Sem condições de fazer um ataque frontal à Dilma Rousseff, a estratégia serrista desta semana é tentar desestruturar as equipes de comunicação da candidata. A Veja deflagrou o ataque e o jornal O Globo dá sequência nesta terça-feira, agregando novos dados. A revista não fala em dossiê contra a filha de Serra. Isso é uma criação original de Ali Kamel. Possivelmente, ao longo da semana, o caso terá repercussão em outros jornais e na televisão.
Trata-se de uma investida, porém, sem muita munição, pois denuncia o que não houve. A matéria da Veja admite que o suposto grupo de "aloprados", que iria investigar e criar dossiês sobre adversários, não chegou a trabalhar efetivamente.
Na capa do Globo e no início da matéria, fala-se num dossiê contra Verônica Serra, filha do ex-governador, mas a informação é truncada. Não se explica de onde veio esse dossiê. Nem mesmo se confirma se ele existiu. O próprio jornal se refere ao caso como "suposta elaboração e circulação de um dossiê contra a filha de Serra". Mesmo sendo "suposto", o caso serviria para pôr em "situação delicada" o jornalista Luiz Lanzetta, sócio da Lanza.
Para mim, parece absurdo que Lanzetta, sócio da Lanza, empresa que coordena a comunicação de Dilma Rousseff, participasse da fabricação de um dossiê contra Verônica Serra.
Outro absurdo é a afirmação sensacionalista e exagerada de que haveria "crise" na campanha de Dilma.
O mais plausível, diante da origem das matérias - o repórter Policarpo Júnior, da Veja, figura denunciada inúmeras vezes por Luiz Nassif como um dos protagonistas mais sujos e barra-pesadas nos esquemas de assassinato de reputação organizados regularmente pela revista - é que a mídia serrista esteja tentando desarticular a comunicação de Dilma Rousseff. Um típico ataque pelos flancos.
Talvez se tenha descoberto que há, de fato, alguma disputa empresarial em torno da prestação de serviços de campanha para a candidata petista, que mobilizará muito dinheiro, e aproveita-se disso para enfiar uma cunha na engrenagem comunicacional de Dilma.
Na matéria da Veja, os repórteres admitem a honestidade da ministra, que não compactuaria com nenhuma baixaria em campanha. O ataque é concentrado em Lanzetta, e claramente visa produzir a primeira baixa na organização dilmista. Tentou-se já demitir Marcelo Branco. O Globo chegou a publicar matéria anunciando sua saída da campanha, o que se revelou uma mentira já no dia seguinte.
O alvo agora é Lanzetta. Nada, porém, que deva causar muita surpresa aos estrategistas da campanha de Dilma Rousseff. A figura política a ser preservada é Dilma. Lanzetta e sua equipe podem enfrentar dias um pouco difíceis, mas não são candidatos a nada, e a reportagem do Globo não traz nenhuma acusação concreta. Apenas tentativas, já abortadas, de espionagem ou fabricação de dossiês.
Quanto às denúncias contra o empresário Oliveira Neto, os jornais também não tem em mãos elementos consistentes. Ele é acusado simplesmente de fazer negócios e ganhar dinheiro prestando serviços para o governo federal, ou seja, por fazer o que provavelmente dois terços das empresas sediadas em Brasília fazem. Digo pela milionésia vez que não boto a mão no fogo por ninguém, mas também não boto no gelo. O Globo mostra a oscilação do faturamento da empresa de Neto como algo estranho, quando isso é perfeitamente normal para empresas que vivem de licitações para o governo. Quando se ganha, num ano, uma boa licitação, é evidente que a receita registra um salto sobre o ano anterior.
O fato de ser "investigado" pelo CGU e pelo Tribunal de Contas, além disso, não pode ser convertido em pré-condenação. Ao contrário, revela que o empresário está sob vigilância das forças do Estado e, portanto, não tem o poder maligno que tentam lhe atribuir.
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Sonhar não custa nada. O Globo de hoje dá vazão, na primeira página, a um forte desejo seu. Repare na sequência: primeiro, notícia de que Lula afirmou que somente Geisel investiu tanto em estradas. Ora, Lula, por mais que tenha suas particularidades, é também um político comum: quando discursa, fala bem de seu próprio governo. Daí que fez a comparação de um período em que se registravam grandes investimentos em infra-estrutura, que foram os anos Geisel.
E o que faz o Globo, pôe logo abaixo um chapéu com os dizeres: "Enquanto isso... alemão renuncia por falar demais". Que sutileza, héin! O jornalão tenta fazer seus leitores de idiotas. É claro que o presidente alemão não renunciou apenas por ter se expressado mal. Com certeza, já estava desgastado, com baixa popularidade e, portanto, sendo um estorvo político para o governo que é liderado, na prática, pela primeira-ministra.
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Essa matéria do Globo bem que tenta apenas dar um aspecto negativo às declarações do deputado federal Paulinho Pereira, o Paulinho, presidente da Força Sindical, dizendo que ele faz terrorismo contra Serra.
E faz mesmo. Mas com razão. Os movimentos sociais e os sindicatos estão muito assustados com a possibilidade de vitória de José Serra, o que representaria uma derrota terrível para a esquerda brasileira, latino-americana e mundial.
Um leitor que não seja um "analfabeto midiático" entenderá que as forças populares estão cada vez mais unidas numa frente contra Serra, visto como representante máximo do conservadorismo neoliberal. As últimas declaraões de Serra, atacando o Mercosul, a Bolívia, o acordo no Irã, desfizeram a máscara progressista que o tucano vinha tentando mostrar à sociedade, num esforço malandro de atrair votos e apoio de segmentos sociais identificados com a esquerda.
Esta aí, portanto, a grande diferença entre Serra e Dilma. A petista é uma esquerdista procurando atrair votos e apoio de segmentos conservadores. Serra é um representante da direita procurando seduzir parte do eleitorado progressista.
Na página 11 do Globo, outra matéria que informa sobre a disposição aguerrida das centrais sindicais em combater a candidatura Serra:
1 de junho de 2010
Serra tenta atacar pelos flancos & etc
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# Escrito por
Miguel do Rosário
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terça-feira, junho 01, 2010
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Essa do presidente alemão já é demais. Acham que o leitor é idiota? Bem, talvez achem... Não são as organizações, na figura de William Bonner, que consideram o telespectador típico um Homer Simpson?
Julio Bastos: Ja esta n'osamigosdopresidentelula.blogspot.com/ onde se pode CONSTATAR a sociedade de Veronica Serra numa firma em Miami. Que motivos o abal(iz)ado candidato teria pra esconder coisa publica e notoria?! Pelo menos pra quem navega fora do comando da midia gorda e seus obesos patrocinadores.
IMPRENSA COMERCIAL E OBTUSA
A saudade do servo na velha diplomacia brasileira – Leonardo Boff
O filósofo F. Hegel em sua Fenomenologia do Espírito analisou detalhadamente a dialética do senhor e do servo. O senhor se torna tanto mais senhor quanto mais o servo internaliza em si o senhor, o que aprofunda ainda mais seu estado de servo.
Com humor comentou Frei Betto: “em cada cabeça de oprimido há uma placa virtual que diz: hospedaria de opressor”. Quer dizer, o opressor hospeda em si oprimido e é exatamente isso que o faz oprimido ...
Escrevo isso a propósito de nossa imprensa comercial, os grandes jornais do Rio, de São Paulo e de Porto Alegre, com referência à política externa do governo Lula no seu afã de mediar junto com o governo turco um acordo pacífico com o Irã a respeito do enriquecimento de urânio para fins não militares.
Ler as opiniões emitidas por estes jornais, seja em editoriais seja por seus articulistas (CONTINUA)
FONTE: http://www.tijolaco.com/?page_id=17196
Sorte. Pegaram o dossiê no forno, antes de alimentar os "coligados" ao PT.
Imaginem o que seria perder o poder?
Perder moradia gratuita em mansões do DF, viagens, publicidade gratuita e principalmente imunidade. Eduardo.
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