, e sim os principais jornais e revistas do mundo.]

Na resolução do Conselho há uma referência aos esforços de Brasil e Turquia, afirmando que o acordo que patrocinaram poderia ser o início de um diálogo se o Irã demonstrasse estar de boa-fé, mas nas sugestões para a retomada do diálogo, que encerram a resolução, não há nenhuma referência ao acordo.

[Ã? Que joguinho infantil, héin? Se há referência ao acordo na resolução, isso basta não? Outra referência na retomada do diálogo seria redundante.]

A lista negra de cerca de 40 empresas que ficarão impedidas de fazer negócios no exterior, para estrangular o financiamento do programa nuclear iraniano, deve abranger a empreiteira Khatam Al-Anbiya, que já foi banida dos negócios internacionais em 2007 pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos e em 2008 pela União Europeia, por suas ligações com programa nuclear clandestino do Irã.

Várias de suas subsidiárias também devem estar na lista. Essas empresas são ligadas à Guarda Revolucionária Islâmica e servem para financiar o programa nuclear. Empreiteiras brasileiras que porventura tenham acordos com elas sofrerão as consequências das sanções.

[Pois é, e o Brasil perderá um de seus principais parceiros comerciais. O Globo bem que podia lembrar a importância do Irã para a geração de divisas para o Brasil e lembrar que os senadores americanos apenas aceitam punir o Irã porque o país há tempos desistiu de comprar produtos americanos. O fato dos EUA terem patrocinado golpes de Estado no Irã e depois ajudado Saddam Hussein a matar um milhão de iranianos com armas químicas, talvez tenha contribuído para inflamar esse antiamericanismo demodé dos persas, não?]

Como era de se esperar, e é natural que assim fosse, o presidente Lula soltou rojões verbais para comemorar o crescimento do PIB brasileiro no primeiro trimestre.

[Só o presidente Lula? Pensei que o crescimento econômico recorde do Brasil fosse motivo de alegria para todos os brasileiros... Pelo jeito, não foi para a redação de O Globo... Merval agora sem querer revelou a atmosfera de velório que tomou conta da urubuzada ao saber do PIBÃO.]

Mas, como sempre faz, exagerou na dose e extrapolou nos comentários, afirmando que este crescimento "extraordinário" é uma resposta àqueles que o "esculhambaram" quando disse que a crise internacional seria uma marolinha por aqui.

Ora, não apenas a crise não foi realmente uma "marolinha", pois o crescimento do país foi negativo em 2009, como foi a comparação com esse resultado muito ruim que permitiu que o PIB crescesse a ritmo chinês nesse primeiro trimestre. Crescimento, aliás, insustentável nas atuais condições do país, sem reformas e sem infraestrutura."

[Merval não quer entender o sentido de "marolinha" e persiste nessa perseguiçãozinha pirracenta e ridícula. O PIB em 2009 ficou no zero a zero. A queda foi de apenas 0,2%. A referência ao "crescimento insustentável" é uma boa síntese da estratégia adotada pela imprensa para abafar a notícia positiva. Quando o Brasil crescia a taxas modestas, eles comparavam-na a do Haiti para mostrar que o Brasil crescia pouco. Agora que temos maior crescimento, dizem que é insustentável. ]

5 comentarios

Anônimo disse...

Merdal chafurda.

Vc consegue gentil c/ esse asno. Eu nao.

Sé qeria saber qto lhe pagam prá ser tao acintoso nas idiotices? Ou, sou obrigado a concluir q Der Göbbels paga MUUUUUUITO bem.


Inté,
Murilo

ana cruz disse...

O artigo de Leornado Boff "A saudade do servo" explica bem a sabujice de Merdal, digo, merval.
"O filosofo Hegel em sua Fenomenologia do Espirito analisou detalhadamente a dialética do senhor e do servo. O senhor se torna tanto mais senhor quanto mais o servo internaliza em si o senhor, o que aprofunda ainda mais seu estado de servo."

Paulinho Pavaneli disse...

Merval, perdeste o restinho de vergonha na cara?
Deve estar difícil defender o indefensável... Você dorme direitinho? Creio que sim... é a satisfação do dever cumprido para os seus patrões...

Márccio Campos disse...

cara, parabéns!!! pela paciência em corrigir o manjado jogo-dos-70-erros do merdal...

Anônimo disse...

Quanta canalhice! Quase vomitei.

Postar um comentário