Mas é melhor assim. Pena que a justificativa, em vez de se fundamentar na defesa das idéias de seu candidato, dedica-se inteiramente a denegrir Dilma Rousseff, e não por suas propostas, mas por uma suposta ameaça às instituições democráticas e à deterioração moral. O Estadão expôs esse negativismo sectário que é a essência da campanha serrista.
Definitivamente, estamos de volta a março de 1964. As forças armadas, como um todo, não pactuam com esse udenismo, mas os pijamados voltaram a babar de ódio e tem sido paparicados pela mídia, que inclusive bancou (através do Instituto Millenium), a palestra de gurus da direita (Merval e Reinaldo) no Clube Militar.
Achei boas respostas ao editorial do Estadão nesse post do Nassif e inclusive na área de comentários. Reproduzo dois que estavam em destaque (acho que por serem os últimos):
2373 Odoni Bertaso
26 DE SETEMBRO DE 2010 | 20H
Esta “comprinha” representa quase 25% da tiragem total da revista Nova Escola e injetou R$ 3,7 milhões aos cofres do ‘barão da mídia’ Victor Civita. Mas este não é o único caso de privilégio ao Grupo Abril. O tucano Serra também apresentou proposta curricular que obriga a inclusão no ensino médio de aulas baseadas nas edições encalhadas do ‘Guia do Estudante’, outra publicação do grupo.
2371 Dani Bacedo
26 DE SETEMBRO DE 2010 | 20H
O Estadão se comporta como o menino riquinho que é o dono da bola e manda no jogo, mas veio o tio lula e garantiu bola pra todo mundo. Agora todo mundo pode jogar sem precisar do mimadinho. É acabou o jogo prá vocês. Não adianta que o Amor do Brasil é muito maior que o ódio de alguns..
Uma observação interessante é a diferença cada vez mais abissal entre os comentários no site, obrigatoriamente mais democráticos (em função da enorme quantidade), e os publicados na edição impressa. Nesta última, são publicados apenas comentários radicalmente antipetistas e ultraconservadores, muitos beirando o ridículo, como um que publiquei por aqui pregando a imigração em massa para os Estados Unidos, no caso da vitória de Dilma ou um que vi outro dia levantando suspeita de que o jornal francês conservador Le Figaro ganhou dinheiro para fazer uma matéria positiva sobre Lula.
Quero comentar rapidamente dois trechos do editorial. O primeiro:
Com todo o peso da responsabilidade à qual nunca se subtraiu em 135 anos de lutas, o Estado apoia a candidatura de José Serra à Presidência da República, e não apenas pelos méritos do candidato, por seu currículo exemplar de homem público e pelo que ele pode representar para a recondução do País ao desenvolvimento econômico e social pautado por valores éticos. O apoio deve-se também à convicção de que o candidato Serra é o que tem melhor possibilidade de evitar um grande mal para o País.
A mídia brasileira nunca pediu desculpas por ter apoiado a ditadura militar, este sim um fato histórico inexorável. Embutido na frase "135 anos de lutas" pode-se encontrar a articulação do golpe de Estado de 1964, em boa parte planejado dentro da redação da empresa pertencente à família Mesquita. Também naqueles tempos o Estadão falava em ameaça à democracia, com a diferença que se a conspiração de outrora culminou em tragédia e ditadura, a de hoje é um golpismo palhaço, um rugido desdentado, uma calúnia.
Quanto aos valores éticos do candidato Serra, não merece comentários. Udenismo cara-de-pau.
Outra frase que gostaria de comentar:
E o que dizer da postura nada edificante de um chefe de Estado que despreza a liturgia que sua investidura exige e se entrega descontroladamente ao desmando e à autoglorificação?
A mídia vem insistindo nessa "liturgia" do cargo, que expressa tão somente a tacanhez de espírito, o conservadorismo e o preconceito, de acharem que um presidente deve se comportar segundo um código de conduta predeterminado pela elite "quatrocentona". Lula se comporta como ele é e sempre foi: um operário inteligente e espirituoso. Aquilo que a imprensa aponta, portanto, como desvio de comportamento é justamente o que levou o presidente a se tornar uma figura política original, admirada no mundo inteiro: sua autenticidade, seu jeito simples e direto de tratar as questões, sua informalidade.
O Estadão botou suas cartas na mesa, mas o que vemos não é nenhum Royal Street Flash. Não é sequer um par solitário. É um amontoado confuso de clichês moralistas, hipócritas e reacionários. Se isso é tudo que tinham para falar em favor do voto em Serra, o homem tá lascado.
Quando querem esculhambar com o Lula, o PIG não leva em conta a liturgia do cargo de presidente. Nessa hora, a liturgia vai pro ares e sobra insulto ao cidadão que chegou ao mai alto cargo do poder político brasil pelo voto do povo.
Miguel,
O verdadeiro poder da Abril não é restrito à publicações, coisa que tem até bastante concorrência.
Mas ela é hegemônica e monopolista em DISTRIBUIÇÃO, com todo o poder da DINAP agindo em todo o território nacional.
Vale a pena ir atrás disso
O lulla não precisa ser esculhambado, ele já é esculhambado de berço. Senão vejamos.
Um indívíduo que declarou que sua primeira experiencia sexual foi com uma bezerra, que declarou que foi pro sindicato porque a vida lá seria "mais mole", um indivíduo que declarou que ficava "chavecando" as viúvas que por ventura fossem lá, um indivíduo que fez sua carreira política como opositor raivoso, agredindo a tudo e a todos, (sempre na mesa de botequins)um indivíduo mentiroso, falastrão, sem palavra, sem honra, (nesse caso não é só ele, pq políticos não tem honra)um indivíduo que aliou-se aos que de pior moral existem na política brasileira (renan, lobão, sarney, collor e outros porcarias) para permanecer no poder vai ser o que ?
Um esculhambado !!!!
Quanto a liturgia do cargo, é como respeito, só recebe quem o dá..
Anônimo vcs trolls adoram escrever Lula com 2 LL, o Reinaldo Azevedo foi despedido do esgoto da Veja,parece que sim, pois vc veio parar aqui né.
Vê se cria vergonha na cara e faz seu login ao escrever estas asneiras, vcs só tem coragem no teclado, arrotam qualquer coisa nos dedos
Xô lixo
André Rezende
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